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Sociodrama Temático - Profint

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Na terceira fase, após transcorrer os 15-20 minutos, de livre atuação dos<br />

personagens, a pesquisadora no papel de diretora da cena, interrompia a dramatização.<br />

Nesta interrupção, pedia o “congelamento da cena”, ou seja, os participantes paravam de<br />

interagir e ficavam imobilizados no cenário. Na imobilização física e verbal, pedia-se<br />

primeiramente que cada personagem fizesse um “solilóquio” e depois se realizava a<br />

entrevista com cada um deles, ainda, em seus papéis psicodramáticos (pai, mãe, filhos, tio,<br />

avó, empregada, amante/namorada, râmister, etc).<br />

Na técnica do solilóquio, os personagens verbalizavam seus pensamentos e<br />

sentimentos mobilizados pela cena a partir do desenvolvimento dos papéis psicodramáticos.<br />

Cada personagem expressava os pensamentos e sentimentos sobre si mesmo e/ou sobre o<br />

que estava acontecendo ao seu redor, ou seja, o contexto do qual fazia parte. Este momento<br />

implicava no esclarecimento dos conteúdos ocultos dos personagens que não apareciam na<br />

dramatização, assim como, possibilitava uma maior compreensão do sistema familiar a<br />

partir do ponto de vista de cada um (Barberá e Knappe, 1997). A expressão dos conteúdos<br />

do “mundo interno” ofereceu uma abertura para que a diretora pudesse penetrar nos<br />

conflitos latentes dos próprios personagens e direcionar/ampliar sua percepção para<br />

compreender melhor a dinâmica familiar, questionando as interações familiares dos temas<br />

protagônicos.<br />

Após o solilóquio, foi feita uma entrevista com cada personagem. Esta entrevista<br />

teve a finalidade de esclarecer a dinâmica dos relacionamentos dramatizadas, compreender<br />

como os participantes construíram seus respectivos papéis psicodramáticos e os indicadores<br />

das principais temáticas, na maneira de pensar e atuar nos diversos papéis familiares.<br />

Segundo Menegazzo, Zuretti, Tomasini e Cols. (1995) a entrevista ou reportagem é uma<br />

técnica fundamental dos procedimentos psicodramáticos. É normalmente praticada por<br />

meio do diálogo entre o diretor e o protagonista para diagnóstico, compreensão terapêutica<br />

e contextualização da ação dramática.<br />

As perguntas da diretora de cena dirigidas a cada um dos personagens também<br />

possibilitou o questionamento dos conteúdos que apareciam camuflados ou desconhecidos,<br />

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