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Comitê Lausanne – O Evangelho e a Cultura - Juvep

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tudo, e que Jesus Cristo, que de fato possui todo o poder, por mais que<br />

deixemos de reconhecer isso, pode (quando o proclamamos) romper<br />

qualquer cosmovisão, na mente de qualquer pessoa, manifestando seu poder<br />

e produzindo uma mudança radical de coração e perspectiva.<br />

Desejamos salientar que o poder pertence a Cristo. O poder nas mãos<br />

humanas é sempre perigoso. Lembra-nos o tema recorrente das duas cartas<br />

de Paulo aos Coríntios: que o poder de Deus, que se vê claramente na cruz de<br />

Cristo, opera através da fraqueza humana (p. ex., 1 Co 1:18-2: 5; 2 Co 4: 7; 12:<br />

9, 10). As pessoas mundanas glorificam a força; os cristãos que a possuem<br />

conhecem seus riscos. Ê melhor sermos fracos, pois então somos fortes.<br />

Prestamos nossa homenagem especial aos mártires cristãos modernos (p.<br />

ex., os da Africa Oriental) que renunciaram ao caminho da força e seguiram o<br />

caminho da cruz.<br />

e. Conversões individuais e em grupo<br />

A conversão não deveria ser concebida como sendo só e invariavelmente<br />

uma experiência individual, embora essa tenha sido a expectativa no padrão<br />

ocidental, por muitos anos. Pelo contrário, o tema da aliança no Velho<br />

Testamento e os batismos domésticos no Novo nos levariam a desejar,<br />

esperar e trabalhar tanto pela conversão familiar como em grupo.<br />

Importantes pesquisas têm sido feitas, ultimamente, sobre "movimentos<br />

grupais", tanto na perspectiva teológica como na sociológica.<br />

Teologicamente, reconhecemos a ênfase bíblica na solidariedade de cada<br />

etnia, isto é, nação ou povo. Sociologicamente, reconhecemos que cada<br />

sociedade é composta de uma variedade de subgrupos, subculturas ou unidades<br />

homogéneas. É evidente que as pessoas recebem o evangelho com mais<br />

facilidade quando o mesmo é apresentado a elas de maneira apropriada, não<br />

alienada, à sua cultura, e quando podem recebê-lo com e entre seu próprio<br />

povo. Diferentes sociedades têm diferentes métodos de tomada de decisão<br />

em grupo, p. ex., por consenso, pelo chefe da família, ou através de um grupo<br />

de anciãos ou dignatarios. Reconhecemos a validade da dimensão social da<br />

conversão como parte do processo global, bem como a necessidade de cada<br />

membro do grupo participar nela em pessoa, seja mais cedo ou mais tarde.<br />

f. A conversão é súbita ou gradual?<br />

A conversão em geral é mais gradual do que considera a doutrinação<br />

evangélica tradicional. Na verdade, isso pode ser apenas uma disputa sobre<br />

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