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A história da saúde pública/vigilância sanitária no brasil - UFF

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A <strong>história</strong> <strong>da</strong> <strong>saúde</strong><br />

<strong>pública</strong>/<strong>vigilância</strong> <strong>sanitária</strong> <strong>no</strong> <strong>brasil</strong><br />

Prof. Ismar Araujo de Moraes<br />

Departamento de Fisiologia e Farmacologia <strong>da</strong> <strong>UFF</strong><br />

Médico Veterinário – S/SUBVISA-RIO


O começo do problema...<br />

A vin<strong>da</strong> do colonizador gerou<br />

doenças e mortes nas tribos<br />

indígenas.<br />

A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: colônia.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: colônia.<br />

Modelo exploratório sem preocupação com as questões<br />

<strong>sanitária</strong>s.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: colônia.<br />

Em 1789, havia <strong>no</strong> Rio de Janeiro apenas quatro médicos.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: colônia.<br />

O pajé, com suas ervas e cantos


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: colônia.<br />

Os pajés e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas<br />

formas de assistência à <strong>saúde</strong>.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: “Sede do império Ultramari<strong>no</strong><br />

Português”.<br />

Com chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> Corte Portuguesa, em 1808, começa um processo de criação de<br />

instituições volta<strong>da</strong>s para a <strong>saúde</strong>, objetivando:<br />

• efetuar o controle sanitário dos produtos a serem comercializados e consumidos,<br />

e dos estabelecimentos comerciais;<br />

• combater a propagação de doenças, principalmente as epidêmicas;<br />

• resolver questões de saneamento;<br />

• fiscalizar o exercício profissional na área <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil :“Sede do império Ultramari<strong>no</strong><br />

Português”.<br />

De acordo com a ANVISA a<br />

instalação oficial <strong>da</strong> <strong>vigilância</strong><br />

<strong>sanitária</strong> <strong>no</strong> Brasil ocorreu em<br />

28 de janeiro de 1808, quando<br />

D. João VI assi<strong>no</strong>u em<br />

Salvador (BA), então capital<br />

<strong>brasil</strong>eira, a carta régia que<br />

“abriu os portos às nações<br />

amigas”.<br />

Impôs-se um controle sanitário mais efetivo não só dos portos, mas<br />

também dos navios e passageiros que chegavam ao Brasil.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil :“Sede do império Ultramari<strong>no</strong><br />

Português”.<br />

As práticas médicas <strong>da</strong> época estava a cargo <strong>da</strong>s Santas Casas de<br />

Misericórdias, hospitais militares e os de<strong>no</strong>minados físicos, os cirurgiõesbarbeiros,<br />

barbeiros sangradores, boticários curandeiros e as parteiras.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil :“Sede do império Ultramari<strong>no</strong><br />

Português”.<br />

Jean Baptiste Debret.<br />

(1768 -1848)<br />

Chega ao Rio com a Missão<br />

Artiistica Francesa em 1816.<br />

1820


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil :“Sede do império Ultramari<strong>no</strong><br />

Português”.<br />

Mercado na Praia dos Mineiros (Rugen<strong>da</strong>s)<br />

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Rugen<strong>da</strong>s_-_Marche_sur_la_praia_dos_mineros.jpg<br />

1824<br />

Johann Moritz Rugen<strong>da</strong>s (1802 - 1858)<br />

Pintor alemão que viajou por todo o Brasil<br />

durante o período de 1822 a 1825,<br />

Negras Cozinheiras Vendedoras de Angu – Rugen<strong>da</strong>s<br />

http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/395805/gd/1186000521.jpg


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: Império.<br />

1828<br />

– D. Pedro I, após 20 a<strong>no</strong>s desde a sua criação, extingue definitivamente a<br />

fisicatura.<br />

– Reforma Sanitária de 1928.<br />

Transfere as ações de <strong>saúde</strong> para os municípios (municipalização)


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: Império.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: Império.


A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: Império.<br />

1855<br />

Epidemia de cólera<br />

1860<br />

Criação <strong>da</strong> Estação de Tratamento de<br />

Esgoto do Rio de Janeiro<br />

A capital do Império, o Rio de Janeiro,<br />

tor<strong>no</strong>u-se a quinta ci<strong>da</strong>de do mundo a<br />

possuir uma estação de tratamento de<br />

esgotos.


