MANUAL DE SEGURANÇA DA CARPINTARIA - Câmara Municipal ...
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<strong>SEGURANÇA</strong> E SAÚ<strong>DE</strong> DO TRABALHO<br />
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
<strong>SEGURANÇA</strong> DO TRABALHO
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
Este Manual de Segurança destina-se aos Carpinteiros da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> de Sintra, por forma a dar<br />
conhecimento dos meios e recursos de prevenção e dos riscos existentes nas suas tarefas.<br />
O Presidente da <strong>Câmara</strong> definiu para a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> de Sintra (CMS) a Política de Segurança,<br />
Higiene e Saúde Ocupacional, que consiste em:<br />
> Assegurar o cumprimento da legislação, regulamentação, normas e regras técnicas em vigor relativas<br />
à segurança, higiene e saúde no trabalho por parte do Município e Freguesias de Sintra.<br />
> Incrementar condições de segurança, higiene e saúde do trabalho como factor decisivo na valorização<br />
pessoal e profissional do recursos humanos da CMS.<br />
> Desenvolver o sistema de segurança, higiene e saúde da CMS por forma a que a autarquia, através da<br />
concretização de boas práticas, constitua uma referência na área da segurança e saúde no trabalho.<br />
> Contribuir para o desenvolvimento da área de segurança e saúde no trabalho pelos agentes económicos<br />
e sociais do concelho.<br />
A organização do Serviço de Higiene e Saúde Ocupacional da CMS está a cargo da Divisão de Higiene e<br />
Saúde Ocupacional (DHSO), que possui as seguintes competências, responsabilidades e funções:<br />
> Assegurar o enquadramento e tarefas específicas relativas às políticas de saúde ocupacional, higiene<br />
e segurança e acção social.<br />
> Assegurar os serviços gerais de conservação, limpeza, guarda e segurança de instalações municipais<br />
quando não expressamente afectas ou atribuídas à responsabilidade de outros serviços.<br />
> Assegurar as actividades técnicas e de gestão relativas à instalação e manutenção de sistemas de<br />
segurança.<br />
TRABALHOS EM <strong>CARPINTARIA</strong><br />
As tarefas em carpintaria são diversificadas, entre elas:<br />
> moldagem e serragem de peças.<br />
> lixagem e colagem.<br />
> assentamento, montagem e acabamentos.<br />
Nestas tarefas estão implicados vários factores de risco.<br />
O risco define-se como a probabilidade de algo afectar negativamente o nosso bem estar.<br />
Para minimizar os riscos há que colocar em prática medidas de prevenção e de protecção adequadas,<br />
porque um local de trabalho pode ser perigoso sob certos aspectos:<br />
> Pela agressão directa da máquina ao homem, que pode estar na origem de acidentes de trabalho.<br />
> Pela agressão indirecta, através do ambiente físico, químico ou biológico do posto de trabalho, potenciadora<br />
do aparecimento de doenças profissionais.<br />
Para minimizar o risco, ou seja, diminuir tanto quanto possível, a probabilidade de ocorrência de uma<br />
situação de acidente, pode-se recorrer a dois tipos de estratégia:<br />
> Reduzir o perigo: acções tomadas previamente de forma a evitar ou anular o risco existente<br />
(Prevenção).<br />
> Implementar as medidas de protecção: acções tomadas num determinado momento, se não for<br />
possível eliminar o risco (Protecção).
