Osteologia
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O Esqueleto<br />
<strong>Osteologia</strong><br />
A função mais importante do<br />
esqueleto é sustentar a totalidade do<br />
corpo e dar-lhe forma.<br />
Torna possível a locomoção ao<br />
fornecer ao organismo material duro e<br />
consistente, que sustenta os tecidos<br />
brandos contra a força da gravidade e<br />
onde estão inseridos os músculos, que lhe<br />
permitem erguer-se do chão e mover-se<br />
sobre sua superfície.<br />
O sistema ósseo também<br />
protege os órgãos internos (cérebro,<br />
pulmões, coração) dos traumatismos do<br />
exterior.<br />
O esqueleto é composto por<br />
ossos, ligamentos e tendões. O esqueleto<br />
humano é formado por 203 ou 204 ossos<br />
e se divide em cabeça, tronco e<br />
membros.<br />
Na face os ossos são: maxilares,<br />
zigomáticos, nasais, e a mandíbula, único<br />
osso móvel da cabeça que serve para a<br />
mastigação. Em continuação do crânio<br />
está a coluna vertebral, que é formada<br />
por vértebras. As vértebras são uma série<br />
de anéis colocados de maneira que o<br />
orifício central de cada uma corresponda<br />
com o do superior e o do inferior, de tal<br />
maneira que no centro da coluna<br />
vertebral existe uma espécie de conduto,<br />
pelo qual passa a medula espinal, órgão<br />
nervoso de fundamental importância.<br />
A articulação que se interpõe<br />
entre uma vértebra e a vértebra seguinte<br />
permite a mobilidade de toda a coluna<br />
vertebral, garantindo a esta a máxima<br />
resistência aos traumas. Entre uma<br />
vértebra e outra existem os discos<br />
cartilaginosos que servem para aumentar<br />
a elasticidade do conjunto e atenuar os<br />
efeitos de eventuais lições.<br />
As vértebras são 33 e não são<br />
todas iguais; as inferiores têm maior<br />
tamanho porque devem ser mais<br />
resistentes para realizar um trabalho<br />
maior. As primeiras 7 (sete) vértebras se<br />
denominam cervicais; a primeira se<br />
chama atlas e a segunda áxis.<br />
Em continuação das cervicais<br />
estão 12 vértebras dorsais que continuam<br />
através das costelas e se unem ao<br />
esterno, fechando a caixa torácica<br />
mediante as cartilagens costais,<br />
protegendo os órgãos contidos no tórax:<br />
coração, pulmões, brônquios, esôfago e<br />
grandes vasos.<br />
A coluna vertebral continua com<br />
as 5 vértebras lombares. A estas,<br />
seguem-se outras 5 vértebras soldadas<br />
entre si, que formam o osso sacro e, por<br />
último, as 4 ou 5 rudimentares, quase<br />
sempre soldadas entre si, que tomam o<br />
nome de cóccix ou osso caudal.<br />
Os ossos dos membros<br />
superiores começam com o ombro<br />
formado pela cintura escapular, de forma<br />
triangular, plana, e pela clavícula situada<br />
em frente da anterior, que é longa e<br />
curvada.<br />
A articulação do ombro é<br />
bastante móvel, o que permite mover o<br />
braço em todas as direções; esta<br />
articulação junto com a do quadril é uma<br />
das mais importantes no corpo humano.<br />
O osso do braço é o úmero, longo e<br />
robusto; o antebraço é formado pelos<br />
ossos: rádio e ulna (cúbito). O rádio<br />
termina no cotovelo com a articulação e a<br />
ulna (cúbito).<br />
Com os dois ossos do antebraço,<br />
se articula na sua parte inferior a mão,<br />
que é formada por uma série de 13 ossos<br />
pequenos; 8 são chamados ossos do<br />
carpo (são os que formam o punho); 5<br />
denominados metacarpos e que<br />
correspondem à superfície dorso-palmar<br />
da mão.<br />
23<br />
Os dedos da mão estão formados<br />
pela primeira, segunda e terceira falanges<br />
(o polegar tem só dois).<br />
Os membros inferiores estão<br />
unidos ao osso sacro por meio de um<br />
sistema de ossos que são denominados<br />
cintura pélvica ou pélvis, que é formada<br />
pela fusão de três ossos: íleo, ísquio e<br />
púbis.<br />
Com a pélvis se articula o fêmur,<br />
osso do quadril que é o mais longo e mais<br />
robusto de todo o corpo. Na sua parte<br />
inferior o fêmur se une à tíbia e à fíbula<br />
(perônio), que são os dois ossos da<br />
perna.<br />
Esta união tem lugar na<br />
articulação do joelho, do qual forma parte<br />
a patela (rótula) e os meniscos (dois<br />
discos cartilaginosos cuja ruptura é muito<br />
freqüente em alguns esportistas).<br />
Interpostos entre os côndilos femorais, a<br />
tíbia e a fíbula (perônio).<br />
Por último, aos ossos da perna se<br />
articulam com os do pé: o calcâneo, o<br />
astrágalo, os ossos metatarsos, os dos
dedos que têm três falanges, exceto o<br />
primeiro que tem duas.<br />
Os ossos constituem a parte<br />
passiva do aparelho locomotor: o seu<br />
movimento é devido à contração e ao<br />
relaxamento dos músculos que neles se<br />
inserem. Sobre a forma dos ossos têm<br />
influência a direção e a potência dos<br />
músculos.<br />
Estrutura dos Óssos<br />
Os ossos são formados<br />
essencialmente pelo tecido ósseo (tecido<br />
conjuntivo duro, com 1,87% de fosfato e<br />
cálcio) do qual o aspecto é compacto ou<br />
esponjoso: no osso compacto o tecido<br />
ósseo é constituído de delgadas lâminas<br />
ósseas que se sobrepõem umas às<br />
outras, unindo-se intimamente em torno<br />
de um centro; no osso esponjoso, essas<br />
delgadas lâminas se dispõem de modo a<br />
formar pequenas cavidades.<br />
Há três espécies de ossos: os<br />
ossos longos, os ossos curtos e os ossos<br />
chatos. O seu nome nos diz qual a sua<br />
característica.<br />
A medula do osso desempenha<br />
uma função importantíssima: fabrica os<br />
glóbulos do sangue, sejam os vermelhos<br />
ou brancos. As epífises são formadas por<br />
tecido ósseo esponjoso, que, na<br />
superfície, é revestido por uma camada<br />
de tecido ósseo compacto.<br />
No osso esponjoso, a medula<br />
enche as cavidades formadas pelo<br />
interpenetrar-se das trabéculas. Até a<br />
idade adulta, a diáfise e as epífises são<br />
separadas entre si, ou, melhor, estão<br />
unidas somente por um tecido<br />
cartilaginoso; é esta a cartilagem de<br />
conjugação ou diafisiária que permite o<br />
desenvolvimento do osso em<br />
comprimento, e permanece até que o<br />
indivíduo complete o seu desenvolvimento<br />
esquelético. Depois, constitui a chamada<br />
comissura diafisiária.<br />
Os ossos longos estão presentes<br />
nos membros (osso do braço: úmero;<br />
osso da coxa: fêmur). Os ossos curtos<br />
