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a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS

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quais atendem a lógica mercantil. Assim, os discursos <strong>da</strong> mídia empenham-se em<br />

modificar hábitos, cooptar desejos e necessi<strong>da</strong>des, incutir valores e idéias, elimi<strong>na</strong>r as<br />

diferenças, uniformizar os indivíduos de acordo com os interesses domi<strong>na</strong>ntes e, assim,<br />

consequentemente, impedir a constituição de indivíduos autônomos.<br />

Desta forma, esta investigação tor<strong>na</strong>-se urgente pelas contribuições teóricas<br />

que pretende oferecer à compreensão <strong>da</strong> interferência midiática <strong>na</strong> formação de valores,<br />

crenças, ideais e <strong>na</strong> aquisição de comportamentos por parte <strong>da</strong>s crianças.<br />

A INDÚSTRIA CULTURAL E OS TELESPECTADORES<br />

A Teoria Crítica de Frankfurt a<strong>na</strong>lisa a atuação <strong>da</strong> mídia no sentido de<br />

converter os indivíduos em simples compradores e consumidores dos produtos culturais.<br />

De acordo com essa perspectiva, esses meios servem, em primeira mão, aos interesses<br />

dos mais fortes economicamente, veiculando imagens e propostas de condutas com fins<br />

comerciais. Essa exploração comercial e cultural a qual os indivíduos estão subjugados,<br />

Adorno e Horkheimer (1985), denomi<strong>na</strong>m indústria cultural 10 . Segundo esses autores,<br />

essa forma de exploração não ape<strong>na</strong>s configura os desejos, mas também difunde valores<br />

éticos e estéticos, gerando uma falsa experiência social nos homens à medi<strong>da</strong> que não<br />

decidem sobre seus valores, seus gostos e suas preferências.<br />

Os discursos midiáticos pertencentes à indústria cultural contribuem para que<br />

as formas de subjetivação tornem-se acessíveis às intenções <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de de consumo.<br />

Sendo assim, esses meios não medem esforços no intuito de modificar hábitos,<br />

subordi<strong>na</strong>r desejos e necessi<strong>da</strong>des, incutir valores e idéias, elimi<strong>na</strong>ndo as diferenças e<br />

uniformizando os indivíduos de acordo com os interesses domi<strong>na</strong>ntes.<br />

10 Indústria cultural é um termo proposto pelos frankfurtianos Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, <strong>na</strong><br />

obra “Dialética do Esclarecimento”, publica<strong>da</strong> em 1947. Teve como propósito substituir a expressão<br />

cultura de massas, considera<strong>da</strong> i<strong>na</strong>propria<strong>da</strong>, já que a cultura atual não é produzi<strong>da</strong> pelas massas, mas<br />

sim, para elas, ou seja, a cultura é imposta às massas por setores domi<strong>na</strong>ntes <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. Essa indústria<br />

cultural diferencia-se de cultura de massa e dedica-se à produção de bens simbólicos desti<strong>na</strong>dos ao<br />

consumo de massa. Por meio <strong>da</strong> indústria cultural, tudo se tor<strong>na</strong> negócio. Sua fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de é a produção de<br />

cultura, com fins lucrativos e mercantis.<br />

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