Comitê Lausanne – O Evangelho e a Cultura - Juvep
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parar aí. Gentil e pacientemente aceitamos nossa responsabilidade de leválas<br />
a ver-se a si mesmas, da mesma forma que nós nos vemos a nós mesmos,<br />
como rebeldes a quem o evangelho fala diretamente com a mensagem do<br />
perdão e da esperança. Começar onde as pessoas não estão é partilhar uma<br />
mensagem irrelevante. Ficar onde as pessoas estão e não levá-las a fruir da<br />
plenitude das boas novas de Deus. é partilhar um evangelho truncado. A<br />
humilde sensibilidade do amor evita ambos os erros.<br />
Em quarto lugar, existe a humildade em reconhecer que mesmo o<br />
missionário mais dotado, dedicado e experiente, raramente poderá<br />
comunicar o evangelho em outra língua ou cultura tão eficientemente quanto<br />
um cristão local treinado para isso. Esse fato tem sido reconhecido nos<br />
últimos anos pelas Sociedades Bíblicas, cuja política mudou de direção,<br />
preferindo, ao invés de publicar traduções de missionários (com ajuda de<br />
pessoas locais), treinar especialistas da língua-mãe a fazer as traduções.<br />
Somente cristãos locais poderão responder a estas perguntas: "Deus, como tu<br />
dirias isso em nossa língua?" e "Deus, que quer dizer obediência a ti em.<br />
nossa cultura?" Portanto, quer estejamos traduzindo a Bíblia ou comunicando<br />
o evangelho, cristãos locais são indispensáveis. Eles é que devem<br />
assumir a responsabilidade de contextualizar o evangelho em seus próprios<br />
idiomas e culturas. Isto não quer dizer que testemunhas transculturais são<br />
necessariamente supérfluas; mas só seremos bem-vindos se formos<br />
humildes bastante para vermos a boa comunicação como uma tarefa de<br />
equipe, em que todos os crentes colaboram como parceiros.<br />
Em quinto lugar, existe a humildade em confiar no Espírito Santo de Deus,<br />
que é sempre o principal comunicador. É só ele que abre os olhos dos cegos e<br />
leva as pessoas a experimentar um novo nascimento. "Sem o testemunho<br />
dele, o nosso seria em vão" (Pacto de <strong>Lausanne</strong>, § 14).<br />
b. A Encarnação como modelo do testemunho cristão<br />
Encontramo-nos para a Consulta nas vésperas do Natal, que poderia ser<br />
chamado de o exemplo mais espetacular de identificação cultural na história<br />
da humanidade, uma vez que, através da Encarnação, o Filho se transformou<br />
num judeu galileu do primeiro século.<br />
Lembramo-nos também de que a intenção de Jesus era que a missão de seu<br />
povo no mundo fosse modelada em sua própria missão. "Assim como o Pai<br />
me enviou, eu também vos envio", disse ele (Jo 20: 21; cf. 17: 18).<br />
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