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Projecto P-IV-168<br />
Conhecer a Geologia:<br />
da Cartografia aos Geomonumentos<br />
Escola Secundária Vergílio Ferreira<br />
11º ano de escolaridade - <strong>Ciência</strong>s da Terra e da Vida
Introdução<br />
Enquadramento geológico<br />
Penedo do Lexim<br />
Lomba dos Pianos<br />
Praia do Magoito<br />
Praia Grande do Rodízio<br />
Peninha<br />
Anexo 1<br />
Anexo 2<br />
Anexo 3<br />
Anexo 4<br />
Bibliografia<br />
Índice<br />
Página<br />
NOTA: carta e bloco diagrama da capa extraídos da Carta<br />
Geológica Simplificada do Parque Natural de Sintra-Cascais<br />
e da respectiva notícia explicativa (ver bibliografia)<br />
1<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
9<br />
11<br />
14<br />
15<br />
16<br />
17
Introdução<br />
A saída de campo que vais realizar enquadra-se no âmbito do projecto P-IV-168<br />
intitulado “Conhecer a Geologia: da Cartografia aos Geomonumentos“ do<br />
Programa <strong>Ciência</strong> <strong>Viva</strong> do Ministério da <strong>Ciência</strong> e Tecnologia e tem como<br />
principais objectivos possibilitar o contacto directo com a realidade geológica e<br />
a realização de actividades práticas no campo. Irão ser visitados locais que<br />
poderão ser considerados como geomonumentos, procurando-se que sejam<br />
compreendidos do ponto de vista dos processos geológicos que estiveram na sua<br />
origem e alertando para a importância da sua preservação.<br />
Neste “<strong>livro</strong>-<strong>guia</strong>” faz-se um resumo das principais observações que poderás<br />
realizar no campo, fornecendo-se também algumas bases teóricas que te<br />
ajudarão a melhor desempenhar os trabalhos de campo propostos.<br />
1
Durante a saída de campo irás visitar vários locais que ilustram aspectos da<br />
geologia da região de Sintra (Fig. 1).<br />
Figura 1: Localização geográfica dos locais a visitar:<br />
1 – Penedo do Lexim;<br />
2 – Lomba dos Pianos;<br />
3 – Praia do Magoito;<br />
4 - Praia Grande do Rodízio;<br />
5 - Peninha.<br />
2
Enquadramento geológico<br />
Na zona a visitar destaca-se o Maciço Eruptivo de Sintra. Este corpo de rochas<br />
magmáticas instalou-se há cerca de 80 Milhões de anos durante o Cretácico<br />
superior. Poderás observar na zona da Peninha algumas das rochas que o<br />
constituem. Durante a sua instalação, este corpo magmático afectou as rochas<br />
sedimentares de idade Jurássica e Cretácica que se tinham formado nesta<br />
zona, provocando a sua deformação e metamorfizando as que se encontravam<br />
mais próximas do contacto (Fig. 2).<br />
Figura 2: Esquema onde se observam as estruturas induzidas pela instalação do<br />
Maciço Magmático de Sintra<br />
Durante o Jurássico e o Cretácico, entre os 160 M.a. e os 90 M.a., alternaram<br />
nesta região ambientes marinhos, lacustres e fluviais nos quais se depositaram<br />
os materiais que hoje constituem as rochas sedimentares que poderás observar<br />
durante a visita de campo, na Praia Grande do Rodízio.<br />
Nesta região houve ainda outro episódio magmático há cerca de 72 M.a. que deu<br />
origem ao Complexo Vulcânico de Lisboa. Este é composto por uma variedade de<br />
estruturas, como por exemplo, edifícios vulcânicos com escoadas e níveis de<br />
piroclastos a eles associados e filões de natureza básica. Deste complexo irás<br />
observar no Penedo do Lexim o exemplo de uma chaminé vulcânica e na Lomba<br />
dos Pianos uma imponente soleira.<br />
Os materiais sedimentares mais recentes que ocorrem nesta região,<br />
depositaram-se entre os 35 M.a. e a actualidade, correspondem a diversas<br />
rochas, entre as quais se destacam os conglomerados, calcários e argilitos do<br />
