Os Símbolos Bíblicos à Luz da Filosofia Rosacruz - Fraternidade ...
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Em ver<strong>da</strong>de, o Filho do Homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai <strong>da</strong>quele homem por<br />
quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.<br />
E, respondendo Ju<strong>da</strong>s, o que traia, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.<br />
E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse:<br />
Tomai, comei, isto é o meu corpo.<br />
E, tomando o cálice, e <strong>da</strong>ndo graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;<br />
Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para<br />
remissão dos pecados.<br />
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto <strong>da</strong> vide até <strong>à</strong>quele dia em que beba de novo<br />
convosco no reino de meu Pai.<br />
“São Mateus, 26: 20-26<br />
*<br />
“Levantou-se <strong>da</strong> ceia, tirou os vestidos, e, tomando uma toalha, cingiu-se.<br />
Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugar-lhos com a<br />
toalha com que estava cingido”.<br />
44<br />
São João, 13: 4-5<br />
A chave para o mais profundo significado deste passo no Caminho do Cristão Místico pode ser<br />
encontra<strong>da</strong> considerando-se o significado interno do que Cristo Jesus serviu na Ceia: o pão e o<br />
vinho.<br />
O pão é o produto <strong>da</strong> imacula<strong>da</strong> concepção <strong>da</strong> terra: o trigo, o símbolo do princípio feminino no<br />
ser humano – o pólo negativo do Espírito; o vinho é produto <strong>da</strong> uva que nasce <strong>da</strong> terra e representa<br />
o princípio masculino – o pólo positivo do Espírito.<br />
Ambos vêm ao mundo Poe meio <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que se irradia através de to<strong>da</strong>s as partes <strong>da</strong> terra, o<br />
Espírito Crístico, o Espírito Planetário morador interno e, em ver<strong>da</strong>de, constituem o corpo e o<br />
sangue de nosso Salvador. Não são meras palavras as de Cristo Jesus quando disse: “Tomai, bebei<br />
este é meu sangue do novo pacto”.<br />
Durante a cerimônia <strong>da</strong> Última Ceia, Cristo Jesus estava ensinando a Seus discípulos que o<br />
mistério <strong>da</strong> transmutação se encontrava encarnado no trigo e na uva. Repartir o pão e o vinho<br />
significa o domínio dos poderes espirituais – a transmutação completa <strong>da</strong> natureza inferior na<br />
transcendental glória do Eu Superior. No laboratório de seu próprio corpo, o alquimista espiritual<br />
trabalha a Pedra Filosofal – converte-se nessa jóia luminosa e resplandecente <strong>à</strong> medi<strong>da</strong> que<br />
purifica e espiritualiza suas facul<strong>da</strong>des e veículos por meio do “amor e serviço desinteressado” aos<br />
demais.<br />
Depois que Cristo Jesus terminou a cerimônia <strong>da</strong> Última Ceia, realizou o rito Místico do Lavabo<br />
dos Pés. Nesse ato de humil<strong>da</strong>de e gratidão, deu exemplo a Seus seguidores <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de do<br />
homem possuir essa imensa quali<strong>da</strong>de. Na evolução espiritual, o ser se eleva <strong>da</strong>ndo e servindo aos<br />
demais, e aqueles a quem serve e exalta são os degraus que formam a esca<strong>da</strong> que nos aju<strong>da</strong> a<br />
escalar as alturas. Eles beneficiam-se pelo ensinamento recebido, mas, ao mesmo tempo,<br />
provêem as oportuni<strong>da</strong>des benditas para o progresso por meio do serviço e, sem dúvi<strong>da</strong> alguma,<br />
com eles se contrai uma dívi<strong>da</strong> de gratidão. Tendo subjugado todo orgulho e hipocrisia, o<br />
aspirante adquire uma consciência tão ampla que expressa de modo natural a humil<strong>da</strong>de<br />
simboliza<strong>da</strong> pelo Lavabo dos Pés. E assim, um dia, será to<strong>da</strong> a humani<strong>da</strong>de.