prótese total do joelho – a história da arte: revisão bibliográfica
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A Prótese Total <strong>do</strong> Joelho: A História <strong>da</strong> Arte <strong>–</strong> Revisão Bibliográfica<br />
guias que asseguravam uma posição correcta. Tal faz com que os ligamentos<br />
colaterais se encontrem em tensão na extensão e em relaxamento em flexão, o<br />
que permitia a rotação. A p<strong>arte</strong> anterior <strong>do</strong> componente era lisa para prevenir a<br />
hiper-extensão e encaixa no prato tibial de polietileno de alta densi<strong>da</strong>de para<br />
permitir flexão de 90º. Este conceito de um cilindro num sulco raso permitia<br />
excelente estabili<strong>da</strong>de no plano medial-lateral devi<strong>do</strong> à sua largura, em<br />
contraste com a estreita largura intercondilar <strong>da</strong> charneira semi-constrangi<strong>da</strong><br />
de Sheehan.<br />
O componente tibial era cimenta<strong>do</strong>, mas tinha também <strong>do</strong>is grampos<br />
para uma estabili<strong>da</strong>de adicional (os grampos foram retira<strong>do</strong>s em modelos mais<br />
recentes). Era a primeira <strong>prótese</strong> a incluir guias especiais e instrumentação<br />
para aju<strong>da</strong>r a realização <strong>do</strong>s cortes ósseos e implantação correcta. O aparelho<br />
tensor <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>, desenvolvi<strong>do</strong> por Freeman e Day 30 em 1974, é uma herança<br />
técnica de Freeman e <strong>do</strong> ICLH utiliza<strong>do</strong> para controlar o alinhamento e a<br />
instabili<strong>da</strong>de varo-valgo, sen<strong>do</strong> p<strong>arte</strong> <strong>da</strong> instrumentação <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s<br />
<strong>prótese</strong>s condilares. Esta foi uma etapa crucial, não somente por enfatizar a<br />
importância <strong>do</strong> balanço ligamentar, mas tornou to<strong>do</strong> o processo reprodutível,<br />
revelan<strong>do</strong>-se desde então numa etapa essencial na artroplastia <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>.<br />
Em 1980 Freeman e Samuelson, com a aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> engenheiro inglês<br />
Tuke, modificaram a <strong>prótese</strong> ICLH, deslocan<strong>do</strong> a superfície articular tibial<br />
posteriormente e diminuin<strong>do</strong> o tamanho <strong>do</strong> lábio tibial posterior. Esta <strong>prótese</strong>,<br />
de Freeman-Samuelson, permitia uma maior amplitude de flexão <strong>do</strong> que a<br />
<strong>prótese</strong> ICLH (flexão fisiológica versus 90º <strong>da</strong> ICLH) e tinha, também, uma<br />
tróclea no componente femoral para aju<strong>da</strong>r a evitar os problemas <strong>da</strong> sub-<br />
Pedro Miguel Gonçalves Oliveira e Silva<br />
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