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“Problema da Agespisa não é produção, mas de ... - Senge - PI

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EDIÇÃO: OUTUBRO<br />

<strong>“Problema</strong> <strong>da</strong> <strong>Agespisa</strong> <strong>não</strong> <strong>é</strong> <strong>produção</strong>, <strong>mas</strong> <strong>de</strong><br />

controle <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s”, diz Antonio Florentino<br />

PÁGINA 04<br />

Visite o site do <strong>Senge</strong>/<strong>PI</strong>: www.senge-pi.org.br Filiado à Fe<strong>de</strong>ração Nacional dos Engenheiros - F.N.E * ANO IX * N° 74 * 2012


Diretoria Executiva 2011/2014<br />

Presi<strong>de</strong>nte (Licenciado)<br />

Antonio Florentino <strong>de</strong> Souza Filho<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />

Francisco Luís Costa Sousa<br />

Secretário Geral<br />

Paulo Afonso Brandão Alexandrino<br />

1º Secretário<br />

Francisco Inácio Milanez<br />

Tesoureiro Geral<br />

Moacyr Freitas <strong>de</strong> Almendra Gayoso Júnior<br />

1º Tesoureiro<br />

Francisco Sobrinho Amorim <strong>de</strong> Araújo<br />

Dir. <strong>de</strong> Imprensa e Comunicação<br />

Márcio Antônio Sousa <strong>da</strong> Rocha Freitas<br />

Dir. <strong>de</strong> Organização e Administração<br />

Francisco Assis <strong>de</strong> Sousa Leal<br />

Dir. <strong>de</strong> Relações Intersindicais<br />

Raimundo Nonato <strong>de</strong> Araújo<br />

Dir. <strong>de</strong> Medicina e Segurança do Trabalho<br />

Paulo Araújo <strong>de</strong> Sampaio<br />

Dir. <strong>de</strong> Rel. Trabalhistas e Assuntos Jurídicos<br />

Manoel Coelho Soares Filho<br />

Dir. <strong>de</strong> Negociação Coletiva<br />

Marcos Antonio <strong>da</strong> Silva Costa<br />

Dir. <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia<br />

Antonio Gaudêncio <strong>da</strong> Silva<br />

Dir. <strong>de</strong> Formação Política e Sindical<br />

Emanoel Augusto Paulo Soares<br />

Dir. <strong>de</strong> Mobilização e Representação Sindical<br />

Jos<strong>é</strong> Lopes <strong>de</strong> Oliveira Filho<br />

Dir. <strong>de</strong> Meio Ambiente<br />

Avelar Da<strong>mas</strong>ceno Amorim<br />

1º Diretor Suplente<br />

Francisco Rafael Ferreira Pereira<br />

2º Diretor Suplente<br />

Humberto Men<strong>de</strong>s Feitosa<br />

3º Diretor Suplente<br />

Francisco Das Chagas Lages Correia Filho<br />

4º Diretor Suplente<br />

Marcos Augusto Pires <strong>da</strong> Silva<br />

5º Diretor Suplente<br />

Jose Nelson Pinheiro<br />

6º Diretor Suplente<br />

Jos<strong>é</strong> Faustino Lopes <strong>de</strong> Sousa<br />

7º Diretor Suplente<br />

Abelardo Cerqueira <strong>de</strong> Moura Bezerra<br />

8º Diretor Suplente<br />

Carlos Alberto Guimarães Alencar<br />

9º Diretor Suplente<br />

Jos<strong>é</strong> Gramosa <strong>da</strong> Silva Sobrinho<br />

10º Diretor Suplente<br />

Maria <strong>da</strong>s Dores Barreto Tavares<br />

11º Diretor Suplente<br />

Claceana Maria Monteiro <strong>de</strong> Araújo Pinheiro Landim<br />

12º Diretor Suplente<br />

Epitacio Pires <strong>de</strong> Moura Filho<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Corrente - Efetivo<br />

Jos<strong>é</strong> Pequeno Diogenes<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Corrente - Suplente<br />

Antonio Baltazar <strong>da</strong> Costa Vales<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Floriano - Efetivo<br />

Raimundo Nonato Santos Neto<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Floriano - Suplente<br />

Valdir Guimaraes Coelho<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Parnaiba - Efetivo<br />

Benedito Souza Junior<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Parnaiba - Suplente<br />

Humberto <strong>de</strong> Freitas Dutra<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Picos - Efetivo<br />

Francisco Carlos <strong>de</strong> Araújo Barros<br />

Diretor Regional <strong>de</strong> Picos - Suplente<br />

Carlos Luís Nunes <strong>de</strong> Barros<br />

Conselho Fiscal - Efetivo<br />

Mirocles Jos<strong>é</strong> Veras Neves<br />

Conselho Fiscal - Efetivo<br />

Luiz Henrique Pereira Facchinetti<br />

Conselho Fiscal - Efetivo<br />

Carlos Ta<strong>de</strong>u Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Morais<br />

