Raquel Rego de Moraes - Biblioteca de Rosana - Unesp
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unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA<br />
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”<br />
Campus <strong>de</strong> <strong>Rosana</strong> - SP<br />
<strong>Raquel</strong> <strong>Rego</strong> <strong>de</strong> <strong>Moraes</strong><br />
ESTUDO DE VIIABIILIIDADE PARA IIMPLANTAÇÃO DE UMA<br />
AGÊNCIIA RECEPTIIVA NO MUNIICÍÍPIIO DE RIIBEIIRÃO PRETO<br />
ROSANA – SÃO PAULO.<br />
2010<br />
0
RAQUEL REGO DE MORAES<br />
Estudo <strong>de</strong> Viabilida<strong>de</strong> para Implantação <strong>de</strong> uma Agência<br />
Receptiva no Município <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Monografia exigida pela Prof. Dr. Sergio<br />
Domingues <strong>de</strong> Oliveira como forma <strong>de</strong> avaliação<br />
da disciplina <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong> Graduação do curso<br />
<strong>de</strong> Turismo na UNESP – <strong>Rosana</strong>.<br />
<strong>Rosana</strong><br />
2010<br />
1
<strong>Raquel</strong> <strong>Rego</strong> <strong>de</strong> <strong>Moraes</strong><br />
ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO<br />
DE UMA AGÊNCIA RECEPTIVA NO MUNICÍPIO DE<br />
Data <strong>de</strong> aprovação: ___/___/____<br />
RIBEIRÃO PRETO<br />
MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA:<br />
Presi<strong>de</strong>nte e Orientador:<br />
Membro Titular:<br />
Membro Titular:<br />
Local: Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista<br />
Universida<strong>de</strong>.<br />
Universida<strong>de</strong>.<br />
Universida<strong>de</strong>.<br />
UNESP – Campus Experimental <strong>de</strong> <strong>Rosana</strong><br />
Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso apresentado ao<br />
Curso <strong>de</strong> Turismo – <strong>Unesp</strong>/<strong>Rosana</strong>, como requisito<br />
parcial para obtenção do título <strong>de</strong> Bacharel em<br />
Turismo<br />
2
Dedico este trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso aos<br />
meus pais que me auxiliaram nos momentos<br />
mais difíceis da minha vida e a minha vó. A<br />
Deus por ter me auxiliado nesta caminhada <strong>de</strong><br />
quatro anos.<br />
3
AGRADECIMENTOS<br />
Aos meus pais Pedro e <strong>Rosana</strong>, que sempre me auxiliaram nos caminhos pelos quais passei,<br />
dando froça e coragem para que continuasse sempre superando obstaculoa. Aos incentivos e<br />
amor dado pelos mesmos em todos os momentos <strong>de</strong> minha vida.<br />
A minha irmã Veronica, que nos momentos mais difíceis da minha vida, consegue, sempre,<br />
me fazer sorrir.<br />
A minha vó Maria Helena, que esteve comigo durante toda caminhada da minha vida,<br />
principalmente nos meus quatro anos <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>s.<br />
Ao Prof. Dr. Sergio Domingos <strong>de</strong> Oliveira, que me apoiou e me <strong>de</strong>u suporte durante os quatro<br />
anos <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>, principalmente no ultimo semestre.<br />
A todos os professores que lecionaram no curso <strong>de</strong> turismo –Campus <strong>de</strong> <strong>Rosana</strong>,<br />
proporcionand sempre novos conhecimentos e lições <strong>de</strong> vida.<br />
As minhas amigas Natalia Leuzzi e Valeska Kubic, que durante os qual sempre podia<br />
recorrer, nos bons e maus momentos.<br />
Ao Gustavo, que nos últimos dois ano se tornou uma pessoa muito especial pra mim, sempre<br />
me ajudando em tudo.<br />
E para finalizar a pessoa mais essencial da minha vida, ao meu avô, Antonio, que mesmo<br />
ausente, sempre esteve presente na minha vida, me guiando e me protegendo.<br />
4
RESUMO<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos negócios utiliza-se <strong>de</strong> conceitos para <strong>de</strong>sempenhar<br />
antigas funções <strong>de</strong> uma nova maneira, mais aprimorada e com execução superior, ou seja,<br />
realizar o que já se faz no mercado, mas <strong>de</strong> maneiras mais sofisticadas ou com elevada<br />
qualida<strong>de</strong>. Para que este <strong>de</strong>senvolvimento ocorra <strong>de</strong> maneira correta e sem riscos futuros,<br />
<strong>de</strong>ve-se partir da perspectiva do cliente para i<strong>de</strong>ntificar a perspectivas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong><br />
produto/serviço mais a<strong>de</strong>quado e <strong>de</strong> um planejamento para implantação da agência receptiva.<br />
Desta forma, é apresentado um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> para empreen<strong>de</strong>r uma agência receptiva<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Para justificar a viabilida<strong>de</strong> foi elaborada uma pesquisa sobre o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do município <strong>de</strong> Ribeirão Preto, <strong>de</strong>stacando a evolução da prestação <strong>de</strong><br />
serviços, comércio e indústria, os dados coletados na pesquisa junto aos cinco principais<br />
hotéis da cida<strong>de</strong> e a importância do marketing para posicionar a agência no mercado. O maior<br />
problema enfrentado hoje pelo campo do turismo, principalmente o turista a negocio<br />
negócios, é a falta <strong>de</strong> serviços especializados em oferecer comodida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong> durante<br />
toda sua estada. Po<strong>de</strong>-se notar que em Ribeirão Preto, pelo seu porte e como cida<strong>de</strong> vista<br />
como uma das mais importantes do país <strong>de</strong>ixe a <strong>de</strong>sejar em relação à estrutura um pouco<br />
melhor quando relacionado a serviços que po<strong>de</strong>riam ser oferecidos. Como por exemplo, a<br />
existência <strong>de</strong> uma agencia receptiva que daria todo o suporte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o aeroporto ao hotel,<br />
carro a disposição, informações sobre localização <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados ponto, facilitando assim, o<br />
turista e a empresa á qual veio a trabalho.<br />
Palavras – chave: Agência. Negócios. Turismo receptivo.Viabilida<strong>de</strong>.<br />
5
ABSTRACT<br />
The <strong>de</strong>velopment of new business concepts is used to perform old functions in new<br />
ways, more refined and superior execution, or accomplish what already exists in the market,<br />
but in more sophisticated ways or with high quality. For this <strong>de</strong>velopment to occur correctly<br />
and without future risks, it should be from the perspective of the client to i<strong>de</strong>ntify prospects<br />
appropriate product / service and a more appropriate planning for <strong>de</strong>ployment of the agency<br />
receptive. Thus, we present a feasibility study to un<strong>de</strong>rtake a receptive agency in the city of<br />
Ribeirao Preto. To justify the feasibility study was elaborated on the <strong>de</strong>velopment of the<br />
municipality of Ribeirao Preto, highlighting the evolution of service <strong>de</strong>livery, commerce and<br />
industry, the data collected in the survey of five major hotels in the city and the importance of<br />
marketing to position the agency in market. The biggest problem faced today by the field of<br />
tourism, especially the tourist business to business, is the lack of specialist services offer<br />
convenience and agility throughout their stay. It may be noted that in Ribeirao Preto, for its<br />
size and as a city seen as the most important in the country leave much to be <strong>de</strong>sired in<br />
relation to the structure a little better when related to services that could be offered. As an<br />
example, the existence of a receptive agency that would give all the support from the airport<br />
to hotel, car layout, location information of certain point, thereby facilitating the tourist and<br />
the business which will come to work.<br />
Keywords: Business. Viability. Inbound tourism. Agency.<br />
6
LISTA DE TABELAS<br />
Tabela 1 - População total em 2000 e 2008 e urbana e rural em 1991 e 2000 ........................ 17<br />
Tabela 2 – Eventos e datas que ocorrem...................................................................................18<br />
Tabela 3- Panorama da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto no que tange a unida<strong>de</strong>s habitacionais ....... 32<br />
7
LISTA DE GRÁFICOS E FIGURAS<br />
Figura 1 - Mapa dos 27 municípios da região <strong>de</strong> Ribeirão Preto ........................................... 15<br />
Gráfico 1 - Meios <strong>de</strong> hospedagem – por tipologia ................................................................ 23<br />
Figura 2 - Dados gerais <strong>de</strong> hospedagem na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto .................................... 24<br />
Figura 3 - Ida<strong>de</strong> média dos hotéis na cida<strong>de</strong> ......................................................................... 25<br />
Figura 4 - Inauguração dos hotéis na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto ............................................. 25<br />
Figura 5 - Evolução da oferta hoteleira na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto ..................................... 26<br />
Gráfico 2 - Participação Percentual dos Setores Econômicos no Valor ................................. 27<br />
Gráfico 3 - Liqui<strong>de</strong>z Mediana das Empresas do Comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto ........................ 32<br />
Gráfico 4 - Grau <strong>de</strong> Endividamento das empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto ................ 33<br />
Gráfico 5 - Endividamento com Instituições Financeiras ...................................................... 34<br />
Gráfico 6 - Endividamento com Instituições Financeiras ...................................................... 34<br />
8
SUMÁRIO<br />
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10<br />
1. PANORAMA DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO ...................................................... 12<br />
1.1 História da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto ............................................................................... 12<br />
1.2 Características Locais e Regionais <strong>de</strong> Ribeirão Preto ...................................................... 14<br />
1.3 A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto atualmente ........................................................................... 17<br />
1.4 Situação do Setor Educacional em Ribeirão Preto........................................................... 20<br />
2 OS FATORES QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DA AGÊNCIA<br />
RECEPTIVA NA CIDADE ................................................................................................. 22<br />
2.1 O setor hoteleiro ............................................................................................................. 22<br />
2.2 Informações Gerais – Apresentação dos dados ............................................................... 24<br />
2.3 Ida<strong>de</strong> da Hotelaria em Ribeirão Preto ............................................................................. 25<br />
2.4 O Comércio .................................................................................................................... 27<br />
2.5 Desempenho dos negócios em Ribeirão Preto ................................................................. 30<br />
2.6 Análise econômico-financeira <strong>de</strong>ssa área <strong>de</strong> negócios ................................................... 35<br />
2.7 As perspectivas e tendências <strong>de</strong>sses negócios, separadas por produto ou família <strong>de</strong><br />
produtos ............................................................................................................................... 36<br />
2.8 Os caminhos para o investimento nessa área <strong>de</strong> negócios .............................................. 38<br />
3. A IMPORTÂNCIA DO MARKETING E SUA ADEQUAÇAO NO TURISMO<br />
RECEPTIVO ....................................................................................................................... 41<br />
3.1 O Marketing <strong>de</strong> Relacionamento na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo receptivo ................................ 47<br />
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 53<br />
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 55<br />
9
INTRODUÇÃO<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos negócios utiliza-se <strong>de</strong> conceitos, como marketing, táticas<br />
estratégicas e planejamento, para <strong>de</strong>sempenhar antigas funções <strong>de</strong> uma nova maneira, mais<br />
aprimorada e com execução superior, ou seja, realizar o que já se faz no mercado, mas <strong>de</strong><br />
maneiras mais sofisticadas ou com elevada qualida<strong>de</strong><br />
Para que este <strong>de</strong>senvolvimento ocorra <strong>de</strong> maneira correta e sem riscos futuros, <strong>de</strong>ve-se<br />
partir da perspectiva do cliente para i<strong>de</strong>ntificar a perspectivas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> produto/serviço<br />
mais a<strong>de</strong>quado e <strong>de</strong> um planejamento para implantação da agência receptiva.<br />
Com relação ao planejamento na área <strong>de</strong> Agências <strong>de</strong> Turismo, <strong>de</strong>vem-se obter<br />
informações sobre a localida<strong>de</strong>, a qual será implantada o negócio, já que essas informações<br />
será <strong>de</strong> fundamental importância pois mostra <strong>de</strong> forma teórica o sucesso da empresa. Essas<br />
informações como logística, a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> clientela, local <strong>de</strong> implantação é <strong>de</strong> fundamental<br />
importância, pois uma agencia receptiva, <strong>de</strong>ve estar próxima dos clientes, visando que os<br />
mesmos precisem <strong>de</strong>la, mas que <strong>de</strong>vem saber que ela esta próxima para dar todo o suporte<br />
necessário. O estudo tem como objetivo analisar a viabilida<strong>de</strong> para implantação <strong>de</strong> uma<br />
Agência <strong>de</strong> Turismo na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, sendo realizado durante o estudo pesquisas<br />
<strong>de</strong> campo e entrevistas com o publico que freqüenta e que trabalha com o ramo <strong>de</strong><br />
agenciamento, para que assim se possa ter uma visão mais ampla e mais explicita do<br />
conteúdo, para melhor facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua aplicação.<br />
Segundo o SEBRAE (2010) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse cenário, o turismo <strong>de</strong>spontou como um<br />
negócio excelente que movimenta mais <strong>de</strong> 400 bilhões <strong>de</strong> dólares em receita em todo o<br />
mundo. A prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> turismo receptivo é hoje uma das ativida<strong>de</strong>s mais atrativas<br />
do setor terciário. A verda<strong>de</strong> é que o foco dos gran<strong>de</strong>s investimentos mundiais está mudando<br />
<strong>de</strong> direção, ou seja, da indústria para os serviços, sendo que esta afirmação vem <strong>de</strong> encontro<br />
com a tendência atual, on<strong>de</strong> as pessoas viajam pelos mais diferentes motivos, tais como: lazer,<br />
negócios, saú<strong>de</strong>, religião, estudo, cultura, aventura, compras, etc.<br />
Desta forma, é apresentado um estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> para empreen<strong>de</strong>r uma agência<br />
receptiva na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Para justificar a viabilida<strong>de</strong> foi elaborada uma pesquisa<br />
sobre o <strong>de</strong>senvolvimento do município <strong>de</strong> Ribeirão Preto, <strong>de</strong>stacando a evolução da prestação<br />
<strong>de</strong> serviços, comércio e indústria, os dados coletados na pesquisa junto aos cinco principais<br />
hotéis da cida<strong>de</strong> e a importância do marketing para posicionar a agência no mercado.<br />
Conforme o SEBRAE (2009) a agência que trabalhar com turismo receptivo <strong>de</strong>ve, em<br />
primeiro lugar, fazer um inventário turístico da localida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> irá se instalar e quanto mais<br />
10
<strong>de</strong>talhes conseguir levantar maiores oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios surgirão, pois através <strong>de</strong>ste<br />
