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a corporeidade na história da filosofia ocidental - IEPS

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entre um e outro” (BUSCAGLIA,1997:105). Define ain<strong>da</strong> o autor as várias fases pela<br />

qual uma família passa desde o <strong>na</strong>scimento de pessoas deficientes.<br />

Com freqüência os pais expressam esses sentimentos através do desejo de<br />

que aquele problema não existisse, <strong>da</strong> dúvi<strong>da</strong> sobre a ver<strong>da</strong>deira identi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> criança ou até mesmo como declarou Pearl Buck, de modo mais drástico,<br />

através do desejo pela morte <strong>da</strong> criança. (BUSCAGLIA,1997:106)<br />

Miller (1995) estu<strong>da</strong> o processo de modificação <strong>da</strong>s relações familiares com a<br />

entra<strong>da</strong> de uma criança deficiente com base em quatro momentos distintos, os quais<br />

chama de fases de a<strong>da</strong>ptação, sobrevivência, busca, ajustamento e separação.<br />

Para ela, a primeira fase, a de sobrevivência, abor<strong>da</strong> os sentimentos e as<br />

angústias iniciais, principalmente quando se necessita continuar an<strong>da</strong>ndo sem ter um<br />

controle efetivo sobre algo que retirou do controle a possibili<strong>da</strong>de de uma vi<strong>da</strong> ple<strong>na</strong> do<br />

filho. Nesta fase podem surgir <strong>na</strong> visão <strong>da</strong> autora uma “multidão de emoções<br />

desconfortáveis”, que vão desde o medo e a confusão até a culpa, a vergonha, a raiva, e<br />

que podem permanecer por um tempo pequeno ou até por to<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, caracteriza-se<br />

como um período de resistência e de superação dos mitos e dos preconceitos por uma<br />

nova vi<strong>da</strong>. A segun<strong>da</strong> fase, a de busca, para a autora estará acontecendo durante to<strong>da</strong> a<br />

vi<strong>da</strong> e ela se divide em dois momentos, um externo quando se percebe que existe algo<br />

errado, procurando um diagnóstico e um serviço de saúde que resolva o problema,<br />

geralmente acontecendo quando ain<strong>da</strong> está em evidência a fase de sobrevivência, pois<br />

se começa a ter visões e atitudes volta<strong>da</strong>s à criança e a uma possível solução racio<strong>na</strong>l.<br />

Outro, de busca inter<strong>na</strong>, acontece quando o pai e a mãe se dão conta <strong>da</strong> deficiência do<br />

filho e passam a buscar atitudes que ressaltem sua identi<strong>da</strong>de, procurando uma<br />

compreensão. Ocorre nesta fase de busca, a transformação ou o deslocamento de suas<br />

priori<strong>da</strong>des, relacio<strong>na</strong>mentos e amizades. “Para alguns pais, a busca interior não envolve<br />

maior auto-questio<strong>na</strong>mento, ao passo que para outros o processo pode ser longo e<br />

complexo, resultando em importantes mu<strong>da</strong>nças de direcio<strong>na</strong>mento e <strong>filosofia</strong> de vi<strong>da</strong>”<br />

(MILLER,1995:41).<br />

Para Buscaglia (1997) boa parte dos sentimentos negativos presentes no<br />

convívio <strong>da</strong>s famílias estão relacio<strong>na</strong>dos com a sua desinformação ou com os<br />

diagnósticos imprecisos, duvidosos ou confusos. Fonseca (1995) afirma que os diálogos<br />

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