são aqueles nos quais nenhuma das três<br />
dimensões prevalece. Geralmente, os<br />
ossos curtos são formados por tecido<br />
esponjoso, revestido o mais das vezes<br />
superficialmente por uma camada de<br />
tecido compacto. Exemplos de ossos<br />
curtos são os ossos do carpo e do tarso.<br />
Os ossos chatos são aqueles em<br />
que predominam duas dimensões; têm,<br />
portanto, o aspecto de uma lâmina. São<br />
formados por tecido compacto no meio<br />
do qual, todavia, encontra-se uma<br />
camada de tecido esponjoso. Exemplos<br />
24<br />
de ossos chatos são os ossos da abóbada<br />
craniana.<br />
A forma aparente de um osso<br />
pode, por vezes, levar a engano: o osso<br />
parece pertencer a certo tipo, quando se<br />
considera a forma, mas a sua estrutura é<br />
a de um tipo diverso. Por exemplo, as<br />
costelas têm a forma alongada e<br />
pareceriam, assim, ossos longos; são,<br />
porém, esponjosos internamente e<br />
compactos na periferia, como todos os<br />
ossos chatos.<br />
Certos ossos estão atravessados<br />
na periferia por furos: são os furos de<br />
transmissão, que servem de passagem a<br />
órgãos importantes como vasos e nervos.<br />
Images from Purves et al., Life: The Science of Biology, 4th Edition, by Sinauer Associates and WH Freeman
Images from Purves et al., Life: The Science of Biology, 4th Edition, by Sinauer Associates and WH Freeman<br />
Todos os ossos têm furos que penetram<br />
no seu interior, os furos nutritivos, pelos<br />
quais penetram os vasos que devem<br />
nutri-lo.<br />
Estão revestidos por uma<br />
membrana fibrosa: o periósteo, que tem a<br />
função de nutrir o osso e de fazê-lo<br />
crescer em espessura (enquanto o osso<br />
cresce em comprimento por meio das<br />
cartilagens de conjugação). Sem o<br />
periósteo o osso não pode viver:<br />
destacando-o, o osso morre.<br />
Estrutura Microscópica dos Óssos<br />
Observando-se ao microscópio<br />
uma delgada lâmina de osso, veremos<br />
que este é formado de numerosas células<br />
estreladas, os osteócitos, que estão<br />
unidos entre si por prolongamentos e que<br />
se acham imersos em uma substância,<br />
chamada substância fundamental.<br />
No osso compacto, estas células<br />
estão dispostas em círculos concêntricos<br />
em torno de um canal, o canal de Havers,<br />
que contém um capilar sanguíneo e fibras<br />
nervosas.<br />
Quando o osso morre, as células<br />
desaparecem e fica somente a substância<br />
fundamental. Mesmo no vivo as células<br />
estreladas diminuem de volume e em<br />
número com o progredir da idade.<br />
A substância fundamental é<br />
muito dura porque é constituída de sais<br />
de cálcio, que estão impregnando uma<br />
substância orgânica: a osseína. Esta é<br />
uma substância protéica, e constitui, em<br />
peso, a terça parte de um osso seco. O<br />
osso velho se desfaz facilmente, não<br />
sendo mais mantido num todo pela<br />
osseína. Os sais de cálcio são constituídos<br />
por fosfato de cálcio (87%) e carbonato<br />
de cálcio (10%). São os sais de cálcio<br />
que conferem ao osso sua dureza.<br />
Formação dos Óssos<br />
25<br />
Os ossos se formam, no embrião,<br />
de um esboço constituído por tecido<br />
cartilaginoso e por tecido membranoso<br />
que representam o osso primário e<br />
secundário. Com o tempo, tais esboços<br />
começam a se ossificar e o processo de<br />
ossificação inicia-se em pontos<br />
particulares, os centros de ossificação.<br />
Desses centros o processo se estende.<br />
Por ocasião do nascimento, os<br />
ossos estão quase inteiramente no estado<br />
cartilaginoso. A ossificação se processa<br />
durante toda a infância e adolescência e<br />
só está completa depois do 24º ano de<br />
idade (então todo o esqueleto tornou-se<br />
ósseo). Nos ossos longos forma-se um<br />
centro de ossificação na diáfise e um em<br />
cada epífise; desses três pontos o tecido<br />
ósseo começa a estender-se até que o<br />
tecido proveniente de um centro se funde<br />
com aquele que provém dos outros<br />
centros. Nos ossos chatos, o centro de<br />
ossificação é na parte mediana e daqui o<br />
processo se irradia para a periferia.<br />
A completa transformação da<br />
cartilagem em osso só tem lugar na idade<br />
adulta; até os 20 ou 25 anos, fica sempre<br />
entre a diáfise e as epífises uma linha de<br />
cartilagem que faz crescer o osso em<br />
comprimento.<br />
Os ossos se formam no embrião<br />
de um esboço constituído por tecido<br />
cartilaginoso e por tecido membranoso<br />
que representam o osso primário e<br />
secundário. Com o tempo, tais esboços<br />
começam a se ossificar e o processo de<br />
ossificação inicia-se em pontos<br />
particulares, os centros de ossificação.<br />
Desses centros o processo se estende.
A ossificação se processa de<br />
modo diverso conforme o esboço<br />
originário é de natureza cartilaginosa ou<br />
membranosa. Nos ossos de origem<br />
cartilaginosa, o processo se inicia na<br />
membrana que reveste a cartilagem e que<br />
se chama pericôndrio. O pericôndrio se<br />
transforma pouco a pouco em periósteo,<br />
no qual se distinguem células<br />
particulares, os osteoblastos, que estão<br />
encarregadas de produzir o osso.<br />
Esqueleto da Cabeça<br />
Os ossos da cabeça são vinte e<br />
dois, dos quais oito estreitamente ligados<br />
entre si, encaixados uns com outros<br />
(fixos), formam o crânio ou calota cranial<br />
que protege o cérebro. Estes são: um<br />
frontal, dois parietais (na parte superior-<br />
lateral), dois temporais, e o occipital<br />
(nuca); o esfenóide (a base do crânio), e<br />
o etmóide (entre este último e o frontal).<br />
Na face os ossos são: maxilares,<br />
zigomáticos, nasais e a mandíbula, que<br />
serve para a mastigação, e é o único osso<br />
móvel da cabeça.<br />
Ossos do Crânio<br />
Podemos distinguir os ossos que<br />
constituem a abóbada e os ossos que<br />
constituem a base do crânio. Os ossos da<br />
abóbada formam o invólucro externo do<br />
crânio e dão à cabeça a sua rotundidade.<br />
São representados pelo osso Frontal, pelo<br />
osso Occipital, pelos dois ossos Parietais.<br />
O osso Frontal acha-se<br />
anteriormente e contribui para formar a<br />
cavidade orbitária. Tem a forma de uma<br />
concha.<br />
Posteriormente se encontra o<br />
occipital que apresenta um grande buraco<br />
(buraco occipital) por onde passa a<br />
medula espinhal.<br />