levantamento terá base para dar todo auxilio necessário ao cliente durante sua estada na<br />
cida<strong>de</strong>., tais como locais <strong>de</strong> alimentação variada, pontos turísticos da cida<strong>de</strong>, ou qualquer<br />
lugar que o cliente <strong>de</strong>seje ir.<br />
Com relação a abertura da agencia receptiva em Ribeirão Preto <strong>de</strong>ve-se ser feito um<br />
inventário <strong>de</strong>verá um levantamento das facilida<strong>de</strong>s turísticas, como meios <strong>de</strong> hospedagem,<br />
serviços <strong>de</strong> alimentação e bebidas, serviços <strong>de</strong> entretenimento e diversão, serviços <strong>de</strong><br />
agenciamento, transportes turísticos, locação <strong>de</strong> veículos, eventos, mão-<strong>de</strong>-obra, infra-<br />
estrutura <strong>de</strong> apoio ao turista, além da verificação <strong>de</strong> outros serviços, quantida<strong>de</strong>s, qualida<strong>de</strong> e<br />
níveis <strong>de</strong> preços praticados no local; Aspectos urbanísticos, sendo estes acesso rodoviário,<br />
acesso aeroviário, acesso hidroviário, acesso ferroviário ou outros meios <strong>de</strong> transporte, água,<br />
energia elétrica, instalações sanitárias, serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e assistência médica, transporte<br />
coletivo e sistema viário; Inventário da oferta turística como os atrativos naturais, atrativos<br />
históricos culturais, manifestações e usos tradicionais e populares, realizações técnicas<br />
científicas, eventos, entre outros.<br />
Por fim, buscou-se por informações que viabilizem a idéia <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r uma agencia<br />
<strong>de</strong> turismo receptivo na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Este estudo justifica-se, visto que o ramo<br />
hoteleiro e turístico <strong>de</strong> Ribeirão Preto está em constante mudança e evolução, e falta uma<br />
atenção maior ao hospe<strong>de</strong> um apoio “fora dos muros do hotel”. Através <strong>de</strong>ste trabalho tentou-<br />
se encontrar uma maneira cômoda, prática e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que possa aten<strong>de</strong>r a população<br />
flutuante <strong>de</strong> forma segura e rápida.<br />
11
1. PANORAMA DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO<br />
1.1 História da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Devido a agência receptiva estar sendo analisada para sua implantação em Ribeirão<br />
Preto, torna-se necessário apresentar a historia da cida<strong>de</strong>, já que esta <strong>de</strong>monstra o inicio <strong>de</strong><br />
toda sua produtivida<strong>de</strong>, principalmente no agronegócio (já que o foco será o turista <strong>de</strong><br />
negócios).<br />
A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto foi fundada em 19 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1856. Começou como Vila<br />
<strong>de</strong> São Sebastião no final do século XVIII, nesta época, era um pequeno povoado da província<br />
<strong>de</strong> São Paulo, na então colônia. Este povoado era a parada obrigatória para aventureiros e<br />
ban<strong>de</strong>irantes que aqui passavam para chegar à vila <strong>de</strong> Franca Real (hoje, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Franca);<br />
logo <strong>de</strong>pois, foi chamada <strong>de</strong> Vila dos Entre Rios, pois ficava entre os rios Pardo e Gran<strong>de</strong><br />
(CIONE, 1992).<br />
Assim ficou conhecida por muito pouco tempo, quando começou a ser chamada <strong>de</strong><br />
Vila <strong>de</strong> São Sebastião, pois, foi eregida a Capela Católica <strong>de</strong> São Sebastião. Os escravos que<br />
viviam nesta vila se banhavam no córrego que a atravessava, então, passou a ser chamada <strong>de</strong><br />
vila <strong>de</strong> São Sebastião do Ribeirão Preto. Quando houve a visita da Família Imperial (1873),<br />
sua Majesta<strong>de</strong> o Imperador Pedro II, se referiu a cida<strong>de</strong> apenas como Ribeirão Preto; logo<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta época, a vila foi elevada a categoria <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> e foi nomeado João Gonçalves dos<br />
Santos como o primeiro inten<strong>de</strong>nte (o mesmo que prefeito, durante a Monarquia) da cida<strong>de</strong>.<br />
A cida<strong>de</strong> prosperou muito quando aqui chegaram as primeiras mudas <strong>de</strong> café trazidas<br />
do litoral <strong>de</strong> São Paulo e do sul <strong>de</strong> Minas Gerais. Já no final do século XIX, a cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spontava como gran<strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> café, graças a terra avermelhada que caracteriza o solo<br />
da cida<strong>de</strong>.<br />
Em 1872, foi criada a Ferrovia da Alta Mogiana 1 , responsável por toda a escoação da<br />
produção cafeeira; ao longo do final do século XIX, muitas mudanças ocorrem, como a<br />
instalação do cemitério da Sauda<strong>de</strong> e da avenida <strong>de</strong> mesmo nome. Ao longo do começo do<br />
século XX, a cida<strong>de</strong> começou a ter o seu <strong>de</strong>senvolvimento mais ativo com a canalização<br />
1 A estrada <strong>de</strong> Ferro da Alta Mogiana estava sediada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas. Muito importante para a economia<br />
da época, mas entrou em <strong>de</strong>clínio na década <strong>de</strong> 30, com problemas econômicos originados pela 2ª Guerra<br />
Mundial, e isto refletiu negativamente na prestação <strong>de</strong> seus serviços; incorporou-se à FEPASA – Ferrovia<br />
Paulista S/A.<br />
12
d‟água, primeira re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgotos e iluminação pública. O cemitério foi levado para o fim da<br />
avenida Sauda<strong>de</strong> e a prefeitura começa a limpeza no Largo da Matriz para a construção da<br />
futura Catedral. A cida<strong>de</strong> consegue projeção internacional como a capital do Café no<br />
Império, com as exposições <strong>de</strong> feiras mundiais sobre o produto e com a chegada dos<br />
primeiros imigrantes japoneses e italianos.<br />
Começa a industrialização na cida<strong>de</strong> com a construção da Antarctica, que dará maior<br />
<strong>de</strong>staque a Vila Tibério, com inicialmente 400 funcionários, logo <strong>de</strong>pois é fundada a<br />
Associação Comercial e Industrial <strong>de</strong> Ribeirão. A cida<strong>de</strong> começa a <strong>de</strong>senvolver rapidamente<br />
com o aumento dos bairros da Vila Tibério e dos Campos Elíseos. Muitas inaugurações<br />
integram a cida<strong>de</strong> ao século XX.<br />
Ribeirão torna-se rica com uma lavoura <strong>de</strong> 36 milhões <strong>de</strong> pés <strong>de</strong> café e em 1920<br />
instala-se a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, com as terras doadas por Francisco Schimidt;<br />
inaugura-se também a Catedral Metropolitana.<br />
A cida<strong>de</strong> torna-se centro político e financeiro com a chegada <strong>de</strong> vários bancos e a<br />
inauguração da rodovia São Paulo-Ribeirão.<br />
Ribeirão sente os efeitos do colapso mundial causado pela quebra da Bolsa <strong>de</strong> Valores<br />
<strong>de</strong> Nova York 2 e pelo Estado Novo promovido por Getúlio Vargas, mas, mesmo assim, é<br />
inaugurado o majestoso e clássico “Quarteirão Paulista” composto <strong>de</strong> um teatro e um hotel.<br />
O Con<strong>de</strong> Francesco Matarazzo 3 chega em Ribeirão, na mesma época em que veio a<br />
revolução <strong>de</strong> 32 e o <strong>de</strong>clínio da produção cafeeira em relação ao milho e ao algodão. Logo<br />
<strong>de</strong>pois, inaugurou-se o Aeroporto Leite Lopes com vôos regulares para São Paulo; neste<br />
momento, a cida<strong>de</strong> conta com 90 mil habitantes.<br />
Logo <strong>de</strong>pois da segunda guerra, houve a <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> Getúlio Vargas e uma nova<br />
constituição. Nesta mesma época, o Prof Rubem Cione (autor <strong>de</strong> várias obras sobre Ribeirão<br />
Preto), recebe expressiva votação como Deputado Estadual.<br />
Em 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1949, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto comemora seu primeiro<br />
Centenário, porém, em 1956, o Historiador Dr. Osmani Emboaba apresentará farta<br />
2 A quebra da Bolsa <strong>de</strong> Valores <strong>de</strong> Nova York ocorreu graças a superprodução ocorrida no pós-guerra, as ações<br />
se <strong>de</strong>svalorizaram rapidamente, causando <strong>de</strong>semprego, falências e colapso econômico mundial. O Brasil foi<br />
muito afetado.<br />
3 Gran<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> da época, inaugurou as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo no bairro dos Campos<br />
Eliseos, uma parte <strong>de</strong> um imenso império econômico que fabricava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> manufaturados texteis e sabonetes, até<br />
óleos comestíveis, contratando milhares <strong>de</strong> funcionários.<br />
13
documentação, provando que a cida<strong>de</strong> foi fundada em 19 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1856, logo aceita, a<br />
comemoração passará a ser oficialmente nesta data.<br />
Com a inauguração do Hospital das Clínicas da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, chegam os<br />
notáveis professores Alexan<strong>de</strong>r Fleming e Albert Sabin e a cida<strong>de</strong> torna-se centro <strong>de</strong><br />
pesquisas e excelência médica.<br />
Em 20 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1950, inaugura-se o Museu do Café 4 “Francısco Schmıdt”,<br />
próximo a USP. No meio religioso foi <strong>de</strong>signado (12 <strong>de</strong> março) por ato <strong>de</strong> Sua Santida<strong>de</strong> o<br />
Papa Pio XII, para a Diocese <strong>de</strong> Ribeirão Preto, Dom Luis do Amaral Mousinho; logo <strong>de</strong>pois,<br />
este mesmo Pontífice elevou a diocese para a categoria <strong>de</strong> Arquidiocese e Dom Luiz seu<br />
primeiro Arcebispo.<br />
Nas festivida<strong>de</strong>s do primeiro centenário <strong>de</strong> Ribeirão Preto, entre todas as<br />
comemorações <strong>de</strong>staca-se a inauguração da Torre Abacial da Igreja <strong>de</strong> Santo Antônio <strong>de</strong><br />
Pádua no bairro dos Campos Elíseos. Nesta época, a cida<strong>de</strong> possuía apenas 165 mil<br />
habitantes.<br />
1.2 Características Locais e Regionais <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Com relação a localização, torna-se importante a <strong>de</strong>scricao já que esta é um dos<br />
gran<strong>de</strong>s fatores da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto ser consi<strong>de</strong>rada a capital do agronecio. Localizada<br />
na região nor<strong>de</strong>ste do Estado <strong>de</strong> São Paulo, a aproximadamente 319 quilômetros da capital do<br />
Estado, por rodovia, à qual se liga através da SP-330, <strong>de</strong>nominada Via Anhanguera, também<br />
possui aeroporto <strong>de</strong> projeção nacional, além <strong>de</strong> ligação ferroviária, que antigamente, ligava-se<br />
com São Paulo, hoje, apenas com algumas cida<strong>de</strong>s vizinhas. Ribeirão Preto apresentava<br />
população <strong>de</strong> 504.923 (quinhentos e quatro mil, novecentos e vinte e três) habitantes, pelo<br />
censo do Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE), <strong>de</strong> 2001, já no último<br />
levantamento (IBGE – 2009), possui população com 535,7 mil habitantes, Ribeirão Preto<br />
localiza-se próxima a outros importantes núcleos urbanos do interior <strong>de</strong> São Paulo, como<br />
Araraquara (83 km), Franca (89 km), São Carlos (99 km) e Barretos (117 km) (SEBRAE,<br />
2009).<br />
4 situa-se <strong>de</strong>ntro do parque botânico do Museu Histórico, este, possui coleções <strong>de</strong> objetos relativos a economia<br />
cafeeira, maquinário da produção <strong>de</strong> café, que se refere a ascensão e queda dos "senhores e reis do café". Por se<br />
tratar <strong>de</strong> coleção <strong>de</strong> peças, fotos e documentos narrativos <strong>de</strong> uma época, é consi<strong>de</strong>rado importante museu que<br />
oferece uma mostra histórica da cultura paulista cafeeira dos séculos XIX e XX.<br />
14
Num território com área territorial <strong>de</strong> 650 Km². Como se observa, a taxa <strong>de</strong><br />
incremento populacional <strong>de</strong> Ribeirão Preto no período foi <strong>de</strong> 9%. A cida<strong>de</strong> é a 9ª maior cida<strong>de</strong><br />
do Estado <strong>de</strong> São Paulo e a 32ª no ranking brasileiro (A CIDADE, 2008).<br />
Figura 1 - Mapa dos 27 municípios da região <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Fonte: SEBRAE / 2009<br />
No final do século XIX, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto registrou um importante surto <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong>vido ao fato da expansão do café pela região. Este continuou até meados<br />
do século XX, quando uma forte crise do café em 1929, prejudicou a cida<strong>de</strong> no que tange o<br />
cultivo <strong>de</strong> seu principal produto na época, diminuiu o seu ritmo <strong>de</strong> crescimento. Naquele<br />
tempo a cida<strong>de</strong> possuía 68,8 mil habitantes, disso só se recuperando a partir da década <strong>de</strong><br />
1950, quando alcançou 92.160 mil habitantes.<br />
A balança comercial da cida<strong>de</strong> obteve um aumento significativo nas ultimas décadas<br />
(80/90). Ribeirão Preto exportou 31% a mais em 2005, do que no período anterior,<br />
comercializando com outros países, valores <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> US$ 220 milhões, fato este, que<br />
equilibrou a balança das importações, representando 24% a mais do que em 2004. Os setores<br />
que ajudaram a impulsionar o crescimento nas vendas externas foram o sucroalcooleiro e o<br />
médico-odontológico. (SECEX – Secretaria <strong>de</strong> Comércio Exterior, 2006).<br />
No agronegócio, não mais o café é o carro chefe dos produtos cultivados em Ribeirão,<br />
mas a cana-<strong>de</strong>-açúcar. O setor sucroalcooleiro é o maior exportador da cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> em 2006<br />
foram US$ 20,5Bi vendidos (MAPA, SECEX, Única , JORNAL PROCANA). A cana-<strong>de</strong>-<br />
açúcar é um produto com finalida<strong>de</strong>s variadas e caracteriza um custo <strong>de</strong> produção baixo.<br />
15
Com relação a população, o rápido crescimento urbano <strong>de</strong> Ribeirão Preto, como não<br />
podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, acarreta graves problemas para a comunida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte. Apesar <strong>de</strong> estar<br />
numa região <strong>de</strong> terras férteis, a cida<strong>de</strong> conhecida como „Capital Nacional do Agronegócio‟<br />
tem sua maior geração <strong>de</strong> empregos atualmente em um ramo bem diferente. Ribeirão<br />
atravessou o ciclo do comércio e agora o setor <strong>de</strong> serviços encabeçam o mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
O comércio varejista, em geral lojas, shopping Center, ainda é muito forte na cida<strong>de</strong>, pois<br />
aten<strong>de</strong> às cida<strong>de</strong>s vizinhas, mas já foi ultrapassado pelos serviços. (VITELLI, 2006).<br />
Com relação á economia da cida<strong>de</strong> parece ser verda<strong>de</strong>ira negação da sua economia e<br />
da sua exuberância como verda<strong>de</strong>ira metrópole regional, cuja área <strong>de</strong> influência extrapola a<br />
fronteira paulista, avançando sobre os Estados <strong>de</strong> Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.<br />
O fenômeno <strong>de</strong> crescimento da economia da cida<strong>de</strong> não está preso apenas ao setor<br />
agrícola, mas também ao setor pecuário. Mais <strong>de</strong> uma estação experimental <strong>de</strong> melhoria <strong>de</strong><br />
raça <strong>de</strong> gado leiteiro e <strong>de</strong> corte, além <strong>de</strong> cavalos, está na região.<br />
Esses centros experimentais chegam a atrair as atenções da própria comunida<strong>de</strong><br />
científica nacional. A cida<strong>de</strong> apresenta um vigoroso comércio, aliado a uma vasta re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
agências bancárias e casas <strong>de</strong> crédito,on<strong>de</strong> ainda hoje muitas capitais <strong>de</strong> estado não possuem<br />
essa infraestrutura.<br />
Ainda no setor terciário estão localizados inúmeros estabelecimentos prestadores <strong>de</strong><br />