Terciário (com mais de 2 M.a.) e os arenitos, areias e cascalheiras do<br />
Quaternário. Na praia do Magoito terás oportunidade de observar uma duna do<br />
Holocénico.<br />
3
Penedo do Lexim<br />
Nesta região observam-se diversas elevações topográficas que se destacam na<br />
paisagem, entre as quais podemos referir o Penedo do Lexim, a Serra do<br />
Funchal, os Cabeços da Alcainça, da Jarmeleira e Cartaxos. A explicação para<br />
este facto poderá ser encontrada na Geologia. Estas elevações correspondem a<br />
antigas chaminés vulcânicas pertencentes ao Complexo Vulcânico de Lisboa,<br />
sendo testemunhos de um importante episódio de actividade magmática que<br />
ocorreu no final do Mesozóico, há cerca de 72 M.a..<br />
A idade das rochas do Penedo do Lexim foi determinada por métodos isotópicos<br />
e é de 55 ± 18 M. a.. Como já foi referido este afloramento corresponde a<br />
parte de uma chaminé vulcânica, ou seja, o que agora podemos observar é o<br />
material magmático solidificado, que em tempos ascendeu na zona central do<br />
vulcão. Posteriormente, a acção dos agentes erosivos desmantelou o aparelho<br />
vulcânico, ficando apenas preservada a chaminé, mais resistente, que se<br />
observa neste local (Fig 3).<br />
Figura 3: Processos que levam à exposição de uma chaminé vulcânica.<br />
A rocha que aqui se pode observar é o basalto. Tem cor escura e apresenta uma<br />
matriz negra onde se destacam cristais mais desenvolvidos de olivina e<br />
piroxena. Os estudos feitos neste antigo aparelho vulcânico indicam que a rocha<br />
que hoje observamos teria arrefecido a uma profundidade de 2000 m e que a<br />
chaminé vulcânica atingia 30 metros de diâmetro.<br />
Um aspecto que se salienta quando se observa este afloramento é a presença<br />
de prismas de secção aproximadamente hexagonal, aspecto este que é<br />
conhecido como disjunção prismática ou colunar.<br />
4
Esta disjunção ocorre quando o arrefecimento da rocha, que leva à sua<br />
contracção, induz o aparecimento de fracturas (Fig. 4).<br />
Figura 4: Aspecto da disjunção colunar e esquema representativo das tensões que<br />
dão origem à fracturação da rocha aquando do seu arrefecimento.<br />
Quanto ao processo de arrefecimento deste corpo ígneo, a presença de<br />
fenocristais (cristais visíveis) de olivina e piroxena, indica que estes se teriam<br />
formado primeiro, resultando de um arrefecimento relativamente lento a<br />
maiores profundidades, que permitiu o seu desenvolvimento. Posteriormente o<br />
magma já com estes minerais formados teria subido rapidamente, o que induziu<br />
um arrefecimento mais rápido, não dando tempo a que os minerais que<br />
constituem a matriz se desenvolvessem. Por fim quando ocorreu a solidificação<br />
total do material magmático, ocorreu a formação dos prismas, devido a um<br />
arrefecimento relativamente lento.<br />
O Penedo do Lexim é actualmente um local classificado como Imóvel de<br />
Interesse Público e foi em tempos uma pedreira onde se explorava o basalto<br />
que aqui aflora.<br />
Lomba dos Pianos<br />
As rochas sedimentares que aqui afloram são de idade Cretácica com as<br />
camadas dispostas aproximadamente na horizontal. Foi nelas que se encaixou o<br />
material magmático da Lomba dos Pianos que corresponde a uma soleira (filão<br />
subhorizontal que acompanha as camadas sedimentares) (Fig. 5), com cerca de<br />
3 Km de extensão e 17 m de espessura. Esta rocha formou-se há cerca de 72<br />
M.a. quando o magma intruiu as rochas calcárias que já existiam nesta região,<br />
5
durante o episódio magmático anteriormente referido, que levou à formação do<br />
Complexo Vulcânico de Lisboa.<br />
Cone Vulcânico<br />
Conduta<br />