1886<br />

Decreto 9.554, de 3 de fevereiro de 1986<br />

A <strong>saúde</strong> <strong>no</strong> Brasil: Império.<br />

Reorganização dos Serviços Sanitários do Império.<br />

Inspetoria Geral de Higiene => Serviços sanitários terrestres.<br />

Inspetoria Geral de Saúde dos Portos => Serviços sanitários Marítimos


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


O Rio de 1900....<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

O Rio de Janeiro era a capital federal.<br />

Nenhum saneamento básico<br />

Varíola, febre amarela e até a peste espalhando-se.


O Rio de 1900....<br />

A Mídia reconhecia os problemas sanitários do Rio...<br />

Rose Oliveyra - Caricatura LXXXIV<br />

As moléstias em conferência. Charge do início do século XX.<br />

To<strong>da</strong>s carregam o símbolo <strong>da</strong> morte, uma foice.<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


O Rio de 1900....<br />

Lei Áurea em 1888<br />

730.000 habitantes<br />

Proliferação dos cortiços<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Cortiço <strong>no</strong> Rio de Janeiro <strong>no</strong> começo do século XX


O Rio de 1902....<br />

Primeiro gover<strong>no</strong> do presidente Rodrigues Alves<br />

(1902-1906)<br />

Pla<strong>no</strong> tríplice: reurbanizar, sanear e reformar o Porto<br />

do Rio<br />

Motivações:<br />

• Incentivar o Turismo<br />

• Apoio aos cafeicultures<br />

• Favorecer a imigração<br />

• Morte de sua filha pela Febre Amarela<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

“ O presidente Sanitarista”<br />

"Viaje direto<br />

para Argentina<br />

sem passar<br />

pelos perigosos<br />

focos de<br />

epidemias do<br />

Brasil".)


O Rio de 1902....<br />

Nomeação do Prefeito Pereira Passos<br />

Proibições:<br />

• Cuspir dentro de bondes<br />

• Ordenhar vacas leiteiras nas vias <strong>pública</strong>s<br />

• Mendicância<br />

Obrigações:<br />

Disponibilização de escarradeiras para o povo nas repartições <strong>pública</strong>s<br />

Instalação de mictórios públicos em vários pontos <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

Alem de:<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Pereira Passos<br />

• Substituição <strong>da</strong>s imun<strong>da</strong>s vielas coloniais, terre<strong>no</strong>s baldios usados como<br />

depósitos de lixo e dos cortiços por praças arboriza<strong>da</strong>s e largas aveni<strong>da</strong>s e ruas.


O Rio de 1902....<br />

Nomeação do médico sanitarista<br />

Oswaldo Cruz como Diretor Geral de<br />

Saúde <strong>pública</strong> para <strong>da</strong>r um jeito <strong>no</strong><br />

problema.<br />

A estratégia do Dr. Cruz:<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Oswaldo Cruz<br />

=> Combater a peste bubônica, a febre amarela e a varíola.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


Combatendo a Peste bubônica<br />

• Determi<strong>no</strong>u a caça aos ratos, cujas pulgas<br />

transmitem a doença.<br />

• A população recebia uma quantia por ca<strong>da</strong><br />

animal entregue ao gover<strong>no</strong>.<br />

• Montou um esquadrão de 50 homens<br />

vacinados para percorrer becos espalhando<br />

ratici<strong>da</strong> e man<strong>da</strong>ndo recolher o lixo.<br />

• Invasão <strong>da</strong>s casas e queima de roupas e<br />

colchões<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

1 rato<br />

Até 300 reis<br />

1kg de<br />

feijão<br />

Falcatruas<br />

(industrialização<br />

<strong>da</strong> criação)


Combatendo a Febre amarela<br />

• Montou briga<strong>da</strong>s de mata-mosquitos<br />

• Despejou petróleo <strong>no</strong>s alagados<br />

• Promoveu desinfecção de casa por casa.<br />

• A "invasão de privaci<strong>da</strong>de" foi critica<strong>da</strong><br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Aparelho Clayton utilizado para lançar gás sulfuroso nas galerias de<br />

águas pluviais e esgotos, <strong>no</strong> combate aos mosquitos <strong>da</strong> febre amarela.<br />

(revista Kosmos, 1904)


“Polícia Sanitária. Ideário de 1889”<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Briga<strong>da</strong>s mata-mosquitos ve<strong>da</strong>m residência para aplicação<br />

de vene<strong>no</strong> contra o transmissor <strong>da</strong> febre amarela.<br />

“Polícia Sanitária”