serviço, além <strong>de</strong> uma especializada re<strong>de</strong> <strong>de</strong> hospitais e <strong>de</strong> clínicas <strong>de</strong> tratamente, sem falar na<br />
área odontológica e educacional. Como, por exemplo, po<strong>de</strong>mos nominar o Hospital das<br />
Clínicas <strong>de</strong> Ribeirão Preto, nacionalmente famoso no seu corpo clínico, contando com o<br />
respaldo da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão Preto, berço <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas da<br />
medicina nacional.<br />
1.3 A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto atualmente.<br />
O município é pólo <strong>de</strong> uma das principais regiões agrícolas do Estado <strong>de</strong> São Paulo e<br />
do país, respectivamente, 14% e 0,5% da área cultivada. A região li<strong>de</strong>ra a produção mundial<br />
<strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, açúcar e álcool, e é a maior produtora estadual <strong>de</strong> leite e <strong>de</strong>rivados.<br />
Também se <strong>de</strong>stacam as culturas <strong>de</strong> laranja, soja, amendoim e a fruticultura em geral<br />
(SEBRAE, 2009).<br />
16
Fonte: SEBRAE / 2009<br />
Tabela 1 - População total em 2000 e 2008 e urbana e rural em 1991 e 2000<br />
A região caracteriza-se pela elevada capitalização do setor agrário, expansão e<br />
mo<strong>de</strong>rnização da agroindústria sucroalcooleira. As 21 usinas ali existentes representam uma<br />
das principais ativida<strong>de</strong>s econômicas da região, empregando oito mil trabalhadores e<br />
incentivando outros setores, como o <strong>de</strong> máquinas agrícolas e equipamentos. Além disso, estão<br />
presentes na região várias indústrias <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> laranja, beneficiadoras <strong>de</strong> café, soja,<br />
amendoim etc., indústrias alimentícias, indústrias <strong>de</strong> ração, fertilizantes e outras (SEBRAE,<br />
2009).<br />
A indústria <strong>de</strong> Ribeirão Preto é bastante diversificada, abrangendo mais <strong>de</strong> mil<br />
estabelecimentos, 95% dos quais <strong>de</strong> pequeno porte. A maioria vincula-se aos setores <strong>de</strong><br />
equipamentos médico-hospitalares, odontológicos e <strong>de</strong> medicamentos, beneficiando-se da<br />
mão-<strong>de</strong>-obra qualificada existente na cida<strong>de</strong>.(CODERP, 2010)<br />
Além <strong>de</strong>sse Distrito, a prefeitura criou a Fundação Pólo Avançado da Saú<strong>de</strong> - Fipase,<br />
com o objetivo <strong>de</strong> impulsionar o <strong>de</strong>senvolvimento da indústria ligada à saú<strong>de</strong>, integrando os<br />
diversos elos da ca<strong>de</strong>ia produtiva, estimulando a cooperação entre as empresas existentes,<br />
colaborando para a expansão nos mercados nacional e internacional, estimulando a criação <strong>de</strong><br />
novas empresas <strong>de</strong> base tecnológica e incentivando a transformação do conhecimento gerado<br />
nas universida<strong>de</strong>s e centros <strong>de</strong> pesquisa em ativida<strong>de</strong>s produtivas. Já foi instalada uma<br />
incubadora <strong>de</strong> base tecnológica, em parceria com a USP, e serão montadas outras duas, em<br />
parceria com o Hemocentro e a UNAERP (SEBRAE, 2009).<br />
A região também constitui-se em um dos principais centros universitários e <strong>de</strong><br />
pesquisa do estado e do país, com <strong>de</strong>staque para as áreas médicas em Ribeirão Preto,<br />
engenharia em São Carlos, agronomia e veterinária em Jaboticabal, zootecnia e engenharia <strong>de</strong><br />
alimentos em Pirassununga, entre outros. Assim, a região consolida-se como um dos<br />
principais pólos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> tecnologia e mão <strong>de</strong> obra qualificada do país.<br />
Os excelentes indicadores econômicos e sociais do município ancoram-se em uma<br />
estrutura econômica forte e diversificada tanto no município como na região.<br />
17
Várias atrações turísticas proporcionam lazer e entretenimento à população local e aos<br />
visitantes. O município dispõe <strong>de</strong> reservas naturais, como Parque Municipal do Morro <strong>de</strong> São<br />
Bento (área preservada, com 250 mil m²), Bosque Municipal Dr. Fábio <strong>de</strong> Sá Barreto (on<strong>de</strong><br />
está o Jardim Japonês, com pontes, quiosques, plantas ornamentais <strong>de</strong> origem japonesa<br />
doadas pela colônia radicada na cida<strong>de</strong>), Parque Curupira (complexo ambiental com 152 mil<br />
m² <strong>de</strong> vegetação, cachoeiras e lagos artificiais); Estação Ecológica <strong>de</strong> Ribeirão Preto (Mata <strong>de</strong><br />
Santa Teresa); além do campus da USP (SEBRAE, 2009).<br />
Com uma re<strong>de</strong> hoteleira diversificada e <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, o município também oferece<br />
oportunida<strong>de</strong>s na área do turismo <strong>de</strong> negócios, principalmente realização <strong>de</strong> feiras, festas e<br />
convenções. Um das maiores que ocorrem no interior <strong>de</strong> São Paulo, e uma das principais dos<br />
país, AGRISHOW, realizado todos os anos geralmente no mês <strong>de</strong> maio, é um das datas fortes<br />
quando falamos em movimentação financeira e numero <strong>de</strong> hospe<strong>de</strong>s em hoteis e pousadas.<br />
A figura x, nos mostra os maiores eventos e ferias que ocorrem na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Eibeirão<br />
Preto, e no mes em ocorre,ou seja, as epocas do ano em que a cida<strong>de</strong> e os servicos terciarios<br />
(prestação <strong>de</strong> servico), mais sao exigidos por parte <strong>de</strong>stes turistas.<br />
Tabela 2 – Eventos e datas que ocorrem<br />
Eventos Època do ano<br />
Congresso <strong>de</strong> Ginecologia Março<br />
Agrishow Maio<br />
Stock car Junho<br />
Feira do livro Junho<br />
Fenasucro Agosto<br />
Avirp Agosto<br />
Congresso <strong>de</strong> Clinica Medica da Usp Agosto<br />
Fonte: elaborado pela autora<br />
Com relação ao crescimento populacional, Ribeirão Preto apresentou um intenso<br />
crescimento durante as décadas <strong>de</strong> setenta e oitenta. A taxa média <strong>de</strong> crescimento<br />
populacional do município se manteve maior que a taxa <strong>de</strong> crescimento estadual durante<br />
aquelas décadas, fazendo com que sua participação se elevasse no total da população do<br />
estado (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO, 2008).<br />
Este crescimento po<strong>de</strong> ser explicado pelo fato <strong>de</strong> Ribeirão ter se mantido como um<br />
pólo <strong>de</strong> atração populacional, <strong>de</strong>vido a, por exemplo instalação <strong>de</strong> centro educacionais,<br />
18
abertura <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas como usinas sucroalcooleiras, tendo sido uma das poucas<br />
regiões do estado a ter apresentado um fluxo migratório positivo.Como as taxas <strong>de</strong><br />
fecundida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> permaneceram praticamente estáveis neste período, o número <strong>de</strong><br />
habitantes cresce <strong>de</strong> maneira regular.<br />
Segundo a Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Ribeirão Preto (2008) o clima <strong>de</strong> Ribeirão Preto é<br />
do tipo tropical <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> com verão chuvoso e quente e inverno seco e ameno.<br />
Temperatura média: Inverno 19 °C; Verão 35 °C;<br />
Altitu<strong>de</strong>: 518 m (entre 504 e 852 metros);<br />
Precipitação pluviométrica média: 1426,80 mm <strong>de</strong> chuva (total ano);<br />
Umida<strong>de</strong> relativa do ar: 71% média anual.<br />
O município <strong>de</strong> Ribeirão Preto situa-se em um planalto na região Norte/Nor<strong>de</strong>ste do<br />
Estado <strong>de</strong> São Paulo. Seu relevo caracteriza-se por ser plano, com pequenos <strong>de</strong>clives e<br />
ondulações naturais, o que favorece a mecanização agrícola. O solo característico do<br />
município é a chamada terra roxa, originário da alteração <strong>de</strong> rochas vulcânicas (Formação<br />
Serra Geral) e arenito (Formação Botucatu), consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> para as ativida<strong>de</strong>s<br />
agropecuárias.<br />
O clima típico do município é o tropical úmido, caracterizado pelo verão chuvoso e<br />
pelo inverno seco.<br />
No verão, a temperatura máxima média mensal é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 30 ºC com um índice<br />
pluviométrico superior a 200mm <strong>de</strong> chuva/mês e umida<strong>de</strong> relativa do ar em torno <strong>de</strong> 80%. Já<br />
o inverno apresenta uma temperatura mínima com média mensal em torno <strong>de</strong> 13 ºC com<br />
precipitação média oscilando <strong>de</strong> 20 a 30mm e umida<strong>de</strong> relativa do ar em cerca <strong>de</strong> 60%.<br />
1.4 Situação do Setor Educacional em Ribeirão Preto<br />
Esses equipamentos urbanos são reforçados pela existência <strong>de</strong> três campus<br />
universitários: Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP), Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto (UNAERP)<br />
e Instituição Moura Lacerda. Outras três Instituições Universitárias divi<strong>de</strong>m a atenção neste<br />
campo, o Centro Universitário Barão <strong>de</strong> Mauá, as Faculda<strong>de</strong>s Coc e Ban<strong>de</strong>irantes (FABAN).<br />
Segundo o INEP, Instituto <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas Educacionais (2008), somente o 3º<br />
grau <strong>de</strong> ensino apresenta uma população <strong>de</strong> 25.053 (vinte e cinco mil e cinqüenta e três)<br />
estudantes, <strong>de</strong>stes 3.326 estão matriculados na escola pública estadual e 21.727 estão<br />
matriculados na escola privada, expressando com exatidão, o peso exercido pelo ensino<br />
universitário na cida<strong>de</strong>.<br />
19
O <strong>de</strong>staque é, sem dúvida, para as áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação. A educação é o carro<br />
chefe do crescimento em Ribeirão Preto, vista a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino privadas<br />
na cida<strong>de</strong>. O ensino superior está se <strong>de</strong>senvolvendo no setor <strong>de</strong> pesquisa e tecnologia, o que<br />
<strong>de</strong>ve atrair para o município empresas <strong>de</strong>ste ramo.<br />
De acordo com a prefeitura municipal, Ribeirão Preto conta com 151 escolas. Destas,<br />
62 escolas públicas estaduais, 26 escolas públicas municipais e 63 escolas privadas. Para o<br />
ensino médio, Ribeirão Preto conta com 56 escolas, sendo 31 escolas públicas estaduais, 03<br />
escolas públicas municipais e 22 escolas privadas. Para a prática da educação infantil, a<br />
cida<strong>de</strong> possui 166 escolas, sendo 41 escolas públicas municipais e 125 escolas privadas.<br />
A localização dos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino inspira menor ou maior preocupação em<br />
função do volume <strong>de</strong> sua clientela , da sua qualificação e do seu posicionamento geográfico<br />
em relação a problemas externos, tais como, proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locais que atraem aglomeração,<br />
<strong>de</strong>socupados e marginais ou mesmo situados às margens <strong>de</strong> loteamentos ainda não<br />
inteiramente habitados ou terrenos baldios. O policiamento é bastante sensível a esses fatores,<br />
cuja exposição mais <strong>de</strong>talhada veremos no capítulo correlato.<br />
Estes indicadores educacionais fizeram com que Ribeirão Preto ocupasse a 14ª posição<br />
entre os 4.491 municípios brasileiros pesquisados pelo PNUD – Programa das Nações Unidas<br />
para o Desenvolvimento e IPEA – Instituto <strong>de</strong> Pesquisa Econômica Aplicada para a<br />
elaboração do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no ano <strong>de</strong> 2008, no critério<br />
Índice <strong>de</strong> Condições <strong>de</strong> Vida-Educação. Em relação ao Estado <strong>de</strong> São Paulo, Ribeirão Preto<br />
ocupou a 5ª posição em um universo <strong>de</strong> 572 municípios. (CODERP, 2008).<br />
Além <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong> econômica na área educacional, o quadro social apresenta<br />
problemas <strong>de</strong>correntes da acelerada urbanização, do êxodo rural e das migrações internas,<br />
<strong>de</strong>ntre outros.<br />
Conseqüente ao tradicional estado <strong>de</strong> falência dos municípios, em termos <strong>de</strong> recursos<br />
públicos, a administração não consegue aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda. A cada ano, são cerca <strong>de</strong> 16.000<br />
(<strong>de</strong>zesseis mil) novos habitantes que se incorporam à população local, gerando toda uma<br />
gama <strong>de</strong> serviços, nem sempre convenientemente atendida (CORDERP, 2008). São novas<br />
vagas que <strong>de</strong>vem ser criadas na re<strong>de</strong> hospitalar, na re<strong>de</strong> escolar, são novas ruas que <strong>de</strong>vem ser<br />
pavimentadas, que <strong>de</strong>vem receber a infraestrutura necessária para propiciar conforto,<br />
segurança e saú<strong>de</strong> para os novos moradores. Daí surgem as numerosas necessida<strong>de</strong>s a<br />
exigirem recursos públicos, sempre insuficientes para proporcionar a expansão dos meios <strong>de</strong><br />
transportes e outros mais.<br />
20
Em relação às dificulda<strong>de</strong>s, o boletim epi<strong>de</strong>miológico divulgado pelo Ministério da<br />
Saú<strong>de</strong> mostra que a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1986, quando foi <strong>de</strong>tectado o<br />
primeiro caso <strong>de</strong> Aids na cida<strong>de</strong>, foram registradas 4.532 infecções, com 2.474 óbitos.<br />
Permanecem vivos 1.973 portadores do HIV e <strong>de</strong> 85 não se tem mais notícia. Superando<br />
Santos e assumindo, isoladamente, a li<strong>de</strong>rança no ranking da aids no interior do Estado.<br />
Agrega ainda uma alta taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil, que em 2005 apresentou 10,9. O que<br />
representa um crescimento <strong>de</strong> 3,8% em relação ao período anterior. (FOLHA RIBEIRÃO,<br />
2008)<br />
Parece ser ironia, mas os dados apresentados pela Companhia <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Econômico <strong>de</strong> Ribeirão Preto (CODERP), traça um prognóstico para a cida<strong>de</strong>, pois, apesar<br />
dos problemas na área da saú<strong>de</strong>, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto é conhecida “nacionalmente”<br />
como gran<strong>de</strong> centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O município está entre os primeiros do Brasil no ranking<br />
nacional na proporção médico por habitante. São 3 mil médicos, um para cada 160 habitantes.<br />
A cida<strong>de</strong> possui 16 hospitais, 35 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, inúmeras farmácias e clínicas, entre<br />
outros. Integram a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, as faculda<strong>de</strong>s da USP, da Unaerp, do<br />
Centro Universitário Barão <strong>de</strong> Mauá, do Centro Universitário Moura Lacerda, da Unip e<br />
Centro <strong>de</strong> Reprodução Humana. O setor <strong>de</strong> pesquisa da USP Ribeirão Preto, referência para<br />
todo o país, correspon<strong>de</strong> a 4% dos trabalhos acadêmicos reconhecidos internacionalmente, do<br />
qual, são produzidos no Brasil. (CODERP, 2008).<br />
21
2 OS FATORES QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DA AGÊNCIA<br />
RECEPTIVA NA CIDADE<br />
2.1 O setor hoteleiro<br />
A agencia receptiva, para ser implantada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> Ribeirão Preto, precisa <strong>de</strong> aliados<br />
que fornecam clientes, criando assim parcerias entre ambos. O maior setor que tem contato<br />
com os turistas <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong>, atualmente (2010), principalmente o turista <strong>de</strong> negocios, é o<br />
setor hoteleiro, pois é este quem o hospeda e o fornece informações referentes a cida<strong>de</strong>.<br />
Portanto, torna-se interessante a analise do setor hoteleiro <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão<br />
Preto, com relacao a seus valores, epocas <strong>de</strong> maior procura, localizacao, ida<strong>de</strong> media em<br />
funcionamento, pois é atraves <strong>de</strong>sses fatores que se ira ter perpecao do tipo <strong>de</strong> cliente, <strong>de</strong> sua<br />