Principal<br />
Soleira<br />
Dique<br />
Batólito<br />
Lacólito<br />
Figura 5: Esquema representativo de diferentes geometrias de corpos magmáticos.<br />
Esta soleira é constituída por uma rocha magmática de cor escura e de<br />
composição basáltica, com cristais pouco desenvolvidos e dificilmente visíveis a<br />
olho nu. No entanto sobressaem na matriz negra alguns cristais de anfíbola e<br />
piroxena de maiores dimensões. Nas fracturas da rocha é possível observar<br />
zeólitos de cor branca a rosada com um aspecto fibroso radial.<br />
O nome de Lomba dos Pianos é devido à disjunção prismática (Fig. 4), que aqui é<br />
particularmente evidente, lembrando os órgãos de tubos, presentes em algumas<br />
igrejas. Além da disjunção prismática que aqui é manifestamente perpendicular<br />
à superfície de arrefecimento (limites da soleira), observa-se também<br />
disjunção esferoidal que provoca a escamação do basalto.<br />
Embora este local esteja proposto como Geomonumento ao nível do afloramento<br />
e apesar do seu óbvio interesse, quer do ponto de vista didáctico, quer pela sua<br />
beleza, carece ainda de uma protecção adequada servindo actualmente como<br />
depósito para entulho.<br />
Praia do Magoito<br />
Como sabes a areia das praias é geralmente constituída por pequenos grãos de<br />
quartzo e fragmentos de conchas. Por vezes, por acção do vento, esses grãos<br />
6
de areia são transportados formando acumulações chamadas dunas (Fig. 6).<br />
Como o vento apenas consegue transportar grãos de areia de certas dimensões,<br />
os grãos que constituem as dunas são geralmente bem calibrados, ou seja, têm<br />
dimensões aproximadamente iguais.<br />
Figura 6: Esquema representativo da formação de uma duna com indicação do sentido<br />
do vento e orientação da laminação oblíqua que se pode observar no interior da duna.<br />
O depósito que podes observar na descida para a praia, corresponde a uma duna<br />
fóssil que se encontra classificada como um Geomonumento ao nível do<br />
afloramento. É uma duna que se formou à cerca de 100 000 a 10 000 anos e que<br />
hoje se encontra consolidada. No entanto é ainda possível observar laminações<br />
oblíquas (Fig. 6), que permitem determinar qual a direcção em que sopravam os<br />
ventos aquando da formação da duna.<br />
Quando os grãos de areia se encontram cimentados uns aos outros formando<br />
uma rocha compacta deixamos de falar em areia, para passarmos a chamar esta<br />
rocha arenito.<br />
Praia Grande do Rodízio<br />
As rochas sedimentares que constituem as arribas do extremo sul da praia são<br />
de idade Cretácica inferior. É no topo de uma destas camadas, com cerca de<br />
115 M.a., junto à escadaria que conduz à praia, que se podem observar um<br />
conjunto de pegadas de dinossáurios postas a descoberto pela acção da erosão<br />
sobre estas rochas.<br />
Os estudos efectuados permitiram atribuir estas pegadas aos géneros<br />
Megalossaurus (Fig. 7) e Iguanodon (Fig. 8).<br />
7
O Megalossaurus chegava a atingir 8 metros de comprimento, era carnívoro e<br />
existiu desde o Jurássico superior ao Cretácico, tendo-se extinguido no final<br />
deste período.<br />
Figura 7: Esquema de um dos trilhos de pegadas de Megalossaurus da Praia Grande do<br />
Rodízio e reconstituição de um destes animais.<br />
O Iguanodon era um herbívoro de grandes dimensões (atingindo 10 metros de<br />
comprimento e cerca de 5 metros quando erguido), que viveu desde o Jurássico<br />
Médio ao Cretácico inferior, altura em que se extinguiu.<br />
Figura 8: Reconstituição de um Iguanodon e esquema de um dos trilhos da Praia<br />
Grande do Rodízio.<br />
8
Em relação às pegadas que aqui se podem observar, deve referir-se que as do<br />