Também o occipital é um osso<br />
curvo e concorre para formar a abóbada<br />
craniana na sua porção posterior; aqui ele<br />
apresenta uma protuberância<br />
(protuberância occipital externa) e três<br />
linhas transversais que se podem sentir<br />
facilmente tocando essa região, as quais<br />
servem para a inserção dos músculos<br />
occipitais.<br />
O osso occipital, embaixo, de um<br />
lado e outro do buraco occipital,<br />
apresenta duas saliências, os côndilos,<br />
que se articulam com a primeira vértebra<br />
(Atlas) e permitem os movimentos da<br />
cabeça. Entre o osso Frontal, adiante, e o<br />
osso Occipital, posteriormente, há os<br />
ossos Parietais. Têm a forma de uma<br />
lâmina encurvada muito ligeiramente;<br />
encontram-se de um lado e de outro da<br />
26<br />
abóbada. Frontal, Occipital e Parietais não<br />
fecham completamente a abóbada; os<br />
espaços deixados são ocupados pelas<br />
expansões dos ossos da base do crânio;<br />
isto acontece dos lados da cabeça, em<br />
correspondência com as têmporas, onde<br />
se encaixa a escama do osso temporal, e,<br />
mais adiante, em correspondência com a<br />
cavidade orbitária, onde se encaixa a asa<br />
do esfenóide.<br />
Deste modo, o crânio fica<br />
inteiramente fechado. Os ossos da<br />
abóbada craniana, como de todo o crânio<br />
e em parte da face, se unem uns aos<br />
outros mediante articulações imóveis que<br />
se chamam suturas. Os dois parietais se<br />
unem entre si justamente no meio da<br />
abóbada craniana e a sutura se chama<br />
sutura sagital. A sutura que une os dois<br />
parietais com o osso occipital se chama<br />
lambdóide, porque os ossos, unindo-se,<br />
formam uma figura semelhante à letra<br />
grega lambda.<br />
Adiante, ao contrário, a sutura<br />
que une o osso frontal com os parietais<br />
tem a forma de um arco de circunferência<br />
e se chama sutura coronária. No homem<br />
adulto, os ossos estão solidamente unidos<br />
entre si e as suturas são linhas apenas<br />
perceptíveis.<br />
Por ocasião do nascimento, ao<br />
contrario, não só os ossos estão<br />
nitidamente isolados uns dos outros, mas<br />
algumas regiões do crânio apresentam<br />
ainda o tecido membranoso originário.<br />
Isto tem lugar no encontro das<br />
diversas suturas entre si, isto é, nos<br />
ângulos dos ossos. Tais pontos<br />
constituem as fontanelas (popularmente,<br />
moleiras). Destas, as mais importantes<br />
são:
- a fontanela frontal, dita também<br />
bregmática, que se acha no encontro da<br />
sutura coronária com a sagital;<br />
- a fontanela occipital, que se acha onde<br />
se encontram a sutura sagital e a<br />
lambdóide;<br />
- a fontanela esfenoidal ou ptérica que se<br />
acha dos lados do crânio, no ponto em<br />
que a escama do temporal se une com o<br />
parietal, com o frontal e com a grande<br />
asa do esfenóide.<br />
Ossos da Base<br />
Enquanto a abóbada recobre a<br />
massa cerebral superiormente e dos<br />
lados, a base serve para sustentá-la. É<br />
constituída essencialmente por dois<br />
ossos: o esfenóide e o temporal.<br />
Concorrem para formar a base, não<br />
obstante, também o frontal e o occipital.<br />
O frontal, na sua base, dobra-se para<br />
dentro, e, constituindo o teto da cavidade<br />
orbitária, dá lugar, por sua vez, ao<br />
pavimento do crânio.<br />
27<br />
A mesma coisa faz o occipital<br />
posteriormente; dobra-se para baixo,<br />
após ter formado o buraco occipital, e<br />
fecha a base posteriormente. O esfenóide<br />
e o temporal estão compreendidos entre<br />
estas duas dobras.<br />
O esfenóide constitui a parte<br />
preponderante da base do crânio e<br />
participa também do esqueleto do nariz.<br />
É formado por um corpo central e por<br />
prolongamentos laterais, dois de cada<br />
lado, que são as pequenas e as grandes<br />
asas. O corpo do esfenóide, na sua parte<br />
superior, apresenta uma depressão
chamada sela túrcica, na qual está<br />
contida a hipófise. Da sela túrcica parte a<br />
rampa que liga o esfenóide com o<br />
occipital. Aos lados da sela túrcica há dois<br />
pequenos orifícios que servem para a<br />
passagem dos nervos ópticos. As grandes<br />
asas se unem, anteriormente com o<br />
frontal e lateralmente com o temporal e<br />
concorrem para formar com o temporal o<br />
teto da cavidade orbitária. Apresentam<br />
vários orifícios por onde passam nervos.<br />
A parte anterior do corpo do<br />
esfenóide participa da constituição das<br />
fossas nasais e entra em relação com um<br />
pequeno osso, o etmóide. O esfenóide,<br />
na sua face inferior, apresenta um<br />
esporão, o rostro, que se articula com o<br />
septo nasal e concorre para separar uma<br />
fossa nasal da outra.<br />
O temporal contribui para formar<br />
tanto a base como a abóbada. É, na<br />
verdade, um osso de forma complexa,<br />
constituído de um corpo, em forma de<br />
pirâmide, que concorre para fechar a<br />
base do crânio entre o esfenóide,<br />
colocado anteriormente, e o occipital,<br />
colocado posteriormente, e da escama,<br />
uma lâmina óssea vertical, que forma<br />
com o corpo um ângulo e fecha a<br />
abóbada craniana ao nível da têmpora,<br />
acima da orelha.<br />
Na espessura do corpo está<br />
contido o aparelho da audição (ouvido<br />
médio e interno).<br />
Da face lateral, externa, da<br />
escama, parte um apêndice, dito apófise<br />
zigomática, formando aquele relevo<br />
ósseo que se nota nos lados do rosto,<br />
adiante da orelha, em particular, é<br />
evidente, nos indivíduos muito magros.<br />
Posteriormente, também, se distingue<br />
uma protuberância, a apófise mastóide,<br />
que internamente contém numerosas<br />
pequenas cavidades (células) em<br />
comunicação com o ouvido médio.<br />
Temos assim considerado os<br />
ossos da abóbada e da base. Os ossos<br />
da abóbada concorrem para formar<br />
também a base (frontal e occipital) e<br />
vice-versa (o esfenóide e o temporal,<br />
além de constituírem a base, contribuem<br />
também para fechar o crânio<br />
exteriormente).<br />
A separação entre a abóbada e a<br />
base do crânio é, portanto, puramente<br />
teórica, e segue uma linha imaginária que<br />
liga a protuberância occipital externa com<br />
aquela ligeira eminência que existe no<br />
osso frontal, acima da raiz do nariz, e que<br />
se chama glabela. Esta linha divide a<br />
abóbada, superior, da base, inferior.<br />
