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Comitê Lausanne – O Evangelho e a Cultura - Juvep

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Não nos tem sido possível dedicar tanto tempo como gostaríamos ao<br />

problema do condicionamento cultural da Escritura. Estamos de acordo em<br />

que alguns mandamentos bíblicos (p.ex., o uso de véu em público pelas<br />

mulheres e lavar os pés uns dos outros) se referem a costumes já obsoletos<br />

em muitas partes do mundo. Em face de tais textos, acreditamos que a reação<br />

correta não é nem uma literal obediência servil, nem uma desconsideração<br />

irresponsável do assunto, mas sim antes de tudo, um discernimento crítico<br />

do significado íntimo do texto e, depois, a tradução do mesmo em termos de<br />

nossa própria cultura. Por exemplo, o significado fundamental daquele<br />

mandamento <strong>–</strong> lavar os pés uns dos outros <strong>–</strong> é que o mútuo amor deve<br />

expressar-se em serviço humilde. Assim é que, em algumas culturas,<br />

podemos limpar, ao invés dos pés, os sapatos. Está claro que o propósito de<br />

uma “transposição cultural” como essa não é evitar a obediência mais, ao<br />

contrário, torná-la atual e autêntica.<br />

A questão tão discutida do status da mulher não foi debatida na Consulta.<br />

Mas reconhecemos a necessidade de buscar uma compreensão que,<br />

integramente procure fazer justiça a toda a doutrina bíblica e que encare as<br />

relações entre o homem e a mulher como sendo de um lado radicadas na<br />

criação e, ao mesmo tempo, maravilhosamente transformadas pela nova<br />

criação que Jesus introduziu.<br />

e. A obra contínua do Espírito Santo<br />

Será que nossa ênfase na finalidade e no caráter normativo da Escritura<br />

significa estarmos pensando que o Espírito Santo já parou de operar? Não,<br />

certamente que não. Mas a natureza de seu ministério doutrinário mudou.<br />

Acreditamos que sua obra de “inspiração” já foi concluída, no sentido de que<br />

o cânone bíblico está encerrado, mas acreditamos também que sua obra de<br />

“iluminação” continua em toda conversão (p.ex., 2Co 4:6) e na vida do cristão<br />

e da igreja. De maneira que precisamos orar constantemente para que ele<br />

ilumine os olhos de nossos corações, fazendo com que conheçamos a<br />

inteireza do propósito de Deus para nós (Ef 1:17ss) e para que em vez de ter<br />

medo, tenhamos coragem de tomar decisões e empreender novas tarefas.<br />

Percebemos que a nossa experiência do ministério do Espírito Santo em<br />

revelar a aplicação da verdade de Deus à vida pessoal e eclesiástica é,<br />

geralmente, menos vívida do que deveria ser. Nesse aspecto todos nós<br />

precisamos de mais abertura e mais sensibilidade.<br />

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