renda e suas exigencias.<br />
Des<strong>de</strong> que o homem passou a ampliar sua área <strong>de</strong> negociação, quebrando as barreiras<br />
e limitações entre grupos e nações, os serviços passaram a ter maior importância entre os<br />
mercados. Os serviços são uma constante nos grupos sociais.<br />
Prestam-se serviços ao acordar, quando se prepara o café da manhã para nossa família,<br />
ou ao buscar o pãozinho quente na padaria, isto se trata <strong>de</strong> serviços. Ao dirigir-se a caminho<br />
do trabalho ninguém se dá conta do início do processo <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços à empresa.<br />
Até mesmo a vida conjugal é uma constante prestação <strong>de</strong> serviços, que se não for bem<br />
conduzida, po<strong>de</strong> levar a vida a dois um caos.<br />
Nunca a prestação <strong>de</strong> serviços foi tão importante como agora, pois os negócios da<br />
empresa po<strong>de</strong>m vir a tornarem-se um verda<strong>de</strong>iro caos, caso os serviços oferecidos e<br />
<strong>de</strong>senvolvidos por ela não esteja a<strong>de</strong>quada a realida<strong>de</strong> do mercado.<br />
As organizações precisam saber lidar com os mercados em mutação. É necessário<br />
manter relações firmes e duradouras com os clientes nos mercados em que novas opções e<br />
tecnologias surgem muito rapidamente. Nesse contexto, a prestação <strong>de</strong> serviços com foco na<br />
fi<strong>de</strong>lização do cliente tem importância renovada no mundo contemporâneo.<br />
Durante muitos anos as socieda<strong>de</strong>s organizadas com o objetivo em comercializar seus<br />
produtos, tinham características particulares, seja em sua forma <strong>de</strong> gerir o negócio, na ótica <strong>de</strong><br />
posicionar-se no mercado e até mesmo no relacionamento entre seus funcionários, que<br />
passaram a ser reconhecidos como colaboradores.<br />
Com o crescimento e ampliação dos mercados, a concorrência levou as empresas a<br />
<strong>de</strong>senvolverem ferramentas para tornarem-se competitivas, principalmente na área <strong>de</strong><br />
22
marketing, que exige inovação e criativida<strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver produtos/serviços<br />
para aten<strong>de</strong>r a um público ainda mais exigente. As empresas passaram a especializar-se para<br />
oferecer serviços diferenciados e po<strong>de</strong>r competir com uma concorrência em expansão.<br />
Para reconhecer uma empresa que <strong>de</strong>senvolve eficientemente seus serviços prestados,<br />
<strong>de</strong>staca-se a importância em analisar o ambiente externo, ou seja, o macroambiente e analisar<br />
como esta empresa que se <strong>de</strong>staca no mercado, é reconhecida pelos clientes e conseguem<br />
lucrar ainda mais pelos serviços prestados.<br />
De acordo com o levantamento da caracterização dos meios <strong>de</strong> hospedagem, realizado<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto pela autora, entre os meses <strong>de</strong> junho e julho <strong>de</strong> 2009, constatou-se<br />
que na cida<strong>de</strong> existem 42 hotéis, 31 motéis e 7 flats com capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> 6689 leitos<br />
sendo: 4528 em hotéis, 1418 nos motéis e 743 nos flats.<br />
As consi<strong>de</strong>rações a serem feitas são: as agencias <strong>de</strong> turismo possui diferencial na<br />
capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> serviços para o turismo receptivo, para acompanhar a evolução do setor<br />
hoteleiro na cida<strong>de</strong>.<br />
Conforme o Sindicato <strong>de</strong> Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares exitem filiados 55<br />
estabelecimentos entre hotéis e motéis, 75,34% do dos estabelecimentos inventariados <strong>de</strong>stes<br />
segmentos. Sendo que a capacida<strong>de</strong> total para eventos em hotéis é <strong>de</strong> 8010 pessoas. A<br />
hotelaria emprega, diretamente, cerca <strong>de</strong> 1146 funcionários, sendo que os flats foram<br />
inaugurados na década <strong>de</strong> 90.<br />
Tabela 2 - Panorama da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto no que tange a unida<strong>de</strong>s habitacionais<br />
TOTAIS<br />
TIPOLOGIA<br />
Unida<strong>de</strong>s<br />
Unida<strong>de</strong>s Habitacionais<br />
Apto Quarto Chalés Leitos UH's<br />
Hotel 42 1946 270 0 4528 2216<br />
Motel 31 689 10 16 1418 715<br />
Flat 7 366 10 0 743 376<br />
TOTAL 80 3001 290 16 6689 3307<br />
Fonte: elaborado pela autora<br />
A hospedagem é uma edificação que exerce o comércio da recepção e da hospedagem<br />
dos turistas e visitantes em geral.<br />
Uma hospedagem constitui-se <strong>de</strong> um edifício ou prédio contendo basicamente<br />
unida<strong>de</strong>s habitacionais, uma recepção e uma governança. Po<strong>de</strong>ndo ter ainda na estrutura,<br />
alimentos e bebidas, além <strong>de</strong>: cozinha, a<strong>de</strong>ga, restaurante, bar, cantina e <strong>de</strong>spensa.<br />
23
Encontram-se ainda: estacionamento externo, garagem interna e área <strong>de</strong> lazer. Os<br />
meios <strong>de</strong> hospedagem são váriados, compreen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> um simples albergue a um Mega<br />
Hotel Resort.<br />
Em Ribeirão Preto, os meios <strong>de</strong> hospedagem forma classificados e tabulados abaixo.<br />
Gráfico 1 - Meios <strong>de</strong> hospedagem – por tipologia<br />
2.2 Informações Gerais – Apresentação dos dados<br />
Tipos <strong>de</strong> Diárias<br />
Sem café da manhã 1<br />
Com café da manhã 40<br />
Meia Pensão 0<br />
Pensão completa 0<br />
24
Médias <strong>de</strong> preço<br />
Até R$ 50,00 21<br />
<strong>de</strong> R$ 51,00 a R$ 100,00 15<br />
<strong>de</strong> R$ 101,00 a R$ 200,00 5<br />
Acima <strong>de</strong> R$ 200,00 0<br />
Bairro<br />
Centro 23<br />
Periférico 18<br />
Tipo <strong>de</strong> Imóvel<br />
Bloco Vertical 33<br />
Térreo Pavilhonar 8<br />
Térreo unida<strong>de</strong>s isoladas 0<br />
Figura 2 - Dados gerais <strong>de</strong> hospedagem na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Fonte: elaborado pela autora<br />
2.3 Ida<strong>de</strong> da Hotelaria em Ribeirão Preto<br />
Ida<strong>de</strong> (em anos)<br />
01-05 13<br />
06-10 5<br />
11-20 5<br />
21-30 8<br />
31-40 3<br />
41-50 0<br />
51-60 1<br />
Acima <strong>de</strong> 60 1<br />
Figura 3 - Ida<strong>de</strong> média dos hotéis na cida<strong>de</strong><br />
25
a) Inauguração/Década<br />
Inauguração<br />
(por décadas)<br />
30 1<br />
40 1<br />
50 0<br />
60 2<br />
70 8<br />
80 4<br />
90 14<br />
00-10 6<br />
b) Evolução da Oferta Hoteleira<br />
Figura 4 - Inauguração dos hotéis na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Fonte: elaborado pela autora<br />
Evolução da Oferta<br />
(em décadas)<br />
30 1<br />
40 2<br />
50 2<br />
60 4<br />
70 12<br />
80 16<br />
90 30<br />
00-10 36<br />
Evolução do nº. <strong>de</strong> leitos<br />
30 75<br />
40 165<br />
50 165<br />
60 271<br />
70 1316<br />
80 2013<br />
90 3557<br />
00-10 4528<br />
Figura 5 - Evolução da oferta hoteleira na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
00-10<br />
00-10<br />
00-10<br />
26
2.4 O Comércio<br />
Segundo a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />
(2007) em função da existência <strong>de</strong> um mercado consumidor <strong>de</strong> alto po<strong>de</strong>r aquisitivo, o<br />
comércio têm gran<strong>de</strong> peso na economia regional, <strong>de</strong>stacam-se a ampla diversificação do setor<br />
varejista e a importância do ramo atacadista, papel facilitado pela disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à<br />
região e à proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros consumidores no interior do Estado <strong>de</strong> São Paulo e <strong>de</strong><br />
Minas Gerais.<br />
Segundo o Plano Plurianual (PPA) 2008-2011, Ribeirão Preto é referência nacional em<br />
serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em função <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> consultórios, laboratórios, Hemocentro e<br />
hospitais. Um gran<strong>de</strong> contingente <strong>de</strong> pessoas aflui, principalmente, para o Hospital das<br />
Clínicas, ligado à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da USP. O setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> enca<strong>de</strong>ia-se diretamente<br />
com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comércio e serviços <strong>de</strong> apoio (laboratórios, clínicas, comércio <strong>de</strong> equipamentos<br />
e material <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>) e com os segmentos industriais especializados que ali se implantaram.<br />
Existem várias Universida<strong>de</strong>s, ofertando cursos e <strong>de</strong>senvolvendo pesquisas em diferentes<br />
áreas, especialmente, na área médica, com <strong>de</strong>staque para o campus <strong>de</strong> Ribeirão Preto da USP.<br />
As funções <strong>de</strong> pólo estão todas concentradas no município <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Há ampla re<strong>de</strong><br />
hoteleira com diversos estabelecimentos <strong>de</strong> alto padrão; vôos regulares para várias capitais<br />
brasileiras; comércio varejista sofisticado, e centro <strong>de</strong> comércio atacadista; e mo<strong>de</strong>rnos<br />
serviços <strong>de</strong> apoio à produção, como Centro <strong>de</strong> Convenções, estrutura bancária e financeira,<br />
serviços pessoais e sociais e locais para exposições. O turismo <strong>de</strong> negócios e a realização <strong>de</strong><br />
congressos e feiras, como o Agrishow, dinamizam a economia regional.<br />
Conforme o gráfico 6, no setor terciário estão localizados inúmeros estabelecimentos<br />
prestadores <strong>de</strong> serviço, além <strong>de</strong> uma especializada re<strong>de</strong> <strong>de</strong> hospitais e <strong>de</strong> clínicas <strong>de</strong><br />
tratamento, como citado anteriormente, sem falar na área odontológica e educacional. Como,<br />
por exemplo, po<strong>de</strong>mos nominar o Hospital das Clínicas <strong>de</strong> Ribeirão Preto, nacionalmente<br />
famoso no seu corpo clínico, contando com o respaldo da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão<br />
Preto, berço <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas da medicina nacional .<br />
27
Gráfico 2 - Participação Percentual dos Setores Econômicos no Valor<br />
Fonte: Governo do Estado <strong>de</strong> São Paulo Secretaria <strong>de</strong> Economia e Planejamento<br />
A cida<strong>de</strong> é “caracterizada pela elevada capitalização do setor agrário, expansão e<br />
mo<strong>de</strong>rnização da agroindústria sucroalcooleira e por economia diversificada e <strong>de</strong>senvolvida.<br />
Entre 1982 e 2000, aumentou em 55% a sua participação no ICMS” (Agência <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento Tietê Paraná - ADTP).<br />
Conforme a Agência <strong>de</strong> Desenvolvimento Tietê Paraná (ADTP) (2001), a população<br />
<strong>de</strong>ssa região chega a quatro milhões <strong>de</strong> habitantes e assim, faz parte <strong>de</strong> um dos maiores<br />
mercados consumidores do País. Sua influência ultrapassa os limites estaduais e atinge partes<br />
da Região Centro-Oeste e o Triângulo Mineiro, formando assim micro e macro raios <strong>de</strong><br />
progresso - anéis <strong>de</strong> riqueza, com vetores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, no seu entorno.<br />
A vida cultural <strong>de</strong> Ribeirão Preto é <strong>de</strong>staque, pois apresenta diversos entretenimentos<br />
para os cidadãos. Os que mais se <strong>de</strong>stacam são as galerias <strong>de</strong> arte, museu, bibliotecas, teatros,<br />
cinemas, casas noturnas, os estádios <strong>de</strong> futebol, os restaurantes com diversos tipos <strong>de</strong><br />
culinária, os shopping centers implantados e mais dois shopping centers que serão constrídos<br />
na cida<strong>de</strong>. (ADTP, 2001)<br />
Em virtudo do restaurante Pinguim, tradicional na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, a cida<strong>de</strong><br />
ganhou o título <strong>de</strong> capital brasileira do chopp, o que atrai os turistas para a cida<strong>de</strong> com o<br />
intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>gustar o famoso chopp da cida<strong>de</strong>.(ADTP, 2001)<br />
Segundo a ADTP (2001) Ribeirão Preto possui 28 pontos turísticos, 172 praças, 85<br />
agências <strong>de</strong> turismo, 40 hotéis, 30 motéis, mais <strong>de</strong> 20 mil estabelecimentos comerciais e<br />
prestadores <strong>de</strong> serviço e 80 agências bancárias (sexta praça financeira do País) e sedia 37<br />
exposições e feiras anuais.<br />
28
Pelo fato da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto oferecer opções <strong>de</strong> investimentos na<br />
agroindústria, na area <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> projetos em biotecnologia, a necessida<strong>de</strong> em empreen<strong>de</strong>r<br />
uma agência com foco receptivo é favorável, pois a maioria dos turistas que vem a negocio, se<br />
instalam na cida<strong>de</strong> por mais <strong>de</strong> 2 meses, sentem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior suporte com<br />
relacao a atendimento, e prestacao <strong>de</strong> serviço.<br />
Desta forma, são apresentadas as principais oportunida<strong>de</strong>s existentes no setor<br />
comercial,. com base nas informações da ADTP (2001) que classifica que “as oportunida<strong>de</strong>s<br />
não mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m apenas da principal ativida<strong>de</strong>, a agroindústria, mas estão relacionadas<br />
com o mercado consumidor criado por ela há mais <strong>de</strong> 20 anos”.<br />
Conforme a ADTP (2001) a economia local tem como efeito multiplicador o mercado<br />
consumidor consolidado; fazem parte <strong>de</strong>ssa região cerca <strong>de</strong> 80 municípios, alguns <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
importância e participação na economia estadual, observa-se que para cada R$ 10 produzidos,<br />
R$ 8 são gastos na própria região.<br />
Com relação ao turismo <strong>de</strong> negócios, a região <strong>de</strong> Ribeirão Preto, <strong>de</strong>vido o perfil <strong>de</strong> seu<br />
público, possui elevado potencial para eventos não relacionados ao agrobusines, como por<br />
exemplo, as feiras e os eventos que ocorrem relacionadas a saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido á USP, e os eventos<br />
como a Stock Car.<br />
Conforme Paiva (2009) “a região administrativa <strong>de</strong> Ribeirão Preto se<br />
beneficia <strong>de</strong> localização privilegiada, terra <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, universida<strong>de</strong>s<br />
e centros <strong>de</strong> pesquisa, mão-<strong>de</strong>-obra qualificada, infraestrutura <strong>de</strong><br />
transportes e comunicação, mercado consumidor dinâmico”.<br />
O turismo receptivo na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto não precisa limitar-se ao comércio,<br />
em razão das empresas e multinacionais instaladas na cida<strong>de</strong>, uma vez que é referência<br />
nacional em serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pois, segundo Paiva (2009) possui uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> consultórios,<br />
laboratórios, hemocentro e hospitais. Um gran<strong>de</strong> contingente <strong>de</strong> pessoas aflui, principalmente,<br />
para o Hospital das Clínicas, ligado à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da USP.<br />
“O setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> enca<strong>de</strong>ia-se diretamente com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comércio e serviços <strong>de</strong> apoio<br />
(laboratórios, clínicas, comércio <strong>de</strong> equipamentos, material <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e etc.) e com os<br />
segmentos industriais” (PAIVA, 2009, p. 2).<br />
29
2.5 Desempenho dos négocios em Ribeirão Preto<br />
Segundo PIRES (2000) , a ativida<strong>de</strong> agropecuaria em Ribeirã Preto iniciou-se no ano<br />
<strong>de</strong> 1930, atraves <strong>de</strong> um importante processo <strong>de</strong> diversificação que atualemnte é base do<br />
dinamismo economico a cida<strong>de</strong> possui.<br />
Devido a qualida<strong>de</strong> das terras e das mo<strong>de</strong>rnas instalcoes no setor agricola, a cida<strong>de</strong><br />
