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Revista Sindiposto Edição 59_ok art3.indd

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Editorial<br />

Fraudes prejuízo para a<br />

sociedade e para a revenda<br />

A prática de fraudes no setor de combustíveis não é nenhuma novidade.<br />

Gasolina “batizada” com solvente ou com etanol hidratado, sonegação<br />

de impostos, gatos nas bombas de combustível são algumas delas.<br />

Muito recentemente, reportagem do Fantástico mostrou, em rede nacional,<br />

uma dessas fraudes, agora com requintes tecnológicos. Um sistema no<br />

qual a bomba de combustível é fraudada com o auxílio de uma placa eletrônica.<br />

O mecanismo podia ser desligado, em caso de fi scalização, com apenas um<br />

toque no botão de um controle remoto. Quando acionado, a bomba abastece<br />

com menos combustível do que o que consta no painel do equipamento.<br />

Se a prática é lesiva ao consumidor, é importante ressaltar que ela é prejudicial<br />

também à toda a revenda de combustíveis, já que ao fi nal a imagem do<br />

setor como um todo fi ca arranhada. No que se refere à sonegação de imposto<br />

e à venda de combustíveis “batizados”, além de lesar o consumidor e os cofres<br />

do Estado, são práticas que se constituem na chamada concorrência desleal.<br />

Elas levam, inevitavelmente, a uma concorrência predatória, já que<br />

lançando mão dessas artimanhas o empresário irregular pode praticar<br />

preços muito mais baixos, levando a um achatamento dos preços no mercado<br />

e à redução das margens de lucro dos postos, o que é insustentável<br />

para qualquer revendedor que cumpre com as suas obrigações e age dentro<br />

da lei e da ética.<br />

É por isso que o SINDIPOSTO tem estado sempre ao lado das autoridades<br />

que regulam e fi scalizam o setor de combustíveis, visando proteger<br />

justamente esses revendedores que já são vítimas de uma pesada carga<br />

tributária e de um sem número de exigências legais.<br />

Falando em vítimas, os postos de combustíveis que estão sendo obrigados<br />

a comercializar o diesel de baixo teor de enxofre (S50) estão penando<br />

com a entrada no mercado do novo produto. Depois de dar o direito<br />

aos postos de optar pela comercialização ou não do S50, o governo decidiu<br />

obrigar alguns postos a vender o S50 para garantir o abastecimento<br />

em todo o território nacional.<br />

Como já era esperado, o volume de venda do novo combustível é<br />

baixíssimo, tendo vários casos de postos que nesses dois meses nunca<br />

venderam um litro sequer de S50. Isso porque apesar de os veículos fabricados<br />

antes de 2012 também poderem utilizar o S50 e, assim, colaborar<br />

com o meio ambiente reduzindo a emissão de enxofre no ar, os veículos<br />

que só rodam com o novo combustível começaram a ser comercializados<br />

no início do ano e a frota em circulação é mínima.<br />

Ou seja, fi cou por conta do empresário o custo da operação e do encalhe<br />

do produto. É por essas e outras que chamamos a atenção para a<br />

necessidade da revenda estar unida, tornando-se cada vez mais forte para<br />

defender seus interesses.<br />

Leandro Lisboa Novato<br />

Presidente do <strong>Sindiposto</strong>-GO<br />

3 | SINDIPOSTO | Abril/2012

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