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livro guia 2 - Ciência Viva

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Projecto P-IV-168<br />

Conhecer a Geologia:<br />

da Cartografia aos Geomonumentos<br />

Escola Secundária Vergílio Ferreira<br />

11º ano de escolaridade - <strong>Ciência</strong>s da Terra e da Vida


Introdução<br />

Enquadramento geológico<br />

Penedo do Lexim<br />

Lomba dos Pianos<br />

Praia do Magoito<br />

Praia Grande do Rodízio<br />

Peninha<br />

Anexo 1<br />

Anexo 2<br />

Anexo 3<br />

Anexo 4<br />

Bibliografia<br />

Índice<br />

Página<br />

NOTA: carta e bloco diagrama da capa extraídos da Carta<br />

Geológica Simplificada do Parque Natural de Sintra-Cascais<br />

e da respectiva notícia explicativa (ver bibliografia)<br />

1<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

9<br />

11<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17


Introdução<br />

A saída de campo que vais realizar enquadra-se no âmbito do projecto P-IV-168<br />

intitulado “Conhecer a Geologia: da Cartografia aos Geomonumentos“ do<br />

Programa <strong>Ciência</strong> <strong>Viva</strong> do Ministério da <strong>Ciência</strong> e Tecnologia e tem como<br />

principais objectivos possibilitar o contacto directo com a realidade geológica e<br />

a realização de actividades práticas no campo. Irão ser visitados locais que<br />

poderão ser considerados como geomonumentos, procurando-se que sejam<br />

compreendidos do ponto de vista dos processos geológicos que estiveram na sua<br />

origem e alertando para a importância da sua preservação.<br />

Neste “<strong>livro</strong>-<strong>guia</strong>” faz-se um resumo das principais observações que poderás<br />

realizar no campo, fornecendo-se também algumas bases teóricas que te<br />

ajudarão a melhor desempenhar os trabalhos de campo propostos.<br />

1


Durante a saída de campo irás visitar vários locais que ilustram aspectos da<br />

geologia da região de Sintra (Fig. 1).<br />

Figura 1: Localização geográfica dos locais a visitar:<br />

1 – Penedo do Lexim;<br />

2 – Lomba dos Pianos;<br />

3 – Praia do Magoito;<br />

4 - Praia Grande do Rodízio;<br />

5 - Peninha.<br />

2


Enquadramento geológico<br />

Na zona a visitar destaca-se o Maciço Eruptivo de Sintra. Este corpo de rochas<br />

magmáticas instalou-se há cerca de 80 Milhões de anos durante o Cretácico<br />

superior. Poderás observar na zona da Peninha algumas das rochas que o<br />

constituem. Durante a sua instalação, este corpo magmático afectou as rochas<br />

sedimentares de idade Jurássica e Cretácica que se tinham formado nesta<br />

zona, provocando a sua deformação e metamorfizando as que se encontravam<br />

mais próximas do contacto (Fig. 2).<br />

Figura 2: Esquema onde se observam as estruturas induzidas pela instalação do<br />

Maciço Magmático de Sintra<br />

Durante o Jurássico e o Cretácico, entre os 160 M.a. e os 90 M.a., alternaram<br />

nesta região ambientes marinhos, lacustres e fluviais nos quais se depositaram<br />

os materiais que hoje constituem as rochas sedimentares que poderás observar<br />

durante a visita de campo, na Praia Grande do Rodízio.<br />

Nesta região houve ainda outro episódio magmático há cerca de 72 M.a. que deu<br />

origem ao Complexo Vulcânico de Lisboa. Este é composto por uma variedade de<br />

estruturas, como por exemplo, edifícios vulcânicos com escoadas e níveis de<br />

piroclastos a eles associados e filões de natureza básica. Deste complexo irás<br />

observar no Penedo do Lexim o exemplo de uma chaminé vulcânica e na Lomba<br />

dos Pianos uma imponente soleira.<br />

Os materiais sedimentares mais recentes que ocorrem nesta região,<br />

depositaram-se entre os 35 M.a. e a actualidade, correspondem a diversas<br />

rochas, entre as quais se destacam os conglomerados, calcários e argilitos do<br />

Terciário (com mais de 2 M.a.) e os arenitos, areias e cascalheiras do<br />

Quaternário. Na praia do Magoito terás oportunidade de observar uma duna do<br />

