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a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS

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... A Moderni<strong>da</strong>de é o momento de culminância de um processo em que não só<br />

se encontra a separação entre ser humano e <strong>na</strong>tureza, como também a<br />

separação, ain<strong>da</strong> que formal, entre todos os seres humanos que se tor<strong>na</strong>m,<br />

desde então indivíduos.(Idem, p.8).<br />

Para ressaltar ain<strong>da</strong> mais a idéia com que <strong>na</strong> Moderni<strong>da</strong>de se concebia a imagem<br />

corporal <strong>na</strong>s socie<strong>da</strong>des de então, Snnett, citado por Silva (2000) afirma ser uma<br />

maneira :<br />

profun<strong>da</strong> de transformação social que se operava: o individualismo, como<br />

expressão ideológica do capitalismo industrial. Reforçar a individuali<strong>da</strong>de<br />

huma<strong>na</strong>, percebendo de forma mecânica o funcio<strong>na</strong>mento corporal e<br />

cortando os vínculos com que a percepção <strong>da</strong> alma como fonte energética,<br />

leva por fim a enfatizar o individualismo <strong>da</strong>s partes do corpo e <strong>da</strong>s partes<br />

constituintes <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.(Idem, p.14).<br />

O ser humano foi substituído pelas máqui<strong>na</strong>s em função <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de e do<br />

individualismo. O corpo não vale mais <strong>na</strong><strong>da</strong> a não ser como objeto de trabalho.<br />

Observa-se que <strong>na</strong> Atuali<strong>da</strong>de, o corpo deve estar em constante movimento para<br />

ser valorizado (objeto) e não parado, mas a distância é maior em relação a experiência<br />

corporal devido as mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s <strong>na</strong> trajetória huma<strong>na</strong> em to<strong>da</strong>s as socie<strong>da</strong>des.<br />

A Psicologia tentou também separar o corpo <strong>da</strong> mente porque pensava-se que,<br />

tudo se origi<strong>na</strong>va <strong>da</strong> psique e os especialistas tinham que tratar a parte psicológica e não<br />

a física <strong>da</strong> pessoa. Mas a Psicologia Humanística deu impulso positivo ao <strong>da</strong>r<br />

importância do corpo através <strong>da</strong> experiência.<br />

Acredita-se ain<strong>da</strong> que os corpos estão sendo mol<strong>da</strong>dos segundo os padrões que a<br />

socie<strong>da</strong>de impõe e com isso há muito desequilíbrio no ser humano, ao negar-se a si<br />

mesmo e muitos deixam-se levar pelas opiniões alheias, do que aceitar o que de fato<br />

são. Como mostra Bruhns citado por Iwanowicz (1994)<br />

Todos nós estamos negando de alguma forma o nosso corpo, portanto<br />

estamos negando a nossa experiência. Por isso temos que pensar nos<br />

exercícios que aos poucos vão recuperar a nossa sensibili<strong>da</strong>de, exercícios<br />

que formam a consciência inter<strong>na</strong>, exercícios para soltar os músculos e não<br />

prendê-los, para poder se sentir. Porque no momento em que começo a<br />

tomar contato com o meu corpo abro possibili<strong>da</strong>des de usá-lo (Idem, p.81).<br />

No dia-a-dia, as pessoas estão ca<strong>da</strong> vez mais insatisfeitas com a imagem<br />

corporal e, por conseguinte, sentem-se retraí<strong>da</strong>s consigo mesma por não perceberem que<br />

de fato, são uma totali<strong>da</strong>de. Não estão se reconhecendo. Percebe-se também como as<br />

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