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Compromisso afetivo

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30<br />

ESPECIAL<br />

COMPROMISSO<br />

AFETIVO<br />

COMPROMISSOS ASSUMIDOS E NÃO CUMPRIDOS PODEM GERAR EM OUTRAS<br />

PESSOAS PROBLEMAS QUE SE ARRASTAM POR VÁRIAS ENCARNAÇÕES<br />

A o iniciar o capítulo 6 da<br />

obra Vida e Sexo, o autor<br />

espiritual nos convida a meditar sobre<br />

um texto do Evangelho Segundo<br />

o Espiritismo, antecipando-nos<br />

alguns tópicos do estudo que ele irá<br />

desenvolver.<br />

Desde os primeiros movimentos<br />

de nossa evolução, o então<br />

chamado “princípio inteligente”<br />

tem a espiritualização como<br />

desiderato de sua jornada. Ao atingir<br />

o reino hominal, os seus recursos<br />

adquiridos permitem-lhe gozar<br />

da faculdade do livre arbítrio, faculdade<br />

esta que lhe dá o controle<br />

de sua evolução, mas elegendo<br />

a responsabilidade como companheira<br />

para a eternidade.<br />

Por termos sido criados por<br />

Deus, possuímos em estado latente<br />

todos os recursos que nos impulsionam<br />

à perfeição. O próprio Cristo<br />

nos afirmou, “Vós sois deuses...”.<br />

Segundo os espíritos codificado-<br />

30<br />

Conheça Moacyr Camargo,<br />

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Flávio Fonseca, Marielza Tiscate,<br />

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res, toda a lei está gravada em nossa<br />

consciência, guiando-nos sempre e<br />

nos orientando sobre qual o caminho<br />

a seguir.<br />

Toda a vez que ferimos esta lei,<br />

erramos. E por menor que seja o<br />

nosso erro, somos impelidos pela<br />

nossa tendência natural à evolução<br />

a corrigir este erro e voltar ao caminho<br />

do bem. Volta esta que será mais<br />

ou menos dolorosa de acordo com<br />

o “caminho obediência” ou o “caminho<br />

rebeldia” que escolhermos.<br />

PREOCUPANDO-SE COM A<br />

FELICIDADE DO PRÓXIMO<br />

Na mensagem escolhida por<br />

Emmanuel para abertura desta página,<br />

o espírito Lázaro nos afirma ainda<br />

que o nosso dever inicia no ponto<br />

em que ameaçamos a felicidade<br />

de nosso próximo.<br />

Façamos o seguinte raciocínio:<br />

Por experiência própria, sabemos<br />

que só somos felizes se executar-<br />

A união entre o palestrante espírita<br />

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mos, e bem, o nosso dever. Portanto,<br />

só seremos felizes se fizermos o<br />

nosso próximo feliz. Por isso afirmamos,<br />

sem medo de errar, que o<br />

evangelho é muito mais do que um<br />

manual de boa conduta, é um tratado<br />

científico de conquista da felicidade,<br />

pois ele se resume todo na<br />

máxima que Jesus tão bem ensinou:<br />

“Amai-vos uns aos outros como Eu<br />

vos amei”.<br />

Ao iniciar propriamente o seu<br />

comentário, nosso instrutor espiritual<br />

faz uma comparação da guerra<br />

com a afeição mal orientada, afirmando-nos<br />

“que se a primeira semeia<br />

terror e morticínio, a segunda,<br />

através do compromisso escarnecido,<br />

cobre o mundo de vítimas”.<br />

Meditemos sobre esta questão.<br />

Como já afirmamos, somos responsáveis<br />

por tudo o que criamos. Se assumimos<br />

um compromisso com uma<br />

determinada pessoa e não cumprimos,<br />

ficamos a dever este cumprimen-<br />

Conheça o trabalho de Ana<br />

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céu. E mais: entrevistas com<br />