Holocénico.<br />

3


Penedo do Lexim<br />

Nesta região observam-se diversas elevações topográficas que se destacam na<br />

paisagem, entre as quais podemos referir o Penedo do Lexim, a Serra do<br />

Funchal, os Cabeços da Alcainça, da Jarmeleira e Cartaxos. A explicação para<br />

este facto poderá ser encontrada na Geologia. Estas elevações correspondem a<br />

antigas chaminés vulcânicas pertencentes ao Complexo Vulcânico de Lisboa,<br />

sendo testemunhos de um importante episódio de actividade magmática que<br />

ocorreu no final do Mesozóico, há cerca de 72 M.a..<br />

A idade das rochas do Penedo do Lexim foi determinada por métodos isotópicos<br />

e é de 55 ± 18 M. a.. Como já foi referido este afloramento corresponde a<br />

parte de uma chaminé vulcânica, ou seja, o que agora podemos observar é o<br />

material magmático solidificado, que em tempos ascendeu na zona central do<br />

vulcão. Posteriormente, a acção dos agentes erosivos desmantelou o aparelho<br />

vulcânico, ficando apenas preservada a chaminé, mais resistente, que se<br />

observa neste local (Fig 3).<br />

Figura 3: Processos que levam à exposição de uma chaminé vulcânica.<br />

A rocha que aqui se pode observar é o basalto. Tem cor escura e apresenta uma<br />

matriz negra onde se destacam cristais mais desenvolvidos de olivina e<br />

piroxena. Os estudos feitos neste antigo aparelho vulcânico indicam que a rocha<br />

que hoje observamos teria arrefecido a uma profundidade de 2000 m e que a<br />

chaminé vulcânica atingia 30 metros de diâmetro.<br />

Um aspecto que se salienta quando se observa este afloramento é a presença<br />

de prismas de secção aproximadamente hexagonal, aspecto este que é<br />

conhecido como disjunção prismática ou colunar.<br />

4


Esta disjunção ocorre quando o arrefecimento da rocha, que leva à sua<br />

contracção, induz o aparecimento de fracturas (Fig. 4).<br />

Figura 4: Aspecto da disjunção colunar e esquema representativo das tensões que<br />

dão origem à fracturação da rocha aquando do seu arrefecimento.<br />

Quanto ao processo de arrefecimento deste corpo ígneo, a presença de<br />

fenocristais (cristais visíveis) de olivina e piroxena, indica que estes se teriam<br />

formado primeiro, resultando de um arrefecimento relativamente lento a<br />

maiores profundidades, que permitiu o seu desenvolvimento. Posteriormente o<br />

magma já com estes minerais formados teria subido rapidamente, o que induziu<br />

um arrefecimento mais rápido, não dando tempo a que os minerais que<br />

constituem a matriz se desenvolvessem. Por fim quando ocorreu a solidificação<br />

total do material magmático, ocorreu a formação dos prismas, devido a um<br />

arrefecimento relativamente lento.<br />

O Penedo do Lexim é actualmente um local classificado como Imóvel de<br />

Interesse Público e foi em tempos uma pedreira onde se explorava o basalto<br />

que aqui aflora.<br />

Lomba dos Pianos<br />

As rochas sedimentares que aqui afloram são de idade Cretácica com as<br />

camadas dispostas aproximadamente na horizontal. Foi nelas que se encaixou o<br />

material magmático da Lomba dos Pianos que corresponde a uma soleira (filão<br />

subhorizontal que acompanha as camadas sedimentares) (Fig. 5), com cerca de<br />

3 Km de extensão e 17 m de espessura. Esta rocha formou-se há cerca de 72<br />

M.a. quando o magma intruiu as rochas calcárias que já existiam nesta região,<br />

5


durante o episódio magmático anteriormente referido, que levou à formação do<br />

Complexo Vulcânico de Lisboa.<br />

Cone Vulcânico<br />

Conduta<br />

Principal<br />

Soleira<br />

Dique<br />

Batólito<br />

Lacólito<br />

Figura 5: Esquema representativo de diferentes geometrias de corpos magmáticos.<br />