Megalossaurus apresentam um ângulo muito apertado entre os dedos, enquanto<br />
as de Iguanodon apresentam um maior afastamento entre os dedos, conforme<br />
se pode verificar nos esquemas das figuras anteriores.<br />
Quanto à sequência sedimentar, os arenitos, argilas, calcários e margas que<br />
constituem as imponentes arribas que se observam nesta praia evidenciam na<br />
sua verticalidade a intensa deformação a que foram submetidas e que se deve<br />
fundamentalmente à instalação do Maciço Magmático de Sintra (Fig. 9).<br />
Figura 9: Sequência de acontecimentos que levaram à verticalização das camadas<br />
sedimentares onde foram impressas as pegadas de dinossáurio.<br />
Peninha<br />
Neste local podemos observar rochas que constituem o Maciço Magmático de<br />
Sintra. Este maciço gerou-se há cerca de 80 M.a. a grandes profundidades,<br />
sendo a rocha dominante o granito. Para além do granito encontram-se também<br />
outras rochas como por exemplo o sienito que aqui ocorre.<br />
9
O sienito formou-se devido ao arrefecimento lento do magma em profundidade,<br />
que assim permitiu o desenvolvimento de cristais suficientemente grandes para<br />
poderem ser observados a olho nu. Poderás constatar que este sienito é<br />
constituído principalmente por cristais de feldspato, anfíbola, piroxena e<br />
biotite e que contrariamente ao granito não apresenta quartzo.<br />
Na Serra de Sintra é possível observar paisagens em que se destacam<br />
amontoados caóticos de enormes blocos de rocha arredondados, constituindo o<br />
que se designa por “caos de blocos”. Estas rochas são essencialmente de<br />
composição granítica e sienítica, tendo as edificações da Peninha sido<br />
construídas no alto de um destes amontoados de rocha sienítica.<br />
De facto, os corpos magmáticos intrusivos apresentam geralmente fracturas<br />
aproximadamente perpendiculares que os subdividem em paralelepípedos. Nas<br />
fracturas, devido principalmente à circulação de água e à acção das raízes das<br />
plantas, a rocha vai-se alterando, havendo assim um desgaste nos bordos dos<br />
blocos (Fig. 10).<br />
Figura 10: Esquema ilustrativo dos processos que estão na origem da<br />
formação de blocos arredondados a partir de um maciço fracturado.<br />
Com o decorrer do tempo a alteração da rocha avança, fazendo com que os<br />
blocos se desprendam, dispondo-se de forma aleatória na paisagem e dando<br />
origem ao aspecto em “caos de blocos” (Fig. 10).<br />
10
Anexo 1<br />
Cuidados a ter para realizar uma boa amostragem.<br />
Quando recolheres uma amostra deves, em primeiro lugar, ter o cuidado<br />
de escolher um local onde a rocha tenha um aspecto são (pouco alterado),<br />
e onde possas retirar um pedaço de dimensões razoáveis (por exemplo do<br />
tamanho de uma mão fechada), para que seja possível a realização de<br />
todos os testes que conduzirão à sua classificação.<br />
Depois de recolhida a amostra deves guardá-la num saco de plástico onde<br />
escreves o local da colheita, a data e uma classificação da rocha que te<br />
pareça correcta no campo. Verás depois, quando descreveres a amostra<br />
na escola, se a classificação está correcta ou não.<br />
Cuidados a ter para realizar um corte geológico.<br />
Num corte geológico deves representar, de forma esquemática, as<br />
observações geológicas que fizeres num determinado local.<br />
Por vezes no campo torna-se mais fácil e proveitoso representar todas<br />
as observações geológicas em esquemas. Quando a informação a registar<br />
se encontra em taludes ou paredes subverticais realiza-se normalmente<br />
um corte.<br />
Ao realizar um corte deves ter o cuidado de indicar o local e a data onde<br />