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
AVALIAÇÃO <strong>DE</strong> RISCOS<br />
A DHSO efectua análises detalhadas das tarefas e dos locais de trabalho, onde se identificam os perigos,<br />
os trabalhadores envolvidos, a valoração e o controlo do risco. São facultadas fichas de procedimentos,<br />
onde se descrevem as tarefas efectuadas, os equipamentos utilizados, os EPI's a usar, perigos e factores<br />
de risco e medidas preventivas.<br />
Também são considerados os trabalhos efectuados fora do local da carpintaria, que também assumem um<br />
papel importante, dado existirem outro tipo de riscos.<br />
1. RISCOS PROFISSIONAIS <strong>DA</strong>S TAREFAS
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
ACI<strong>DE</strong>NTES <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
Na base dos acidentes de trabalho podem estar várias causas directamente relacionadas com a atitude<br />
humana (acções perigosas) ou com o estado do material/instalações (condições perigosas).<br />
Apresenta-se uma listagem dos erros mais comuns que podem provocar acidentes em carpintarias:<br />
> disposição inadequada de máquinas e equipamentos.<br />
> desarrumação da carpintaria, do armazém e dos locais de trabalho.<br />
> remoção das protecções das máquinas.<br />
> armazenamento de tábuas e painéis com pregos salientes.<br />
> trabalho desorganizado (locais de passagem obstruídos, trabalhos efectuados<br />
por apenas um trabalhador, quando deveriam ser efectuados por dois).<br />
> utilização de ferramentas em mau estado de conservação.<br />
> utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados.<br />
> não delimitar e sinalizar zonas de trabalhos.<br />
> não utilizar os EPIs necessários.<br />
> trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.<br />
De modo a evitar estas situações, apresentam-se as medidas de prevenção aconselhadas:<br />
> O armazenamento deve ser organizado por dimensões, as peças correctamente<br />
alinhadas e a altura das pilhas não deve colocar em causa a sua<br />
estabilidade.<br />
> O local deve ser acessível, sem interferir com as zonas de passagem.<br />
> As bancadas devem ter dimensões que permitam uma correcta estabilização<br />
das tábuas, especialmente nas tarefas de corte e uma altura entre<br />
os 75 e os 90 cm.<br />
> Os espaços de circulação e operação junto às máquinas devem manter-se<br />
desobstruídos, arrumados e limpos de serradura e desperdícios.<br />
> Devem ser colocados extintores junto às máquinas.<br />
> As folhas de corte das serras e serrotes devem ser inspeccionadas antes<br />
de se iniciar qualquer trabalho verificando se estão em bom estado de<br />
conservação e se são adequadas ao material a cortar.<br />
> Quando proceder ao corte de madeira molhada ou com nós, deve ter em<br />
atenção a resistência ao avanço, desvios e possíveis projecções de materiais<br />
devidas à prisão do disco.<br />
> Quando proceder ao corte de aglomerado de madeira com resina, deve<br />
apertá-la com maior firmeza pois a aderência ao disco tende a fazer rodar<br />
a peça.<br />
> Dever-se-á fixar correctamente os discos das serras e não utilizar discos<br />
excessivamente desgastados, desequilibrados ou de diâmetro diferente<br />
do indicado pelo fabricante.<br />
> Dever-se-á verificar a ausência de corpos metálicos, nós duros ou outros<br />
defeitos nas peças de madeira.<br />
> As colas e vernizes devem ser armazenados em local fechado e ventilado.<br />
> O estaleiro e o armazém das madeiras devem ficar afastados de fontes<br />
de calor e de outros materiais combustíveis.<br />
> As tábuas e ripas devem ser transportadas ao ombro por um mínimo de<br />
dois trabalhadores. Se tal não for possível, a frente deve estar a uma<br />
altura superior ao capacete do trabalhador que as transporta, de forma a<br />