Esta soleira é constituída por uma rocha magmática de cor escura e de<br />

composição basáltica, com cristais pouco desenvolvidos e dificilmente visíveis a<br />

olho nu. No entanto sobressaem na matriz negra alguns cristais de anfíbola e<br />

piroxena de maiores dimensões. Nas fracturas da rocha é possível observar<br />

zeólitos de cor branca a rosada com um aspecto fibroso radial.<br />

O nome de Lomba dos Pianos é devido à disjunção prismática (Fig. 4), que aqui é<br />

particularmente evidente, lembrando os órgãos de tubos, presentes em algumas<br />

igrejas. Além da disjunção prismática que aqui é manifestamente perpendicular<br />

à superfície de arrefecimento (limites da soleira), observa-se também<br />

disjunção esferoidal que provoca a escamação do basalto.<br />

Embora este local esteja proposto como Geomonumento ao nível do afloramento<br />

e apesar do seu óbvio interesse, quer do ponto de vista didáctico, quer pela sua<br />

beleza, carece ainda de uma protecção adequada servindo actualmente como<br />

depósito para entulho.<br />

Praia do Magoito<br />

Como sabes a areia das praias é geralmente constituída por pequenos grãos de<br />

quartzo e fragmentos de conchas. Por vezes, por acção do vento, esses grãos<br />

6


de areia são transportados formando acumulações chamadas dunas (Fig. 6).<br />

Como o vento apenas consegue transportar grãos de areia de certas dimensões,<br />

os grãos que constituem as dunas são geralmente bem calibrados, ou seja, têm<br />

dimensões aproximadamente iguais.<br />

Figura 6: Esquema representativo da formação de uma duna com indicação do sentido<br />

do vento e orientação da laminação oblíqua que se pode observar no interior da duna.<br />

O depósito que podes observar na descida para a praia, corresponde a uma duna<br />

fóssil que se encontra classificada como um Geomonumento ao nível do<br />

afloramento. É uma duna que se formou à cerca de 100 000 a 10 000 anos e que<br />

hoje se encontra consolidada. No entanto é ainda possível observar laminações<br />

oblíquas (Fig. 6), que permitem determinar qual a direcção em que sopravam os<br />

ventos aquando da formação da duna.<br />

Quando os grãos de areia se encontram cimentados uns aos outros formando<br />

uma rocha compacta deixamos de falar em areia, para passarmos a chamar esta<br />

rocha arenito.<br />

Praia Grande do Rodízio<br />

As rochas sedimentares que constituem as arribas do extremo sul da praia são<br />

de idade Cretácica inferior. É no topo de uma destas camadas, com cerca de<br />

115 M.a., junto à escadaria que conduz à praia, que se podem observar um<br />

conjunto de pegadas de dinossáurios postas a descoberto pela acção da erosão<br />

sobre estas rochas.<br />

Os estudos efectuados permitiram atribuir estas pegadas aos géneros<br />

Megalossaurus (Fig. 7) e Iguanodon (Fig. 8).<br />

7


O Megalossaurus chegava a atingir 8 metros de comprimento, era carnívoro e<br />

existiu desde o Jurássico superior ao Cretácico, tendo-se extinguido no final<br />

deste período.<br />

Figura 7: Esquema de um dos trilhos de pegadas de Megalossaurus da Praia Grande do<br />

Rodízio e reconstituição de um destes animais.<br />

O Iguanodon era um herbívoro de grandes dimensões (atingindo 10 metros de<br />

comprimento e cerca de 5 metros quando erguido), que viveu desde o Jurássico<br />

Médio ao Cretácico inferior, altura em que se extinguiu.<br />

Figura 8: Reconstituição de um Iguanodon e esquema de um dos trilhos da Praia<br />

Grande do Rodízio.<br />

8


Em relação às pegadas que aqui se podem observar, deve referir-se que as do<br />

Megalossaurus apresentam um ângulo muito apertado entre os dedos, enquanto<br />

as de Iguanodon apresentam um maior afastamento entre os dedos, conforme<br />

se pode verificar nos esquemas das figuras anteriores.<br />

Quanto à sequência sedimentar, os arenitos, argilas, calcários e margas que<br />

constituem as imponentes arribas que se observam nesta praia evidenciam na<br />

sua verticalidade a intensa deformação a que foram submetidas e que se deve<br />

fundamentalmente à instalação do Maciço Magmático de Sintra (Fig. 9).<br />

Figura 9: Sequência de acontecimentos que levaram à verticalização das camadas<br />