Conselho Fiscal - Suplente<br />

Antônio Francisco Militão Rufino<br />

Conselho Fiscal - Suplente<br />

Vitória R<strong>é</strong>gia Arry Canabrava<br />

Conselho Fiscal - Suplente<br />

João Jos<strong>é</strong> Chaves Melo<br />

Artefinalista<br />

Clayton Ferreira Neves<br />

SINDICATO DOS ENGENHEIROS DO ESTADO DO <strong>PI</strong>AUÍ<br />

Rua Arlindo Nogueira, 500 - Sala 202/204 - Centro<br />

Fone: (86) 3302-4661<br />

Os candi<strong>da</strong>tos a prefeito que forem<br />

eleitos neste ano vão ter que <strong>da</strong>r atenção<br />

especial às obras <strong>de</strong> saneamento básico –<br />

que englobam o abastecimento <strong>de</strong> água, o<br />

tratamento <strong>de</strong> esgoto, a limpeza urbana, a<br />

coleta e <strong>de</strong>stinação final do lixo. Essas obras<br />

<strong>não</strong> aparecem tanto, <strong>mas</strong> a falta <strong>de</strong><br />

s a n e a m e n t o b á s i c o t r a z c o m o<br />

consequência para a população doenças <strong>de</strong><br />

todos os tipos.<br />

Os prefeitos têm prazo at<strong>é</strong> 31 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro do próximo ano para cumprir uma<br />

exigência <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong><br />

Saneamento Básico, <strong>de</strong> 2007, e o Decreto<br />

7.217, <strong>de</strong> 2010. A legislação obriga os<br />

municípios a elaborar e aprovar o Plano<br />

M u n i c i p a l d e S a n e a m e n t o , c o m<br />

abrangência <strong>de</strong> pelo menos 20 anos. A partir<br />

<strong>de</strong> 2014, o município que <strong>não</strong> estiver em dia<br />

com essa obrigação vai ficar impedido <strong>de</strong><br />

receber recursos fe<strong>de</strong>rais, inclusive dinheiro<br />

do Programa <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento<br />

(PAC), para investimentos em saneamento.<br />

Segundo <strong>da</strong>dos do Instituto Trata<br />

Brasil, 19% <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras <strong>não</strong> têm<br />

abastecimento <strong>de</strong> água. Mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong><br />

(53,8%) <strong>não</strong> tem coleta <strong>de</strong> esgoto. Do<br />

esgoto coletado, 62% voltam para o meio<br />

ambiente sem qualquer tratamento. O<br />

instituto estima que as 100 maiores ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

do País <strong>de</strong>spejem todos os dias 8 bilhões <strong>de</strong><br />

litros <strong>de</strong> esgoto <strong>não</strong> tratado nos rios – o<br />

equivalente a 3.200 piscinas olímpicas.<br />

Consciência ambiental<br />

Estudos indicam que as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />

têm avançado nas metas <strong>de</strong> saneamento<br />

são aquelas on<strong>de</strong> houve engajamento dos<br />

eleitores, que escolheram prefeitos e<br />

vereadores comprometidos com esse<br />

objetivo. O <strong>de</strong>putado Manoel Junior (PMDB-<br />

PB), que <strong>é</strong> m<strong>é</strong>dico, afirma que os eleitores<br />

<strong>de</strong>vem cobrar dos candi<strong>da</strong>tos priori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para o saneamento, porque, quando isso<br />

<strong>não</strong> ocorre, as consequências são graves.<br />

"Nós estamos num processo eleitoral<br />

que se avizinha, e lhe garanto o seguinte:<br />

gran<strong>de</strong> parte dos candi<strong>da</strong>tos <strong>não</strong> estão<br />

preparados, <strong>não</strong> conhecem a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

legislação vigente e precisam se atualizar.<br />

Eu tive a honra <strong>de</strong> presidir a Fe<strong>de</strong>ração dos<br />

Municípios <strong>da</strong> Paraíba, <strong>mas</strong>, enquanto fazia<br />

02<br />

Saneamento básico <strong>é</strong> um dos maiores<br />

<strong>de</strong>safios dos próximos prefeitos<br />

a medicina interiorana, vi muitas crianças<br />

rec<strong>é</strong>m-nasci<strong>da</strong>s chegarem em estado <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>snutrição e <strong>de</strong>sidratação grave no<br />

hospital e no posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> promovido por<br />

diarreia causa<strong>da</strong> justamente por infestação<br />

parasitária. Crianças com abdômen<br />

distendido, <strong>de</strong>snutri<strong>da</strong>s - e isso leva a afetar<br />

o d e s e n v o l v i m e n t o f í s i c o , m a s ,<br />

principalmente, o <strong>de</strong>senvolvimento mental",<br />

afirmou.<br />

Pessimista<br />

O presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Confe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional dos Municípios (CNM), Paulo<br />

