Compromisso afetivo
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ESPECIAL<br />
alguma. Aulus, o orientador do nosso<br />
André Luiz, afirma ainda que os<br />
dois terão de se reencontrar num<br />
processo reencarnatório, com vistas<br />
ao ajuste necessário no campo do<br />
sentimento.<br />
Ora, uma simples promessa de<br />
casamento não cumprida estava a<br />
gerar um processo de desequilíbrio<br />
que já durava mais de um século e<br />
que poderia durar muitos outros.<br />
Portanto, antes de nos vincularmos<br />
às pessoas através de promessas<br />
brilhantes ou por um ato sexual fortuito,<br />
nos resguardemos, porque sabemos<br />
que somos responsáveis por<br />
tudo o que gerarmos nos outros.<br />
AFINIDADE E CONFIANÇA<br />
No sexto parágrafo deste capítulo<br />
contido nesta maravilhosa obra<br />
que ora estudamos, o autor espiritual<br />
nos informa do “circuito de forças”<br />
estabelecido entre parceiros<br />
que se entregam um ao outro em<br />
bases de afinidade e confiança no<br />
campo do sexo. Afirma-nos “que há<br />
entre eles uma alimentação psíquica<br />
de energias espirituais e que, se<br />
rompido o compromisso por uma<br />
das partes, sem razão justa, o outro<br />
fica lesado na sustentação do equilíbrio<br />
emotivo”.<br />
Repetindo o que já dissemos anteriormente,<br />
se uma simples promessa<br />
nos coloca devedor diante da<br />
criatura a quem prometemos, imaginemos<br />
então a extensão do compromisso<br />
quando nos entregamos<br />
sexualmente a alguém.<br />
Para que haja a entrega de um ao<br />
outro em bases de afinidade, é preciso<br />
haver confiança integral entre as<br />
partes. E quando nos entregamos<br />
O PARCEIRO PREJUDICADO, SE NÃO DISPÕE<br />
DE CONHECIMENTOS SUPERIORES NA<br />
AUTODEFENSIVA, ENTRA EM PÂNICO, SEM<br />
QUE LHE POSSA PREVER O DESCONTROLE<br />
QUE, MUITAS VEZES, RAIA NA DELINQÜÊNCIA<br />
sexualmente a um parceiro, não é só<br />
fisicamente que nos despimos, mas<br />
nos desnudamos integralmente, estabelecendo<br />
então um compromisso<br />
em bases de confiança mútua.<br />
Esse alimentar em regime de reciprocidade,<br />
conforme define<br />
Emmanuel, é algo tão forte que,<br />
quando um dos cônjuges rompe este<br />
elo, o outro muitas vezes, sem ter a<br />
certeza do rompimento, tem todo o<br />
sentimento do acontecido.<br />
PREVENINDO PROBLEMAS<br />
GRAVES COM O PARCEIRO<br />
E é ele, Emmanuel, com toda<br />
propriedade, quem nos afirma: “o<br />
parceiro prejudicado, se não dispõe<br />
de conhecimentos superiores<br />
na autodefensiva, entra em pânico,<br />
sem que lhe possa prever o<br />
descontrole que, muitas vezes,<br />
raia na delinqüência”.<br />
O autor é claro: se o parceiro<br />
não tiver a possibilidade de<br />
vivenciar o perdão em bases cristãs,<br />
a situação pode ser bastante<br />
agravada e as conseqüências são<br />
impossíveis de serem previstas.<br />
Portanto, um alerta aos casais de<br />
namorados adeptos do “sexo sem<br />
compromisso”: o assunto é muito<br />
mais sério do que imaginamos e<br />
uma gravidez indesejada está longe<br />
de ser o maior problema gerado por<br />
esta situação.<br />
Se no princípio, nosso nobre<br />
orientador compara a guerra com a<br />
afeição erradamente orientada, ele termina<br />
o ensinamento comparando a<br />
justiça humana com a justiça divina.<br />
Se a primeira “comina punições para<br />
os atos de pilhagem na esfera das realidades<br />
objetivas”, nos afirma Ele que<br />
“a justiça divina alcança também os<br />
contraventores da Lei do Amor”. E todas<br />
as vezes que prejudicamos alguém,<br />
esta lei, que muitas vezes se<br />
objetiva na reencarnação, coloca-nos<br />
frente a frente com o irmão em prejuízo,<br />
“até exonerarmos o próprio espírito<br />
das mutilações e conflitos hauridos<br />
no clima da irreflexão”.<br />
COMPENSAÇÃO DO<br />
PREJUÍZO CAUSADO<br />
Imaginemos que, com promessas<br />
de felicidades, determinado rapaz<br />
conquiste a confiança de uma moça<br />
e o processo venha a se desenvolver,<br />
estabelecendo ali o princípio de um<br />
relacionamento sexual. O tempo<br />
passa e o nosso irmão não vigilante<br />
resolve abandonar a até então amada<br />
num momento delicado, de uma<br />
eminente gravidez. Ela, por sua vez,<br />
não encontrando apoio e compreensão<br />
na família, é colocada para fora<br />
de casa, vindo a padecer de numerosas<br />
necessidades. O caminho da<br />
vida fácil se abre e ela se vê nos campos<br />
da prostituição.<br />
Como se portaria ele, num futuro<br />
próximo, tendo que educá-la<br />
como filha reencarnada em sua adolescência,<br />
quando lhe desabrochasse<br />
suas tendências sexuais adquiridas<br />
quando num outro momento se<br />
prostituiu?<br />
Para encerrar, como não poderia<br />
deixar de ser, fiquemos a meditar<br />
nessas preciosas palavras de nosso<br />
querido mentor: “aprenderemos no<br />
corpo de nossas próprias manifestações<br />
ou no ambiente da vivência<br />
pessoal, através da penalogia sem<br />
cárcere aparente, que nunca lesaremos<br />
a outrem sem lesar a nós”.