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nosso desafio é o futuro Caderno de Resoluções ... - Sindipetro Bahia

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<strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> <strong>Resoluções</strong> aprovadas no Congresso do sindipetro-BA<br />

A estrutura produtiva na <strong>é</strong>poca do monopólio daPetrobrás na exploração<br />

e prospecção do petróleo cuja ativida<strong>de</strong> laboral <strong>é</strong> ainda regida pela Lei nº<br />

5811/72, foi totalmente modificada, uma vez que houve um choque das praticas<br />

costumeiras das diversas companhias <strong>de</strong> petróleo e prestadoras <strong>de</strong> serviços<br />

estrangeiras com as nossas normas constitucionais e infraconstitucionais.<br />

Com o advento da terceirização <strong>de</strong> diversos serviços nesta ativida<strong>de</strong>, principalmente<br />

durante o governo Fernando Henrique, a própria Petrobrás visando<br />

cortar seus custos operacionais, impôs uma s<strong>é</strong>rie <strong>de</strong> restrições aos contratos<br />

firmados com essas empresas restringindo direitos conquistados pelos trabalhadoresjunto<br />

a própria Petrobrás, como <strong>é</strong> o caso da jornada <strong>de</strong> 14 dias <strong>de</strong><br />

trabalho x 21 dias folgas, on<strong>de</strong> nos atuais contratos firmados com as operadoras<br />

e prestadoras tem-se exigido que os seus empregados façam 14 dias <strong>de</strong> trabalho<br />

x 14 dias <strong>de</strong> folga, gerando um retrocesso perigoso para toda a categoria<br />

petroleira, on<strong>de</strong> al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> não pagar uma s<strong>é</strong>rie <strong>de</strong> benefícios que foram conquistados<br />

a duras penas pelos diversos Sindicatos Petroleiros e pela Fe<strong>de</strong>ração,<br />

cria situações que visam única e exclusivamente restringir e suprimir os frutos<br />

<strong>de</strong> nossas conquistas ao longo dos anos, criando um novo pacto laboral que<br />

po<strong>de</strong> ser a nova realida<strong>de</strong> para toda a categoria petroleira.<br />

O INCENTIVO DA PETROBRÁS À PRECARIZAÇÃO<br />

O relatório <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s 2009 da Petrobrás aponta que o número atual <strong>de</strong><br />

empregados terceirizados era 321 mil. Com o pr<strong>é</strong>-sal estima-se que esse número<br />

passará <strong>de</strong> 1.000.000 <strong>de</strong> trabalhadores. Enquanto isso, o número <strong>de</strong> trabalhadores<br />

primeirizados está em apenas 80.000 em todo o sistema Petrobras.<br />

Al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> não avançar na primeirização, a Petrobras tem incentivado a precarização<br />

da relação <strong>de</strong> trabalho nas empresas prestadoras <strong>de</strong> serviço, ocasionada<br />

por seu atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contratação, menor preço ao inv<strong>é</strong>s do melhor preço,<br />

representando 98% dos contratos já existentes e <strong>de</strong>apenas 2% pela t<strong>é</strong>cnica.<br />

Essa prática tem gerado um enorme prejuízo aos trabalhadores, como a redução<br />

<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, massa salarial, benefícios e direitos já conquistados.<br />

O atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contratação tamb<strong>é</strong>m apresenta um grave efeito colateral<br />

que <strong>é</strong> o elevado número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, inclusive fatais. De 1995 at<strong>é</strong> abril <strong>de</strong><br />

2012, foram registrados 313 mortes <strong>de</strong> trabalhadores, sendo 253 terceirizados<br />

e 60 próprios. Só para se ter uma id<strong>é</strong>ia da falta <strong>de</strong> compromisso da Petrobras<br />

com esses trabalhadores, inclusive com os próprios, em 2008 foram registrados<br />

16 aci<strong>de</strong>ntes fatais sendo 12 terceirizados. Em 2009 7 aci<strong>de</strong>ntes fatais<br />

<strong>de</strong>sses 6 terceirizados. Essa realida<strong>de</strong> mostra claramente que al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> falhas na<br />

sua atual política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança, o atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contratação tem in-<br />

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