Ziulkoski, está pessimista em relação à<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos prefeitos <strong>de</strong> cumprir, <strong>de</strong>ntro<br />

do prazo, os projetos exigidos pela Política<br />

Nacional <strong>de</strong> Saneamento Básico. Ele<br />

<strong>de</strong>staca que a maior parte <strong>da</strong>s prefeituras<br />

está com as contas no vermelho. Tamb<strong>é</strong>m<br />

critica o governo fe<strong>de</strong>ral, que, na opinião<br />

<strong>de</strong>le, <strong>não</strong> dá o apoio financeiro necessário<br />

aos municípios. Ziulkoski faz um alerta aos<br />

candi<strong>da</strong>tos a prefeito.<br />

’’Os eleitos vão receber um choque. Eu<br />

tenho dito a muitos candi<strong>da</strong>tos: <strong>não</strong> adianta<br />

vir alegar <strong>de</strong>pois que você <strong>não</strong> sabia. Você<br />

está entrando para isso aí, sabendo que<br />

esse <strong>é</strong> o pantanal que <strong>não</strong> tem como<br />

ultrapassar. O governo tem 393 progra<strong>mas</strong><br />

para os municípios em que eles apenas<br />

escreve, pega algum dinheiro, um papel, e o<br />

resto man<strong>da</strong> tudo o prefeito executar."


O Curso <strong>de</strong> Engenharia El<strong>é</strong>trica<br />

<strong>da</strong> UF<strong>PI</strong> teve proposta <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

seu Grupo PET aprovado no Edital<br />

11/2012 do Minist<strong>é</strong>rio <strong>da</strong> Educação<br />

(MEC). O curso obteve nota 88,68 (<strong>de</strong><br />

um total <strong>de</strong> 100 pontos possíveis) e<br />

garantiu o 14º lugar em meio a 162<br />

concorrentes <strong>de</strong> todo o país no lote III<br />

(Engenharias). O lote III selecionará,<br />

<strong>de</strong> acordo com o edital, at<strong>é</strong> 30 grupos.<br />

O Programa <strong>de</strong> Educação<br />

Tutorial (PET) <strong>é</strong> <strong>de</strong>senvolvido por<br />

grupos <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes, com tutoria <strong>de</strong><br />

um docente, organizados a partir <strong>de</strong><br />

formações <strong>de</strong> graduação <strong>da</strong>s<br />

Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior do<br />

país, orientados pelo princípio <strong>da</strong><br />

indissociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre ensino,<br />

pesquisa e extensão.<br />

"A seleção <strong>da</strong> proposta <strong>de</strong><br />

criação do Grupo PET <strong>de</strong> Engenharia<br />

El<strong>é</strong>trica <strong>é</strong> o resultado <strong>de</strong> um trabalho<br />

árduo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a equipe (docentes e<br />

t<strong>é</strong>cnicos) que faz este curso. É tamb<strong>é</strong>m<br />

um indício <strong>de</strong> que estamos no caminho<br />

certo. O Grupo PET certamente<br />

contribuirá para a redução dos índices<br />

<strong>de</strong> evasão e retenção do nosso curso",<br />

avalia o Professor Marcos Lira, Chefe<br />

do Curso <strong>de</strong> Engenharia El<strong>é</strong>trica. Entre<br />

os objetivos do PET estão:<br />

- Desenvolver ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

acadêmicas em padrões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> excelência, mediante grupos <strong>de</strong><br />

aprendizagem tutorial <strong>de</strong> natureza<br />

coletiva e interdisciplinar.<br />

- Contribuir para a elevação <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> formação dos estu<strong>da</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> graduação, <strong>da</strong> diminuição <strong>da</strong><br />

evasão e promoção do sucesso<br />

acadêmico, valorizando a articulação<br />

<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e<br />

extensão.<br />

- Promover a formação <strong>de</strong><br />

profissionais e docentes <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong><br />

qualificação acadêmica, científica,<br />

tecnológica e cultural.<br />

03<br />

Curso <strong>de</strong> Engenharia <strong>da</strong> UF<strong>PI</strong> tem Grupo PET<br />

aprovado em edital do MEC<br />

- Formular novas estrat<strong>é</strong>gias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento e mo<strong>de</strong>rnização do<br />

ensino superior no país, que<br />

referenciem a revisão <strong>de</strong> projetos<br />

pe<strong>da</strong>gógicos, flexibilização curricular e<br />

articulação entre ensino, pesquisa e<br />

extensão.<br />

- Estimular o espírito crítico, bem<br />

como a atuação profissional pauta<strong>da</strong><br />

pela <strong>é</strong>tica, pela ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia ativa e pela<br />

função social <strong>da</strong> educação superior.<br />

- Estimular a vinculação dos<br />

grupos às áreas prioritárias e à políticas<br />

públicas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, assim<br />

como a correção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

sociais, regionais e a interiorização do<br />

programa.<br />

- Propor ações acadêmicas para<br />

o combate à evasão <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes no<br />

âmbito dos cursos <strong>de</strong> graduação<br />

<strong>de</strong>ixando assim seu sonho para trás.