Sansão, Francisco Nunes, Grupo<br />

Oficina de Arte, Juventude<br />

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30


to, seja ele material ou moral. E o elemento<br />

prejudicado, se não administrar<br />

bem a decepção, pode vir a ser portador<br />

de sérios problemas, pelos quais<br />

seremos altamente responsáveis, sendo<br />

que a resolução da questão muitas<br />

vezes demora séculos.<br />

Por isso Emmanuel nos afirma no<br />

parágrafo seguinte: “os problemas<br />

do equilíbrio emotivo são até agora,<br />

de todos os tempos, na vida planetária”.<br />

Afirma ainda que os “conflitos<br />

do sexo”, que analisados aos<br />

olhos do materialismo são marcas de<br />

um mundo em decadência, não tiveram<br />

suas origens no agora, mas são<br />

frutos deste “compromisso escarnecido”<br />

através dos tempos.<br />

Mas fiquemos tranqüilos, a vida<br />

tem seus misericordiosos recursos<br />

para nos induzir à correção. E através<br />

do movimento reencarnatório,<br />

Antes de nos vincularmos às pessoas através de promessas brilhantes ou por um ato sexual fortuito, resguardemo-nos,<br />

pois sabemos que somos responsáveis por tudo o que gerarmos nos outros<br />

vamos ficando frente a frente com os<br />

problemas criados por nós mesmos,<br />

para que desenvolvamos a estratégia<br />

de resolvê-los.<br />

Mas se quisermos poupar tempo e<br />

esforços, ouçamos nosso guia: “para<br />

que não sejamos mutilados psíquicos,<br />

urge não mutilar o próximo”.<br />

MOTIVOS PARA<br />

COMPLICAÇÕES<br />

O “narcisismo” e a “volúpia do<br />

prazer estéril” são, no entender do<br />

nosso evangelizador Emmanuel,<br />

motivo de queda em nossa vida. Ou<br />

seja, sempre que agimos valorizando<br />

os nossos interesses em detrimento<br />

do alheio, saímos do campo<br />

vibracional do Criador, iniciando aí<br />

a complicação. O prazer estéril é<br />

justamente isto, sensibilizar o nosso<br />

imediatismo materialista em detri-<br />

mento da perenidade espiritual.<br />

Isso por si só já é complicado, mas<br />

agora imaginemos esta situação de<br />

conquista louca de nossa satisfação<br />

narcisista gerando desequilíbrio no sentimento<br />

alheio. Passamos a ser, como<br />

já dissemos, co-responsáveis por qualquer<br />

processo de angústia e criminalidade<br />

gerados por esta situação.<br />

Como ilustração, reportemo-nos<br />

a um caso narrado por nosso irmão<br />

André Luiz na obra Nos Domínios<br />

da Mediunidade, no capítulo<br />

“psicometria”. Determinada irmã,<br />

tendo recebido um espelho de um<br />

jovem que lhe prometera casamento,<br />

ficara de tal modo afeiçoada a<br />

este objeto que, não tendo se realizado<br />

o cumprimento da promessa<br />

por parte de “seu amado”, dois séculos<br />

depois, ainda desencarnada,<br />

não deixava o espelho de maneira<br />

A NOIVA JUDIA – REMBRANDT VAN RIJN<br />

31


32<br />

ESPECIAL<br />

alguma. Aulus, o orientador do nosso<br />

André Luiz, afirma ainda que os<br />

dois terão de se reencontrar num<br />

processo reencarnatório, com vistas<br />

ao ajuste necessário no campo do<br />

sentimento.<br />

Ora, uma simples promessa de<br />

casamento não cumprida estava a<br />

gerar um processo de desequilíbrio<br />

que já durava mais de um século e<br />

que poderia durar muitos outros.<br />

Portanto, antes de nos vincularmos<br />

às pessoas através de promessas<br />

brilhantes ou por um ato sexual fortuito,<br />

nos resguardemos, porque sabemos<br />

que somos responsáveis por<br />

tudo o que gerarmos nos outros.<br />

AFINIDADE E CONFIANÇA<br />

No sexto parágrafo deste capítulo<br />

contido nesta maravilhosa obra<br />

que ora estudamos, o autor espiritual<br />

nos informa do “circuito de forças”<br />

estabelecido entre parceiros<br />

que se entregam um ao outro em<br />

bases de afinidade e confiança no<br />

campo do sexo. Afirma-nos “que há<br />

entre eles uma alimentação psíquica<br />

de energias espirituais e que, se<br />

rompido o compromisso por uma<br />