sedimentares onde foram impressas as pegadas de dinossáurio.<br />

Peninha<br />

Neste local podemos observar rochas que constituem o Maciço Magmático de<br />

Sintra. Este maciço gerou-se há cerca de 80 M.a. a grandes profundidades,<br />

sendo a rocha dominante o granito. Para além do granito encontram-se também<br />

outras rochas como por exemplo o sienito que aqui ocorre.<br />

9


O sienito formou-se devido ao arrefecimento lento do magma em profundidade,<br />

que assim permitiu o desenvolvimento de cristais suficientemente grandes para<br />

poderem ser observados a olho nu. Poderás constatar que este sienito é<br />

constituído principalmente por cristais de feldspato, anfíbola, piroxena e<br />

biotite e que contrariamente ao granito não apresenta quartzo.<br />

Na Serra de Sintra é possível observar paisagens em que se destacam<br />

amontoados caóticos de enormes blocos de rocha arredondados, constituindo o<br />

que se designa por “caos de blocos”. Estas rochas são essencialmente de<br />

composição granítica e sienítica, tendo as edificações da Peninha sido<br />

construídas no alto de um destes amontoados de rocha sienítica.<br />

De facto, os corpos magmáticos intrusivos apresentam geralmente fracturas<br />

aproximadamente perpendiculares que os subdividem em paralelepípedos. Nas<br />

fracturas, devido principalmente à circulação de água e à acção das raízes das<br />

plantas, a rocha vai-se alterando, havendo assim um desgaste nos bordos dos<br />

blocos (Fig. 10).<br />

Figura 10: Esquema ilustrativo dos processos que estão na origem da<br />

formação de blocos arredondados a partir de um maciço fracturado.<br />

Com o decorrer do tempo a alteração da rocha avança, fazendo com que os<br />

blocos se desprendam, dispondo-se de forma aleatória na paisagem e dando<br />

origem ao aspecto em “caos de blocos” (Fig. 10).<br />

10


Anexo 1<br />

Cuidados a ter para realizar uma boa amostragem.<br />

Quando recolheres uma amostra deves, em primeiro lugar, ter o cuidado<br />

de escolher um local onde a rocha tenha um aspecto são (pouco alterado),<br />

e onde possas retirar um pedaço de dimensões razoáveis (por exemplo do<br />

tamanho de uma mão fechada), para que seja possível a realização de<br />

todos os testes que conduzirão à sua classificação.<br />

Depois de recolhida a amostra deves guardá-la num saco de plástico onde<br />

escreves o local da colheita, a data e uma classificação da rocha que te<br />

pareça correcta no campo. Verás depois, quando descreveres a amostra<br />

na escola, se a classificação está correcta ou não.<br />

Cuidados a ter para realizar um corte geológico.<br />

Num corte geológico deves representar, de forma esquemática, as<br />

observações geológicas que fizeres num determinado local.<br />

Por vezes no campo torna-se mais fácil e proveitoso representar todas<br />

as observações geológicas em esquemas. Quando a informação a registar<br />

se encontra em taludes ou paredes subverticais realiza-se normalmente<br />

um corte.<br />

Ao realizar um corte deves ter o cuidado de indicar o local e a data onde<br />

ele foi realizado. Deves representar as principais estruturas geológicas<br />

proporcionalmente ao seu tamanho real devendo-se indicar qual foi a<br />

proporção utilizada, ou seja, a escala, bem como a orientação em que foi<br />

realizado o corte.<br />

Se existirem várias litologias deves individualizar cada uma delas<br />

utilizando símbolos apropriados.<br />

11


Seguem-se alguns exemplos de símbolos vulgarmente utilizados.<br />

+<br />

+<br />

+ + + +<br />

+ + +<br />

Rochas Magmáticas<br />

Rochas Plutónicas Rochas Vulcânicas<br />

Rochas Sedimentares<br />

V V V V<br />

V V V V<br />

. . . . . . . . . .<br />

. . . . . . . . . .<br />

Calcário Argilito Arenito<br />

Quando utilizares alguns destes símbolos, não te esqueças de<br />

representar no teu trabalho a respectiva legenda.<br />

Cuidados a ter para realizar uma boa fotografia geológica.<br />

Alguns tipos de estruturas geológicas, pelo seu interesse e beleza<br />

natural, merecem ser fotografados. Uma boa fotografia constitui um<br />

elemento de trabalho importante, pelo que, para a obteres, deves ter<br />

alguns cuidados especiais. Para que se possa identificar, mais tarde, qual<br />

a zona e estrutura fotografada, será aconselhável, para além de<br />

anotares no teu <strong>livro</strong> de campo, a data e o local onde a fotografia foi<br />