Desinformação, um <strong>de</strong>sserviço ao<br />

saneamento do Piauí<br />

Tenho assistido, lido e ouvido,<br />

perplexo, após os dois aci<strong>de</strong>ntes (assim<br />

p r e f i r o e n t e n d e r ) c o m o s<br />

transformadores <strong>da</strong> subestação 69 KV<br />

<strong>da</strong> Estação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Água <strong>da</strong><br />

<strong>Agespisa</strong>, que <strong>de</strong>ixou nossa ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sabasteci<strong>da</strong>, um rosário <strong>de</strong><br />

informações que no meu enten<strong>de</strong>r são<br />

totalmente equivoca<strong>da</strong>s.<br />

Primeiro ain<strong>da</strong> corre na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

nos meios <strong>de</strong> comunicação que a ETA<br />

que abastece Teresina, construí<strong>da</strong> e<br />

inaugura<strong>da</strong> em 1978 no governo Dirceu<br />

Arcover<strong>de</strong>, <strong>não</strong> teria recebido <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

então qualquer investimento. A ver<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>é</strong> que naquela oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Teresina<br />

r e c e b e u e s s e m a g n í f i c o<br />

empreendimento que chamamos <strong>de</strong><br />

ETA1, do citado governador, com uma<br />

previsão <strong>de</strong> autonomia para abastecer<br />

Teresina por 20 anos, com uma<br />

<strong>produção</strong> <strong>de</strong> 1.300 litros/segundo <strong>de</strong><br />

água trata<strong>da</strong>, ou seja, 112 milhões <strong>de</strong><br />

litros <strong>de</strong> água por dia. Como to<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

brasileira, Teresina cresceu acima <strong>da</strong>s<br />

previsões e ao final <strong>da</strong> d<strong>é</strong>ca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80 o<br />

sistema já <strong>não</strong> mais atendia a <strong>de</strong>man<strong>da</strong><br />

urbana.<br />

Em 1993, o então governador<br />

Freitas Neto investiu recursos do<br />

Tesouro Estadual para a construção <strong>de</strong><br />

uma ETA <strong>de</strong> Emergência com o projeto<br />

executado pela equipe t<strong>é</strong>cnica <strong>da</strong><br />

própria AGES<strong>PI</strong>SA, para produzir at<strong>é</strong><br />

500 litros <strong>de</strong> água/segundo, ou seja, 43<br />

milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> água/dia. Devo<br />

<strong>de</strong>stacar, por oportuno, que esse<br />

empreendimento <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> ETA3,<br />

foi construído em 90 dias. Ain<strong>da</strong> em<br />

1993, na mesma gestão do governador<br />

Freitas Neto, foram investidos tamb<strong>é</strong>m<br />

recursos do Tesouro Estadual para<br />

concluir a gran<strong>de</strong> obra inicia<strong>da</strong> na gestão<br />

do governador Alberto Silva, <strong>de</strong> uma<br />

Estação <strong>de</strong> Tratamento, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong><br />

ETA 4, com a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>produção</strong><br />

<strong>de</strong> 1.300 litros <strong>de</strong> água/segundo, ou seja,<br />

tamb<strong>é</strong>m 112 milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> água<br />

por dia e prepara<strong>da</strong> para ampliações<br />

futuras, po<strong>de</strong>ndo produzir at<strong>é</strong> 3.900 litros<br />

<strong>de</strong> água por segundo. Naquela <strong>é</strong>poca,<br />

presidia a <strong>Agespisa</strong> o Eng. Antônio <strong>de</strong><br />

Sampaio Rameiro, oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em que<br />

fui responsável pelo setor <strong>de</strong> <strong>produção</strong><br />

<strong>de</strong> empresa, constituído por uma<br />

competente equipe <strong>de</strong> excelentes<br />

t<strong>é</strong>cnicos.<br />

Com esses investimentos, a<br />

<strong>Agespisa</strong> em 1993 passou a produzir em<br />

seu Complexo <strong>de</strong> Tratamento, composta<br />

<strong>de</strong> três estações <strong>de</strong> tratamento, 267<br />

milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> água diariamente,<br />

mais que o dobro produzido pela ETA 1.<br />

Al<strong>é</strong>m do mais, consi<strong>de</strong>rando que o<br />

c o n s u m o p e r c a p i t a d e 2 0 0<br />

litros/habitante/dia, o que em projeto <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água urbano <strong>é</strong><br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma previsão eleva<strong>da</strong> para<br />

uma população <strong>de</strong> 850 mil habitantes,<br />

seria necessário 170 milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong><br />

água/dia para o abastecimento <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Teresina, ou seja, quase 100<br />

milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> água/dia a menos do<br />

que hoje <strong>é</strong> produzido. Portanto, o<br />

problema <strong>não</strong> <strong>é</strong> <strong>produção</strong>.<br />