porporciona crescimentos substantivos <strong>de</strong> renda nessas regioes, sendo esta acompanhada pelo<br />
setor <strong>de</strong> serviços da area urbana, portanto Ribeirão Preto atualmente é consi<strong>de</strong>rado o mais<br />
importante centro comercial e <strong>de</strong> serviços da região, com capacida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r às cida<strong>de</strong>s<br />
circunvizinhas, <strong>de</strong>ssa maneira tornando possivel o dinamismo econômico das ativida<strong>de</strong>s<br />
agropecuárias <strong>de</strong> uma área muito mais ampla, que abrangia um rol <strong>de</strong> produtos bem mais<br />
significativo. Devido a este fato ocorre um crescimento maior e mais constante da economia<br />
municipal, relativa á imunida<strong>de</strong> e a variações que porventura ocorreram nas condições <strong>de</strong><br />
mercado <strong>de</strong> um único produto agropecuário 5 . (PIRES,2000)<br />
Nos anos 50, Ribeirão Preto era consi<strong>de</strong>rado centro distribuidor <strong>de</strong> mercadorias para<br />
toda a área da Alta Mogiana. Apesar da reduzida participação do Nor<strong>de</strong>ste paulista como um<br />
todo no Estado <strong>de</strong> São Paulo internamente à região <strong>de</strong>staca-se <strong>de</strong> forma evi<strong>de</strong>nte,<br />
responsabilizando-se isoladamente por mais <strong>de</strong> três quartos do pessoal ocupado e quase dois<br />
terços das receitas totais do comércio atacadista em 1959. Esta concentração elevada das<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comércio atacadista em Ribeirão Preto permitiu no final da década <strong>de</strong> 1950, que<br />
o município se constituísse no sexto centro atacadista mais importante do Estado relacionado<br />
aos termos <strong>de</strong> faturamento e capital aplicado e o quinto no que tange ao pessoal ocupado.<br />
(PIRES, 2000)<br />
Segundo, PIRES (2000), Esta evolução economica se manteve tambem nos anos 60,<br />
permitindo que, no ano <strong>de</strong> 1970, os trabalhadores no comércio correspon<strong>de</strong>ssem a 15,1% da<br />
PEA (população economicamente ativa) total do município.<br />
O ano <strong>de</strong> 1970 foi o período <strong>de</strong> maior crescimento das ativida<strong>de</strong>s comerciais, sendo a<br />
taxa média do PIB comercial <strong>de</strong> Ribeirão Preto 9,7% ao ano, o que correspon<strong>de</strong>u a um<br />
aumento total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 150% durante esta <strong>de</strong>cada <strong>de</strong> 70. (PIRES,2000)<br />
5 „‟A larga hegemonia alcançada por Ribeirão Preto no setor terciário no contexto regional logrou inviabilizar o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento mais amplo e diferenciado <strong>de</strong> tais ativida<strong>de</strong>s nas cida<strong>de</strong>s vizinhas, fazendo com que outras<br />
ativida<strong>de</strong>s ali se instalassem com maior profusão. É o caso <strong>de</strong> Franca, São Carlos e Araraquara, por exemplo,<br />
cuja especialização nas ativida<strong>de</strong>s industriais evi<strong>de</strong>nciou-se mais notável do que em Ribeirão Preto.‟<br />
(PIRES,2000)<br />
30
De acordo com PIRES (200), na década <strong>de</strong> 80, o número <strong>de</strong> trabalhadores empregados<br />
no comércio ampliou-se a uma taxa média anual <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 7,2% ao ano, sendo esta<br />
maior do que o do setor terciário como um todo e semelhante à da indústria.<br />
O processo <strong>de</strong> concentração das ativida<strong>de</strong>s comerciais em Ribeirão Preto se expressa<br />
<strong>de</strong> forma exemplar a partir dos dados do Censo <strong>de</strong> 1980, notadamente quando cotejados com<br />
os principais municípios da região. Da receita total <strong>de</strong> vendas no comércio da região, a cida<strong>de</strong><br />
se responsabilizava por 40%,e outras regiões como Araraquara com 7,8%, São Carlos com<br />
6,8% e Franca com 6,5%. (PIRES,2000)<br />
A importância do setor comercial em Ribeirão Preto se dá também <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong><br />
que, em 1980, o município ocupava o quinto lugar no Estado <strong>de</strong> São Paulo em relação à<br />
arrecadação do Imposto <strong>de</strong> Circulação <strong>de</strong> Mercadorias (ICM) no comércio. (PIRES,2000)<br />
Este quadro <strong>de</strong> concentração aprofundou-se nos anos seguintes, <strong>de</strong>vido ao intenso<br />
dinamismo do setor comercial na primeira meta<strong>de</strong> dos anos 80, portanto revela-se bastante<br />
significativa a constatação <strong>de</strong> que, enquanto no Estado <strong>de</strong> São Paulo o PIB do setor comercial<br />
regrediu 11,5% nesse período, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto houve uma expansão <strong>de</strong> 23%,<br />
fazendo com que a participação do município no total do Estado entre 1970 e 1985 mais do<br />
que duplicasse, passando <strong>de</strong> 1,16% para 2,48%. O município <strong>de</strong> Ribeirão Preto respondia no<br />
ano <strong>de</strong> 1980, por 32,7% do valor adicionado do setor varejista e 37,0% no tocante ao<br />
comércio atacadista. (PIRES,2000)<br />
Segundo PIRES (2000), Durante os anos da <strong>de</strong>cada <strong>de</strong> 90, notadamente na segunda<br />
meta<strong>de</strong> da década, houve um incremento importante na ativida<strong>de</strong> comercial do município,<br />
<strong>de</strong>vido a instalação <strong>de</strong> novos hipermercados e shopping centers, consolidando assim a<br />
tendência <strong>de</strong> maior concentração do setor <strong>de</strong> varejo, bem como <strong>de</strong> uma maior sofisticação e<br />
concorrência do setor, propiciando, do mesmo modo, maior amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha ao<br />
consumidor <strong>de</strong> Ribeirão Preto e cida<strong>de</strong>s vizinhas.<br />
2.6 Análise econômico-financeira <strong>de</strong>ssa área <strong>de</strong> negócios<br />
As empresas brasileira vêm nos ultimos anos, <strong>de</strong> uma gorma geral, enfrentadno um<br />
quadro conuntural adverso, caracterizado por periodos <strong>de</strong> crescimentos <strong>de</strong>scontinuado,<br />
associado a aumentos <strong>de</strong> custos, tanto financeiros e tributarios, qaunto diretamente<br />
relacionados ao processo produtivo alto que reflete nos preços do comercio. O presente<br />
capitulo, analisa o panomra <strong>de</strong> micro e pequans empresa, ja que para a abertura da gencia<br />
31
eceptiva, se é necessario um estudo do campo, para analisar a viabilida<strong>de</strong>, fazendo com que<br />
<strong>de</strong>sta forma se tenha uma visão futura <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> da agencia.<br />
Consi<strong>de</strong>rando o fato <strong>de</strong> as empresas brasileiras enfrentarem um quadro conjuntural<br />
adverso, não apenas pelos períodos <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>scontinuado, mas também em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uma crise financeira que balançou o mercado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008 preten<strong>de</strong>-se estabelecer uma análise<br />
economica financeira da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto tendo como base as informações <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrativos contábeis compiladas do banco <strong>de</strong> dados da Fundação Getúlio Vargas (2010),<br />
com base na amostra <strong>de</strong> 120 empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto.<br />
Desta forma, foram extraídos os principais indicadores econômico-financeiros da<br />
pesquisa empreendida pla FGV em 2010, pois não existem dados recentes com acesso livre<br />
para consulta ou até mesmo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaborá-los em razão da dificulda<strong>de</strong> em<br />
estabelecer esses cálculos.<br />
Assim, no <strong>de</strong>correr do texto são apresentadas tabelas e gráficos para fundamentar o<br />
cenário econômico da região e estabelecer a evolução das medianas dos mais tradicionais<br />
indicadores econômico-financeiros para a amostra <strong>de</strong> 120 empresas são indicados (FGV,<br />
2010).<br />
Tabela 3 - Indicadores financeiros das empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
( 1 ) Mediana - Exigível total / Patrimônio Líquido<br />
( 2 ) Mediana - (Financiamentos curto prazo + Financiamento Longo Prazo) / Patrimônio Líquido<br />
( 3 ) Mediana - Ativo Circulante / Passivo Circulante<br />
( 4 ) Mediana - (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Exigível Total)<br />
( 5 ) Mediana - Lucro Líquido do Exercício / Patrimônio Líquido x 100<br />
( 6 ) Mediana - Lucro Líquido do Exercício / Ativo Total x 100<br />
Fonte: FGV (2010)<br />
A análise dos indicadores apresentados, enseja as seguintes observações:<br />
O período analisado foi caracterizado pela <strong>de</strong>terioração da situação financeira das<br />
empresas, com uma tendência <strong>de</strong> queda da liqui<strong>de</strong>z e, principalmente, pelo crescimento do<br />
grau <strong>de</strong> endividamento, que representa a relação entre o capital <strong>de</strong> terceiros (nesse caso<br />
empréstimos) e o capital próprio no patrimônio total das empresas (FGV, 2010).<br />
32
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Gráfico 3 - Liqui<strong>de</strong>z Mediana das Empresas do Comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Fonte: adaptado <strong>de</strong> FGV, 2001.<br />
Em 2001, o grau <strong>de</strong> endividamento das empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto,<br />
ultrapassou a barreira da unida<strong>de</strong>, implicando que o volume <strong>de</strong> capital <strong>de</strong> terceiros no passivo<br />
total das empresas passou a ser superior ao <strong>de</strong> capital próprio.<br />
Segundo a pesquisa da FGV (2010) a <strong>de</strong>terioração da situação financeira das empresas<br />
do comércio é ratificada pela evolução do indicador <strong>de</strong> endividamento com instituições<br />
financeiras que representa o volume <strong>de</strong> empréstimos contraídos junto ao sistema financeiro<br />
em relação ao capital próprio da empresa.<br />
33
Gráfico 4 - Grau <strong>de</strong> Endividamento das empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
Fonte: adaptado <strong>de</strong> FGV, 2001.<br />
Em 2009, para cada real <strong>de</strong> capital próprio, as empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
tinham 40 centavos <strong>de</strong> dívida junto ao sistema financeiro.<br />
Gráfico 5 - Endividamento com Instituições Financeiras<br />
Fonte: adaptado <strong>de</strong> FGV, 2001<br />
A rentabilida<strong>de</strong> do patrimônio líquido é um dos principais indicadores do <strong>de</strong>sempenho<br />
econômico <strong>de</strong> uma empresa, refletindo a relação entre o lucro líquido obtido no período e o<br />
capital <strong>de</strong>spendido pelos sócios.<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
34
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Gráfico 6 - Endividamento com Instituições Financeiras<br />
Fonte: adaptado <strong>de</strong> FGV, 2001<br />
A evolução <strong>de</strong>sse indicador indica que, à exceção do exercício <strong>de</strong> 2008, as empresas<br />
do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto não lograram alcançar um patamar <strong>de</strong> rentabilida<strong>de</strong> superior a<br />
6% ao ano no período 2003/2009.<br />
Segundo a FGV (2010) esse resultado, no entanto, refere-se à mediana das empresas<br />
analisadas. Um indicador complementar das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelas empresas no<br />
período é a proporção <strong>de</strong> resultados negativos (prejuízo) verificados, que atingiu 37% em<br />
2007, mantendo-se em torno <strong>de</strong> 30% nos <strong>de</strong>mais anos.<br />
Se comparada a evolução das rentabilida<strong>de</strong>s das empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão<br />
Preto, com a análise financeira realizada pelo conjunto dos 100 maiores bancos brasileiros 6 ,<br />
tudo indica que as instituições financeiras lograram obter, <strong>de</strong> forma consistente, resultados<br />
significativamente superiores ao das empresas do comércio.<br />
A diferença entre as rentabilida<strong>de</strong>s dos bancos e do comércio indica a ocorrência <strong>de</strong><br />
transferência <strong>de</strong> renda do setor produtivo para o setor financeiro, que tem na taxa <strong>de</strong> juros um<br />
importante “mecanismo <strong>de</strong> transmissão”.<br />
Embora o conjunto <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong>terminantes da rentabilida<strong>de</strong> das empresas, produtivas<br />
ou financeiras, seja abrangente, no período 2005/2009 é possível captar uma forte correlação<br />
negativa entre as variações da taxa <strong>de</strong> juros e da rentabilida<strong>de</strong> das empresas do comércio.<br />
6 Bancos - 2003/2009: Conjuntura Econômica, vários números (Ranking FGV <strong>de</strong> Bancos). 2001: Revista Valor<br />
Financeiro, julho <strong>de</strong> 2002 (Os 100 maiores bancos).<br />
35
No caso do setor financeiro, em contrapartida, essa correlação se torna fortemente<br />
positiva, à exceção do exercício <strong>de</strong> 2007, quando o resultado dos bancos foi impactado pelos<br />
altos ganhos <strong>de</strong> algumas instituições com a <strong>de</strong>svalorização cambial.<br />
Embora os dados não sejam recentes, a situação continua a mesma no comércio <strong>de</strong><br />
Ribeirão Preto, tanto é verda<strong>de</strong> que até os camelos foram retirados do calçadão da cida<strong>de</strong>,<br />
on<strong>de</strong> sempre se mantiveram, mesmo que <strong>de</strong> maneira irregular, mas nunca incomodaram o<br />
comércio, que passou a pressionar a Prefeitura a expulsá-los do ambiente <strong>de</strong> atuação das<br />
empresas do comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto.<br />
A viabilida<strong>de</strong> do negócio só é positiva, se tratar <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> empresa com capital<br />
disponível para conseguir ao longo do tempo, assegurar sua saú<strong>de</strong> financeira sem muitas<br />
vendas.<br />
2.7 As perspectivas e tendências <strong>de</strong>sses negócios, separadas por produto ou família <strong>de</strong><br />
produtos<br />
Atualmente, o comércio e os serviços divi<strong>de</strong>m com a ativida<strong>de</strong> agropecuária a<br />
li<strong>de</strong>rança na ocupação da população economicamente ativa <strong>de</strong> Ribeirão Preto. A ativida<strong>de</strong><br />
varejista e atacadista <strong>de</strong> veículos, motocicletas, partes e peças e o comércio varejista <strong>de</strong><br />
combustíveis, objetos pessoais e domésticos bem como os intermediários do comércio, o<br />
atacadista <strong>de</strong> produtos alimentícios, bebidas, fumo e produtos alimentícios para animais têm<br />
maior expressão na composição das pequenas empresas do setor.<br />
É importante frisar que o comércio <strong>de</strong> Ribeirão Preto, tem em sua maioria, micro e<br />
pequenas empresas, ou seja, as empresa que se <strong>de</strong>stacam são as gran<strong>de</strong>s, que concentram<br />
maior lucro, tais como: Casas Bahia, Pernambucanas, Magazine Luíza, etc.<br />
O comércio é predominantemente varejista, com <strong>de</strong>staque para o <strong>de</strong> móveis, artigos <strong>de</strong><br />
iluminação e outros artigos para residência, <strong>de</strong> livros, jornais, revistas e papelarias,<br />
restaurantes e outros estabelecimentos <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> alimentação e serviços pessoais<br />
(lavan<strong>de</strong>rias, cabeleireiros etc.).<br />
De maneira consensual entre os membros do grupo, i<strong>de</strong>ntifica-se uma predominância<br />
pela <strong>de</strong>manda local por maior oferta <strong>de</strong> eletrodomésticos e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos nos<br />
supermercados.<br />
O padrão das lojas e vitrines, é <strong>de</strong>terminado pela arquitetura mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> seus imóveis<br />
on<strong>de</strong> estão instaladas.<br />
36
A antigüida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas imóveis também é utilizada como diferencial nas vendas do<br />
comercio, como no caso da loja da Choperia Pingüim.<br />
A presumida qualida<strong>de</strong> superior <strong>de</strong> seus produtos, em relação a concorrentes mais<br />
recentes, induz os proprietários locais a uma falsa sensação <strong>de</strong> segurança.<br />