Resumindo, a abóbada é formada<br />
pela escama do frontal, pelos parietais,<br />
pela escama do temporal e aquela do<br />
occipital, e pela grande asa do esfenóide.<br />
A superfície externa da abóbada<br />
do crânio está recoberta, anteriormente,<br />
pelo músculo frontal e, posteriormente,<br />
pelo músculo occipital, e estes dois<br />
músculos estão unidos mediante a<br />
aponeurose epicraniana, membrana de<br />
tecido conjuntivo. Músculos e membrana<br />
formam um todo único, acima do qual há<br />
o couro cabeludo com os cabelos.<br />
Observemos agora a superfície<br />
interna da abóbada, aquela que fica<br />
voltada para o cérebro. Ela não é lisa<br />
como a externa, mas anfractuosa. Os<br />
vasos das meninges aí deixam a sua<br />
impressão, bem como as circunvoluções<br />
cerebrais e os grandes vasos.<br />
A base craniana é formada pela<br />
expansão interna do osso frontal; pelo<br />
etmóide (que pertence aos ossos da face,<br />
pequeno osso que está na parte superior<br />
do nariz, entre as duas cavidades<br />
orbitárias); pelo esfenóide e pelo corpo<br />
do temporal; por fim, pela parte maciça<br />
do occipital.<br />
A superfície interna da base do<br />
crânio, no seu complexo, é muito<br />
irregular, por causa das impressões<br />
deixadas pela massa cerebral e pelos<br />
numerosos orifícios que aí se acham (dão<br />
passagem aos nervos, artérias e veias). A<br />
base segue fielmente a massa cerebral e<br />
se modela por ela, acompanhando todas<br />
as suas sinuosidades.<br />
Podemos nela distinguir três<br />
fossas: anterior, média e posterior. A<br />
fossa anterior está colocada bem mais<br />
alta do que as duas outras e recebe os<br />
lobos anteriores do cérebro. A fossa<br />
média pode dividir-se em duas partes,<br />
uma à direita e outra à esquerda, e<br />
recebe os lobos temporais do cérebro.<br />
28
Adiante, a fossa média comunica com as<br />
cavidades orbitárias, mediante uma fenda<br />
(fenda orbitária), pela qual passam os<br />
nervos motores do olho com as artérias.<br />
A fossa média apresenta orifícios para a<br />
passagem da carótida interna (orifício<br />
dilacerado), do nervo maxilar superior<br />
(orifício redondo), do nervo maxilar<br />
inferior (orifício oval), da artéria<br />
meníngea média (orifício espinhoso). A<br />
fossa posterior, a mais larga de todas, é<br />
formada pelos temporais e pelo occipital.<br />
O centro é ocupado pelo buraco occipital<br />
pelo qual passa a medula espinhal; de um<br />
lado e de outro deste se acham os furos<br />
jugulares que dão passagem à veia<br />
jugular interna e a alguns nervos<br />
encefálicos. Na parte posterior da fossa<br />
estão contidos os lobos occipitais do<br />
encéfalo e o cerebelo.<br />
Ossos da Face<br />
Os ossos da face constituem, no<br />
seu complexo, três cavidades principais: a<br />
cavidade da órbita, a cavidade das fossas<br />
nasais, a cavidade da boca.<br />
Cavidade Orbitária<br />
É formada, no seu contorno<br />
externo, pelo osso frontal, em cima, e<br />
pelo osso zigomático embaixo e<br />
lateralmente. O osso zigomático é um<br />
típico osso da face; apresenta uma<br />
intumescência que constitui, de um lado e<br />
de outro, os zigomas ou maçãs do rosto<br />
(donde outro nome do osso - osso<br />
malar). É continuado atrás por uma<br />
apófise que se une a uma apófise análoga<br />
do temporal. Adiante, o zigomático se<br />
une ao osso maxilar superior e ao nasal.<br />
Para cima, emite uma outra apófise que<br />
se articula com o osso frontal.<br />
O resto da órbita é formado pela<br />
grande asa do esfenóide e por dois<br />
pequenos ossos: o osso lacrimal, do lado<br />
do nariz, e pelo osso palatino, que<br />
colabora com o zigomático e o osso<br />
maxilar superior para constituir o<br />
pavimento da órbita.<br />
O etmóide é um osso que<br />
pertence tanto à órbita como às fossas<br />
nasais. Está situado apenas para trás do<br />
osso frontal, em correspondência com o<br />
nariz. É um pequeno osso de forma<br />
cúbica: comas suas faces laterais constitui<br />
a parte nasal da órbita; com a sua face<br />
inferior contribui para formar o teto das<br />
fossas nasais; com a sua face superior faz<br />
saliência na base do crânio (fossa<br />
craniana anterior).<br />
O etmóide apresenta no seu<br />
interior numerosas cavidades (células)<br />
que se comunicam entre si, das quais o<br />
conjunto constitui o seio do etmóide, um<br />
dos seios paranasais. Além disso, está<br />
atravessado por terminações nervosas do<br />
nervo olfativo, que, do cérebro, chega às<br />
fossas nasais: a tarefa desse nervo é de<br />
recolher as sensações olfativas, isto é, de<br />
sentir os odores.<br />
Cavidade Nasal<br />
Está situada entre as duas<br />
cavidades orbitárias e a cavidade da<br />
boca, abaixo da fossa craniana anterior.<br />
Abre-se adiante pela abertura piriforme<br />
(se observarmos a abertura do nariz no<br />
esqueleto veremos que ela tem,<br />
caracteristicamente, a forma de uma<br />
pêra). Esta abertura é limitada pelos dois<br />
maxilares superiores e pelos dois ossos<br />
nasais. Atrás, as fossas se abrem na<br />
faringe pelas coanas. A cavidade nasal<br />
está dividida em duas partes, a fossa<br />
nasal direita e a fossa nasal esquerda,<br />
pelo septo nasal, constituído por uma<br />
lâmina que desce inferiormente do<br />
etmóide, e por um pequeno osso também<br />
em forma de lâmina, o vômer.<br />
Nas duas fossas nasais podemos<br />
distinguir uma base e duas paredes. A<br />
base é constituída pelo palato (uma<br />
lâmina que deriva do osso maxilar<br />
superior), o qual representa, ao mesmo<br />
tempo, o teto da cavidade bucal e o<br />
pavimento das fossas nasais. O teto das<br />
fossas nasais é constituído primeiramente<br />
pelos ossos nasais e pelo frontal; depois<br />
pelo etmóide e por uma parte do<br />
esfenóide.<br />
Das paredes, uma é representada<br />
pelo septo nasal, a outra, a parede<br />
lateral, é constituída, em parte, pelo osso<br />
maxilar superior, em parte pelo etmóide.<br />
Esta parede é tornada anfractuosa pela<br />
presença de protuberâncias laminares, os<br />
cornetos (superior, médio e inferior), que<br />
se destacam do etmóide (os dois<br />
primeiros) e do maxilar (o último). Os<br />
cornetos se enrolam sobre si mesmos<br />
como fazendo um cartucho e delimitam<br />
três espaços ou meatos. Temos assim o<br />
meato superior, o meato médio e o meato<br />