realizada, fazer um esquema sucinto da estrutura geológica fotografada<br />

e da sua orientação.<br />

12


Para teres uma ideia da dimensão da estrutura deves incluir na<br />

fotografia um elemento de escala, que poderá ser, consoante o caso, uma<br />

pessoa, um martelo, uma caneta ou uma moeda.<br />

Para tirares uma boa fotografia deves ter ainda atenção às condições de<br />

luz, evitando tirar fotografias de frente para o sol, e ao enquadramento<br />

escolhido, que deverá realçar as estruturas que pretendes fotografar.<br />

13


Anexo 2<br />

ROCHAS SEDIMENTARES<br />

De origem biológica:<br />

De origem química:<br />

De origem detrítica:<br />

os sedimentos têm origem em materiais<br />

produzidos pelos seres vivos.<br />

os sedimentos têm origem na precipitação<br />

química de materiais dissolvidos na água.<br />

resultam da acumulação de detritos de<br />

dimensões variadas provenientes da<br />

alteração de outras rochas.<br />

De origem<br />

Animal:<br />

Originadas, por<br />

exemplo, por<br />

acumulação de<br />

esqueletos e<br />

fragmentos de<br />

organismos animais.<br />

De origem<br />

Vegetal:<br />

Rochas<br />

Siliciosas:<br />

Rochas<br />

Carbonatadas:<br />

Consolidadas:<br />

Não<br />

Consolidadas:<br />

Originadas por<br />

acumulação de restos<br />

de vegetais.<br />

formadas<br />

essencialmente por<br />

precipitação de sílica.<br />

formadas<br />

essencialmente por<br />

precipitação de<br />

CaCO3.<br />

quando os detritos<br />

estão ligados entre si<br />

(geralmente à custa<br />

de um cimento).<br />

Quando os detritos<br />

não estão ligados<br />

entre si (são móveis).<br />

Exemplo:<br />

Calcário Conquífero<br />

Exemplo:<br />

Carvão<br />

Exemplo:<br />

Sílex<br />

Exemplo:<br />

Calcário<br />

Exemplo:<br />

Conglomerado;<br />

Arenito e Argilito<br />

Exemplo:<br />

Calhaus; Areias e<br />

Argilas<br />

14


Anexo 3<br />

SÍLICA<br />

Rochas Vulcânicas RIOLITO TRAQUITO ANDESITO BASALTO<br />

DOLERITO<br />

( MICROGABRO )<br />

Rochas Hipabissais MICROGRANITO MICROSIENITO MICRODIORITO<br />

Rochas Plutónicas GRANITO SIENITO DIORITO GABRO<br />

PROFUNDIDADE<br />

15


PRECÂMBRICO<br />

Anexo 4<br />

ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO<br />

EON ERA PERÍODO ÉPOCA ACONTECIMENTOS MAIS IMPORTANTES<br />

FANEROZÓICO<br />

CENOZÓICO<br />

MESOZÓICO<br />

PALEOZÓICO<br />

QUATERNÁRIO<br />

TERCIÁRIO<br />

Holocénico<br />

Iniciou-se há 10 000 anos<br />

Plistocénico<br />

Iniciou-se há 1,8 M.a.<br />

Pliocénico<br />

Iniciou-se há 5 M.a.<br />

Miocénico<br />

Iniciou-se há 26 M.a.<br />

Oligocénico<br />

Iniciou-se há 34 M.a.<br />

Eocénico<br />

Iniciou-se há 56 M.a.<br />

Paleocénico<br />

Iniciou-se há 65 M.a.<br />

CRETÁCICO Iniciou-se há 145 M.a.<br />

JURÁSSICO Iniciou-se há 208 M.a.<br />

TRIÁSICO Iniciou-se há 245 M.a.<br />

PÉRMICO Iniciou-se há 290 M.a.<br />

CARBÓNICO Iniciou-se há 363 M.a.<br />

DEVÓNICO Iniciou-se há 409 M.a.<br />

SILÚRICO Iniciou-se há 439 M.a.<br />

ORDOVÍCICO Iniciou-se há 510 M.a.<br />

CÂMBRICO Iniciou-se há 544 M.a.<br />

PROTEROZÓICO Iniciou-se há 2500 M.a.<br />

ARCAICO Iniciou-se há 3800 M.a.<br />

HADEANO Iniciou-se há 4600 M.a.<br />

Os glaciares derretem-se, o nível do mar sobe.<br />