“Polícia Sanitária - Ideário de 1889”<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Enxofre e piretro exterminavam mosquitos <strong>da</strong> febre amarela que infestavam as<br />

casas, cujas portas, janelas e frestas eram ve<strong>da</strong><strong>da</strong>s e os telhados cobertos por<br />

toldos.<br />

Foto: J. J. Monteiro de Paiva, em Óbidos, Pará, 1910<br />

“Polícia Sanitária”


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

Briga<strong>da</strong> contra os mosquitos na campanha de erradicação <strong>da</strong> febre amarela <strong>no</strong> Rio<br />

de Janeiro, <strong>no</strong> início do século. In: Oswaldo Cruz - monumenta histórica, São Paulo, vol. VI,<br />

1972).<br />

“Polícia Sanitária”<br />

“Polícia Sanitária – Ideário de 1989”


O extermínio dos mosquitos resultou <strong>no</strong> fim <strong>da</strong> febre amarela <strong>no</strong> Rio<br />

1903 = 469 mortos <strong>no</strong> verão<br />

1904 = 39 mortos<br />

1905 = 42 mortos<br />

1906 = extinta<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


Combatendo a Varíola<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

• A vacina anti-varíola passou a ser obrigatória.<br />

• Briga<strong>da</strong>s de <strong>saúde</strong> <strong>pública</strong> podiam entrar nas<br />

casas e vacinar à força.<br />

Muitos médicos descrentes <strong>da</strong> eficácia <strong>da</strong> vacina.<br />

Medo <strong>da</strong> vacina atuar na propagação <strong>da</strong> doença.<br />

Adeptos do positivismo, tendo por princípio<br />

filosófico, “o Estado não tem o direito de interferir na<br />

decisão individual de vacinar-se ou não”.


A reação <strong>da</strong> mídia...<br />

‘A vacinação’, de Raul<br />

(O Correio, 1.10.1904),<br />

em Falcão<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

O Nero <strong>da</strong> Higiene Luís XIV <strong>da</strong> seringação<br />

"Le tas c’est moi"<br />

(Essa bagunça sou eu).<br />

Kalixto, 1904


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

A vacina obrigatória foi considera<strong>da</strong> uma tirania.<br />

A população saiu às ruas e iniciou a Revolta <strong>da</strong> Vacina colocando a ci<strong>da</strong>de do Rio<br />

em estado de sítio.<br />

A revolta deixa um saldo de 30 mortos, 110 feridos e 945 presos, dos quais 461<br />

foram deportados para o Acre.<br />

Oswaldo Cruz acabou afastado<br />

10 a 16 de <strong>no</strong>vembro<br />

de 1904


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.<br />

A reação <strong>da</strong> mídia...<br />

A briga<strong>da</strong>, mostra<strong>da</strong> como uma tropa de cavalaria monta<strong>da</strong> sobre seringas,<br />

porta um estan<strong>da</strong>rte onde se lê: Vaccina obrigatoria".<br />

O povo enfrenta os agentes de <strong>saúde</strong> com paus, machados<br />

e vassouras, enquanto outros atiram penicos, baldes, garfos e serrotes <strong>da</strong>s<br />

janelas.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong> velha.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: era Vargas.<br />

1930<br />

Decreto 19.402, de 14 de <strong>no</strong>vembro de 1930.<br />

• Cria uma Secretária de Estado com a<br />

de<strong>no</strong>minação de Ministério dos Negócios <strong>da</strong><br />

Educação e Saúde Publica.<br />

• Mantém a estrutura do Departamento<br />

Nacional de Saúde


1937<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: era Vargas.<br />

Lei nº 378, de 13 de Janeiro de 1937.<br />

• O Ministério dos Negócios <strong>da</strong> Educação e Saúde<br />

Publica passou a se chamar Ministério <strong>da</strong> Educação e<br />

Saúde.<br />

• “Reforma Capanema”


A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong>.


Decreto 1812 de 08/02/1996<br />

Altera dispositivos do Decreto n° 30.691<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong>.<br />

Decreto 2244 de 04/06/97<br />

Altera dispositivos do Decreto nº 30.691


1953<br />

Lei 1920, de 25 de julho de 1953.<br />

O Ministério <strong>da</strong> Educação e Saúde<br />

passa a ser o MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE.<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong>.


