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Comitê Lausanne – O Evangelho e a Cultura - Juvep

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passado como uma combinação de ruptura e continuidade. Por mais que os<br />

novos convertidos sintam que precisam renunciar por amor de Cristo, ainda<br />

são as mesmas pessoas, com a mesma herança e a mesma família. "A<br />

conversão não desfaz; ela refaz." É sempre trágico, embora seja às vezes<br />

inevitável, quando a conversão da pessoa a Cristo é interpretada por outros<br />

como traição às suas origens culturais. Se possível, a despeito do conflito com<br />

sua cultura, os novos convertidos deveriam procurar identificar-se com as<br />

alegrias, esperanças, dores e lutas de sua cultura própria.<br />

Testemunhos específicos mostram que os convertidos freqüentemente<br />

passam por três estágios: (1) "rejeição" (quando se vêem a si próprios como<br />

"novas pessoas em Cristo" e repudiam tudo que está associado a seu<br />

passado); (2) "adaptação" (quando descobrem sua herança étnico-cultural, e<br />

sofrem a tentação de comprometer sua nova fé cristã com essa herança); e<br />

(3) o "reestabelecimento da identidade" (quando a rejeição do passado ou a<br />

acomodação a ele podem aumentar, ou ainda, de preferência, quando<br />

desenvolvem uma autoconsciência equilibrada em Cristo e na cultura).<br />

d. O confronto do poder<br />

"Jesus é Senhor" significa mais do que simplesmente Senhor da<br />

cosmovisão de cada convertido, e de seus padrões e relações. Significa ainda<br />

mais do que Senhor da cultura. Significa que ele é Senhor dos poderes,<br />

elevado pelo Pai à soberania universal, ficando sujeitos a ele principados e<br />

potestades (1 Pe 3: 22). Alguns dentre nós, particularmente os da Ásia, África<br />

e América Latina, falaram tanto da realidade das forças do mal como da<br />

necessidade de demonstrar a supremacia de Jesus sobre elas. Pois a<br />

conversão envolve um confronto de poder. As pessoas dedicam sua lealdade<br />

a Cristo quando vêem que seu poder é superior à magia e à macumba, às<br />

maldições e bênçãos de curandeiros, à malevolencia dos maus espíritos; e<br />

que sua salvação é uma libertação real do poder do mal e da morte.<br />

Sabemos que hoje algumas pessoas negam que a crença nos espíritos ê<br />

compatível com a compreensão científica do universo. Portanto, contra o<br />

mito mecanicista em que se apóia a cosmovisão tipicamente ocidental,<br />

queremos afirmar a realidade das inteligências demoníacas, interessadas,<br />

por todos os meios manifestos e latentes, em desacreditar Jesus Cristo e<br />

impedir que as pessoas venham até ele. Achamos de vital importância para a<br />

evangelização, em todas as culturas, ensinar a realidade e hostilidade das<br />

forças demoníacas, e a proclamar que Deus exaltou Cristo como Senhor de<br />

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