ele foi realizado. Deves representar as principais estruturas geológicas<br />
proporcionalmente ao seu tamanho real devendo-se indicar qual foi a<br />
proporção utilizada, ou seja, a escala, bem como a orientação em que foi<br />
realizado o corte.<br />
Se existirem várias litologias deves individualizar cada uma delas<br />
utilizando símbolos apropriados.<br />
11
Seguem-se alguns exemplos de símbolos vulgarmente utilizados.<br />
+<br />
+<br />
+ + + +<br />
+ + +<br />
Rochas Magmáticas<br />
Rochas Plutónicas Rochas Vulcânicas<br />
Rochas Sedimentares<br />
V V V V<br />
V V V V<br />
. . . . . . . . . .<br />
. . . . . . . . . .<br />
Calcário Argilito Arenito<br />
Quando utilizares alguns destes símbolos, não te esqueças de<br />
representar no teu trabalho a respectiva legenda.<br />
Cuidados a ter para realizar uma boa fotografia geológica.<br />
Alguns tipos de estruturas geológicas, pelo seu interesse e beleza<br />
natural, merecem ser fotografados. Uma boa fotografia constitui um<br />
elemento de trabalho importante, pelo que, para a obteres, deves ter<br />
alguns cuidados especiais. Para que se possa identificar, mais tarde, qual<br />
a zona e estrutura fotografada, será aconselhável, para além de<br />
anotares no teu <strong>livro</strong> de campo, a data e o local onde a fotografia foi<br />
realizada, fazer um esquema sucinto da estrutura geológica fotografada<br />
e da sua orientação.<br />
12
Para teres uma ideia da dimensão da estrutura deves incluir na<br />
fotografia um elemento de escala, que poderá ser, consoante o caso, uma<br />
pessoa, um martelo, uma caneta ou uma moeda.<br />
Para tirares uma boa fotografia deves ter ainda atenção às condições de<br />
luz, evitando tirar fotografias de frente para o sol, e ao enquadramento<br />
escolhido, que deverá realçar as estruturas que pretendes fotografar.<br />
13
Anexo 2<br />
ROCHAS SEDIMENTARES<br />
De origem biológica:<br />
De origem química:<br />
De origem detrítica:<br />
os sedimentos têm origem em materiais<br />
produzidos pelos seres vivos.<br />
os sedimentos têm origem na precipitação<br />
química de materiais dissolvidos na água.<br />
resultam da acumulação de detritos de<br />
dimensões variadas provenientes da<br />
alteração de outras rochas.<br />
De origem<br />
Animal:<br />
Originadas, por<br />
exemplo, por<br />
acumulação de<br />
esqueletos e<br />
fragmentos de<br />
organismos animais.<br />
De origem<br />
Vegetal:<br />
Rochas<br />
Siliciosas:<br />
Rochas<br />
Carbonatadas:<br />
Consolidadas:<br />
Não<br />
Consolidadas:<br />
Originadas por<br />
acumulação de restos<br />
de vegetais.<br />
formadas<br />
essencialmente por<br />
precipitação de sílica.<br />
formadas<br />
essencialmente por<br />
precipitação de<br />
CaCO3.<br />
quando os detritos<br />
estão ligados entre si<br />
(geralmente à custa<br />
de um cimento).<br />
Quando os detritos<br />
não estão ligados<br />
entre si (são móveis).<br />
Exemplo:<br />
Calcário Conquífero<br />
Exemplo:<br />
Carvão<br />
Exemplo:<br />
Sílex<br />
Exemplo:<br />
Calcário<br />
Exemplo:<br />
Conglomerado;<br />
Arenito e Argilito<br />
Exemplo:<br />
Calhaus; Areias e<br />
Argilas<br />
14
Anexo 3<br />
SÍLICA<br />
Rochas Vulcânicas RIOLITO TRAQUITO ANDESITO BASALTO<br />
DOLERITO<br />
( MICROGABRO )<br />
Rochas Hipabissais MICROGRANITO MICROSIENITO MICRODIORITO<br />
Rochas Plutónicas GRANITO SIENITO DIORITO GABRO<br />
PROFUNDIDADE<br />
15
PRECÂMBRICO<br />
Anexo 4<br />
ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO<br />
EON ERA PERÍODO ÉPOCA ACONTECIMENTOS MAIS IMPORTANTES<br />
FANEROZÓICO<br />
CENOZÓICO<br />
MESOZÓICO<br />
PALEOZÓICO<br />
QUATERNÁRIO<br />
TERCIÁRIO<br />
Holocénico<br />
