Compromisso afetivo
Compromisso afetivo
Compromisso afetivo
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
30<br />
ESPECIAL<br />
COMPROMISSO<br />
AFETIVO<br />
COMPROMISSOS ASSUMIDOS E NÃO CUMPRIDOS PODEM GERAR EM OUTRAS<br />
PESSOAS PROBLEMAS QUE SE ARRASTAM POR VÁRIAS ENCARNAÇÕES<br />
A o iniciar o capítulo 6 da<br />
obra Vida e Sexo, o autor<br />
espiritual nos convida a meditar sobre<br />
um texto do Evangelho Segundo<br />
o Espiritismo, antecipando-nos<br />
alguns tópicos do estudo que ele irá<br />
desenvolver.<br />
Desde os primeiros movimentos<br />
de nossa evolução, o então<br />
chamado “princípio inteligente”<br />
tem a espiritualização como<br />
desiderato de sua jornada. Ao atingir<br />
o reino hominal, os seus recursos<br />
adquiridos permitem-lhe gozar<br />
da faculdade do livre arbítrio, faculdade<br />
esta que lhe dá o controle<br />
de sua evolução, mas elegendo<br />
a responsabilidade como companheira<br />
para a eternidade.<br />
Por termos sido criados por<br />
Deus, possuímos em estado latente<br />
todos os recursos que nos impulsionam<br />
à perfeição. O próprio Cristo<br />
nos afirmou, “Vós sois deuses...”.<br />
Segundo os espíritos codificado-<br />
30<br />
Conheça Moacyr Camargo,<br />
um músico que canta a fraternidade.<br />
E mais: entrevistas com<br />
Flávio Fonseca, Marielza Tiscate,<br />
Sérgio Santos, Andrey<br />
Cechelero, entre outros.<br />
Acompanha CD<br />
cód.: R-CESPMU01<br />
R$9,90<br />
Cláudio Fajardo<br />
claudiofajardo@bol.com.br<br />
res, toda a lei está gravada em nossa<br />
consciência, guiando-nos sempre e<br />
nos orientando sobre qual o caminho<br />
a seguir.<br />
Toda a vez que ferimos esta lei,<br />
erramos. E por menor que seja o<br />
nosso erro, somos impelidos pela<br />
nossa tendência natural à evolução<br />
a corrigir este erro e voltar ao caminho<br />
do bem. Volta esta que será mais<br />
ou menos dolorosa de acordo com<br />
o “caminho obediência” ou o “caminho<br />
rebeldia” que escolhermos.<br />
PREOCUPANDO-SE COM A<br />
FELICIDADE DO PRÓXIMO<br />
Na mensagem escolhida por<br />
Emmanuel para abertura desta página,<br />
o espírito Lázaro nos afirma ainda<br />
que o nosso dever inicia no ponto<br />
em que ameaçamos a felicidade<br />
de nosso próximo.<br />
Façamos o seguinte raciocínio:<br />
Por experiência própria, sabemos<br />
que só somos felizes se executar-<br />
A união entre o palestrante espírita<br />
Jacob Melo e o Grupo<br />
Seres Imortais. E mais: entrevistas<br />
com Tim e Vanessa, Nathália<br />
Paiva, Odair Zanella, Grupo<br />
Ahmah Luz, entre outros.<br />
Acompanha CD<br />
cód.: R-CESPMU02<br />
R$9,90<br />
PEDIDOS (11) 3855-1000 OU PELO SITE www.escala.com.br<br />
mos, e bem, o nosso dever. Portanto,<br />
só seremos felizes se fizermos o<br />
nosso próximo feliz. Por isso afirmamos,<br />
sem medo de errar, que o<br />
evangelho é muito mais do que um<br />
manual de boa conduta, é um tratado<br />
científico de conquista da felicidade,<br />
pois ele se resume todo na<br />
máxima que Jesus tão bem ensinou:<br />
“Amai-vos uns aos outros como Eu<br />
vos amei”.<br />
Ao iniciar propriamente o seu<br />
comentário, nosso instrutor espiritual<br />
faz uma comparação da guerra<br />
com a afeição mal orientada, afirmando-nos<br />
“que se a primeira semeia<br />
terror e morticínio, a segunda,<br />
através do compromisso escarnecido,<br />
cobre o mundo de vítimas”.<br />
Meditemos sobre esta questão.<br />
Como já afirmamos, somos responsáveis<br />
por tudo o que criamos. Se assumimos<br />
um compromisso com uma<br />
determinada pessoa e não cumprimos,<br />
ficamos a dever este cumprimen-<br />
Conheça o trabalho de Ana<br />
Ariel, uma cantora que caiu do<br />
céu. E mais: entrevistas com<br />
Sansão, Francisco Nunes, Grupo<br />
Oficina de Arte, Juventude<br />
Espírita, Canta!, entre outros.<br />
Acompanha CD<br />
cód.: R-CESPMU03<br />
