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prótese total do joelho – a história da arte: revisão bibliográfica

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A Prótese Total <strong>do</strong> Joelho: A História <strong>da</strong> Arte <strong>–</strong> Revisão Bibliográfica<br />

o que possibilitava à extremi<strong>da</strong>de tibial liber<strong>da</strong>de para ro<strong>da</strong>r na flexão, mas<br />

travava-a em extensão. Assim sen<strong>do</strong>, o componente tibial possuía uma forma<br />

complexa, com <strong>do</strong>is sulcos de côndilos côncavos, fundin<strong>do</strong>-se numa “tecla”<br />

intercondilar em forma de cogumelo. Em extensão, o componente femoral<br />

estava, literalmente, agarra<strong>do</strong> à extremi<strong>da</strong>de tibial. Não existia nenhum<br />

componente rotuliano na <strong>prótese</strong>, que, eficazmente, encaixasse no entalhe<br />

intercondiliano, deixan<strong>do</strong> deste mo<strong>do</strong>, pelo menos, um encaixe femoral natural.<br />

Infelizmente faltou largura à <strong>prótese</strong>, que não se estendeu até aos ligamentos<br />

colaterais. Assim, embora parecesse que a <strong>prótese</strong> de charneira apresentasse<br />

a vantagem <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong>de, esta revelava-se, de facto, instável ao esforço de<br />

flexão no plano frontal (varo-valgo). Na ver<strong>da</strong>de, este comportamento era<br />

semelhante a um pivot no centro <strong>do</strong> <strong>joelho</strong>. Este defeito, combina<strong>do</strong> com a<br />

pequena área de contacto <strong>do</strong>s côndilos femorais nos sulcos tibiais, conduziu a<br />

eleva<strong>da</strong>s taxas de desgaste <strong>do</strong> polietileno e à rotura, pela base, <strong>da</strong> “tecla” em<br />

forma de cogumelo intercondilar. Embora a <strong>prótese</strong> desse a impressão de não<br />

necessitar <strong>do</strong>s ligamentos colaterais, o seu resulta<strong>do</strong> estava muito dependente<br />

<strong>da</strong> integri<strong>da</strong>de desses mesmos ligamentos. Resultava em risco de falha,<br />

particularmente em <strong>joelho</strong>s varo com osteoartrite severa, os quais tinham o<br />

ligamento medial contraí<strong>do</strong> e o ligamento lateral distendi<strong>do</strong>. Ain<strong>da</strong> que a própria<br />

<strong>prótese</strong>, com o ângulo na haste femoral de nove graus, corrigisse,<br />

automaticamente, o alinhamento <strong>da</strong> perna, o <strong>joelho</strong> continuava desequilibra<strong>do</strong><br />

e as forças inerentes a este desequilíbrio continuavam a agir sobre a <strong>prótese</strong>.<br />

Estas <strong>prótese</strong>s semi-constrangi<strong>da</strong>s foram interessantes<br />

biomecanicamente e satisfatórias pela técnica de inserção. Tiveram o seu auge<br />

Pedro Miguel Gonçalves Oliveira e Silva<br />

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