Constroem-se aldeias e cidades.<br />

Época glaciária. Os mastodontes<br />

desaparecem. Surge o Homem.<br />

Os animais terrestres dominantes são<br />

carnívoros e de grandes dimensões.<br />

Aparecem hominídeos semelhantes a símios.<br />

Forma-se a Serra da Arrábida.<br />

Aparecem os mastodontes. Erguem-se os<br />

Alpes e os Himalaias.<br />

As gramíneas desenvolvem-se. Aparecem os<br />

primeiros cavalos.<br />

Os mamíferos diversificam-se surgem os<br />

primeiros primatas.<br />

Extinguem-se os dinossáurios. Forma-se a<br />

Serra de Sintra.<br />

Abundam os dinossáurios. Aparecem as<br />

aves. Abundam as coníferas e cicadales.<br />

Os répteis expandem-se. Aparecem os<br />

primeiros mamíferos.<br />

Aparecem os insectos. Aumentam os anfíbios.<br />

Extinguem-se as trilobites.<br />

As florestas desenvolvem-se. Aparecem os<br />

répteis.<br />

Disseminam-se os peixes grandes. A<br />

vegetação terrestre desenvolve-se.<br />

As plantas começam a invadir a terra.<br />

Abundam os cefalópodes com concha.<br />

Aparecem os peixes. Diversificam-se os<br />

invertebrados marinhos.<br />

Os mares cobrem a maior parte da Terra. As<br />

trilobites são vulgares.<br />

A vida desenvolve-se. Surgem os primeiros<br />

organismos multicelulares.<br />

Aparecem os primeiros microorganismos<br />

(unicelulares).<br />

Formação da Terra. Final do bombardeamento<br />

meteórico e constituição das planícies lunares.<br />

16


Bibliografia<br />

Alves, C. A. M.; Rodrigues, B.; Serralheiro, A. Faria, A. P. (1980) - O Complexo<br />

Basáltico de Lisboa. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal (Tomo<br />

66).<br />

Alves, C. A. M.; Ramalho, M. M; Munhá, J. M.; Palacios, T.; Kullberg, M. C. (1986)<br />

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petrológicos e dinâmicos. 2º Congresso Nacional de Geologia.<br />

Brilha, J. R.; Braga, M. A. S.; Proust, D.; Dudoignon, P. (1998) – Disjunção<br />

colunar na chaminé vulcânica do Penedo do Lexim (Complexo Vulcânico de<br />

Lisboa) – Morfologia e Génese. Comunicações dos Serviços Geológicos de<br />

Portugal (Tomo 84 - I).<br />

Carvalho, A. M. Galopim de (1999) – Geomonumentos – Uma refelexão sobre a<br />

sua caracterização e enquadramento num projecto nacional de defesa e<br />

valorização do Património Natural. Editado por Liga dos Amigos de Conimbriga<br />

Dercourt, J.; Paquet, J. (1986) – Geologia, objectos e métodos. Livraria<br />

Almedina. (Resumo em: http://www.geopor.pt/progeo/progeo.pt)<br />

Dias, R.; Madeira, J. (1983) – Novas Pistas de Dinossáurios no Cretácico<br />

Inferior. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal (Tomo 69).<br />

Foucault, A.; Raoult, J. F. (1988) - Dictionnaire de Géologie. Masson édit.<br />

Hamblin, W. Kenneth; Christiansen, Eric H. (1995) - Earth’s Dynamic Systems.<br />

Prentice-Hall Inc.<br />

Kindersley, Dorling (1994) – Dicionário Visual da Terra. Editorial Verbo.<br />

Ribeiro, M. L.; Ramalho, M. M. (1997) – Notícia Explicativa da Carta Geológica<br />

Simplificada do Parque Natural de Sintra-Cascais. Instituto Geológico e<br />

Mineiro / Instituto de Conservação da Natureza.<br />

Skinner, Brian J.; Porter, Stephan C. (1987) – Physical Geology. John Wiley<br />

and Sons.<br />

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