inferior.<br />
Entre as fossas nasais e as<br />
órbitas existe uma comunicação: o canal<br />
naso-lacrimal. Graças a esta<br />
comunicação, as lágrimas podem passar<br />
dos olhos para as fossas nasais, sem<br />
transbordar para fora. Nas fossas nasais<br />
se encontram cavidades paranasais; são<br />
cavidades escavadas no osso frontal (seio<br />
29<br />
frontal), no osso maxilar superior (seio<br />
maxilar), no esfenóide (seio esfenoidal) e<br />
no etmóide (células etmoidais).<br />
Cavidade Bucal<br />
A cavidade da boca é formada<br />
essencialmente por dois ossos: o maxilar<br />
superior e o maxilar inferior ou<br />
mandíbula. O maxilar superior é formado<br />
por dois ossos que se unem, um ao outro,<br />
na linha mediana, e, com o tempo, da<br />
sutura fica só o vestígio. Somente em<br />
casos excepcionais os dois ossos não se<br />
soldam.<br />
Os ossos maxilares superiores,<br />
anteriormente, se articulam com os ossos<br />
zigomáticos, enquanto, com uma apófise<br />
dirigida para cima (apófise frontal) se<br />
unem com os ossos nasais e constituem<br />
uma boa parte da abóbada do nariz. Na<br />
parte interna do osso maxilar se destaca<br />
uma lâmina óssea que avança, para<br />
dentro, no sentido horizontal; é a apófise<br />
palatina, que, unindo-se com aquela do<br />
outro lado, constitui a abóbada da boca,<br />
isto é, o palato, e, ao mesmo tempo, o<br />
pavimento das fossas nasais. O bordo<br />
inferior do osso maxilar superior constitui<br />
a arcada dentária superior e apresenta<br />
escavações, ou alvéolos, que recebem as<br />
raízes dos dentes superiores.<br />
O maxilar inferior é o único osso<br />
móvel da cabeça. Apresenta um corpo e<br />
dois prolongamentos ascendentes, um de<br />
cada lado, os ramos, que partem da<br />
extremidade do corpo.<br />
O corpo do maxilar inferior tem a<br />
forma de uma ferradura de cavalo aberta<br />
para trás e a sua borda superior constitui<br />
a arcada dentária inferior. Os ramos S do
maxilar inferior destacam-se do corpo<br />
formando com este um ângulo mais ou<br />
menos obtuso e terminam por um côndilo<br />
que se articula com a fosseta articular do<br />
temporal e permite os movimentos da<br />
mastigação.<br />
Poucas queixas são mais comuns<br />
que a cefaléia e a dor facial. Estes termos<br />
são usados para descrever sensações<br />
dolorosas difusas na cabeça, enquanto as<br />
dores localizadas recebem nomes<br />
específicos como otalgia (dor no ouvido)<br />
e odontalgia (dor no dente).<br />
A Coluna Vertebral<br />
É constituída por 33 ou 34 ossos,<br />
ditos vértebras. Toda vértebra é formada<br />
por um corpo em forma de disco, de<br />
espessura variável conforme a região. Do<br />
corpo partem as lâminas vertebrais que<br />
convergem para dentro, e, reunindo-se,<br />
formam um anel. Da superposição desses<br />
anéis resulta um canal no qual está<br />
contida a medula espinhal. Os anéis<br />
apresentam, dos lados e posteriormente,<br />
apêndices ósseos, chamados apófises; as<br />
laterais se chamam apófises transversais;<br />
a posterior se chama apófise espinhal.<br />
As apófises dão inserção a<br />
músculos e ligamentos. Toda vértebra se<br />
articula com a vértebra que está acima e<br />
30
com aquela que está abaixo mediante<br />
apófises articulares. Todas as vértebras<br />
têm particularidades próprias, de acordo<br />
com o lugar que ocupam na coluna<br />
vertebral. As vértebras se classificam em<br />
cervicais, torácicas ou dorsais, lombares,<br />
sacras e coccigianas.<br />
Vértebras Cervicais<br />
São sete. A sua apófise<br />
transversa tem a característica de ser<br />
escavada por um orifício (orifício<br />
transversal) pelo qual passam os vasos<br />
vertebrais. A primeira vértebra cervical se<br />
chama atlas; articula-se, em cima, com o<br />
crânio, e, embaixo, com a segunda<br />
vértebra cervical chamada áxis.<br />
Estas duas vértebras são muito<br />
diversas de todas as outras porque têm o<br />
fim de permitir os movimentos da cabeça.<br />
O atlas não tem corpo e recebe, no seu<br />
anel, uma apófise do áxis, o dente do<br />
áxis. A sétima vértebra cervical se chama<br />
proeminente porque se destaca de modo<br />
sensível e determina, principalmente nos<br />
indivíduos magros, uma saliência visível.<br />
Vértebras Torácicas<br />
São 12, têm um corpo reforçado<br />
e se articulam com as respectivas<br />
costelas.<br />
Vértebras Lombares<br />
São 5 e têm um corpo maior do<br />
que as precedentes.<br />
Vértebras Sacras<br />
São 5 e têm um tamanho<br />
decrescente. No feto e na criança até<br />
cerca de 8 anos são independentes umas<br />
das outras, enquanto no adulto se soldam<br />
entre si; da sua reunião se forma um<br />
único osso, que é chamado osso sacro.<br />
Vértebras Coccigianas<br />
São 4 ou 5 e têm um tamanho<br />
bem reduzido.<br />
Curvaturas Normais da Coluna<br />
Vertebral<br />
31<br />
Na coluna vertebral articulada e<br />
em várias imagens usadas clinicamente,<br />
por exemplo, IRM (imagem de<br />
ressonância magnética), quatro<br />
curvaturas são normalmente visíveis no<br />
adulto.<br />
As curvaturas torácica e sacral<br />
são côncavas anteriormente, enquanto as<br />
curvaturas cervical e lombar são côncavas<br />
posteriormente.<br />
As curvaturas torácica e sacral<br />
são denominadas curvaturas primárias<br />
porque se desenvolvem durante o período<br />
fetal.<br />
As curvaturas cervical e lombar<br />
começam a aparecer nas regiões cervical<br />
e lombar antes do nascimento, mas só<br />
são mais evidentes após o nascimento,<br />
sendo denominadas curvaturas<br />
secundárias. A curvatura cervical é<br />
acentuada quando um lactente começa a<br />
manter sua cabeça ereta, e a curvatura<br />
lombar torna-se evidente quando a<br />
criança começa a andar. A curvatura<br />
cervical pode desaparecer através da<br />
flexão do pescoço. A curvatura torácica,<br />
permanente, é formada pelos 12 corpos<br />
vertebrais torácicos articulados. A<br />
curvatura lombar, geralmente mais<br />
acentuada em mulheres, termina no<br />
ângulo lombo-sacral.<br />
A curvatura sacral também é<br />
permanente e difere em homens e<br />
mulheres. O sacro geralmente é menos<br />
curvo em mulheres, o que aumenta o<br />
tamanho da abertura inferior da pelve ou<br />
saída da pelve. O centro de gravidade do<br />
corpo está localizado logo na frente do<br />
promontório sacral.