Com a construção <strong>de</strong> dois novos shoppings na cida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>spertar do comércio para<br />
conceitos novos <strong>de</strong> layout <strong>de</strong> lojas e vitrines e para iniciar uma cultura <strong>de</strong> associação <strong>de</strong><br />
interesses já está em processo.<br />
A mentalida<strong>de</strong> prevalecente é <strong>de</strong> focar a estratégia e a gestão no próprio negócio,<br />
vendo os outros estabelecimentos apenas como concorrentes e reduzindo, assim, as<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sinergia entre eles.<br />
Apenas entre setores opostos, ocorrem parcerias em seus negócios, como é o caso do<br />
Magazine Luíza e o Unibanco-Itaú. Um sinal importante <strong>de</strong> que os consumidores <strong>de</strong> Ribeirão<br />
Preto estão evoluindo em suas exigências, uma vez que boa parte <strong>de</strong>les freqüenta ambientes<br />
comerciais sofisticados na própria cida<strong>de</strong>, é a <strong>de</strong>manda também por estabelecimentos <strong>de</strong> lazer,<br />
em especial para crianças e jovens.<br />
O horário convencional <strong>de</strong> funcionamento das lojas é consi<strong>de</strong>rado ina<strong>de</strong>quado aos<br />
funcionários, pois varia conforme feriados, datas comemorativas, eventos e até da necessida<strong>de</strong><br />
em ven<strong>de</strong>r.<br />
Há uma percepção, relatada por consumidores, <strong>de</strong> que o custo <strong>de</strong> vida ribeirão-pretano<br />
é baixo. Além da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito, concedido através <strong>de</strong> práticas já abandonadas na<br />
gran<strong>de</strong> maioria dos estabelecimentos comerciais, mas que foram reformuladas e aperfeiçoadas<br />
para a prática atual, os carnês.<br />
A estratégia dos comerciários em estabelecer o carnê é estabelecer um forte<br />
entrelaçamento <strong>de</strong> relações pessoais, familiares e grupais, reforçada por empresas com gestão<br />
familiar, e que, muitas vezes, ten<strong>de</strong> a refletir-se em altos níveis <strong>de</strong> inadimplência.<br />
Apesar dos esforços da Associação Comercial e Industrial <strong>de</strong> Ribeirão Preto orientar<br />
seus associados quanto aos serviços <strong>de</strong> proteção ao cheque, acesso aos sistemas SERASA<br />
(cheques <strong>de</strong>volvidos, sustados, extraviados ou roubados, em nível nacional), o comércio <strong>de</strong><br />
Ribeirão Preto usa pouco esses serviços, num comportamento coerente com a cultura nova,<br />
informatizada e <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> recebimento do produto ou serviço.<br />
Tal conseqüência <strong>de</strong> tais fatos é uma inadimplência consi<strong>de</strong>rada alta, tanto pelos<br />
comerciantes como pelos bancos que operam na praça. A citada realida<strong>de</strong> contrasta com o<br />
consensado perfil poupador do cliente bancário <strong>de</strong> Ribeirão Preto, configurado por<br />
comerciantes e instituições financeiras.<br />
37
Potencializada por um sistema viário eficiente e ramificado, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto<br />
é centro <strong>de</strong> uma vasta região, que extrapola os limites do território paulista. Com estrutura<br />
produtiva dinâmica e diversificada, altos níveis <strong>de</strong> renda, população crescente e cada vez mais<br />
urbanizada, mo<strong>de</strong>rno setor terciário, para aten<strong>de</strong>r a seu mercado consumidor diferenciado,<br />
constituído <strong>de</strong> um pólo <strong>de</strong> atração regional <strong>de</strong> comércio e <strong>de</strong> serviços, especialmente no que<br />
se refere às suas funções <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação. Por concentrar essas ativida<strong>de</strong>s, exerce gran<strong>de</strong><br />
atração sobre os municípios <strong>de</strong> seu entorno, dividindo, com alguns <strong>de</strong>les, funções urbanas.<br />
Percebe-se, portanto, que Ribeirão Preto é o centro <strong>de</strong> uma região privilegiada em<br />
termos econômicos. O dinamismo econômico do município colabora com o <strong>de</strong>sempenho<br />
econômico da região e é por este influenciado, ampliando as chances <strong>de</strong> sucesso dos negócios<br />
aqui instalados e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos que aqui resi<strong>de</strong>m.<br />
2.8 Os caminhos para o investimento nessa área <strong>de</strong> negócios<br />
O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> investir em Ribeirão Preto não é simples. Deve-se colocar objetivos e<br />
traçar estratégias para se chegar lá.<br />
E quais então seriam as estratégias para se ter um retorno sobre o investimento na<br />
cida<strong>de</strong>, que possui riqueza, distribuição <strong>de</strong> renda, inclusão social e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida?<br />
A Organização Mundial <strong>de</strong> Turismo - OMT prevê que em 2020 o turismo ao redor do<br />
mundo será responsável por nada menos do que 2 trilhões <strong>de</strong> dólares <strong>de</strong> faturamento por ano.<br />
Nada mal para um setor que na década <strong>de</strong> 50 era incipiente. Conhecer e caracterizar quem são<br />
seus futuros clientes, o que eles compram e por que eles compram, como são feitas as<br />
compras, quando eles compram e as tendências <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>les é essencial ao sucesso <strong>de</strong> seu<br />
negócio (SEBRAE, 2010).<br />
Como empreen<strong>de</strong>dores as propostas para esse mercado po<strong>de</strong>m ser divididas em<br />
gran<strong>de</strong>s projetos para na cida<strong>de</strong>:<br />
Comércio educacional: <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> universitários, certamente a<br />
estratégia das empresas já estabelecidas é atrair um maior número <strong>de</strong> universitários. Como as<br />
instituições estão expandindo seu campo <strong>de</strong> atuação e inovando em pós-graduação e<br />
mestrados, com novas vagas e cursos nas instituições <strong>de</strong> ensino e novas Faculda<strong>de</strong>s<br />
particulares, praticamente o movimento que, atualmente, gira em torno <strong>de</strong> R$ 25 milhões por<br />
mês, com supermercados, locação <strong>de</strong> imóveis, postos, bares, restaurantes, etc., irá multiplicar-<br />
se, além dos jovens também realizarem na cida<strong>de</strong>, uma inovação cultural com entretenimento<br />
e, muito consumo;<br />
38
Diretorias: Com o estabelecimento das empresas <strong>de</strong> capital aberto e multinacionais na<br />
região, tais como: Nestlé, Alpha Vile, Dow Agrosciences, Syngenta podução <strong>de</strong> cultivos,<br />
Argil agrícola e banco Itaú pois isso gera emprego <strong>de</strong> alto padrão para os estudantes e<br />
incentivos ao comercio, certamente torna-se viável centralizar operações na cida<strong>de</strong>. Pois a<br />
cida<strong>de</strong> já carrega o título <strong>de</strong> Capital Brasileira do Agronegócio, atraindo associações setoriais,<br />
sindicatos, representações do setor em geral;<br />
Centro Tecnológico: a cida<strong>de</strong> é digital, com atração dos centros <strong>de</strong> chegadas <strong>de</strong><br />
informações <strong>de</strong> empresas do mundo todo, call centers e áreas <strong>de</strong> telemarketing, que hoje se<br />
<strong>de</strong>slocam para Índia e outros países. Os investidores po<strong>de</strong>m pensar num centro gerador <strong>de</strong><br />
conteúdo, <strong>de</strong> chegada e saída <strong>de</strong> informações;<br />
Turismo <strong>de</strong> Negócios: um dos setores mais importantes da economia é o do turismo.<br />
Dentro <strong>de</strong>stes, um segmento crescente é o <strong>de</strong> negócios. Ribeirão tem experiência com isto,<br />
além da Agrishow. Esta área <strong>de</strong>ve ser alvo <strong>de</strong> investimento ao longo do tempo, pois é centro<br />
<strong>de</strong> Congressos nacionais e internacionais, exposições, feiras, centros comerciais, enfim, tudo<br />
que o comércio precisa. O boom no turismo está acontecendo porque as pessoas,<br />
principalmente as que moram nos países em <strong>de</strong>senvolvimento, resolveram <strong>de</strong>sbravar<br />
horizontes e conhecer o mundo. O crescimento <strong>de</strong>ste mercado é uma excelente notícia não só<br />
para quem está ligado diretamente ao negócio, como os hotéis e as empresas <strong>de</strong> transporte,<br />
mas também para outros setores da economia que estão indiretamente envolvidos. Por todo<br />
esse impacto, o turismo está sendo consi<strong>de</strong>rado o maior empregador mundial da atualida<strong>de</strong>.<br />
De cada nove trabalhadores no mundo, pelo menos um está ligado a esse segmento, direta ou<br />
indiretamente (SEBRAE, 2010).<br />
Área da Saú<strong>de</strong>: o Brasil será cada vez mais <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> pessoas no mundo todo que<br />
queiram se tratar, doenças, emagrecimento, cirurgias plásticas e tratamentos <strong>de</strong>ntários. Pela<br />
excelência dos médicos ribeirão-pretanos e pela competitivida<strong>de</strong> em custos, aliada a base <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>, Ribeirão po<strong>de</strong> se candidatar a ser um gran<strong>de</strong> centro mundial na área. Atraindo assim,<br />
empresas do ramo em seu comércio;<br />
Centro <strong>de</strong> logística e transporte: Ribeirão com um aeroporto internacional aten<strong>de</strong>ria<br />
uma população <strong>de</strong> 15 milhões <strong>de</strong> habitantes, meta<strong>de</strong> do nosso Estado, mais todo o Triangulo<br />
Mineiro, norte do Paraná, Mato Grosso do Sul, enfim, uma Austrália. Teríamos aqui um<br />
centro internacional <strong>de</strong> logística, recebendo e enviando cargas e pessoas, e gerando renda.<br />
Isso é uma oportunida<strong>de</strong> para a comercialização <strong>de</strong> caminhões, máquinas agrícolas além <strong>de</strong><br />
todos os produtos que são utilizados atualmente.<br />
39
Conforme o SEBRAE (2010) para futuros empreen<strong>de</strong>dores que <strong>de</strong>sejam ingressar no<br />
turismo receptivo, sem dúvida, é um mercado muito promissor, porém para se manter neste<br />
mercado competitivo é preciso muita competência, eficiência e planejamento do negócio.<br />
40
3. A IMPORTÂNCIA DO MARKETING E SUA ADEQUAÇAO NO TURISMO<br />
RECEPTIVO<br />
Atualmente, o número <strong>de</strong> agencias <strong>de</strong> turismo sofreu um aumento muito significativo,<br />
pois bastava estabelecer uma pesquisa no mercado local <strong>de</strong> Ribeirão Preto, para i<strong>de</strong>ntificar<br />
que, mesmo com uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agências significativas, não existe uma que realize o<br />
turismo receptivo. De acordo com a AVIRP ( ssociação das Agencias <strong>de</strong> Viagens <strong>de</strong> Ribeirão<br />
Preto), Ribeirão Preto possui 61 agencias cadastradas na associacao, no ano <strong>de</strong> 2010 , porem<br />
<strong>de</strong>ntre estas não á sequer uma que preste o servico <strong>de</strong> recetpivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong>.<br />
Conforme o SEBRAE (2009) esse tipo <strong>de</strong> negócio é operacionalizado <strong>de</strong>ntro do vasto<br />
mercado turístico com expectativas bastante promissoras para o ramo <strong>de</strong> turismo receptivo.<br />
Contudo, é necessário observar uma série <strong>de</strong> requisitos básicos, para implantação da agencia,<br />
para que esta tenha rentabilida<strong>de</strong> , fornecendo assim lucro para a agencia, começando por um<br />
bom planejamento do negócio, alem <strong>de</strong>:<br />
receptivo;<br />
- Conhecer bem o mercado - concorrentes;<br />
- Conhecer o perfil do turista que visita o núcleo - através <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> turismo<br />
- Utilizar o inventário da oferta turística - documento do conjunto <strong>de</strong> atrativos, <strong>de</strong><br />
serviços turísticos, <strong>de</strong> infra-estrutura e <strong>de</strong> equipamentos, para que se possa conhecer a real<br />
situação dos núcleos, or<strong>de</strong>nando <strong>de</strong> forma correta sua exploração, otimizando a utilização <strong>de</strong><br />
seus recursos naturais e culturais, sem sobrecarregar o seu limite <strong>de</strong> ocupação;<br />
- Conhecer perfis e outras fontes para montagem dos roteiros;<br />
- I<strong>de</strong>ntificar o seu público-alvo;<br />
- Se especializar (a agência) em <strong>de</strong>terminada modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo (ecológico, 3ª<br />
ida<strong>de</strong>, religioso, cultural, agroturismo, negócios, etc.) para diferencial do serviço dos<br />
concorrentes;<br />
- Ter preços competitivos e compatíveis com o mercado;<br />
- Possuir veículos bem equipados e seguros;<br />
- Ter boa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> contatos.<br />
- Mão-<strong>de</strong>-obra qualificada.<br />
Com relação a estrutura, para a abertura <strong>de</strong> uma agência é necessário ter uma estrutura<br />
mínima <strong>de</strong> 40m², estrutura esta, que <strong>de</strong>ve contar com: balcões <strong>de</strong> atendimento, <strong>de</strong>pósitos,<br />
entre outros é importante para a integração das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços a serem<br />
executadas e atingir satisfatoriamente a produção <strong>de</strong>sejada, para tanto você <strong>de</strong>verá consi<strong>de</strong>rar<br />
41
tanto o layout interno ( ambiente, <strong>de</strong>coração, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentação, luminosida<strong>de</strong>, entre<br />
outros) como o externo ( vitrinas, fachada, letreiros, entradas e saídas, estacionamento, entre<br />
outros) da sua empresa (SEBRAE, 2009).<br />
A exigência do mercado consumidor é muito maior no cenário atual, <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong><br />
concorrencias que mos empreendimentos sofrem atulamente, pois se uma empresa não<br />
correspon<strong>de</strong> a perspectiv, há outras do mesmo ramo que po<strong>de</strong> suprir, portanto requisitos como<br />
a qualida<strong>de</strong> do atendimento, a exigencia quanto as normas regulamentadoras é criterioso na<br />
escolha <strong>de</strong> uma agência, tudo isso, <strong>de</strong>vido a inserção <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> outras áreas no setor,<br />
que por não terem conhecimento nos procedimentos legais, acabam prejudicando seus<br />
clientes, gerando dúvidas nos consumidores e prejudicando o setor.<br />
„‟Seja por <strong>de</strong>sinformação, pedantismo ou preconceito, esses<br />
“intelectuais” associam o marketing a processos mercantilistas e,<br />
geralmente, pouco éticos. Mal sabem esses sujeitos que uma<br />
instituição orientada para o marketing acaba, invariavelmente, sendo<br />
mais transparente quanto ao seu posicionamento, objetivos e<br />
qualida<strong>de</strong>. Quanto mais você “aparece”, seja pela propaganda, pelos<br />
eventos ou pelo relacionamento direto, mais você expõe suas forças e<br />
também suas fraquezas‟‟. (BRAGA, 2002, p. 1)<br />
Na história do consumidor i<strong>de</strong>ntificado como principal agente da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> consumo, é<br />
possível verificar uma alteração em seu comportamento atual, resultado <strong>de</strong> vários séculos <strong>de</strong><br />
profunda mudança social, econômica e cultura no Oci<strong>de</strong>nte.<br />
Tal comportamento passou a ser o ponto <strong>de</strong> partida para diversos teóricos dos<br />
negócios, <strong>de</strong>ntre eles Michael Hammer. Para o pesquisador, os consumidores passariam a<br />
dominar o <strong>de</strong>stino dos negócios. A profecia <strong>de</strong> Hammer <strong>de</strong>u início a um novo paradigma nas<br />
relações <strong>de</strong> consumo, on<strong>de</strong> quem <strong>de</strong>termina o que <strong>de</strong>ve ser feito são os clientes.<br />
Para McKenna (1996, p. 46), “com o mundo on<strong>de</strong> os consumidores têm tantas opções,<br />
eles po<strong>de</strong>m ser instáveis. Isso significa que o marketing mo<strong>de</strong>rno é uma batalha pela<br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> do cliente”.<br />
As empresas preocupadas em aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s do cliente, <strong>de</strong>scobriram a<br />
importância em aproximar-se mais dos consumidores para rastrear suas necessida<strong>de</strong>s, ou seja,<br />
não é apenas um novo paradigma dos negócios, on<strong>de</strong> o cliente tem sempre a razão, mas a<br />
