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UFRGS<br />
Comentário do(a) professor(a):<br />
O Brasil sob censura, Congresso Nacional fechado, sindicatos e<br />
associações de classe sob intervenção, prisões políticas, tortura<br />
e imprensa sob censura prévia foram algumas das armas da<br />
ditadura do Estado Novo para conter e calar a oposição.<br />
Intelectuais, comunistas, artistas, escritores, jornalistas eram<br />
presos ou proibidos de se manifestar sob risco de prisão. Foi<br />
criado o Departamento de Imprensa e Propaganda(DIP),<br />
responsável por enaltecer os atos do governo.<br />
O Instituto Nacional do livro foi criado em dezembro de 1937,<br />
por iniciativa do ministro Gustavo Capanema. Estavam previstas<br />
como suas atribuições a edição de obras literárias julgadas de<br />
interesse para a formação cultural da população.<br />
(UFRGS) - 20<strong>10</strong><br />
Questão-14<br />
6<br />
Brasil – Escravidão<br />
No dia 11 de abril de 1852, domingo, um navio vindo da África<br />
encalha no litoral norte do Rio Grande do Sul, na região de<br />
Tramandaí [...]. Percebendo ter sido vítima desse traiçoeiro<br />
litoral, o capitão desampara o navio e põe-se a desembarcar<br />
valiosa carga humana composta de diversos africanos que, em<br />
breve, seriam vendidos como escravos na região de Conceição<br />
do Arroio e nos Campos de Cima da Serra.<br />
OLIVEIRA, Vinicius p. de. De Manoel Congo a Manoel de<br />
Paula. Porto Alegre: Ed. do EST, 2006. p. 13.<br />
O desembarque clandestino de escravos, mencionado nesse<br />
trecho, poderia ser considerado ilegal, pois<br />
A) infringia as disposições da Lei de Terras, que proibiam o<br />
tráfico de africanos para o Brasil.<br />
B) contrariava a Lei Eusébio de Queiroz, que proibiu<br />
definitivamente o tráfico de escravos para o Brasil.<br />
C) desrespeitava artigos da Lei Saraiva-Cotegipe, que impedia<br />
o tráfico do litoral.<br />
D) contrariava o disposto na Lei Áurea, que previa a extinção<br />
da escravidão no Brasil.<br />
E) infringia a lei provincial que proibia o desembarque de<br />
escravos no Rio Grande do Sul.<br />
Gabarito: B<br />
Comentário do(a) professor(a):<br />
HISTÓRIA<br />
A) Incorreta. A Lei de Terras de 1850, aprovada duas semanas<br />
após a determinação da extinção do tráfico de escravos,<br />
decretou que o acesso à propriedade da terra só poderia ser<br />
por meio da compra. A legislação estabeleceu também a<br />
necessidade de se efetuar o registro de propriedade da terra e<br />
determinou que os imigrantes só poderiam adquirir terras após<br />
comprovarem três anos de permanência no país.<br />
B) Correta. A Lei Eusébio de Queirós, de 1850, tomou medidas<br />
para a proibição do tráfico de africanos para o Brasil. O projeto<br />
do ministro da justiça, Eusébio de Queirós, visava fazer valer a<br />
lei de 1831, de igual teor, que se tornara “letra morta”, pela falta<br />
de vigilância do governo brasileiro. Em 1850, com a ajuda da<br />
Inglaterra, que havia decretado a Lei Bill Aberdeen, em 1845, a<br />
Lei Eusébio de Queirós foi cumprida.<br />
C) Incorreta. A Lei Saraiva Cotegipe, sancionada em 1885,<br />
libertou os escravos com mais de 65 anos. Aqueles que<br />
possuíssem mais de 60 anos e menos de 65 anos poderiam<br />
conquistar a liberdade, desde que trabalhassem mais três anos<br />
para o seu proprietário, a título de indenização.<br />
D) Incorreta. O texto faz referência a um episódio de 1852, e a<br />
Lei Áurea só foi promulgada em 13 de maio de 1888.<br />
E) Incorreta. A lei que proibia o desembarque de escravos no<br />
Rio Grande do Sul e em todos os portos do país era federal.<br />
(UFRGS) - – 2005<br />
Questão-15<br />
Leia o texto abaixo:<br />
"Rio Branco defendia seu projeto, argumentando que oferecia a<br />
mais razoável e moderada de todas as soluções. Visava a<br />
restabelecer a tranqüilidade pública e a prosperidade ameaçada,<br />
e, sobretudo, a restaurar a confiança dos proprietários que não<br />
podiam continuar na incerteza que viviam, aterrorizados pelo<br />
espectro da abolição. A resistência à mudança, argumentava<br />
ele, teria o efeito de instigar o descontentamento público, a tal<br />
ponto que uma medida conciliatória e moderada já não seria<br />
mais aceitável. O projeto oferecia grandes vantagens aos<br />
proprietários: condenava a escravidão a desaparecer a longo<br />
prazo, sem abalo para a economia, dando aos proprietários<br />
bastante tempo para se acomodarem sem dificuldades à nova<br />
situação. E o que era ainda mais importante: respeitava o<br />
direito de propriedade.."<br />
(Adaptado de: COSTA, Emília Viotti da. A abolição. São Paulo:<br />
Global, 1982.)