A coluna vertebral, vista pela<br />
frente, parece direita, exceto uma<br />
pequena curvatura aberta para a<br />
esquerda, presente em quase todos os<br />
indivíduos. Essa curvatura faz com que o<br />
ombro esquerdo seja ligeiramente mais<br />
alto do que o direito. O fenômeno não é<br />
facilmente explicável. Foi atribuída a<br />
culpa à maior atividade dos músculos da<br />
parte direita, mas a mesma curvatura<br />
existe nos canhotos. Segundo outros é a<br />
posição assumida pela maior parte dos<br />
indivíduos nos bancos da escola.<br />
Curvaturas Anormais da Coluna<br />
As curvas da coluna vertebral<br />
podem ser acentuadas por motivos<br />
patológicos. Quando são acentuadas as<br />
curvas abertas para trás, tem-se a<br />
lordose; quando, ao contrário, são<br />
exageradas as curvas abertas para a<br />
frente tem-se a cifose. Quando a coluna<br />
vertebral apresenta uma curvatura para a<br />
direita ou para a esquerda, tem-se a<br />
escoliose.<br />
O dorso ou face posterior do<br />
tronco é a parte principal do corpo à qual<br />
estão fixadas a cabeça, pescoço e<br />
membros. Consiste de pele, fáscia<br />
superficial contendo tecido adiposo, fáscia<br />
profunda, músculos, vértebras, discos<br />
intervertebrais, costelas (na região<br />
torácica), vasos e nervos. A dor lombar é<br />
uma queixa comum.<br />
Para compreender a base<br />
anatômica dos problemas do dorso que<br />
causam dor incapacitante, é necessário<br />
conhecer a estrutura e função desta<br />
região. Os locais comuns de dores são as<br />
regiões cervical (pescoço) e lombar,<br />
principalmente porque são as partes de<br />
maior mobilidade da coluna vertebral.<br />
Nem todas as pessoas têm 33<br />
vértebras, mas o número de vértebras<br />
cervicais é constante. Até mesmo a girafa<br />
só possui sete vértebras cervicais.<br />
Entretanto, ocorrem variações no número<br />
de vértebras torácicas lombares e sacrais<br />
em aproximadamente 5% das pessoas<br />
normais sob outros aspectos.<br />
As diferenças no número podem<br />
ser uma alteração numa região, sem<br />
alteração em outras regiões, ou uma<br />
alteração numa região à custa de outra<br />
(Bergman et al, 1988). Embora variações<br />
numéricas das vértebras possam ser<br />
clinicamente importantes, a maioria delas<br />
é detectada em dessecações, necropsias<br />
ou em radiografias de pessoas sem<br />
história de problemas no dorso.<br />
O feixe de filamentos radiculares<br />
no espaço subaracnóideo abaixo da<br />
medula espinhal é denominado cauda<br />
eqüina. Está situada distalmente à<br />
vértebra L2 no canal vertebral do adulto.<br />
32
A extremidade inferior da medula<br />
espinhal afila-se abruptamente no cone<br />
medular. A partir de sua extremidade<br />
inferior, um filamento fibroso delgado,<br />
denominado filamento terminal, desce<br />
entre as raízes nervosas que constituem a<br />
cauda eqüina. Deixa a extremidade<br />
inferior do saco dural e atravessa o hiato<br />
sacral. Aqui funde-se com a extremidade<br />
superior do ligamento anococcígeo e<br />
termina com ele através da inserção no<br />
dorso do osso coccígeo.<br />
O filamento terminal não possui<br />
significado funcional. É o remanescente<br />
vestigial da medula espinhal que estava<br />
situada na cauda do embrião (Moore,<br />
1988). Sua extremidade proximal consiste<br />
em vestígios de tecido neural, tecido<br />
conjuntivo, pia-máter e tecido da<br />
neuroglia.<br />
Vascularização da Medula Espinhal<br />
Os vasos que suprem a medula<br />
espinhal são derivados de ramos das<br />
artérias vertebrais, cervicais profundas,<br />
intercostais e lombares. É suprida por três<br />
artérias longitudinais, uma artéria<br />
espinhal anterior e duas artérias espinhais<br />
posteriores. Essa vascularização é<br />
reforçada por sangue de vasos<br />
segmentares denominados artérias<br />
radiculares.<br />
Artérias Espinhais.<br />
A artéria espinhal anterior é<br />
formada pela união de dois pequenos<br />
ramos das artérias vertebrais. Percorre a<br />
extensão da medula espinhal na fissura<br />
mediana anterior e supre os dois terços<br />
anteriores da medula espinhal. O calibre<br />
dessa artéria varia de acordo com sua<br />
proximidade de uma artéria radicular<br />
magna. Geralmente é menor na região de<br />
T4 a T8 da medula.<br />
As artérias espinhais posteriores<br />
originam-se como pequenos ramos das<br />
artérias vertebrais ou das artérias<br />
cerebelares inferiores posteriores.<br />
Freqüentemente apresentam<br />
anastomoses entre si e com a artéria<br />
espinhal anterior.<br />
Esqueleto do Tórax<br />
O tórax é formado por ossos que,<br />
no seu conjunto, constituem a caixa<br />
torácica. Para formar a caixa torácica<br />
concorrem: posteriormente as vértebras<br />
torácicas ou dorsais; adiante um osso<br />
ímpar, o esterno; enfim, entre o esterno e<br />
as vértebras, encontram-se as costelas.<br />
Esterno<br />
É um osso mediano, chato, que<br />
se parece de modo geral com uma adaga<br />
romana. Nele distinguem-se três partes:<br />
uma superior, dita manúbrio; uma<br />
intermediária, dita corpo; e uma inferior,<br />
pequena, chamada apófise xifóide ou<br />
apêndice xifóide.<br />
O manúbrio forma com o resto<br />
do osso um ângulo (dito ângulo de Luys)<br />
que se torna muito acentuado e evidente<br />
quando o desenvolvimento do tórax é<br />
deficiente ou no caso de pessoa de<br />
constituição delicada. Nos bordos do<br />
manúbrio e do corpo há as incisuras nas<br />
quais se inserem a clavícula e as<br />
primeiras sete costelas. O bordo superior<br />
apresenta uma fosseta, muito evidente<br />
nos indivíduos magros: a fosseta jugular.<br />
Costelas<br />
As costelas são em número de<br />
doze pares e ligam o esterno à coluna<br />
vertebral onde se inserem nas vértebras<br />
dorsais (essas também em número de<br />
doze); têm uma forma curva, com um<br />
arco, e a sua direção não é horizontal;<br />
partindo da vértebra torácica, a costela se<br />
dirige para baixo. A sua extremidade<br />
anterior (esternal) é mais baixa do que<br />
aquela posterior (vertebral). As<br />
articulações das costelas com as<br />
vértebras torácicas são duas: há uma<br />
articulação com o corpo e outra com a<br />
apófise transversa. A extremidade<br />
anterior das costelas se insere no esterno<br />
com a interposição de um segmento<br />
cartilaginoso ou cartilagem costal.<br />
Os primeiros sete pares de<br />
costelas se chamam costelas verdadeiras;<br />
nelas, a cartilagem costal se insere<br />
diretamente no esterno. A oitava, a nona<br />
e a décima costela não terminam,<br />
diferentemente, no esterno, mas no<br />
bordo inferior da costela que se acha<br />
acima. A undécima e a duodécima costela<br />
não estão ligadas ao esterno, mas ficam<br />
livres e por isso são chamadas costelas<br />
flutuantes.<br />
Em todo o bordo inferior das<br />
costelas caminham os vasos e os nervos<br />
intercostais. Entre uma costela e outra,<br />
isto é, nos espaços intercostais, há<br />
músculos. A primeira costela tem uma<br />
forma particular.<br />
33<br />
Na verdade, enquanto as outras<br />
têm uma face externa e uma interna, a<br />