R$9,90<br />
30
to, seja ele material ou moral. E o elemento<br />
prejudicado, se não administrar<br />
bem a decepção, pode vir a ser portador<br />
de sérios problemas, pelos quais<br />
seremos altamente responsáveis, sendo<br />
que a resolução da questão muitas<br />
vezes demora séculos.<br />
Por isso Emmanuel nos afirma no<br />
parágrafo seguinte: “os problemas<br />
do equilíbrio emotivo são até agora,<br />
de todos os tempos, na vida planetária”.<br />
Afirma ainda que os “conflitos<br />
do sexo”, que analisados aos<br />
olhos do materialismo são marcas de<br />
um mundo em decadência, não tiveram<br />
suas origens no agora, mas são<br />
frutos deste “compromisso escarnecido”<br />
através dos tempos.<br />
Mas fiquemos tranqüilos, a vida<br />
tem seus misericordiosos recursos<br />
para nos induzir à correção. E através<br />
do movimento reencarnatório,<br />
Antes de nos vincularmos às pessoas através de promessas brilhantes ou por um ato sexual fortuito, resguardemo-nos,<br />
pois sabemos que somos responsáveis por tudo o que gerarmos nos outros<br />
vamos ficando frente a frente com os<br />
problemas criados por nós mesmos,<br />
para que desenvolvamos a estratégia<br />
de resolvê-los.<br />
Mas se quisermos poupar tempo e<br />
esforços, ouçamos nosso guia: “para<br />
que não sejamos mutilados psíquicos,<br />
urge não mutilar o próximo”.<br />
MOTIVOS PARA<br />
COMPLICAÇÕES<br />
O “narcisismo” e a “volúpia do<br />
prazer estéril” são, no entender do<br />
nosso evangelizador Emmanuel,<br />
motivo de queda em nossa vida. Ou<br />
seja, sempre que agimos valorizando<br />
os nossos interesses em detrimento<br />
do alheio, saímos do campo<br />
vibracional do Criador, iniciando aí<br />
a complicação. O prazer estéril é<br />
justamente isto, sensibilizar o nosso<br />
imediatismo materialista em detri-<br />
mento da perenidade espiritual.<br />
Isso por si só já é complicado, mas<br />
agora imaginemos esta situação de<br />
conquista louca de nossa satisfação<br />
narcisista gerando desequilíbrio no sentimento<br />
alheio. Passamos a ser, como<br />
já dissemos, co-responsáveis por qualquer<br />
processo de angústia e criminalidade<br />
gerados por esta situação.<br />
Como ilustração, reportemo-nos<br />
a um caso narrado por nosso irmão<br />
André Luiz na obra Nos Domínios<br />
da Mediunidade, no capítulo<br />
“psicometria”. Determinada irmã,<br />
tendo recebido um espelho de um<br />
jovem que lhe prometera casamento,<br />
ficara de tal modo afeiçoada a<br />
este objeto que, não tendo se realizado<br />
o cumprimento da promessa<br />
por parte de “seu amado”, dois séculos<br />
depois, ainda desencarnada,<br />
não deixava o espelho de maneira<br />
A NOIVA JUDIA – REMBRANDT VAN RIJN<br />
31
32<br />
ESPECIAL<br />
alguma. Aulus, o orientador do nosso<br />
André Luiz, afirma ainda que os<br />
dois terão de se reencontrar num<br />
processo reencarnatório, com vistas<br />
ao ajuste necessário no campo do<br />
sentimento.<br />
Ora, uma simples promessa de<br />
casamento não cumprida estava a<br />
gerar um processo de desequilíbrio<br />
que já durava mais de um século e<br />
que poderia durar muitos outros.<br />
Portanto, antes de nos vincularmos<br />
às pessoas através de promessas<br />
brilhantes ou por um ato sexual fortuito,<br />
nos resguardemos, porque sabemos<br />
que somos responsáveis por<br />
tudo o que gerarmos nos outros.<br />
AFINIDADE E CONFIANÇA<br />
No sexto parágrafo deste capítulo<br />
contido nesta maravilhosa obra<br />
que ora estudamos, o autor espiritual<br />
nos informa do “circuito de forças”<br />
estabelecido entre parceiros<br />
que se entregam um ao outro em<br />
bases de afinidade e confiança no<br />
campo do sexo. Afirma-nos “que há<br />
entre eles uma alimentação psíquica<br />
de energias espirituais e que, se<br />
rompido o compromisso por uma<br />
das partes, sem razão justa, o outro<br />