Há realmente a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

construção <strong>de</strong> uma Estação <strong>de</strong><br />

Tratamento na Santa Maria <strong>da</strong> Codipi<br />

para substituir o sistema <strong>de</strong> poços que<br />

abastece precariamente aquela região.<br />

Mas, falar em Estação <strong>de</strong> Tratamento<br />

Reserva coli<strong>de</strong> frontalmente com a<br />

relação custo/benefício <strong>de</strong> qualquer<br />

proposição t<strong>é</strong>cnica em saneamento,<br />

nota<strong>da</strong>mente em abastecimento <strong>de</strong><br />

água <strong>de</strong> uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. É como se<br />

fossemos construir uma Usina <strong>de</strong> Itaipu<br />

<strong>de</strong> reserva, ou no Rio <strong>de</strong> Janeiro se<br />

construir uma ETA <strong>de</strong> Reserva para<br />

entrar em operação quando a maior ETA<br />

do mundo - a ETA GUANDU que<br />

abastece 9 milhões <strong>de</strong> pessoas - tivesse<br />

algum problema t<strong>é</strong>cnico operacional.<br />

A<strong>de</strong>mais, com a <strong>produção</strong> que temos em<br />

Teresina <strong>é</strong> muito difícil que justificativas<br />

t<strong>é</strong>cnicas sejam apresenta<strong>da</strong>s e aceitas<br />

pelos órgãos fe<strong>de</strong>rais com vistas à<br />

liberação <strong>de</strong> recursos para construção <strong>de</strong><br />

novos siste<strong>mas</strong> <strong>de</strong> <strong>produção</strong> sem que a<br />

empresa resolva seu problema crônico<br />

<strong>de</strong> per<strong>da</strong>s no SAA (Sistema <strong>de</strong><br />

Abastecimento <strong>de</strong> Água) <strong>da</strong> nossa<br />

capital.<br />

Segundo informações do Secretário<br />

Nacional <strong>de</strong> Saneamento Ambiental,<br />

engenheiro Leo<strong>de</strong>gar Tiscoski, no evento<br />

“A Engenharia e a Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>” promovido<br />

pelo Sindicato dos Engenheiros, em<br />

junho <strong>de</strong>ste ano, o Minist<strong>é</strong>rio <strong>da</strong>s<br />

Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s disponibilizou verbas nos valor<br />

<strong>de</strong> 8 bilhões <strong>de</strong> reais para controle <strong>de</strong><br />

per<strong>da</strong>s no país. Falta então a iniciativa e<br />

ações <strong>da</strong>s empresas para implementar<br />

progra<strong>mas</strong> e <strong>de</strong>senvolver projetos com<br />

vistas a minimizar as per<strong>da</strong>s que<br />

provocam <strong>de</strong>sabastecimento e prejuízos<br />

incalculáveis à socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. É preciso que<br />

a rec<strong>é</strong>m cria<strong>da</strong> Superintendência <strong>da</strong><br />

<strong>Agespisa</strong>, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> para gerenciar o<br />

controle <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s, tenha o necessário<br />

apoio t<strong>é</strong>cnico/administrativo <strong>da</strong> direção<br />

<strong>da</strong> Empresa para levar a efeito e com a<br />

maior brevi<strong>da</strong><strong>de</strong> os progra<strong>mas</strong> e projetos<br />

do setor.<br />

“É preciso URGENTEMENTE<br />

<strong>de</strong>spolitizar e profissionalizar a<br />

AGES<strong>PI</strong>SA.”<br />

Eng. Antônio Florentino <strong>de</strong> Souza Filho<br />

* Presi<strong>de</strong>nte do Sindicato dos Engenheiros<br />

e Funcionário <strong>da</strong> <strong>Agespisa</strong><br />

04 05<br />

Deputados ruralistas criticam vetos <strong>de</strong><br />

Dilma à MP do Código Florestal<br />

Fonte: Agência Câmara<br />

Parlamentares ruralistas<br />

criticaram os vetos à medi<strong>da</strong> provisória<br />

do Código Florestal anunciados na<br />

v<strong>é</strong>spera. A presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />

Dilma Rousseff, vetou nove pontos do<br />

projeto <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> conversão <strong>da</strong> MP<br />

571/12 aprovado pelo Congresso.<br />

Entre os pontos vetados, está a<br />

diminuição dos limites obrigatórios <strong>de</strong><br />

proteção às margens <strong>de</strong> rios em<br />

m<strong>é</strong>dias proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Em <strong>de</strong>creto<br />

publicado juntamente com os vetos,<br />

Dilma Rousseff retomou a chama<strong>da</strong><br />

" e s c a d i n h a " n a s r e g r a s d e<br />

r e c o m p o s i ç ã o d a s Á r e a s d e<br />

Preservação Permanente (APPs), com<br />

regras diferencia<strong>da</strong>s apenas para<br />

pequenos produtores. A "escadinha" <strong>é</strong><br />

a regra que <strong>de</strong>termina a recuperação<br />

<strong>de</strong> uma área maior <strong>de</strong> APP para<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s maiores.<br />