primeira costela está achatada de alto<br />
para baixo e apresenta, portanto, uma<br />
face superior e uma face inferior.<br />
A caixa torácica tem a forma de<br />
um tronco de cone, com a base menor<br />
voltada para cima. A superfície externa da<br />
caixa torácica apresenta, posteriormente,<br />
uma saliência que corre de alto a baixo e<br />
é devida à série das apófises espinhosas<br />
vertebrais. Do lado correm duas goteiras<br />
vertebrais, nas quais se contêm os<br />
músculos que servem para mover a<br />
coluna vertebral.<br />
A caixa torácica está aberta em<br />
cima, para o pescoço, a fim de dar<br />
passagem ao esôfago, à traquéia e a<br />
grandes vasos; embaixo é, ao contrário,<br />
fechada por um músculo em forma de<br />
cúpula: o diafragma.<br />
O interior da caixa torácica<br />
constitui a cavidade torácica, ocupada,<br />
lateralmente, pelos pulmões, e, ao<br />
centro, pelo coração, com a aorta, que,<br />
depois de ter descrito um arco, desce<br />
para o abdome, atravessando o<br />
diafragma, A cavidade torácica é<br />
percorrida, anteriormente, pela traquéia,<br />
que se divide nos dois brônquios, os quais<br />
se dirigem aos respectivos pulmões.<br />
Posteriormente, a cavidade é<br />
percorrida pelo esôfago que penetra,<br />
também ele, no abdome depois de<br />
atravessar o diafragma. Na cavidade<br />
torácica, enfim, estão contidas, em parte,<br />
as duas veias cavas e o ducto torácico.<br />
A forma da caixa torácica se<br />
modifica com a idade e as condições<br />
fisiológicas do indivíduo, e é diversa de<br />
acordo com o sexo. No homem tem uma
forma cônica, enquanto na mulher é<br />
arredondada na sua parte mediana,<br />
recordando a forma de um tonel. A<br />
diferença depende do diverso tipo de<br />
respiração: a mulher, na verdade, respira<br />
pelo tórax, enquanto no homem a<br />
respiração é abdominal. Também essa<br />
diversidade tem a sua razão e a sua<br />
utilidade: na mulher a respiração<br />
abdominal seria muito prejudicada por<br />
ocasião da gravidez.<br />
Os movimentos da caixa torácica<br />
durante a respiração são os seguintes: na<br />
inspiração, quando o tórax se dilata, as<br />
costelas se elevam e se alargam (mais na<br />
mulher que no homem). Na expiração,<br />
quando o tórax se restringe, as costelas<br />
se abaixam e se reúnem. Deste modo os<br />
três diâmetros da caixa torácica<br />
aumentam e diminuem alternadamente,<br />
de modo que os pulmões, que seguem<br />
passivamente os movimentos da caixa<br />
torácica, em um primeiro momento se<br />
dilatam, enchendo-se de ar, mas logo em<br />
seguida se contraem, deixando sair parte<br />
do ar neles encerrado.<br />
Esqueleto dos Membros<br />
O esqueleto dos membros<br />
superiores e o dos inferiores apresentam<br />
características análogas. Em ambos<br />
podemos distinguir três segmentos: o<br />
primeiro formado por um osso único; o<br />
segundo, por dois ossos, e o terceiro por<br />
uma série de pequenos ossos; vêm depois<br />
os ossos das falanges.<br />
O membro superior é dotado de<br />
maior amplitude de movimentos; de outro<br />
lado, os ossos do membro inferior são<br />
mais fortes. Isto é evidente levando em<br />
consideração as funções: o membro<br />
superior desenvolve determinadas<br />
atividades de trabalho, enquanto o<br />
membro inferior tem de sustentar o peso<br />
do corpo.<br />
Os membros estão unidos ao<br />
corpo mediante um sistema ósseo que<br />
toma o nome de cintura ou de cinta. A<br />
cintura superior se chama cintura torácica<br />
ou escapular; a inferior se chama cintura<br />
pélvica. A primeira sustenta o úmero e<br />
com ele todo o braço; a segunda dá apoio<br />
ao fêmur e a toda a perna.<br />
Membro Superior<br />
A cintura torácica é formada de<br />
dois ossos: a clavícula e o omoplata ou<br />
escápula. Este complexo está unido ao<br />
tórax somente mediante a articulação que<br />
a clavícula tem com o esterno. O<br />
omoplata, por sua vez, está unida<br />
somente com a clavícula e uma vez que o<br />
osso do braço (úmero) se une à<br />
omoplata, e somente a esta, entende-se<br />
como a espádua e o braço sejam dotados<br />
de movimentos muito amplos.<br />
Clavícula<br />
A face superior deste osso é lisa<br />
e suas extremidades diferem: a medial,<br />
que se articula com o esterno é globosa,<br />
enquanto que a lateral é achatada, e se<br />
articula com o Omoplata (ou Escápula).<br />
Os dois terços mediais mostram<br />
convexidade anterior, pois a clavícula<br />
deve adaptar-se à curvatura anterior da<br />
cavidade torácica.<br />
Omoplata<br />
É um osso chato, cujo tecido<br />
esponjoso quase desapareceu, de modo<br />
que as duas lâminas de tecido compacto<br />
estão praticamente em contacto. Tem a<br />
forma de um triângulo e encontra-se na<br />
parte posterior do tórax, contra as sete<br />
primeiras costelas.<br />
Da face posterior da omoplata<br />
destaca-se uma apófise de seção<br />
triangular, a espinha da omoplata, que<br />
termina com uma saliência: o acrômio. A<br />
espinha divide a face posterior da<br />
34
omoplata em duas fossas: uma superior<br />
(fossa supra-espinhal) e outra inferior<br />
(fossa infra-espinhal) que são ocupadas<br />
por músculos que têm o mesmo nome.<br />
O bordo superior da omoplata<br />
continua lateralmente por uma saliência<br />
óssea, dita apófise coracóide, que se<br />
articula com a clavícula. Dos três ângulos,<br />
o lateral se alarga para formar a cavidade<br />
glenóidea, na qual se move o úmero.<br />
Úmero<br />
O úmero é o osso do braço.<br />
Articula-se, superiormente, com a<br />
omoplata, e, inferiormente, com os ossos<br />
do antebraço (rádio e cúbito). Sendo um<br />
típico osso longo, o úmero apresenta uma<br />
diáfise e duas epífises. A epífise superior,<br />
chamada cabeça do úmero, está reunida<br />
à diáfise por um estrangulamento dito<br />
colo cirúrgico (neste nível são muito<br />
freqüentes as fraturas).<br />
A cabeça do úmero tem a forma<br />
de um hemisfério e se destaca do<br />
complexo da epífise por um outro<br />
estrangulamento: o colo anatômico.<br />
Nesta epífise se pode notar o sulco em<br />
que passa o tendão do músculo bíceps, e<br />
dois tubérculos para as inserções<br />
musculares. A epífise inferior do úmero<br />
apresenta duas saliências: uma lateral<br />
chamada côndilo, que se articula com o<br />
rádio, e uma interna, que se chama<br />
tróclea, e se articula com o cúbito.<br />
O corpo do úmero apresenta uma<br />
goteira, dita de torsão, que o percorre de<br />
alto a baixo e de trás para diante,<br />
representando que o osso foi torcido de<br />
180°.<br />
Rádio<br />
A extremidade proximal do rádio<br />
está constituída por um disco espesso, a<br />
cabeça do rádio, cuja face superior é<br />
35<br />
côncava para articular-se com o úmero. A<br />
parte inferior da cabeça do rádio é<br />
menos espessa que a superior, dando<br />
mais estabilidade à juntura. Juntamente<br />
com a ulna, gira nos movimentos de<br />
supinação e pronação.<br />
Ulna<br />
A extremidade proximal da Ulna<br />
assemelha-se a uma chave inglesa. Suas<br />
partes principais são mais bem<br />