evitar ferimentos no rosto dos colegas.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
1. PROCEDIMENTOS INTERNOS EM CASO <strong>DE</strong> ACI<strong>DE</strong>NTE <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
O sinistrado deverá participar o acidente ao seu superior hierárquico, no prazo de 2 dias, verbalmente ou<br />
utilizando o impresso Participação e Qualificação de Acidente.<br />
Documentação necessária:<br />
> Participação e Qualificação de Acidente (anexo I ao DL 503/99 – mod. 101 CMS)<br />
> Boletim de Acompanhamento Médico (anexo II ao DL 503/99 – mod. 102 CMS).<br />
EQUIPAMENTOS <strong>DE</strong> PROTECÇÃO INDIVIDUAL<br />
Tendo em conta os diversos EPIs que a DHSO entrega:<br />
> Deverá fazer uso do EPI apenas para as finalidades a que se destina.<br />
> Antes de utilizar o EPI deverá verificar sempre o seu estado de conservação, limpeza e respectivos<br />
prazos de validade.<br />
> É responsável pelo bom uso e conservação.<br />
> Qualquer deterioração antes do tempo ou defeito, deverá ser comunicada à DHSO.<br />
> Deverá limpar cuidadosamente os EPI após cada utilização e em presença de produtos tóxicos, deverão<br />
os mesmos ser lavados com materiais que não alterem as suas características.<br />
> Os EPI devem ser guardados em armário próprio, isento de poeiras, produtos tóxicos ou abrasivos.<br />
> Não os colocar em contactos directo com ferramentas ou outros materiais/equipamentos.<br />
> Em caso de acidente de trabalho, deverá guardar todos os EPIs que estava a utilizar na altura do mesmo.<br />
> É obrigatório assinatura da entrega do EPI e a entrega do documento à DHSO.<br />
Deverá utilizar os EPIs fornecidos pela DHSO para os seguintes tipos de risco:<br />
TIPO <strong>DE</strong> RISCO EPI A UTILIZAR<br />
Queda de objectos<br />
Perda de audição<br />
Entalamento<br />
Contacto com objectos cortantes<br />
Desgaste da pele<br />
Corte<br />
Contacto com superfícies abrasivas<br />
Decepamento<br />
Esmagamento<br />
Projecção de partículas<br />
Inalação de substâncias perigosas<br />
Queda em altura
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
VESTUÁRIO <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
DHSO fornece as seguintes peças de vestuário:<br />
> Bata; Calças; T-Shirt; Camisa; Camisola; Impermeáveis.<br />
Deverá consultar as instruções de limpeza, responsabilizando-se pelo bom uso e conservação.<br />
Qualquer deterioração antes do tempo ou defeito deverá ser comunicada à DHSO.<br />
EQUIPAMENTOS <strong>DE</strong> TRABALHO<br />
Designa-se por equipamento de trabalho todo o conjunto de máquinas,<br />
aparelhos, ferramentas e instalações utilizadas no trabalho.<br />
A carpintaria possui equipamentos perigosos que exigem pessoa competente<br />
e formação para o seu manuseamento.<br />
A aquisição de equipamentos de trabalho deverá obedecer a um conjunto de<br />
factores a ter em conta, tais como: trabalhadores, espaço, tarefas, riscos.<br />
Na sua utilização, os sistemas de comandos devem estar bem visíveis e<br />
claramente identificados e possuir paragem de emergência; os dispositivos<br />
de segurança e de protecção devem ser eficazes e nunca ser removidos<br />
(apenas para manutenção); as ferramentas portáteis devem ser adequadas,<br />
estar em bom estado de funcionamento e terem manutenção periódica; a<br />
iluminação deve ser direccionada para a zona de trabalho e adequada às<br />
tarefas; os dispositivos de alerta devem ser facilmente percebidos e a<br />
manutenção deve ser feita com o equipamento parado e por trabalhador<br />
especializado.<br />
As máquinas têm de ser verificadas/inspeccionadas anualmente.<br />
Deverá existir uma lista de verificação, a ser utilizada pelo trabalhador<br />