42
junção das expectativas da empresa com as necessida<strong>de</strong>s do consumidor. On<strong>de</strong> o cliente<br />
participa do processo <strong>de</strong> elaboração, fabricação e publicida<strong>de</strong>.<br />
Uma constatação neste fato é a postura das agencias que passaram por profundas<br />
alterações. A figura do turismólogo sério, rigoroso e bravo, <strong>de</strong>u lugar a um profissional que<br />
em cada contato, sabe da importância em agregar valor ao cliente e ao relacionamento, para<br />
que sua agência possa sobreviver ao cenário <strong>de</strong> incertezas, on<strong>de</strong>:<br />
A concorrência aumenta;<br />
O po<strong>de</strong>r aquisitivo da população cai;<br />
Os custos aumentam;<br />
As mensalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem a<strong>de</strong>quar-se ao bolso dos clientes;<br />
A exigência é uma constante;<br />
Aumento da violência;<br />
Insegurança econômica<br />
Diante dos fatos apresentados, como é possível fazer com que uma agência se torne<br />
apta a superar as adversida<strong>de</strong>s do ambiente? Fazendo com que as agências que <strong>de</strong>sejam<br />
continuar no mercado tendo lucro, não apenas profissionalize sua gestão, mas utilize as<br />
mesmas técnicas e ferramentas empresariais mercadológicas, ou seja, administração <strong>de</strong><br />
marketing para i<strong>de</strong>ntificar nichos.<br />
O marketing envolve uma análise, um planeamento, uma execução e um controle,<br />
perspectivando sempre os objetivos estabelecidos. Desta forma po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r o<br />
marketing enquanto uma ferramenta útil a todo o processo administrativo-educacional, uma<br />
vez que a) i<strong>de</strong>ntifica as necessida<strong>de</strong>s da agência; b) seleciona mercados-alvo, fazendo a<br />
segmentação <strong>de</strong> mercado, i<strong>de</strong>ntificando assim com mais clareza o potencial cliente; c)<br />
existindo um planeamento <strong>de</strong> marketing, obriga necessariamente a uma <strong>de</strong>finição mais<br />
concreta dos objetivos da instituição; d) indica o lugar que os produtos da instituição <strong>de</strong>vem<br />
ocupar relativamente à concorrência; e) melhora o produto/serviço oferecido pela instituição,<br />
uma vez que é voltado para os clientes, nomeadamente para a satisfação das suas<br />
necessida<strong>de</strong>s. (FIGUEIRA, 2006, p. 1)<br />
43
„‟O marketing em agências <strong>de</strong> turismo receptivo, assim como<br />
em outras organizações, com ou sem fins lucrativos, está relacionado<br />
ao quanto à empresa aten<strong>de</strong> as necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos dos clientes.<br />
Quase todas as instituições possuem estruturas <strong>de</strong> marketing falhas e<br />
costumam tratar o turismo receptivo como um produto a ser vendido.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do discurso, essas organizações não estariam<br />
privilegiando uma cultura em que todos os envolvidos no processo são<br />
encarados como parceiros, trabalhando pela construção conjunta do<br />
laze‟‟. (SCHULTZ, 2006, p. 1).<br />
Preocupar-se com o público consumidor atual e potencial é uma postura<br />
mercadológica, on<strong>de</strong> “o estudo do consumidor, por meio do seu posicionamento diante da<br />
instituição e da imagem que ele tem do produto ou serviço, em relação ao preço, distribuição<br />
e serviços, torna-se essencial” (TREVISAN, 2002, p. 95).<br />
„‟O marketing é visto como a tarefa <strong>de</strong> criar, promover e<br />
fornecer bens e serviços a clientes, sejam estes pessoas físicas ou<br />
jurídicas. Na verda<strong>de</strong>, os profissionais <strong>de</strong> marketing envolvem-se no<br />
marketing <strong>de</strong> bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares,<br />
proprieda<strong>de</strong>s, organizações, informações e idéias [...] É um processo<br />
social por meio do qual pessoas e grupos <strong>de</strong> pessoas obtêm aquilo <strong>de</strong><br />
que necessitam e o que <strong>de</strong>sejam com a criação, oferta e livre<br />
negociação <strong>de</strong> produtos e serviços <strong>de</strong> valor com outros‟‟. (KOTLER;<br />
KELLER, 2000, p. 25-30)<br />
Mesmo que a agência seja a melhor do mercado em termos <strong>de</strong> estalações físicas,<br />
profissionais qualificados, material excelente, cursos para viajantes que nunca foram ao<br />
<strong>de</strong>stino que <strong>de</strong>sejam, emissão <strong>de</strong> voucher, enfim, é preciso fazer com que os potenciais<br />
clientes i<strong>de</strong>ntifiquem tais qualida<strong>de</strong>s e comprem o serviço, caso contrário, a agência não<br />
po<strong>de</strong>rá cumprir seu objetivo em si.<br />
44
“O marketing nada mais é do que o ato <strong>de</strong> conhecer o mercado<br />
<strong>de</strong> atuação <strong>de</strong> uma organização, para posteriormente oferecer, <strong>de</strong><br />
forma inovadora e criativa, os produtos e serviços que esse mercado<br />
<strong>de</strong>seja”. (ZELA, 2002, p. 28)<br />
O segredo do marketing está relacionado com a credibilida<strong>de</strong> que o cliente tem em<br />
relação ao sistema, método e tradição da agência no mercado, pois é possível perceber que<br />
características <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, tornar-se-ão commodities em um futuro próximo, não servindo <strong>de</strong><br />
parâmetro para nenhuma <strong>de</strong>cisão por parte do consumidor.<br />
„‟É inegável que o marketing é essencial para a sobrevivência<br />
da maioria das empresas, como também para as agências que têm<br />
como responsabilida<strong>de</strong> a prestação <strong>de</strong> serviços. E, se a razão <strong>de</strong> ser da<br />
maioria das empresas são seus clientes, a razão <strong>de</strong> existir das agencias<br />
também. Sem eles, as agências fechariam suas portas, principalmente<br />
num ambiente competitivo como o atual, em que as empresas<br />
entraram na era do cliente.‟ (TREVISAN, 2002, p. 94)<br />
Infelizmente, as ferramentas <strong>de</strong> marketing ainda são encaradas pelas agências como<br />
uma promoção. São poucas as agências que reconhecem a importância em <strong>de</strong>senvolver o<br />
marketing interno, para que a organização possa falar uma mesma língua, seguir um mesmo<br />
objetivo, isso prejudica a gestão e causa um bloqueio quanto às ferramentas <strong>de</strong> marketing.<br />
Segundo Schultz (2006, p. 2), “antes <strong>de</strong> planejar o marketing, é necessário que os<br />
gestores repensem seu papel como provedores <strong>de</strong> soluções e hajam <strong>de</strong> acordo com essa<br />
função”.<br />
Para o Schultz (2006) o primeiro passo será construir uma marca, mobilizando todos<br />
os colaboradores da agência a compreen<strong>de</strong>rem e aplicarem a marca em suas rotinas <strong>de</strong><br />
trabalho. Com a equipe integrada e consciente do que <strong>de</strong>vem fazer pelo cliente, aí então as<br />
agências <strong>de</strong>vem procurar aplicar os conceitos <strong>de</strong>senvolvidos internamente, como marketing<br />
externo.<br />
O primeiro passo estabelecido por Don Schultz um pioneiro em conceitos mo<strong>de</strong>rnos<br />
<strong>de</strong> Comunicação Integrada <strong>de</strong> Marketing, vai <strong>de</strong> encontro com as idéias <strong>de</strong> Rosi Mary<br />
Trevisan, professora da FAE, que argumenta “uma instituição precisa refletir uma marca<br />
45
acurada e favorável, caso contrário, não saberá quais as mudanças a serem executadas para<br />
refazer seu conceito junto ao público”. (TREVISAN, 2002. p. 95)<br />
O segundo passo é conseqüência do resultado alcançado na implementação do<br />
endomarketing entre os colaboradores que formam o operacional na agência.<br />
„‟Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir qualquer estratégia, as instituições precisam<br />
saber quais são os clientes que ela acaba aten<strong>de</strong>ndo. As empresas que<br />
contratam os profissionais formados? A equipe administrativa? Na<br />
verda<strong>de</strong>, todas essas pessoas <strong>de</strong>vem ser encaradas como clientes uns<br />
dos outros. Em vez disso, trabalham em equipes fechadas, sem<br />
integração com as <strong>de</strong>mais e sem um foco comum. Nesse contexto, as<br />
agências necessitam bolar uma estratégia para que todos os<br />
<strong>de</strong>partamentos sejam alinhados e passem a trabalhar com esse foco.‟‟<br />
(SCHULTZ, 2006, p. 1)<br />
Percebe-se que a importância do marketing na agência está relacionado com o<br />
ambiente interno, ou seja, o relacionamento entre os funcionários e a agência, sua integração e<br />
eficiência perante o mercado e clientes.<br />
Para ganhar espaço no mercado as agências <strong>de</strong> turismo receptivo precisam passar ao<br />
cliente segurança e credibilida<strong>de</strong>, e para isso ser almejado, é necessário que a agência e seus<br />
funcionários passem a relacionar-se com ele, conhecendo-o melhor, i<strong>de</strong>ntificando suas<br />
necessida<strong>de</strong>s, permitindo que o cliente conheça melhor o negócio, analisando os potenciais do<br />
serviço e do sistema <strong>de</strong> gestão.<br />
Somente assim, os clientes passam a confiar na agência. É no relacionamento,<br />
ninguém se entrega <strong>de</strong> cabeça em uma paixão, quando isso ocorre, existe um distúrbio, um<br />
<strong>de</strong>svio psicológico, assim também com a empresa e seus clientes, o relacionamento vai se<br />
fortalecendo aos poucos, mas é preciso um primeiro momento, permitir o relacionamento,<br />
abrir-se.<br />
Nesse caso, o SEBRAE (2010) propõe um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> atendimento para a<br />
ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo receptivo. Basta que o cliente entre em contato com a agência e solicite<br />
<strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> serviço para:<br />
1º O cliente entra em contato com a empresa e solicita o serviço <strong>de</strong>sejado, a agência<br />
confirma o serviços e envia o voucher;<br />
46
2º O pagamento será efetuado com um sinal para os serviços solicitados serem<br />
reservados com antecedência e, <strong>de</strong> acordo com cada agência, será pago o restante do serviço.<br />
3º No dia e hora marcados com o cliente, para execução do serviço, irá alguém<br />
qualificado para prestação do serviço;<br />
4º Ao final das programações é importante que se analise os resultados obtidos por<br />
intermédio <strong>de</strong> questionários <strong>de</strong> avaliação preenchido pelos passageiros, verificando assim se<br />
as expectativas dos clientes foram atingidas e se o processo <strong>de</strong> serviço obteve sucesso ou<br />
possíveis falhas.<br />
“O conceito essencial no marketing <strong>de</strong> relacionamento é o da criação <strong>de</strong> um vínculo<br />
relacional com o cliente, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>senvolver neste sentimentos <strong>de</strong> familiarida<strong>de</strong>,<br />
confiança e credibilida<strong>de</strong> quanto a uma marca e/ou instituição”. (BRAGA, 2007, p. 2)<br />
Assim, quando a empresa utiliza as ferramentas <strong>de</strong> marketing para estabelecer um<br />
relacionamento fiel com seus clientes, o vinculo que liga agencia e cliente, passa a ser sólido<br />
fundamentado na confiança e na familiarida<strong>de</strong> com as políticas (posturas) da agência em<br />
relação ao serviço oferecido.<br />
3.1 O Marketing <strong>de</strong> Relacionamento na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo receptivo<br />
Dada a diversida<strong>de</strong> da oferta e a pouca diferenciação entre os produtos na área <strong>de</strong><br />
turismo da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, os serviços passaram a ser um fator chave na conquista<br />
<strong>de</strong> clientes no mercado. O foco principal <strong>de</strong> todas as ações da empresa está no cliente, que é<br />
seu único e verda<strong>de</strong>iro patrimônio, merecendo, portanto uma atenção mais do que<br />
diferenciada, mas essencial.<br />
Conforme Braga (2006, p. 2),<br />
O marketing <strong>de</strong> relacionamento parte da premissa <strong>de</strong> que, quanto mais familiar lhe é<br />
um produto ou serviço, maiores serão as chances <strong>de</strong> você adquiri-lo. Quanto mais presente<br />
uma marca estiver no seu dia-a-dia, maior será seu vínculo afetivo com ela.<br />
agência:<br />
Conforme o autor são necessários três fatores críticos que precisam ser atendidos pela<br />
1) O relacionamento da agência com o cliente não po<strong>de</strong> ser intrusivo, evasivo nem<br />
constrangedor. O relacionamento precisa estar <strong>de</strong> acordo com a conveniência do cliente, não<br />
da empresa. Para isso, aplicam-se as estratégias do marketing <strong>de</strong> permissão.<br />
47
2) Todo contato da agência <strong>de</strong> turismo receptivo com o cliente <strong>de</strong>ve agregar valor ou<br />
ser relevante para o cliente. Contatos contínuos sem valor agregado comprometem a imagem<br />
da agência e <strong>de</strong>terioram o vínculo relacional.<br />
3) Para que o famoso slogan “você conhece, você confia” seja realmente válido, é<br />
preciso que as ações <strong>de</strong> relacionamento feitas para tornar o produto conhecido sejam<br />
sustentadas por um suporte eficiente. Prometer e não cumprir é corrosivo para as estratégias<br />
<strong>de</strong> relacionamento. Não adianta um produto ou instituição ser conhecido (ter familiarida<strong>de</strong>)<br />
sem ter credibilida<strong>de</strong>. (BRAGA, 2006, p. 2)<br />
A base do marketing <strong>de</strong> relacionamento está na possibilida<strong>de</strong> da agência estabelecer<br />
um aprendizado durante a prestação <strong>de</strong> serviços ao cliente, sendo útil para os consumidores, e<br />
com isso, construir relacionamentos a longo prazo.<br />
“Marketing <strong>de</strong> Relacionamento é como a empresa encontra, conhece, mantém e<br />
garante ao seu cliente, que ele obtenha o que <strong>de</strong>seja e que lhe foi prometido em todos os<br />
aspectos do negócio”. (BRETZKE, 2000, p. 29).<br />
Portanto, o cliente não <strong>de</strong>ve ser relacionado como cifras a caminho do caixa da<br />
agência, mas, como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir um relacionamento <strong>de</strong> longo prazo, pois é<br />
ele quem divulgará a agência, gostando ou não, ao seu ciclo <strong>de</strong> relacionamento, portanto, o<br />
cliente é uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e não <strong>de</strong> vendas.<br />
Para Andra<strong>de</strong> Filho (2001, p. 32), “o marketing <strong>de</strong> relacionamento é importante<br />
porque adquirir clientes, em geral, é muito mais custoso para as empresas do que manter uma<br />
clientela já existente”. O autor <strong>de</strong>staca que os resultados em estabelecer o marketing <strong>de</strong><br />
relacionamento po<strong>de</strong>m ser mensurados e classificados em: “custos da aquisição <strong>de</strong> clientes;<br />
mudanças no número <strong>de</strong> clientes; e mudanças nas compras pelos clientes individualmente”.<br />
Já os benefícios com um programa <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> relacionamento para as agências<br />
po<strong>de</strong>m ser observados e analisados através <strong>de</strong>:<br />
Melhor retenção e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> do cliente, pois os clientes permanecem mais tempo,<br />
compram mais e com mais freqüência – ou seja, geram maior retorno a longo prazo; maior<br />
lucrativida<strong>de</strong> dos clientes, não apenas porque cada um <strong>de</strong>les compra mais, mas também por<br />
causa dos menores custos para recrutá-los e da não necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recrutar um número gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> clientes para manter constante o volume <strong>de</strong> negócios; custo reduzido <strong>de</strong> vendas, on<strong>de</strong> os<br />
clientes existentes, em geral, respon<strong>de</strong>m melhor às ações da empresa. (ANDRADE FILHO,<br />
2001, p. 32)<br />
48
O atual ambiente organizacional exige uma administração mais eficiente e criativa,<br />
capaz <strong>de</strong> se antecipar às necessida<strong>de</strong>s dos consumidores, em vez <strong>de</strong> simplesmente reagir a<br />
elas. Mas é preciso i<strong>de</strong>ntificar o cliente-alvo da agência.<br />
A i<strong>de</strong>ntificação do público-alvo significa conhecer suas expectativas e <strong>de</strong>sejos atuais e<br />
futuros. Essa constatação permite a agência criar serviços a<strong>de</strong>quados as reais necessida<strong>de</strong>s do<br />
