je587agoset09 - Exército

militar tem sido o nosso embaixador junto das
populações mais carenciadas e a presença dos
nossos estandartes tem sido uma constante desde
Timor ao Iraque passando pela Bósnia, Afeganistão
e Kosovo”.
A actividade operacional
nas suas múltiplas vertentes
Após a fase de deployment das forças para
Mirandela, teve lugar, (em 13 de Fevereiro), o startex
do Exercício “Pristina 091”, tendo os militares do
1BI iniciado a sua missão, orientada em múltiplas
vertentes. As operações conduzidas, em tudo
semelhantes às implementadas no TO do Kosovo,
foram operacionalizadas a partir de uma matriz que
incluía os designados “incidentes”, a serem
injectados, e aos quais os militares tinham de dar
resposta adequada. Estes incidentes envolveram,
por exemplo, tumultos entre as populações civis
do Kosovo, cujas diferenças étnicas estão na origem
de conflitualidade latente ou declarada. Tendo a
garantia da segurança e da mobilidade das
populações como principal móbil, as forças podem
ser chamadas a intervir em operações de controlo
de tumultos (CRC - Crowd and Riot Control), na
escolta e segurança a pessoas e a instalações, em
operações de cerco e busca a locais indiciados
como podendo albergar matérias ou ser cenário de
transacções ilícitas, ou no controlo de movimentos
na via pública, através do controlo de itinerários.
Patrulhamentos e check points
Diariamente foram sendo realizadas patrulhas
apeadas e motorizadas, nas estradas do Concelho
de Mirandela, simulando as acidentadas estradas
que de Pristina conduzem a Mitrovica, a Norte, e a
outros locais. Se do ponto de vista da situação
política os cenários português e kosovar não são
comparáveis, já do ponto de vista geográfico as
estradas e aldeias transmontanas em algo se
assemelham às do teatro de operações, com as suas
paisagens rurais de montanha, semeadas de
povoações dispersas.
Acompanhámos uma dessas patrulhas, com os
militares a iniciarem a sua viagem de Chaimite rumo
à localidade de Abambres. A missão consistia num
patrulhamento pelas estradas que dão acesso
àquela localidade e à de Mascarenhas, inserida no
mesmo itinerário. O deslocamento, transformado
num agradável percurso pela serra, conduziu-nos
por diversas aldeias, cuja segurança, bem como a
da circulação por estrada, os militares do 1BI tinham
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por missão garantir, e decorreu sem incidentes.
Esclareça-se que todo e qualquer patrulhamento
tem por objectivos, definidos em regulamento
próprio, “vigiar zonas não cobertas entre postos
de observação, postos de controlo e outras
posições assumidas por uma unidade militar,
investigar eventuais incidentes, mostrar a presença
da unidade às partes e à população, recolher
informações e efectuar uma interposição ou
intervenção em situações de crise”. Implica um
efectivo mínimo de uma secção e duas viaturas,
para além de diverso armamento e equipamento individual
e colectivo.
À chegada ao local, foi montado um check point
ou posto de controlo. Um check point corresponde
a um ponto ocupado, usado como meio de controlo
de movimento e verificação de veículos e pessoas,
com vista a reforçar medidas, ordens e
regulamentos. No teatro de operações do Kosovo,
os check points têm por objectivo a manutenção
do SASE (Safe and Secure Environment, a
manutenção de um ambiente estável e seguro),
nomeadamente através do controlo de movimentos
e acessos, capturando bens proibidos, como armas
ilegais e explosivos, e travando actividades ilícitas
como o contrabando. O check point pode ser móvel
ou fixo. No caso da acção desenvolvida em
Abambres, tratou-se de um check point móvel, cuja
modalidade se reveste de eficácia devido ao
desconhecimento, pelas partes, sobre a sua
localização, que é temporária, o que permite à força
empenhada prevenir movimentos e actividades
ilícitas como o tráfego de armamento, munições e
Acompanhámos uma dessas patrulhas, com os militares a
iniciarem a sua viagem de Chaimite rumo à localidade de
Abambres.