fica lesado na sustentação do equilíbrio<br />
emotivo”.<br />
Repetindo o que já dissemos anteriormente,<br />
se uma simples promessa<br />
nos coloca devedor diante da<br />
criatura a quem prometemos, imaginemos<br />
então a extensão do compromisso<br />
quando nos entregamos<br />
sexualmente a alguém.<br />
Para que haja a entrega de um ao<br />
outro em bases de afinidade, é preciso<br />
haver confiança integral entre as<br />
partes. E quando nos entregamos<br />
O PARCEIRO PREJUDICADO, SE NÃO DISPÕE<br />
DE CONHECIMENTOS SUPERIORES NA<br />
AUTODEFENSIVA, ENTRA EM PÂNICO, SEM<br />
QUE LHE POSSA PREVER O DESCONTROLE<br />
QUE, MUITAS VEZES, RAIA NA DELINQÜÊNCIA<br />
sexualmente a um parceiro, não é só<br />
fisicamente que nos despimos, mas<br />
nos desnudamos integralmente, estabelecendo<br />
então um compromisso<br />
em bases de confiança mútua.<br />
Esse alimentar em regime de reciprocidade,<br />
conforme define<br />
Emmanuel, é algo tão forte que,<br />
quando um dos cônjuges rompe este<br />
elo, o outro muitas vezes, sem ter a<br />
certeza do rompimento, tem todo o<br />
sentimento do acontecido.<br />
PREVENINDO PROBLEMAS<br />
GRAVES COM O PARCEIRO<br />
E é ele, Emmanuel, com toda<br />
propriedade, quem nos afirma: “o<br />
parceiro prejudicado, se não dispõe<br />
de conhecimentos superiores<br />
na autodefensiva, entra em pânico,<br />
sem que lhe possa prever o<br />
descontrole que, muitas vezes,<br />
raia na delinqüência”.<br />
O autor é claro: se o parceiro<br />
não tiver a possibilidade de<br />
vivenciar o perdão em bases cristãs,<br />
a situação pode ser bastante<br />
agravada e as conseqüências são<br />
impossíveis de serem previstas.<br />
Portanto, um alerta aos casais de<br />
namorados adeptos do “sexo sem<br />
compromisso”: o assunto é muito<br />
mais sério do que imaginamos e<br />
uma gravidez indesejada está longe<br />
de ser o maior problema gerado por<br />
esta situação.<br />
Se no princípio, nosso nobre<br />
orientador compara a guerra com a<br />
afeição erradamente orientada, ele termina<br />
o ensinamento comparando a<br />
justiça humana com a justiça divina.<br />
Se a primeira “comina punições para<br />
os atos de pilhagem na esfera das realidades<br />
objetivas”, nos afirma Ele que<br />
“a justiça divina alcança também os<br />
contraventores da Lei do Amor”. E todas<br />
as vezes que prejudicamos alguém,<br />
esta lei, que muitas vezes se<br />
objetiva na reencarnação, coloca-nos<br />
frente a frente com o irmão em prejuízo,<br />
“até exonerarmos o próprio espírito<br />
das mutilações e conflitos hauridos<br />
no clima da irreflexão”.<br />
COMPENSAÇÃO DO<br />
PREJUÍZO CAUSADO<br />
Imaginemos que, com promessas<br />
de felicidades, determinado rapaz<br />
conquiste a confiança de uma moça<br />
e o processo venha a se desenvolver,<br />
estabelecendo ali o princípio de um<br />
relacionamento sexual. O tempo<br />
passa e o nosso irmão não vigilante<br />
resolve abandonar a até então amada<br />
num momento delicado, de uma<br />
eminente gravidez. Ela, por sua vez,<br />
não encontrando apoio e compreensão<br />
na família, é colocada para fora<br />
de casa, vindo a padecer de numerosas<br />
necessidades. O caminho da<br />
vida fácil se abre e ela se vê nos campos<br />
da prostituição.<br />
Como se portaria ele, num futuro<br />
próximo, tendo que educá-la<br />
como filha reencarnada em sua adolescência,<br />
quando lhe desabrochasse<br />
suas tendências sexuais adquiridas<br />
quando num outro momento se<br />
prostituiu?<br />
Para encerrar, como não poderia<br />
deixar de ser, fiquemos a meditar<br />
nessas preciosas palavras de nosso<br />
querido mentor: “aprenderemos no<br />
corpo de nossas próprias manifestações<br />
ou no ambiente da vivência<br />
pessoal, através da penalogia sem<br />
cárcere aparente, que nunca lesaremos<br />
a outrem sem lesar a nós”.