das partes, sem razão justa, o outro<br />

fica lesado na sustentação do equilíbrio<br />

emotivo”.<br />

Repetindo o que já dissemos anteriormente,<br />

se uma simples promessa<br />

nos coloca devedor diante da<br />

criatura a quem prometemos, imaginemos<br />

então a extensão do compromisso<br />

quando nos entregamos<br />

sexualmente a alguém.<br />

Para que haja a entrega de um ao<br />

outro em bases de afinidade, é preciso<br />

haver confiança integral entre as<br />

partes. E quando nos entregamos<br />

O PARCEIRO PREJUDICADO, SE NÃO DISPÕE<br />

DE CONHECIMENTOS SUPERIORES NA<br />

AUTODEFENSIVA, ENTRA EM PÂNICO, SEM<br />

QUE LHE POSSA PREVER O DESCONTROLE<br />

QUE, MUITAS VEZES, RAIA NA DELINQÜÊNCIA<br />

sexualmente a um parceiro, não é só<br />

fisicamente que nos despimos, mas<br />

nos desnudamos integralmente, estabelecendo<br />

então um compromisso<br />

em bases de confiança mútua.<br />

Esse alimentar em regime de reciprocidade,<br />

conforme define<br />

Emmanuel, é algo tão forte que,<br />

quando um dos cônjuges rompe este<br />

elo, o outro muitas vezes, sem ter a<br />

certeza do rompimento, tem todo o<br />

sentimento do acontecido.<br />

PREVENINDO PROBLEMAS<br />

GRAVES COM O PARCEIRO<br />

E é ele, Emmanuel, com toda<br />

propriedade, quem nos afirma: “o<br />

parceiro prejudicado, se não dispõe<br />

de conhecimentos superiores<br />

na autodefensiva, entra em pânico,<br />

sem que lhe possa prever o<br />

descontrole que, muitas vezes,<br />

raia na delinqüência”.<br />

O autor é claro: se o parceiro<br />

não tiver a possibilidade de<br />

vivenciar o perdão em bases cristãs,<br />

a situação pode ser bastante<br />

agravada e as conseqüências são<br />

impossíveis de serem previstas.<br />

Portanto, um alerta aos casais de<br />

namorados adeptos do “sexo sem<br />

compromisso”: o assunto é muito<br />

mais sério do que imaginamos e<br />

uma gravidez indesejada está longe<br />

de ser o maior problema gerado por<br />

esta situação.<br />

Se no princípio, nosso nobre<br />

orientador compara a guerra com a<br />

afeição erradamente orientada, ele termina<br />

o ensinamento comparando a<br />

justiça humana com a justiça divina.<br />

Se a primeira “comina punições para<br />

os atos de pilhagem na esfera das realidades<br />

objetivas”, nos afirma Ele que<br />

“a justiça divina alcança também os<br />

contraventores da Lei do Amor”. E todas<br />

as vezes que prejudicamos alguém,<br />

esta lei, que muitas vezes se<br />

objetiva na reencarnação, coloca-nos<br />

frente a frente com o irmão em prejuízo,<br />

“até exonerarmos o próprio espírito<br />

das mutilações e conflitos hauridos<br />

no clima da irreflexão”.<br />

COMPENSAÇÃO DO<br />

PREJUÍZO CAUSADO<br />

Imaginemos que, com promessas<br />

de felicidades, determinado rapaz<br />

conquiste a confiança de uma moça<br />

e o processo venha a se desenvolver,<br />

estabelecendo ali o princípio de um<br />

relacionamento sexual. O tempo<br />

passa e o nosso irmão não vigilante<br />

resolve abandonar a até então amada<br />

num momento delicado, de uma<br />

eminente gravidez. Ela, por sua vez,<br />

não encontrando apoio e compreensão<br />

na família, é colocada para fora<br />

de casa, vindo a padecer de numerosas<br />

necessidades. O caminho da<br />

vida fácil se abre e ela se vê nos campos<br />

da prostituição.<br />

Como se portaria ele, num futuro<br />

próximo, tendo que educá-la<br />

como filha reencarnada em sua adolescência,<br />

quando lhe desabrochasse<br />

suas tendências sexuais adquiridas<br />

quando num outro momento se<br />

prostituiu?<br />

Para encerrar, como não poderia<br />

deixar de ser, fiquemos a meditar<br />

nessas preciosas palavras de nosso<br />

querido mentor: “aprenderemos no<br />

corpo de nossas próprias manifestações<br />

ou no ambiente da vivência<br />

pessoal, através da penalogia sem<br />

cárcere aparente, que nunca lesaremos<br />

a outrem sem lesar a nós”.

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