a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS
a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS
a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
início antes dos 3 anos de i<strong>da</strong>de[…]” como também <strong>na</strong> CID-10 (OMS, 1993) em sua<br />
introdução, <strong>na</strong> qual consta <strong>da</strong> seguinte forma:<br />
Transtorno invasivo do desenvolvimento definido pela presença de<br />
desenvolvimento anormal e/ou comprometido em to<strong>da</strong>s as três áreas de<br />
interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.<br />
Manifesta-se antes dos três anos de i<strong>da</strong>de e ocorre três a quatro vezes mais<br />
freqüentemente em meninos.<br />
Ao a<strong>na</strong>lisarmos a problemática e a di<strong>na</strong>mici<strong>da</strong>de familiar diante do diagnóstico<br />
de autismo, estu<strong>da</strong>mos diretamente as características <strong>da</strong> chama<strong>da</strong> tríade ( comunicação,<br />
interação social e imagi<strong>na</strong>ção), visto que é a partir desta que surgem as maiores<br />
dificul<strong>da</strong>des neste ambiente. Como já eluci<strong>da</strong>mos, a chega<strong>da</strong> de uma criança vem<br />
repleta de expectativas e de projeções, que no caso do autismo vão sendo desmonta<strong>da</strong>s,<br />
necessitando de uma reconstrução, com outros conceitos e práticas, gerando muitas<br />
vezes cisões e revoltas. Neste contexto, a relação escola/família adquire um papel muito<br />
maior do que o simples desenvolvimento cognitivo, como <strong>na</strong> maioria <strong>da</strong>s vezes acaba<br />
acontecendo com os sistemas de ensino tradicio<strong>na</strong>is. Dominique Amy (2001) apresenta<br />
a perspectiva <strong>da</strong>s relações entre pais e educadores sendo fun<strong>da</strong>mental, principalmente<br />
nestes casos, uma vez que, também em casa, necessita-se colocar em prática ações<br />
realiza<strong>da</strong>s <strong>na</strong> escola, ressaltando a necessi<strong>da</strong>de de não se tor<strong>na</strong>r o ambiente familiar<br />
ape<strong>na</strong>s de aprendizagem. “Uma criança, por mais doente que seja, necessita de uma<br />
vi<strong>da</strong> familiar <strong>na</strong> qual os pais não lhe sejam completamente submetidos, onde eles<br />
possam ain<strong>da</strong> viver para eles mesmos e para seus outros filhos.” (DOMINIQUE<br />
AMY,2001:55). 5<br />
Concor<strong>da</strong>mos com a autora quando esta afirma ser primordial que existam<br />
constantes contatos entre os dois ambientes, principalmente por ações de um refletirem<br />
no outro e servirem de auxílio ou desestruturação, principalmente, no trabalho escolar.<br />
Segundo Dominique Amy (2001), os professores que desejam buscar o<br />
desenvolvimento de seus alunos devem auxiliar <strong>na</strong> restauração <strong>da</strong>s relações de<br />
confiança com a família, visão confirma<strong>da</strong> por Sprovieri (1995:266) quando afirma que<br />
“o autismo leva o contexto familiar à ruptura entre seus membros, pois, interrompe suas<br />
ativi<strong>da</strong>des normais, o clima emocio<strong>na</strong>l transforma-se no interior e exterior”.<br />
5 A autora ain<strong>da</strong> usa o termo “doente” para autistas, o qual atualmente já está descartado, principalmente<br />
por ain<strong>da</strong> não existir algo definitivo sobre suas causas e nem uma possível cura.<br />
26