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Comitê Lausanne – O Evangelho e a Cultura - Juvep

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arco emprestado, um jumento, um cenáculo, e até ser enterrado num<br />

túmulo emprestado. Semelhantemente, os mensageiros transculturais,<br />

especialmente durante seus primeiros anos de serviço, precisam aprender a<br />

depender de outros.<br />

Depois vem a renúncia à imunidade. Jesus se expôs à tentação, ao<br />

sofrimento, à limitação, à necessidade econômica e à dor. Assim também<br />

deveria o missionário esperar que se tome vulnerável a novas tentações,<br />

perigos e doenças; a um clima estranho, à solidão inusitada e, possivelmente,<br />

à morte.<br />

Passando do tema da renúncia ao da identificação, maravilhamo-nos com a<br />

plenitude da identificação de nosso Senhor conosco, particularmente como a<br />

vemos na epístola aos Hebreus. Ele partilhou de nossa "carne e sangue", foi<br />

tentado da mesma forma em que o somos, aprendeu a obedecer através do<br />

sofrimento e provou a morte em nosso lugar (Hb 2:14-18; 4: 15; 5: 8).<br />

Durante seu ministério público Jesus fez-se amigo de pobres e de pessoas<br />

humildes, curou doentes, alimentou famintos, tocou intocáveis e arriscou sua<br />

reputação associando-se com pessoas que a sociedade rejeitava.<br />

A extensão de nossa identificação com o povo no lugar onde trabalhamos é<br />

matéria controversa. Certamente que isso inclui dominar a sua língua,<br />

mergulhar na sua cultura, aprender a pensar como eles pensam, sentir como<br />

eles sentem e fazer como eles fazem. A nível sócio-econômico, não cremos<br />

que seja necessário "naturalizar-se", isto é, viver exatamente como o povo<br />

vive, porque a tentativa de um estrangeiro fazer isso pode não ser vista como<br />

autêntica, mas como algo falso e artificial. Mas não achamos que deva haver<br />

uma disparidade berrante entre nosso estilo de vida e o estilo de vida das<br />

pessoas que nos cercam.<br />

Entre esses extremos existe a possibilidade de desenvolvermos um padrão<br />

de vida que expresse o tipo de amor que cuida e partilha, e que acha natural<br />

ser reciprocamente hospitaleiro com outros, sem nenhum constrangimento.<br />

Um profundo teste da nossa identificação é perguntar até que ponto<br />

sentimos que pertencemos ao povo e, mais ainda, até onde o povo sente que<br />

nós pertencemos a ele. Participamos naturalmente em dias de ação de graças<br />

nacionais ou tribais? Unimo-nos a eles na dor da opressão de que são vítimas,<br />

tanto quanto em sua busca de justiça e liberdade? Se o país é vítima de um<br />

tremor de terra ou de uma guerra civil, nosso impulso natural é ficar e sofrer<br />

com o povo que amamos ou voltar correndo para casa?<br />

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