responsável do equipamento, de modo a verificar a existência de anomalias.<br />
Deste modo, assegura-se que os equipamentos de trabalho são adequados ou<br />
estão convenientemente adaptados ao trabalho a efectuar, e garantem a<br />
segurança e a saúde dos trabalhadores durante a sua utilização.<br />
RISCOS ELÉCTRICOS<br />
Imprescindível no posto de trabalho, a instalação eléctrica deverá ser alvo de manutenção regular.<br />
Deverá ter em atenção os seguintes procedimentos:<br />
> Trabalhe em locais bem iluminados, escolhendo uma posição segura e estável e utilizando a ferramenta<br />
adequada.<br />
> Não utilize ferramentas eléctricas em locais húmidos ou junto de substancias inflamáveis.<br />
> Não estique o cabo eléctrico e proteja-o contra fontes de calor, óleos ou objectos cortantes.<br />
> Não transporte ferramentas eléctricas ligadas à corrente ou com o dedo colocado no interruptor de<br />
comando; antes de a ligar à rede eléctrica, certifique-se que o interruptor de comando se encontra desligado.<br />
> Desligue o aparelho da corrente sempre que não estiver em uso, antes da troca de acessórios ou<br />
aquando da sua manutenção; não esquecer que, se não estiver habilitado para o efeito, não deverá<br />
proceder à sua reparação.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
TRABALHOS EM ALTURA<br />
De modo a garantir a segurança dos trabalhadores no exercício de tarefas deste tipo, a Divisão de<br />
Conservação de Edifícios Municipais (<strong>DA</strong>S_DCEM) adquiriu andaimes de fachada.<br />
Os andaimes adquiridos serão exclusivamente para utilização de trabalhos da DCEM, sendo este sector o<br />
fiel depositário dos equipamentos, ficando à sua responsabilidade o seu armazenamento e o estado de<br />
manutenção.<br />
1. PRINCIPAIS RISCOS <strong>DE</strong> TRABALHOS EM ALTURA<br />
> Quedas em altura.<br />
> Quedas de ferramentas e/ou materiais sobre terceiros.<br />
2. MEDI<strong>DA</strong>S <strong>DE</strong> PREVENÇÃO NA MONTAGEM <strong>DE</strong> AN<strong>DA</strong>IMES<br />
> Verificar a existência de todos os componentes necessários<br />
à sua montagem correcta e verificação do estado de conservação<br />
destes.<br />
> Sempre que o andaime for montado na via pública, importa<br />
prever a circulação das pessoas e veículos e planificar as<br />
adequadas medidas de sinalização e de protecção contra<br />
quedas de objectos.<br />
> Se o tipo de trabalhos a efectuar implicar projecção de<br />
materiais e/ou resíduos, como picagem de rebocos ou<br />
lavagem de fachadas, é necessário o recobrimento do andaime<br />
com ráfia em toda a sua dimensão.<br />
3. MEDI<strong>DA</strong>S <strong>DE</strong> PREVENÇÃO E GESTÃO NA MONTAGEM <strong>DE</strong> AN<strong>DA</strong>IMES<br />
Cinto de<br />
segurança<br />
Capacete<br />
Arnés com<br />
grande<br />
abertura<br />
Mosquetão<br />
de protecção<br />
contra quedas<br />
Sector responsável pela guarda do equipamento<br />
> A entrega dos equipamentos só será efectuada após o preenchimento de documento em duplicado,<br />
sendo que uma cópia fica retida no sector da Pintura Civil e a segunda cópia ficará na posse do sector<br />
que efectuou o pedido. Esses documentos serão assinados pelo Encarregado Geral da DCEM e pelo<br />
responsável pela obra.<br />
> Na recepção dos equipamentos, o referido será rubricado por ambas os sectores, ficando à responsabilidade<br />
do sector da Pintura Civil de verificar o estado de conservação em que se encontram peças.<br />
> Preenchimento de documento para registo de movimento das peças da estrutura.<br />
Sector que efectua o levantamento do equipamento<br />
> O equipamento só será levantado após preenchimento de documento específico, em duplicado, ficando<br />
em sua posse uma cópia que manterá até ao final dos trabalhos e que será presente na entrega dos<br />
