a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS
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de levar também novi<strong>da</strong>des que deixam os alunos mais motivados para participarem <strong>da</strong><br />
aula e procurarem estar sempre informados, aju<strong>da</strong>ndo-se mutuamente a transformar as<br />
notícias em conhecimentos.Isso desperta muito interesse para a classe.<br />
Observa-se atualmente que muitos professores estão sobrecarregados de trabalho<br />
e não conseguem ter tempo para si mesmos porque precisam <strong>da</strong>r conta de tudo e com<br />
isso surge a desmotivação, má disposição para lecio<strong>na</strong>r, falta de entusiasmo e até<br />
coragem para preparar-se bem a fim de prosseguir com o seu projeto <strong>na</strong>s ativi<strong>da</strong>des que<br />
ele se propõe a realizar com os alunos e o compromisso para com a escola onde<br />
trabalha. Mas a causa de tudo isso é o fato de trabalhar em várias escolas por causa do<br />
salário. Se o salário de um professor fosse superior a de um deputado, não haveria<br />
necessi<strong>da</strong>de de trabalhar em várias escolas para ter um salário digno. E as cobranças<br />
recaem para o professor quando as coisas não vão bem ou algum aluno está com<br />
problema e corre o risco de reprovar. Logo, a culpa é do professor, mas, será que (o<br />
professor) tem tido tempo para preparar-se? A má quali<strong>da</strong>de do ensino é um problema<br />
sério.<br />
O professor é refém também:<br />
. do tempo de que necessita, mas de que não dispõe, para superar<br />
deficiências básicas de formação;<br />
. <strong>da</strong>s pressões inter<strong>na</strong>s que sofre do sistema – que o impulsio<strong>na</strong> a<br />
implementar técnicas e métodos que lhe exigem dedicação quase individual<br />
a ca<strong>da</strong> aluno – e que ele não consegue, porque não “dá tempo”;<br />
. <strong>da</strong> própria consciência que lhe revela sua impotência para realizar uma<br />
avaliação qualitativa, tal qual se preconiza atualmente;<br />
. dos alunos, que hoje o enfrentam e desafiam abertamente, em muitos casos;<br />
..<strong>da</strong> família dos alunos, que perdeu a autori<strong>da</strong>de sobre os filhos e pressio<strong>na</strong><br />
a escola para fazê-lo em seu lugar;<br />
. <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, que volta e meia surpreende professores e gestores com<br />
medi<strong>da</strong>s cautelares, man<strong>da</strong>dos de segurança e processos...(ZAGURY, 2007:<br />
p.65).<br />
A pesquisa feita por Zagury (idem) mostra claramente o porquê <strong>da</strong> má quali<strong>da</strong>de<br />
de ensino em nosso país. E o professor é a vítima de um sistema que não valoriza o seu<br />
trabalho por um lado, e por outro está a família que deixa o seu papel e exige que a<br />
escola desempenhe a função de educar e de ensi<strong>na</strong>r. E como fica o professor diante de<br />
tanta confusão <strong>na</strong> socie<strong>da</strong>de e <strong>na</strong> família.<br />
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