1961.<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil: Re<strong>pública</strong>.<br />

Decreto nº 49.974, de 21 de janeiro de 1961.<br />

Regulamentou Código Nacional de Saúde (Lei n° 2.312/54).<br />

• Atribuiu competência ao Ministério <strong>da</strong> Saúde para estabelecer<br />

<strong>no</strong>rmas gerais sobre defesa e proteção <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>.<br />

• O Ministério <strong>da</strong> Saúde passa a ter atuação na regulamentação<br />

dos alimentos


1963<br />

Criação do Codex alimentarius


1963<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil Re<strong>pública</strong>.<br />

Efeitos Adversos <strong>da</strong> Talidomi<strong>da</strong><br />

Criação do GEIFAR (Grupo Executivo <strong>da</strong> Indústria<br />

Farmacêutica) para o controle do setor farmacêutico.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : Gover<strong>no</strong> militar.<br />

1969<br />

DECRETO-LEI nº 986 - DE 21 DE OUTUBRO DE 1969<br />

Os Ministros <strong>da</strong> Marinha de Guerra, do Exército e <strong>da</strong><br />

Aeronáutica Militar, usando <strong>da</strong>s atribuições que lhes<br />

confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de<br />

outubro de 1969, combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato<br />

Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam:<br />

Art. 1º - A defesa e a proteção <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> individual ou<br />

coletiva, <strong>no</strong> tocante a alimentos, desde a sua obtenção até<br />

o seu consumo, serão regula<strong>da</strong>s, em todo território<br />

nacional, pelas disposições deste Decreto-Lei.


1976<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil : Gover<strong>no</strong> militar.<br />

REESTRUTURAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />

Criação <strong>da</strong> Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária com DIVISÕES volta<strong>da</strong>s<br />

para a <strong>vigilância</strong> de Portos, Aeroportos e Fronteiras (DIPAF), Medicamentos<br />

(DIMED), Alimentos (DINAL), Saneantes e Domissanitários (DISAD),<br />

Cosméticos e Produtos de Higiene (DICOP).


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : Gover<strong>no</strong> militar.<br />

1977<br />

DECRETO-LEI nº 6437 - de 20 de agosto de 1977.<br />

Configura as infrações à legislação <strong>sanitária</strong><br />

federal, estabelece as sanções respectivas, e dá<br />

outras providências.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : Gover<strong>no</strong> militar.<br />

1978<br />

Resolução - CNNPA nº 12, de 1978<br />

A Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos<br />

aprova as NORMAS TÉCNICAS ESPECIAIS relativas hortaliças<br />

(legumes, verduras, raízes e tubérculos), frutas e cereais,<br />

entre outros produtos e subprodutos.<br />

Revoga<strong>da</strong> pela Resolução - RDC nº<br />

272, de 22 de setembro de 2005


1985 – Carta de Goiânia<br />

Encontro em Goiânia de representantes <strong>da</strong>s VISA de vários estados e do DF.<br />

Proposição: para discussão de <strong>no</strong>vos rumos para a VISA.<br />

Resultado: Carta de Goiânia, onde os estados propuseram a:<br />

reformulação <strong>da</strong> Política Nacional de VISA<br />

criação de um sistema<br />

reorganização dos serviços.<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

Carta de Goiânia é considera<strong>da</strong><br />

como um divisor de águas em<br />

termos de política <strong>sanitária</strong> <strong>no</strong> país.


1985 - Seminário Nacional de Vigilância Sanitária<br />

Deliberações:<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

• A Política Nacional de VISA terá que levar em conta a conjuntura e a<br />

situação de ca<strong>da</strong> estado<br />

• O tema VISA deverá ser incluído na 8ª Conferencia de Saúde (1986)<br />

• Caminhar para a descentralização <strong>da</strong>s ações de <strong>saúde</strong><br />

• Estabelecer um sistema de informações em VISA<br />

• Promover a ampla revisão <strong>da</strong> legislação<br />

• Disponibilizar órgãos de divulgação para consumidores e<br />

população em geral


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1987/88<br />

Crise na Saúde e <strong>no</strong> exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />

Contaminação <strong>da</strong>s bolsas de sangue.<br />

Acidente radioativo em Goiânia.<br />

Excesso de conservantes em alimentos.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1988<br />

Constituição Federal de 1988<br />

Reconhecimento do papel do Estado <strong>no</strong> contexto <strong>da</strong> Saúde.<br />

Art. 6.º (*) São direitos sociais a educação, a <strong>saúde</strong>, o trabalho, o<br />

lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à materni<strong>da</strong>de e<br />

à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta<br />

Constituição


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1990<br />

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR<br />

Lei 8078 de 11 de Setembro de 1990<br />

• Reforça a legislação de proteção e defesa <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>.<br />

• Reafirma a responsabili<strong>da</strong>de do produtor pela quali<strong>da</strong>de do<br />

produto e serviço.<br />

• Impõe ativi<strong>da</strong>des de informação ao consumidor.<br />

• Introduziu a inversão do “ônus <strong>da</strong> prova” (em caso de<br />

alegação de improprie<strong>da</strong>de, cabe ao fabricante provar que o<br />

produto é bom para o consumo).<br />

• Impede práticas abusivas contra o consumidor.