cliente, como também <strong>de</strong>senvolver uma filosofia interna voltada para a satisfação dos<br />
consumidores potenciais.<br />
Conforme Spiller (2006, p. 62), para satisfazer plenamente os diversos tipos <strong>de</strong><br />
clientes com os quais a empresa lida é preciso saber i<strong>de</strong>ntificar alguns traços básicos.<br />
É muito importante para a agência, capacitar seus aten<strong>de</strong>ntes para saber classificar os<br />
tipos <strong>de</strong> clientes que po<strong>de</strong>rão surgir durante o horário <strong>de</strong> atendimento, para que nesse primeiro<br />
contato, a agência possa fi<strong>de</strong>lizar o cliente, dando início a um relacionamento duradouro e<br />
lucrativo para ambos.<br />
<strong>de</strong>stacam-se:<br />
Baseado nas idéias <strong>de</strong> Spiller (2006) classifica-se os clientes em 12 tipos, dos quais<br />
O cliente <strong>de</strong>cidido, assim como o nome já revela, é o cliente que sabe o que quer e<br />
certamente, já conhece o produto/serviço oferecido pela empresa e seu preço, só quer sentir o<br />
contato com a empresa. Esse tipo <strong>de</strong> cliente tem conhecimento sobre os tipos <strong>de</strong><br />
produtos/serviços oferecidos pelos concorrentes. Para aten<strong>de</strong>r esse tipo <strong>de</strong> cliente, é<br />
necessário saber ouvir, pois quem conduz o fechamento da venda é ele. Cabe ao aten<strong>de</strong>nte ou<br />
ven<strong>de</strong>dor apenas prestar novas informações.<br />
O cliente in<strong>de</strong>ciso é aquele que se impressiona com todos os produtos/serviços<br />
ofertados no mercado, mas como não po<strong>de</strong> comprar todos os pacotes <strong>de</strong> viagem <strong>de</strong> que gosta,<br />
fica subsidiando sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra, entre este ou aquele pacote.<br />
É muito importante durante o relacionamento com um cliente in<strong>de</strong>ciso, que o<br />
aten<strong>de</strong>nte da agência saiba compreen<strong>de</strong>r suas in<strong>de</strong>cisões, pois ao compreen<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong><br />
do cliente é possível disponibilizar a ele todo o material sobre os programas <strong>de</strong> turismo<br />
receptivo, suas regras, vantagens e <strong>de</strong>svantagens em relação ao mercado, enfim, todo o<br />
material necessário para satisfazê-lo. Direcionando o produto certo.<br />
O cliente confuso tem uma vaga noção <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sejos e necessida<strong>de</strong>s e se mostra<br />
in<strong>de</strong>ciso diante <strong>de</strong> muitas opções. (SPILLER, 2006, p. 64)<br />
Com esse tipo <strong>de</strong> cliente é importante não passar muitas informações, pois po<strong>de</strong><br />
confundí-lo ainda mais, e impossibilitando a efetivação da venda. A persuasão é <strong>de</strong> total<br />
importância no relacionamento com esse cliente, pois será necessário limitar o número <strong>de</strong><br />
49
opções e possibilida<strong>de</strong>s do cliente, para que possa <strong>de</strong>cidir entre o produto/serviço da agência,<br />
ou do concorrente. É importante que escolha o produto/serviço da agência em que procurou<br />
informação, mas é importante i<strong>de</strong>ntificar suas necessida<strong>de</strong>s para que não tenha uma frustração<br />
durante o tempo que estiver freqüentando as aulas.<br />
Outro tipo <strong>de</strong> consumidor que aparece sempre nas agência é o cliente apressado, seja<br />
durante a conversa com o (a) aten<strong>de</strong>nte ou durante o curso. Esse tipo <strong>de</strong> cliente direciona seu<br />
olhar, a todo momento, em seu relógio <strong>de</strong> pulso, movimenta-se a todo instante e <strong>de</strong>monstra<br />
certa impaciência com a forma <strong>de</strong> conversar do (a) aten<strong>de</strong>nte.<br />
A forma <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r esse tipo <strong>de</strong> cliente é quase igual a maneira <strong>de</strong> tratar o cliente<br />
<strong>de</strong>cidido, só que as explicações <strong>de</strong>vem ser rápidas, ou seja, o ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>ve adaptar-se ao<br />
ritmo do cliente, não como um fita rebobinando, mas com objetivida<strong>de</strong> e clareza.<br />
O oposto do cliente acima seria o cliente sem pressa. Este cliente não apenas toma o<br />
cafezinho, mas repete-o várias vezes, quando não, acen<strong>de</strong> um cigarro e conta toda sua<br />
necessida<strong>de</strong> e expectativas em relação a agência e aos serviços <strong>de</strong> turismo receptivo<br />
oferecidos.<br />
O relacionamento com este cliente é <strong>de</strong>licado, pois não po<strong>de</strong> haver pressa, algo difícil<br />
no ambiente <strong>de</strong> uma agência. A paciência e a calma são qualida<strong>de</strong>s inatas ao aten<strong>de</strong>nte, pois<br />
<strong>de</strong>ve-se eliminar qualquer incerteza em relação ao produto/serviço, repetindo todas as<br />
informações necessárias para a compreensão do cliente. É praxe que este cliente indique o<br />
momento certo para o fechamento da venda.<br />
O cliente comunicativo, como o adjetivo o <strong>de</strong>fine, é um verda<strong>de</strong>iro “marqueteiro”,<br />
pronto para estabelecer novos contatos sociais, expressando todo o seu conhecimento e<br />
espontaneida<strong>de</strong> entre as pessoas. Geralmente, possui conhecimento <strong>de</strong> todas as pessoas<br />
envolvidas com a agência, seja funcionários, proprietários ou clientes empresariais.<br />
Para um aten<strong>de</strong>nte estabelecer um relacionamento com este tipo <strong>de</strong> cliente, <strong>de</strong>ve ser<br />
muito bem preparado para saber o momento <strong>de</strong> agir, no sentido <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar sua necessida<strong>de</strong>.<br />
Às vezes o cliente aborda assunto que não condizem com sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comprar, por<br />
isso o aten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve saber o momento exato <strong>de</strong> cortar a conversa, direcionando-a ao processo<br />
<strong>de</strong> venda.<br />
As qualida<strong>de</strong>s essenciais e competências necessárias para o aten<strong>de</strong>nte são: educação e<br />
cortesia. O aten<strong>de</strong>nte não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o cliente comunicativo dominar a conversa, discutindo<br />
méritos em relação aos diversos produtos/serviços da agência, mas, <strong>de</strong>ixá-lo ven<strong>de</strong>r para si<br />
mesmo.<br />
50
O cliente não-comunicativo é o tipo <strong>de</strong> pessoa que aparece <strong>de</strong> frente ao aten<strong>de</strong>nte, fixa<br />
seu olhar nele e pensa que o aten<strong>de</strong>nte sabe ler seus pensamentos. Não é difícil fi<strong>de</strong>lizar esse<br />
cliente, mesmo que ele não estabeleça nenhum tipo <strong>de</strong> comunicação verbal.<br />
A comunicação basicamente fica com a explanação do aten<strong>de</strong>nte em relação à agência<br />
e <strong>de</strong> seus produtos, procurando i<strong>de</strong>ntificar a necessida<strong>de</strong> do cliente. O cliente comunica-se<br />
entre sim ou não, até satisfazer suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação em relação aos<br />
produtos/serviços da agência.<br />
“O cliente atento costuma prestar muita atenção no que dizem os funcionários da loja,<br />
fazendo-lhes muitas perguntas”. (SPILLER, 2006, p. 64)<br />
Esse é o tipo <strong>de</strong> cliente que, se a empresa não estiver preparada, ou seja, capacitado<br />
sua mão-<strong>de</strong>-obra a ponto <strong>de</strong> oferecer um atendimento profissional, jamais à agência<br />
conseguirá efetivar a venda.<br />
Conversas paralelas ao telefone, com sentido irônico ou comentários supérfluos<br />
durante o atendimento po<strong>de</strong> fazer com que esse cliente levante e não volte mais, pois um<br />
cliente atento associa a postura do aten<strong>de</strong>nte, com situações futuras. Respostas <strong>de</strong>talhadas e<br />
uma conversa gradativa é a chave para o fechamento da venda.<br />
Já o cliente <strong>de</strong>satento é aquele que ao sentar ou direcionar suas duvidas ao aten<strong>de</strong>nte,<br />
já <strong>de</strong>fine que precisa passar em algum lugar, após sair da agência. Sua atenção está no jogo<br />
que terá mais a noite, na fila do banco, pois precisa <strong>de</strong>scontar um cheque no caixa, no<br />
supermercado, pois receberá visita na hora do almoço, entre outros motivos que dificultam<br />
pren<strong>de</strong>r sua atenção.<br />
O relacionamento com esse cliente <strong>de</strong>ve ser baseado na paciência, objetivida<strong>de</strong> e<br />
didático, para conseguir pren<strong>de</strong>r alguns minutos <strong>de</strong> sua atenção.<br />
Uma situação engraçada durante os diversos tipos <strong>de</strong> clientes encontrados no mercado<br />
é do cliente que só diz sim. É uma pessoa que <strong>de</strong>monstra uma necessida<strong>de</strong> imensa <strong>de</strong> ser<br />
aceita socialmente, a ponto <strong>de</strong> dispor <strong>de</strong> algum dinheiro para que o (a) aten<strong>de</strong>nte o receba<br />
bem.<br />
É muito fácil fechar a venda com esse cliente, por isso, o relacionamento com este<br />
cliente <strong>de</strong>ve ser baseado na ética. Não se <strong>de</strong>ve empurrar qualquer coisa a ele, mesmo que ele<br />
aceite, <strong>de</strong>vem-se i<strong>de</strong>ntificar suas necessida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> perguntas objetivas<br />
conduzindo-o ao fechamento.<br />
“O cliente estrela gosta <strong>de</strong> atrair as atenções para si mesmo, fazendo pedidos absurdos<br />
e tentando <strong>de</strong>monstrar mais conhecimento do que realmente possui”. (SPILLER, 2006, p. 66)<br />
51
Geralmente, este cliente não se pren<strong>de</strong> ao atendimento do aten<strong>de</strong>nte, ele precisa<br />
colocar mais alguém na conversa, <strong>de</strong> preferência os funcionários e clientes que estão ao redor.<br />
O perigo é o comentário que este, po<strong>de</strong> fazer em relação aos produtos/serviços da agência,<br />
perto dos clientes, pois po<strong>de</strong> comprometer o fechamento da venda dos outros clientes<br />
presentes.<br />
O cliente estrela necessita <strong>de</strong> produtos/serviços especiais, feitos <strong>de</strong> acordo com suas<br />
características, portanto, o foco é o perfil dos clientes da agência, <strong>de</strong>stacando nomes que se<br />
encontram bem posicionados no mercado, ou que freqüentam a mesma classe social <strong>de</strong>ste<br />
cliente. Para conseguir tais informações, basta <strong>de</strong>ixá-lo falar.<br />
Enfim, o cliente negociador <strong>de</strong>seja sentir que está ganhando alguma vantagem extra<br />
com a compra, em relação aos <strong>de</strong>mais clientes da agência.<br />
Não se <strong>de</strong>ve ce<strong>de</strong>r às investidas do cliente negociador, caso contrário ele preenche o<br />
contrato e <strong>de</strong>termina o valor, fazendo o aten<strong>de</strong>nte assinar o contrato ao invés <strong>de</strong>le. Ele <strong>de</strong>seja<br />
ser convencido <strong>de</strong> que está fazendo um bom negócio, e para isso o ven<strong>de</strong>dor tem <strong>de</strong> se<br />
envolver com a compra.<br />
Fundamental para o sucesso do marketing <strong>de</strong> relacionamento é a qualida<strong>de</strong> e<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações que uma empresa tem sobre seus clientes. No marketing<br />
tradicional as informações se resumiam aos dados bancários, sendo que poucas pessoas<br />
tinham acesso. No marketing <strong>de</strong> relacionamento os bancos <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>vem ser alimentados<br />
por todos os <strong>de</strong>partamentos da empresa, sendo que as informações po<strong>de</strong>m ser centralizadas ou<br />
distribuídas e colocadas em re<strong>de</strong>. (GORDON, 1999, p. 81).<br />
Por fim, o profissional <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>ve compreen<strong>de</strong>r que está lidando<br />
com critérios subjetivos que exigem um constante trabalho <strong>de</strong> sintonia fina, um esforço<br />
incansável <strong>de</strong> relacionamento com os clientes internos e externos, e esta é uma expertise ainda<br />
em falta no mercado das agências <strong>de</strong> turismo receptivo, a qual <strong>de</strong>verá ser suprida à medida<br />
que se forma profissionais qualificados.<br />
52
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
O cenário economico da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto apresentou nos últimos anos, <strong>de</strong> uma<br />
forma geral, um quadro conjuntural adverso, caracterizado por períodos <strong>de</strong> crescimento<br />
<strong>de</strong>scontinuado, associado a aumentos <strong>de</strong> custos, tanto financeiros e tributários, quanto<br />
diretamente relacionados ao processo <strong>de</strong> comercialização ou produção, como os preços<br />
administrados <strong>de</strong> insumos energéticos.<br />
Me<strong>de</strong>-se o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um município por diversos indicadores, sendo<br />
um dos mais importantes a presença <strong>de</strong> centros universitários <strong>de</strong> excelência mundial.<br />
Por este fator consi<strong>de</strong>ra-se que para investir em Ribeirão Preto, no setor <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviços em turismo receptivo <strong>de</strong>ve-se analisar o comérico e a indústria na região, pois<br />
<strong>de</strong>ssa forma o empreen<strong>de</strong>dor terá uma visão gerla e mais confiável, além <strong>de</strong> saber o quanto<br />
<strong>de</strong>ve buscar <strong>de</strong> recursos, estabelecer a folga financeira para recorrer em momentos difíceis,<br />
que é o retrato atual do comércio da cida<strong>de</strong>.<br />
Foram pesquisados os dados disponíveis sobre o setor comercial, indústrial e,<br />
prinicipalmente hoteleiro, conhecendo o campo on<strong>de</strong> as agencias <strong>de</strong> turismo receptivo atuam,<br />
<strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>stacar os principais fatos que fazem o setor. I<strong>de</strong>ntificou-se que este setor<br />
extremamente concorrido no que tange as agencias <strong>de</strong> turismo que não praticam o turismo<br />
receptivo, uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio, já que não existe na cida<strong>de</strong> uma agência <strong>de</strong> turismo<br />
receptivo.<br />
O plano <strong>de</strong> negócios buscou, primeiramente, i<strong>de</strong>ntificar um setor em crescimento, para<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>terminar um produto que adéqüe, num só serviço, as principais necessida<strong>de</strong>s do<br />
turista que visita Ribeirão Preto.<br />
Um dos fatores fundamentais para o incremento da competitivida<strong>de</strong> das empresas <strong>de</strong><br />
turismo receptivo são os fatores horizontais, como tributação, custo do capital, logística, entre<br />
outros. Esses fatores representam encargos adicionais (e excessivos) a todos os setores, o que<br />
compromete a capacida<strong>de</strong> competitiva da empresa.<br />
A agência <strong>de</strong> turismo receptivo seria um empreendimento viável, analisando o cenário<br />
da cida<strong>de</strong>, em razão do comércio totalmente favorável para empreen<strong>de</strong>r. Primeiro, pelas<br />
características do mercado, pela constante taxa <strong>de</strong> ocupação dos hotéis e <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> ser<br />
movimentado, em sua maioria, por ambos os sexos.<br />
Como ferramenta <strong>de</strong> posicionamento, o marketing cumpriria com vários papéis que<br />
auxiliam a agência na i<strong>de</strong>ntificação correta das necessida<strong>de</strong>s e exigências dos clientes.<br />
Entretanto, <strong>de</strong>ve-se ter a consciência <strong>de</strong> que, por maior esforço e melhor trabalho que os<br />
53
profissionais <strong>de</strong> marketing façam, pouco valerá, se a agência não tiver programas e serviços<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e que atendam às necessida<strong>de</strong>s do público-alvo.<br />
O marketing só po<strong>de</strong> ser eficaz em agências que, como um todo, unam suas<br />
competências, objetivando a entrega dos serviços ao cliente <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> valor superior<br />
ao da concorrência.<br />
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