Iniciou-se há 10 000 anos<br />
Plistocénico<br />
Iniciou-se há 1,8 M.a.<br />
Pliocénico<br />
Iniciou-se há 5 M.a.<br />
Miocénico<br />
Iniciou-se há 26 M.a.<br />
Oligocénico<br />
Iniciou-se há 34 M.a.<br />
Eocénico<br />
Iniciou-se há 56 M.a.<br />
Paleocénico<br />
Iniciou-se há 65 M.a.<br />
CRETÁCICO Iniciou-se há 145 M.a.<br />
JURÁSSICO Iniciou-se há 208 M.a.<br />
TRIÁSICO Iniciou-se há 245 M.a.<br />
PÉRMICO Iniciou-se há 290 M.a.<br />
CARBÓNICO Iniciou-se há 363 M.a.<br />
DEVÓNICO Iniciou-se há 409 M.a.<br />
SILÚRICO Iniciou-se há 439 M.a.<br />
ORDOVÍCICO Iniciou-se há 510 M.a.<br />
CÂMBRICO Iniciou-se há 544 M.a.<br />
PROTEROZÓICO Iniciou-se há 2500 M.a.<br />
ARCAICO Iniciou-se há 3800 M.a.<br />
HADEANO Iniciou-se há 4600 M.a.<br />
Os glaciares derretem-se, o nível do mar sobe.<br />
Constroem-se aldeias e cidades.<br />
Época glaciária. Os mastodontes<br />
desaparecem. Surge o Homem.<br />
Os animais terrestres dominantes são<br />
carnívoros e de grandes dimensões.<br />
Aparecem hominídeos semelhantes a símios.<br />
Forma-se a Serra da Arrábida.<br />
Aparecem os mastodontes. Erguem-se os<br />
Alpes e os Himalaias.<br />
As gramíneas desenvolvem-se. Aparecem os<br />
primeiros cavalos.<br />
Os mamíferos diversificam-se surgem os<br />
primeiros primatas.<br />
Extinguem-se os dinossáurios. Forma-se a<br />
Serra de Sintra.<br />
Abundam os dinossáurios. Aparecem as<br />
aves. Abundam as coníferas e cicadales.<br />
Os répteis expandem-se. Aparecem os<br />
primeiros mamíferos.<br />
Aparecem os insectos. Aumentam os anfíbios.<br />
Extinguem-se as trilobites.<br />
As florestas desenvolvem-se. Aparecem os<br />
répteis.<br />
Disseminam-se os peixes grandes. A<br />
vegetação terrestre desenvolve-se.<br />
As plantas começam a invadir a terra.<br />
Abundam os cefalópodes com concha.<br />
Aparecem os peixes. Diversificam-se os<br />
invertebrados marinhos.<br />
Os mares cobrem a maior parte da Terra. As<br />
trilobites são vulgares.<br />
A vida desenvolve-se. Surgem os primeiros<br />
organismos multicelulares.<br />
Aparecem os primeiros microorganismos<br />
(unicelulares).<br />
Formação da Terra. Final do bombardeamento<br />
meteórico e constituição das planícies lunares.<br />
16
Bibliografia<br />
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Basáltico de Lisboa. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal (Tomo<br />
66).<br />
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Brilha, J. R.; Braga, M. A. S.; Proust, D.; Dudoignon, P. (1998) – Disjunção<br />
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Lisboa) – Morfologia e Génese. Comunicações dos Serviços Geológicos de<br />
Portugal (Tomo 84 - I).<br />
Carvalho, A. M. Galopim de (1999) – Geomonumentos – Uma refelexão sobre a<br />
sua caracterização e enquadramento num projecto nacional de defesa e<br />
valorização do Património Natural. Editado por Liga dos Amigos de Conimbriga<br />
Dercourt, J.; Paquet, J. (1986) – Geologia, objectos e métodos. Livraria<br />
Almedina. (Resumo em: http://www.geopor.pt/progeo/progeo.pt)<br />
Dias, R.; Madeira, J. (1983) – Novas Pistas de Dinossáurios no Cretácico<br />
Inferior. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal (Tomo 69).<br />
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Hamblin, W. Kenneth; Christiansen, Eric H. (1995) - Earth’s Dynamic Systems.<br />
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Kindersley, Dorling (1994) – Dicionário Visual da Terra. Editorial Verbo.<br />
Ribeiro, M. L.; Ramalho, M. M. (1997) – Notícia Explicativa da Carta Geológica<br />
Simplificada do Parque Natural de Sintra-Cascais. Instituto Geológico e<br />
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17