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Comitê Lausanne – O Evangelho e a Cultura - Juvep

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ir buscá-los quer na tradição quer na cultura. E corretamente, procura na<br />

cultura local as formas adequadas para a expressão de tias princípios. Todos<br />

nós (mesmo os que vêem limitações no modelo) partilhamos a visão que<br />

esse modelo procura descrever.<br />

Assim, o Novo Testamento aponta a igreja como uma comunidade que adora<br />

a deus, uma comunidade de culto, um “sacerdócio santo, a fim de oferecer<br />

sacrifícios espirituais ... a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1Pe 2:5), mas<br />

as formas de culto (incluindo a presença ou ausência de diferentes tipos de<br />

liturgia, cerimônia, música, cores, drama etc) serão desenvolvidas pela igreja<br />

em harmonia coma cultura local. Semelhantemente, a igreja é sempre uma<br />

comunidade de testemunho e serviço, mas seus métodos de evangelização e<br />

seu prorama de envolvimento social certamente sofrerão variações. Além<br />

disso, Deus quer que todas as igrejas tenham supervisão pastoral (episkope),<br />

mas formas de governo e ministério podem diferir grandemente, e a seleção,<br />

formação, ordenação, serviço, pagamento e responsabilidade dos pastores<br />

hão de ser determinados pela igreja, de maneira a concordarem com<br />

princípios bíblicos adequando-se ao mesmo tempo à cultura local.<br />

As perguntas que se fazem agora acerca do moedelo de “equivalência<br />

dinâmica” procuram saber se, por si só, esse modelo é suficientemente amplo<br />

e dinâmico para fornecer toda a orientação necessária. A analogia entre a<br />

tradução da Bíblia e a formação de igrejas não é exata. Na primeira o tradutor<br />

controla o processo e, quando a tarefa está completa, é possível fazer uma<br />

comparação dos dois textos. Na última, entretanto, o original para o qual se<br />

procura um equivalente não é um texto pormenorizado, mas uma série de<br />

relances da igreja primitiva em ação, tornando a comparação mais difícil e, ao<br />

invés de um tradutor que tudo controla, toda a comunidade da fé precisa ser<br />

envolvida. Além disso, o tradutor procura ser objetivo, mas quando a igreja<br />

local procura relacionar-se convenientemente com a cultura local, a<br />

objetividade torna-se quase impossível. Em muitas situações ela fica no meio<br />

de “umconfronto entre duas civilizações” (a de sua própria sociedade e a dos<br />

missionários). Além disto, ela pode encontrar muita dificuldade ao atender às<br />

vozes conflitantes da comunidade local. Alguns clamam por mudança (em<br />

termos de alfabetização, educação, tecnologia, medicina moderna,<br />

industrialização etc), enquanto outros insistem na conservação da velha<br />

cultura e resitem à chegada de uma nova era. Pergunta-se se o modelo de<br />

“equivalência dinâmica” é dinâmico o bastante para fazer face a esse tipo de<br />

desafio.<br />

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