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a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS

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Este fenômeno apresentado por Sprovieri origi<strong>na</strong> o que Facion et al (2002)<br />

chama de mecanismos de compensação, e que são sentidos com a oferta de alimentos<br />

em demasia, guloseimas, ausência de limites em qualquer ação <strong>da</strong> criança, i<strong>na</strong>dvertência<br />

de limites dos pais a comportamentos i<strong>na</strong>dequados ou inconscientes, reforçando-os. No<br />

caso de autistas, favorece, ain<strong>da</strong> mais, a criação de problemas de comportamento,<br />

refletindo em todos os ambientes sociais, inclusive <strong>na</strong> escola, se não há um limite, uma<br />

determi<strong>na</strong>ção do que pode ser feito ou não. “Esses mecanismos de compensação<br />

baseiam-se em sentimentos de comiseração, indulgências ou até compaixão para com<br />

seus filhos, o que de forma alguma é benéfico ao salutar convívio e amadurecimento<br />

desta criança”. (FACION et al,2002:198).<br />

Diante deste quadro, a escola tor<strong>na</strong>-se um mediador entre o desenvolvimento<br />

cognitivo-comportamental destes alunos, devendo não restringir o trabalho aos seus<br />

limites físicos, procurando constantemente uma interação com estas famílias, não só no<br />

intuito de diminuir os problemas a nível escolar, mas, procurando di<strong>na</strong>mizar as relações<br />

familiares e encontrar nesta família mais um aliado no sentido de desenvolver o autista,<br />

procurando de ambos os lados fomentar e proporcio<strong>na</strong>r a sua maior independência.<br />

Boralli Lopes (1997) ressalta que um dos maiores problemas enfrentados, no<br />

trabalho com as famílias, está no fato <strong>da</strong> maioria projetar <strong>na</strong> escola ape<strong>na</strong>s um local para<br />

inter<strong>na</strong>r seus filhos, transferindo sua responsabili<strong>da</strong>de, sendo que ain<strong>da</strong> existem, para<br />

ela, aqueles pais que não conseguem estar em contato por se envolverem com trabalhos<br />

em função de terem membros falecidos, ausentes ou doentes, ou famílias que<br />

simplesmente ignoram o problema e não lhe dão a devi<strong>da</strong> atenção. Muitos dos pais de<br />

crianças autistas vivem em constante luto, com novas perspectivas, novas abor<strong>da</strong>gens,<br />

tratamentos, questio<strong>na</strong>ndo a escola e erguendo barreiras para um trabalho específico no<br />

ambiente escolar, e, que se choca já <strong>na</strong> sua essência com a necessi<strong>da</strong>de apresenta<strong>da</strong> por<br />

Maring (1997) de integrar o autista à coletivi<strong>da</strong>de. Para ela, “de <strong>na</strong><strong>da</strong> adianta um<br />

trabalho constante com o autista, se a comuni<strong>da</strong>de como um todo não estiver madura e<br />

pronta para absorvê-lo” (MARING,1997:269). Esta consciência e esta necessi<strong>da</strong>de<br />

apresenta<strong>da</strong> pela autora, ao nosso entender, começa diretamente relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> à família, já<br />

que é ela quem vai permanecer a maior parte do tempo em contato e conseqüentemente<br />

deve também ter isto como um objetivo claro.<br />

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