examinadas pela sua face lateral, onde se<br />
identifica o olécrano em continuação ao<br />
processo coronóide, que se projeta para<br />
frente (formam a incisura troclear, que se<br />
amolda à tróclea do úmero). A<br />
extremidade distal apresenta a cabeça da<br />
ulna e o processo estilóide.<br />
Mão<br />
A descrição feita a seguir é um<br />
apanhado do esqueleto da mão como um<br />
todo e pressupõe que o estudante a<br />
acompanhe, que ele tenha a sua<br />
disposição um esqueleto articulado deste<br />
segmento ou, pelo menos uma figura<br />
clara. Os ossos da mão podem ser<br />
divididos em três partes:<br />
a. oito ossos dispostos em duas fileiras,<br />
proximal e distal que constituem o carpo;<br />
b. o esqueleto da mão propriamente dito,<br />
que constitui o metacarpo;<br />
c. o esqueleto dos dedos, representado<br />
pelas falanges.<br />
Os oito ossos do carpo são:<br />
escafóide, semilunar, piramidal e
pisiforme (na primeira fileira); trapézio,<br />
trapezóide, grande osso e unciforme (na<br />
fileira distal).<br />
Os ossos do metacarpo são<br />
numerados de I a V, a partir do lado<br />
radial e são representados por uma base,<br />
um corpo e uma cabeça, que se articula<br />
com a falange proximal.<br />
Cada dedo apresenta três<br />
falanges, proximal, média e distal, com<br />
exceção do polegar, no qual falta a<br />
falange média. Também são constituídas<br />
de base, corpo e cabeça.<br />
Membro Inferior<br />
Assim como no membro superior,<br />
os membros inferiores estão ligados ao<br />
resto do corpo pelas chamadas cinturas.<br />
No caso do membro inferior, temos a<br />
cintura pélvica. Se é possível descrever<br />
analogias morfológicas nos membros<br />
superior e inferior, deve-se destacar as<br />
suas diferenças funcionais, ocasionadas<br />
principalmente pela postura ereta<br />
adquirida pelo homem.<br />
Assim, se a principal função do<br />
membro superior é orientar a mão no<br />
espaço, permitindo-lhe os movimentos<br />
delicados e especializados que é capaz de<br />
executar, as principais funções do<br />
membro inferior são a locomoção e a<br />
sustentação do peso.<br />
É costume descrever, com o<br />
membro inferior, as regiões de transição,<br />
como a região glútea (das nádegas), além<br />
dos segmentos que o compõe: coxa,<br />
perna e pé. Por razões didáticas, inclui-se<br />
o osso do quadril.<br />
Os ossos do quadril unem-se<br />
anteriormente na sínfise púbica e<br />
posteriormente articulam-se com a parte<br />
superior do osso sacro. O fêmur é o osso<br />
da coxa, articulando-se superiormente<br />
com o osso do quadril e inferiormente<br />
com a tíbia. Esta e a fíbula constituem o<br />
esqueleto da perna. A tíbia une-se ao<br />
esqueleto do pé.<br />
Osso do Quadril<br />
É um osso plano e suas funções<br />
incluem as de movimento (participa das<br />
articulações com o sacro e o fêmur), e de<br />
sustentação (transmite aos membros<br />
inferiores o peso de todos os segmentos<br />
do corpo situados acima dele). Em razão<br />
destas múltiplas funções o osso do<br />
quadril tem uma estrutura complexa, e<br />
sua formação envolve três ossos isolados:<br />
o ílio, o ísquio e o púbis.<br />
Essas três peças ósseas se unem<br />
na região onde mais se faz sentir o peso<br />
suportado pelo osso do quadril, isto é, o<br />
centro do acetábulo, fossa articular que<br />
recebe a cabeça do fêmur. Até a<br />
puberdade, esses ósseos se ligam<br />
cartilaginosamente, depois se fundem e<br />
constituem peça única. De interesse,<br />
existe a crista ilíaca, facilmente palpável<br />
no vivente e a sínfise púbica.<br />
36<br />
Articulados entre si, através da<br />
sínfise púbica anteriormente e do sacro,<br />
posteriormente, os ossos do quadril<br />
constituem a pelve óssea. O estreito<br />
superior da pelve divide a pelve em duas<br />
partes, uma superior, a pelve maior (ou<br />
falsa) e outra inferior, a pelve menor (ou<br />
verdadeira). A pelve maior abriga órgãos<br />
abdominais, enquanto a pelve menor<br />
abriga órgãos do sistema genital e partes<br />
terminais do aparelho digestivo.<br />
Fêmur<br />
O maior osso do esqueleto é<br />
classificado como um osso longo,<br />
apresentando, portanto, duas epífises,<br />
proximal e distal, e um corpo, ou diáfise.<br />
A cabeça do fêmur se encaixa no<br />
acetábulo do osso do quadril e se liga ao<br />
fêmur pelo colo do fêmur (este, na<br />
verdade, é um prolongamento do corpo<br />
do osso).<br />
A epífise distal se expande em<br />
duas massas volumosas, os côndilos<br />
medial e lateral do fêmur. Os côndilos se<br />
unem anteriormente e constituem a fossa<br />
patelar (que recebe a patela).<br />
Tibia<br />
A tíbia é medial e mais robusta<br />
que a fíbula, articulando-se com o fêmur<br />
pela extremidade proximal. Distalmente,<br />
tanto a tíbia quanto a fíbula articulam-se<br />
com o tálus, embora a tíbia seja a<br />
responsável direta pela transmissão do<br />
peso àquele osso.
Fíbula<br />
É um osso longo, muito menos<br />
volumoso que a tíbia com a qual se<br />
articula proximal e distalmente. O corpo é<br />
bastante delgado e está unido à<br />
extremidade proximal por uma zona<br />
estreita, o colo, de limites imprecisos. A<br />
extremidade distal tem forma triangular e<br />
é subcutânea, facilmente palpável no<br />
nível do tornozelo (maléolo lateral).<br />
Patela (Rótula)<br />
37<br />
È classificada como um osso<br />
sesamóide, por estar inclusa no tendão de<br />
inserção do músculo quadriceps da coxa
Pé<br />
O esqueleto do pé, como o da<br />
mão, constitui-se de ossos irregulares<br />
articulados entre si, o tarso, com o qual<br />
se articulam cinco ossos longos, em<br />
conjunto denominados metatarso; com<br />
os ossos do metatarso, por sua vez,<br />
articulam-se as falanges dos dedos.<br />
Como no caso da mão, devem ser<br />
estudados tendo-se à mão um esqueleto<br />
ou uma figura detalhada. Os ossos que<br />
constituem o tarso são o tálus, o<br />
calcâneo, o navicular, o cubóide e os<br />
três cuneiformes (medial, lateral,<br />
intermédio). Os ossos do metatarso são<br />
numerados de I a V, se articulando com<br />
as falanges. Apresentam uma base<br />
(extremidade proximal), um corpo e uma<br />
cabeça (extremidade distal). O<br />
metatarsiano I é o mais volumoso dos<br />
cinco, o que denuncia de imediato sua<br />
participação direta como suporte do<br />
peso do corpo. Quanto às falanges, o<br />
halux apresenta apenas duas, o que<br />
também pode ocorrer, ocasionalmente,<br />
no V dedo.<br />
Fontes de textos e figuras:<br />
1. Online Biology Book<br />
© The Online Biology Book is hosted by Estrella Mountain<br />
Community College, in sunny Avondale, Arizona. Text ©1992,<br />
1994, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, M.J. Farabee, all<br />
rights reserved. Use for educational purposes is encouraged.<br />
2. O Corpo Humano<br />
© 2000 jPauloN.RochaJr Corporation, All rights reserved<br />
(www.corpohumano.hpg.ig.com.br)<br />
3. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana.<br />
2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.<br />
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