Segundo o texto aprovado<br />

pelos parlamentares, em imóveis com<br />

áreas superiores a quatro e at<strong>é</strong> 15<br />

módulos fiscais, as margens <strong>de</strong> cursos<br />

d'água <strong>de</strong> at<strong>é</strong> 10 metros seriam<br />

preserva<strong>da</strong>s em 15 metros. Com o veto<br />

e as regras fixa<strong>da</strong>s pelo <strong>de</strong>creto para o<br />

P r o g r a m a d e R e g u l a r i z a ç ã o<br />

Ambiental, o limite mínimo <strong>de</strong> proteção<br />

voltou a ser <strong>de</strong> 20 metros para rios com<br />

que passem por proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s com<br />

área superior a quatro módulos. Com<br />

isso, apenas os pequenos produtores<br />

c o n t i n u a m c o m o b r i g a ç õ e s<br />

diferencia<strong>da</strong>s. Nesse caso, a<br />

recomposição po<strong>de</strong>rá variar entre<br />

cinco e quinze metros <strong>de</strong> vegetação<br />

nativa às margens <strong>de</strong> rios, conforme o<br />

tamanho <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Sem acordo<br />

Um dos principais lí<strong>de</strong>res <strong>da</strong><br />

banca<strong>da</strong> ruralista na Câmara,<br />

<strong>de</strong>putado Ronaldo Caiado (DEM-GO)<br />

disse, em nome <strong>da</strong> banca<strong>da</strong>, que os<br />

vetos contrariam o acordo firmado no<br />

Congresso para a votação <strong>da</strong> MP do<br />

Código Florestal. Para Caiado, a<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>não</strong> po<strong>de</strong>ria ter fixado por<br />

<strong>de</strong>creto as regras para recomposição<br />

<strong>de</strong> vegetação nativa.<br />

O DEM, segundo o <strong>de</strong>putado,<br />

entrará com uma Ação Direta <strong>de</strong><br />

Inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong> no Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF) contra a<br />

<strong>de</strong>cisão. Ain<strong>da</strong> segundo Caiado, o<br />

partido proporá tamb<strong>é</strong>m um projeto <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>creto legislativo para anular os<br />

efeitos do <strong>de</strong>creto. "A prerrogativa <strong>da</strong><br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vetar existe, <strong>é</strong><br />

constitucional. O que <strong>é</strong> totalmente<br />

inconstitucional <strong>é</strong> querer suprimir o<br />

Congresso Nacional e querer legislar<br />

por <strong>de</strong>creto", argumentou.<br />

Em nota divulga<strong>da</strong> nesta<br />

quinta-feira, a Frente Parlamentar <strong>da</strong><br />

Agropecuária argumentou que, ao<br />

baixar o <strong>de</strong>creto sobre o tema, a<br />

presi<strong>de</strong>nte “<strong>não</strong> soube valorizar o<br />

exaustivo trabalho realizado pelo<br />

Congresso Nacional” na elaboração do<br />

código e informou que avaliará nos<br />

próximos dias as medi<strong>da</strong>s a serem<br />

toma<strong>da</strong>s. Em entrevista coletiva, a<br />

ministra do Meio Ambiente, Izabella<br />

Teixeira, e o advogado-geral <strong>da</strong> União,<br />

Luís Inácio A<strong>da</strong>ms, <strong>de</strong>stacaram que a<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>creto para fixar<br />

nor<strong>mas</strong> gerais para a regularização<br />

ambiental está prevista na própria lei<br />

aprova<strong>da</strong> pelo Congresso.


06<br />

Bicicleta el<strong>é</strong>trica po<strong>de</strong>rá ser usa<strong>da</strong> sem<br />

licenciamento<br />

A Câmara analisa o Projeto <strong>de</strong><br />

Lei 4149/12, do <strong>de</strong>putado Leonardo<br />

Picciani (PMDB-RJ), que equipara<br />

bicicletas el<strong>é</strong>tricas com potência <strong>de</strong> at<strong>é</strong><br />

350 watts a bicicletas convencionais,<br />

com propulsão humana. A proposta<br />

altera o Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro<br />

(Lei 9.503/97).<br />

Pela proposta, as bicicletas<br />

el<strong>é</strong>tricas <strong>não</strong> precisarão <strong>de</strong> registro e<br />

licenciamento. Qualquer pessoa acima<br />

<strong>de</strong> 16 anos po<strong>de</strong>rá an<strong>da</strong>r <strong>de</strong> bicicleta<br />

el<strong>é</strong>trica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenha autorização<br />

municipal. Esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> bicicleta<br />

el<strong>é</strong>trica atinge a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />

