prótese total do joelho – a história da arte: revisão bibliográfica
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A Prótese Total <strong>do</strong> Joelho: A História <strong>da</strong> Arte <strong>–</strong> Revisão Bibliográfica<br />
investiga<strong>do</strong>r concluiu que o cimento distribui melhor a carga, visto que o uso de<br />
uma lâmina ou de parafusos tende a concentrar a mesma.<br />
O grupo francês “Groupe pour I'Utilasation et l’Étude des Prothèses<br />
Articulairs” desenvolveu a <strong>prótese</strong> de charneira GUEPAR. Esta <strong>prótese</strong> tinha o<br />
seu eixo de rotação coloca<strong>do</strong> mais posteriormente. Teve um breve perío<strong>do</strong> de<br />
populari<strong>da</strong>de, mas, mais uma vez, sofria de inaceitáveis números de infecções<br />
e descolamentos. Contu<strong>do</strong>, a GUEPAR II, produzi<strong>da</strong> pela Sulzer, ain<strong>da</strong><br />
subsiste, em especial para <strong>joelho</strong>s muito instáveis e reumáticos, continuan<strong>do</strong> a<br />
ter o seu lugar na cirurgia de <strong>revisão</strong>.<br />
O conselho cirúrgico <strong>do</strong> Royal National Orthopaedic Hospital introduziu a<br />
<strong>prótese</strong> de Stanmore, em 1969, após vários anos a utilizar a <strong>prótese</strong> de Shiers.<br />
Esta foi recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> para artroplastias com grande per<strong>da</strong> óssea. Era<br />
constituí<strong>da</strong> por titânio, com hastes de 160mm e um componente de rolo em<br />
Crómio-Cobalto-Molibdénio, com um inserto em polietileno de alta densi<strong>da</strong>de.<br />
Diferente <strong>da</strong>s de Shiers e Walldius, a <strong>prótese</strong> de Stanmore tinha uma forma<br />
oval na secção <strong>da</strong> haste. Ten<strong>do</strong> esta, um ângulo de 8º valgo e estan<strong>do</strong><br />
posiciona<strong>da</strong> anteriormente à extremi<strong>da</strong>de tibial, para permitir um maior campo<br />
de flexão, de 2º de hiper-extensão até 120º de flexão. A falange femoral era<br />
alonga<strong>da</strong>, uma característica que ain<strong>da</strong> se encontra em <strong>prótese</strong>s modernas. A<br />
<strong>prótese</strong> era cimenta<strong>da</strong> e o seu desenho foi modifica<strong>do</strong> várias vezes ao longo <strong>do</strong><br />
tempo.<br />
As primeiras <strong>prótese</strong>s de charneira provocaram eleva<strong>da</strong>s taxas de<br />
descolamento e de falência mecânica. Além disso, quan<strong>do</strong> falhavam, era muito<br />
difícil “salvar” a perna devi<strong>do</strong> à grande quanti<strong>da</strong>de de osso que já tinha si<strong>do</strong><br />
Pedro Miguel Gonçalves Oliveira e Silva<br />
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