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1990<br />

Lei Orgânica <strong>da</strong> Saúde.<br />

Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.<br />

• A Saúde é um direito do Ci<strong>da</strong>dão e um dever do Estado<br />

Art. 2º A <strong>saúde</strong> é um direito fun<strong>da</strong>mental do ser huma<strong>no</strong>, devendo o<br />

Estado prover as condições indispensáveis ao seu ple<strong>no</strong> exercício.<br />

§ 1º O dever do Estado de garantir a <strong>saúde</strong> consiste na formulação e execução de<br />

políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de<br />

outros agravos e <strong>no</strong> estabelecimento de condições que assegurem acesso<br />

universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e<br />

recuperação.<br />

§ 2º O dever do Estado não exclui o <strong>da</strong>s pessoas, <strong>da</strong> família, <strong>da</strong>s empresas e <strong>da</strong><br />

socie<strong>da</strong>de.


1990<br />

Lei Orgânica <strong>da</strong> Saúde.<br />

Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.<br />

• Inclusão <strong>da</strong> Vigilância Sanitária como campo de atuação do SUS<br />

Dos Objetivos e Atribuições<br />

A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

Art. 6º Estão incluí<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> <strong>no</strong> campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):<br />

I - a execução de ações:<br />

a) de <strong>vigilância</strong> <strong>sanitária</strong><br />

b) de <strong>vigilância</strong> epidemiológica<br />

c) de <strong>saúde</strong> do trabalhador<br />

d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1990<br />

Lei Orgânica <strong>da</strong> Saúde.<br />

Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.<br />

Art. 6º § 1º- Entende-se por <strong>vigilância</strong> <strong>sanitária</strong> um conjunto de ações capaz<br />

de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à <strong>saúde</strong> e de intervir <strong>no</strong>s<br />

problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, <strong>da</strong> produção e<br />

circulação de bens e <strong>da</strong> prestação de serviços de interesse <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>.<br />

• Define o que deve ser entendido por Vigilância Sanitária<br />

• Introduz o conceito de Risco


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1998<br />

Lei 9677 de 02 de Julho de 1998<br />

Altera dispositivos do código penal para incluir a falsificação,<br />

adulteração e alteração de substâncias ou produtos de interesse <strong>da</strong><br />

<strong>saúde</strong>, na classificação de delitos hediondos


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

1999<br />

Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999.<br />

• Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária<br />

• Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA<br />

• Define as áreas de atuação <strong>da</strong> Vigilância Sanitária<br />

- Meio Ambiente<br />

- Circulação de bens e produtos relacionados a <strong>saúde</strong><br />

- Produção e serviços de <strong>saúde</strong><br />

- Vigilância Sanitária do Trabalho


A Saúde <strong>no</strong> Brasil : <strong>no</strong>va re<strong>pública</strong>.<br />

EM RESUMO:<br />

O final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 80 e a déca<strong>da</strong> de 90 foram de grande importância para<br />

o estabelecimento <strong>da</strong> Vigilância Sanitária que temos <strong>no</strong>s dias de hoje.<br />

Chamam a atenção como marcos de importância<br />

• Constituição de 1988, que assegurou o direito ao acesso de to<strong>da</strong><br />

população aos serviços de promoção, proteção e recuperação <strong>da</strong> <strong>saúde</strong><br />

• Lei 8080 de 19 de setembro de 1990, conheci<strong>da</strong> como Lei Orgânica <strong>da</strong><br />

Saúde e que definiu a VISA como parte integrante do Sistema Único de<br />

Saúde (SUS).<br />

• Lei 8078 de 11 de Setembro de 1990 que estabeleceu o Código de<br />

Defesa do Consumidor<br />

• Lei 9782 de 26 de janeiro de 1999, com a criação do Sistema Nacional de<br />

Vigilância Sanitária (SNVS) e <strong>da</strong> ANVISA.


Referências de Literatura e Recomen<strong>da</strong>ções para leitura.<br />

"À sua Saúde - A Vigilância<br />

Sanitária na História do Brasil”<br />

Escritor e jornalista Eduardo Bue<strong>no</strong><br />

http://www.ccms.saude.gov.br/visa/homepage.html

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