30 quilômetros por hora, <strong>de</strong> acordo com<br />

empresas fabricantes.<br />

Incentivar o uso<br />

Picciani afirmou que a medi<strong>da</strong><br />

busca incentivar o uso <strong>da</strong> bicicleta<br />

como meio <strong>de</strong> transporte. “As bicicletas<br />

el<strong>é</strong>tricas exigem menor esforço do<br />

ciclista, po<strong>de</strong>ndo ser utiliza<strong>da</strong>s por<br />

pessoas idosas ou por quem <strong>de</strong>seja<br />

chegar ao trabalho sem estar cansado<br />

ou muito suado”, disse.<br />

Segundo o parlamentar, a<br />

regulamentação atual do Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Trânsito (Contran) <strong>é</strong><br />

confusa e enquadra o usuário <strong>da</strong>s<br />

bicicletas el<strong>é</strong>tricas ora como<br />

motociclista ora como ciclista. “Essa<br />

situação tem gerado muitos proble<strong>mas</strong><br />

para aqueles que optaram pela<br />

aquisição e utilização <strong>de</strong> bicicletas<br />

el<strong>é</strong>tricas, incluindo a aplicação <strong>de</strong><br />

multas e a apreensão dos veículos.”<br />

Tramitação<br />

A proposta será analisa<strong>da</strong><br />

conclusivamente pelas comissões <strong>de</strong><br />

Viação e Transportes; e <strong>de</strong><br />

Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

Trabalhos <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso superior<br />

po<strong>de</strong>rão ter divulgação obrigatória<br />

Está pronto para ser votado na<br />

Comissão <strong>de</strong> Educação, Cultura e<br />

Esporte (CE), projeto <strong>de</strong> lei que prevê a<br />

disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong><br />

conclusão <strong>de</strong> curso (TCC) para<br />

consulta pública. Segundo o autor <strong>da</strong><br />

mat<strong>é</strong>ria, senador licenciado Blairo<br />

Maggi (MT/PR), o objetivo <strong>da</strong> proposta<br />

( PLS 199/2012) <strong>é</strong> dificultar práticas<br />

ilícitas, como o plágio <strong>de</strong> teses<br />

acadêmicas.<br />

Dissertações <strong>de</strong> mestrado e<br />

teses <strong>de</strong> doutorado já possuem caráter<br />

público e divulgação em bibliotecas.<br />

Mas, segundo o autor, “trabalhos como<br />

monografias <strong>de</strong> graduação <strong>não</strong> são<br />

respeitados e tornam-se objetos <strong>de</strong><br />

crimes”.<br />

– Essa displicência com a<br />

divulgação dos trabalhos acadêmicos<br />

<strong>de</strong> conclusão dos cursos tem sido<br />

responsável por práticas abusivas e<br />

<strong>de</strong>sonestas <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> monografias<br />

e plágio. Com a difusão do acesso à<br />

internet, fatos <strong>de</strong>ssa natureza<br />

tornaram-se mais fáceis, o que põe em<br />

dúvi<strong>da</strong> a lisura dos processos <strong>de</strong><br />

avaliação do conhecimento dos<br />

formandos, argumenta Blairo Maggi.<br />

De acordo com o texto, antes <strong>da</strong><br />

divulgação do TCC, que <strong>de</strong>verá<br />

obe<strong>de</strong>cer a um tempo regulamentar,<br />

haverá prazo para possíveis<br />

aprimoramentos por parte dos<br />

acadêmicos. O projeto recebeu voto<br />

favorável do relator, senador Aloysio<br />

Nunes Ferreira (PSDB-SP) e, caso<br />

seja aprovado, po<strong>de</strong>rá seguir para a<br />

análise <strong>da</strong> Câmara dos Deputados, se<br />

<strong>não</strong> for apresentado recurso para o<br />

Plenário.


Servidores fe<strong>de</strong>rais terão novo regime <strong>de</strong><br />

previdência complementar em fevereiro<br />

Agência Brasil<br />

Brasília - A partir <strong>de</strong> fevereiro do<br />

ano que vem, quem ingressar no<br />

serviço público fe<strong>de</strong>ral estará sob o<br />

n o v o r e g i m e d e p r e v i d ê n c i a<br />

complementar <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong><br />

Previdência Complementar do<br />

Servidor Público Fe<strong>de</strong>ral (Funpresp),<br />

segundo a ministra do Planejamento,<br />

Miriam Belchior, que se reuniu com o<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara, <strong>de</strong>putado<br />

Marco Maia (PT-RS), para tratar do<br />

assunto.<br />

A ministra explicou que, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>da</strong> aprovação do Estatuto <strong>da</strong> Funpresp<br />

pela Superintendência Nacional <strong>de</strong><br />

Previdência Complementar (Previc), o<br />

governo trabalha agora na elaboração<br />

do plano <strong>de</strong> benefícios para os<br />

servidores a fim <strong>de</strong> viabilizar o<br />

funcionamento do novo sistema <strong>de</strong><br />

previdência no início <strong>de</strong> 2013.<br />

“Ontem [22], a Previc aprovou o<br />

estatuto <strong>da</strong> Funpresp, que foi criado<br />

pela presi<strong>de</strong>nta <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> aprovação<br />

<strong>da</strong> lei. Agora vamos fazer o plano <strong>de</strong><br />

benefícios para tamb<strong>é</strong>m ser aprovado<br />

pela Previc para que todos que<br />

entrarem no serviço público a partir <strong>de</strong><br />

fevereiro do ano que vem já estejam<br />

sob a nova mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>”, disse Miriam<br />

