a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS
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dono do saber, mas cabe a ele fazer com que o aluno seja protagonista deste saber para<br />
compreender com objetivi<strong>da</strong>de o real do porque do estu<strong>da</strong>r. E escuta-se que a profissão<br />
professor (a) é especial, porque é uma profissão <strong>da</strong>s relações huma<strong>na</strong>s. Por isso, a arte<br />
de educar nem todos têm e talvez saibam dessa importância. Nota-se que o seu papel<br />
não é reconhecido do ponto de vista humano, profissio<strong>na</strong>l e cultural porque<br />
tradicio<strong>na</strong>lmente foi muito idealizado. Ele era o centro do saber, porém, não devemos<br />
nos esquecer do seu papel e <strong>da</strong> sua sublime missão transcendental para a humani<strong>da</strong>de e,<br />
sobretudo para os alunos que se aproximam dele para participar dessa missão<br />
humanizadora e muito significativa que é educar.<br />
Sócrates sempre dizia: “conhece-te a ti mesmo”; acreditamos que essa frase<br />
deveria ser o ponto de parti<strong>da</strong> para o professor a<strong>na</strong>lisar-se a si mesmo, como manifesta<br />
seus sentimentos, emoções e seus conflitos humanos. Sem dúvi<strong>da</strong>, como ser humano e<br />
ser social, ele trabalha com as situações <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de do aluno e <strong>da</strong> sua <strong>história</strong> pessoal.<br />
ABRAMOVAY (2006) numa entrevista feita pelo Jor<strong>na</strong>l Mundo Jovem<br />
argumentou que o professor ain<strong>da</strong> continua recebendo aquela formação antiga. Alega<br />
culpas às facul<strong>da</strong>des de Educação e de Pe<strong>da</strong>gogia pelo fato do professor ser mal<br />
preparado ao termi<strong>na</strong>r seu estudo acadêmico, pois, esse só se especializa, mas não sabe<br />
trabalhar ou usar as experiências e práticas que teve durante o tempo de estudo, para<br />
li<strong>da</strong>r com a reali<strong>da</strong>de.<br />
O professor continua recebendo uma formação elitista, como se fosse para<br />
uma escola de 30 anos atrás. As facul<strong>da</strong>des de Educação e de Pe<strong>da</strong>gogia têm<br />
muita culpa nisso: o professor conhece pouco a reali<strong>da</strong>de durante os anos de<br />
estudo, não aprende os temas transversais, não sabe li<strong>da</strong>r com eles. O<br />
professor aprende as suas especiali<strong>da</strong>des.<br />
Acho então que deve haver um “olho” maior para este professor, pois a<br />
atuação dele é fun<strong>da</strong>mental <strong>na</strong> escola. O professor precisa ter mais<br />
ferramentas. Não sei se ele precisaria ter mais capacitação. Talvez a<br />
capacitação tenha que ser diferente, mais liga<strong>da</strong> ao real, ao que são os<br />
alunos, o que fazem, o que pensam, a questão <strong>da</strong> violência, <strong>da</strong> sexuali<strong>da</strong>de.<br />
Enfim, o que é a questão <strong>da</strong>s drogas? Diante disso, o professor fica<br />
absolutamente sem saber o que faze (idem, p.12-13).<br />
Se tomar essas atitudes diante de si e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, estará tomando atitudes de<br />
mu<strong>da</strong>nças e progresso para que os rumos <strong>da</strong> educação possam conhecer outras<br />
reali<strong>da</strong>des e os pais possam confiar mais assim será resgatado o papel do professor <strong>na</strong><br />
formação <strong>da</strong> pessoa e do direito a escolher a profissão que deseja para o seu futuro.<br />
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