Belchior.<br />

De acordo com a ministra, o<br />

Executivo, Legislativo e Minist<strong>é</strong>rio<br />

Público terão um fundo conjunto <strong>de</strong><br />

previdência para o seus novos<br />

servidores. Já o Judiciário terá o seu<br />

próprio fundo. O regime <strong>de</strong><br />

previdência complementar para<br />

servidores públicos fe<strong>de</strong>rais foi<br />

instituído pela Lei 12.618, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> 2012. Entre outros pontos, a<br />

norma acaba com a aposentadoria<br />

integral para novos servidores<br />

públicos fe<strong>de</strong>rais, estabelecendo<br />

como limite para aposentados o teto<br />

do Regime Geral <strong>da</strong> Previdência.<br />

Para complementar essas<br />

aposentadorias, a mesma lei autoriza<br />

07<br />

a criação do Funpresp-Exe e<br />

instituições equivalentes para os<br />

servidores do Judiciário e Legislativo.<br />

A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> irá administrar planos <strong>de</strong><br />

benefícios previ<strong>de</strong>nciários para<br />

complementar as aposentadorias e<br />

pensões concedi<strong>da</strong>s pelo regime <strong>de</strong><br />

Previdência <strong>da</strong> União a novos<br />

servidores fe<strong>de</strong>rais. O Decreto 7.808<br />

que cria a Funpresp-Exe estabelece<br />

que a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>verá começar a<br />

funcionar em at<strong>é</strong> 240 dias após a<br />

autorização do Minist<strong>é</strong>rio do<br />

Planejamento, ao qual está vincula<strong>da</strong>.<br />

De acordo com o <strong>de</strong>creto, será<br />

permiti<strong>da</strong> a participação <strong>de</strong><br />

funcionários <strong>de</strong> órgãos do Judiciário e<br />

do Legislativo, mediante convênio e<br />

p a t r o c í n i o . A s r e g r a s d a<br />

a p o s e n t a d o r i a c o m p l e m e n t a r<br />

passaram a valer após a sanção <strong>da</strong><br />

Lei 12.618.<br />

A fun<strong>da</strong>ção terá o aporte inicial<br />

<strong>de</strong> R$ 50 milhões e autonomia<br />

administrativa e financeira.


Notícias <strong>da</strong> FNE<br />

08<br />

Os engenheiros e as soluções<br />

Murilo Celso <strong>de</strong> Campos Pinheiro<br />

OS CIDADÃOS em todo o Brasil<br />

votaram, em outubro último, para escolher<br />

os prefeitos e vereadores. Os eleitos têm a<br />

partir <strong>de</strong> 2013 a tarefa <strong>de</strong> administrar as<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e legislar no interesse do bem-estar<br />

<strong>de</strong> sua população e em prol do seu<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. Nesse sentido, o que <strong>não</strong><br />

faltam são proble<strong>mas</strong> a serem resolvidos,<br />

obstáculos a serem vencidos, nas mais<br />

diversas áreas.<br />

Entre as questões prioritárias, estão<br />

enchentes que afligem a população <strong>de</strong><br />

diversos municípios em todo o Brasil, o<br />

trânsito caótico e a insuficiência do<br />

transporte público, o d<strong>é</strong>ficit habitacional, o<br />

excesso <strong>de</strong> resíduos sólidos sem<br />

<strong>de</strong>stinação final a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e a falta <strong>de</strong><br />

saneamento básico. É preciso ain<strong>da</strong> lançar<br />

mão <strong>de</strong> saí<strong>da</strong>s inovadoras, como a geração<br />

<strong>de</strong> energia a partir do lixo e a implantação <strong>da</strong><br />

internet pública.<br />

Em todos esses setores, há uma<br />

constante essencial: a atuação do<br />

engenheiro. Para cumprir a complexa<br />

agen<strong>da</strong> que têm pela frente, os futuros<br />

prefeitos terão <strong>de</strong> contar com essa mão <strong>de</strong><br />

obra, fun<strong>da</strong>mental para planejar e executar<br />

as ações necessárias <strong>da</strong> maneira a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>,<br />

utilizando bem os recursos públicos.<br />

Por isso mesmo, <strong>é</strong> crucial o<br />

cumprimento do piso profissional<br />

estipulado em nove salários mínimos<br />

para as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

vigentes no País para oito horas diárias <strong>de</strong><br />

trabalho. Al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> assegurar remuneração<br />

justa a esses t<strong>é</strong>cnicos cuja ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> está<br />

volta<strong>da</strong> ao bem-estar <strong>da</strong> população, a<br />

administração municipal <strong>de</strong>ve ter como<br />

meta o incremento do quadro <strong>de</strong><br />

profissionais capacitados e o incentivo a<br />

sua constante qualificação, al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> um<br />

plano <strong>de</strong> carreira atraente.<br />

É imprescindível que os gestores<br />

compreen<strong>da</strong>m a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> valorizar<br />

a categoria que <strong>é</strong> fun<strong>da</strong>mental ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Murilo Celso <strong>de</strong> Campos Pinheiro<br />

Presi<strong>de</strong>nte

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