equipamentos.<br />
Regras fundamentais para uma boa segurança no equipamento<br />
> Procedendo à fixação das sapatas do andaime ao piso após ter sido comprovada a compactação e coesão<br />
do solo onde irá ser montado a estrutura, de modo a prevenir futuros aluimentos ou afundamentos.<br />
> Efectuar um correcto nivelamento da base da estrutura de andaime, e garantir a verticalidade de toda<br />
a estrutura, enquanto esta permanecer em actividade.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
> Vedação provisória da área de montagem do andaime, tornando interdita à passagem e permanência<br />
de pessoas.<br />
> Respeitar sempre a sequência de montagem, incluindo os meios de acesso previstos, nunca passando<br />
para o nível superior de montagem sem que estejam colocados todos os elementos do nível inferior.<br />
> Efectuar pontos de ancoragem de modo a garantir a estabilidade do andaime – pontos de ancoragem<br />
a cada 20m2 de estrutura montada - devendo estes ser reforçados quando da existência de redes de<br />
ráfia em consequência das solicitações acidentais provocadas pelos ventos.<br />
> Não retirar quaisquer elementos de segurança ou sustentação do andaime. Nos casos excepcionais<br />
em que tais operações se justifiquem, deverá ser supervisionado por pessoa responsável, devendo ser<br />
efectuada a reposição de todas as peças retiradas.<br />
> Os pisos dos andaimes deverão manter-se isentos de detritos que possam provocar desequilíbrio aos<br />
utilizadores.<br />
> Não deve haver sobre excesso de materiais e pessoas sobre as plataformas do andaime, a carga<br />
máxima admitida é de 200Kg/m.<br />
> Na montagem e desmontagem da estrutura, todos os funcionários intervenientes na obra deverão<br />
utilizar capacete.<br />
4. TRABALHOS EM COBERTURAS <strong>DE</strong> EDIFÍCIOS<br />
Podem estar previstos trabalhos em coberturas, onde se torne necessário impermeabilizar, realizar manutenção<br />
ou reparação.<br />
Os Riscos mais frequentes destes trabalhos são:<br />
> Queda de altura, em consequência de:<br />
- Ruptura de pontos frágeis que não suportam o peso de um homem.<br />
- Aberturas não assinaladas e desprotegidas.<br />
- Desequilíbrios junto da periferia, quando desprovida de guarda-corpos.<br />
> Queda de materiais.<br />
4.1. TRABALHOS EM COBERTURAS - MEDI<strong>DA</strong>S <strong>DE</strong> PREVENÇÃO<br />
> Verificar de que material é feita a cobertura e o seu grau de robustez.<br />
> Em coberturas inclinadas ou cuja superfície ofereça perigo de escorregamento, utilizar escadas de telhado<br />
ou tábuas de rojo.<br />
> Em telhados de fraca resistência aplicar plataformas robustas e apoiadas em locais sólidos, no sentido<br />
de distribuir o peso do trabalhador por maior superfície.<br />
> Impedir que o trabalhador se apoie em pontos frágeis.<br />
> Colocar guarda-corpos e tábuas de pé na periferia de cobertura, quando os trabalhos se desenvolvam<br />
neste local.<br />
> Sinalizar e delimitar as aberturas com guarda-copos.<br />
> Em trabalhos de curta duração, a utilização de equipamento de protecção anti-quedas poderá ser<br />
suficiente.<br />
5. ESCA<strong>DA</strong>S E ESCADOTES<br />
Existindo este equipamento no posto de trabalho, deverá:<br />
> Retirar imediatamente o equipamento que se encontre em mau estado para reparação;<br />
> Não substituir estes meios por bancos, mesas ou outros;<br />
> Verificar a estabilidade do piso, antes de apoiar o equipamento.<br />
Os trabalhadores que executem trabalhos em altura deverão realizar regularmente exames médicos<br />
que atestem a sua aptidão física e psíquica.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
FORMAÇÃO, INFORMAÇÃO E VIGILÂNCIA MÉDICA<br />
Só os trabalhadores devidamente formados deverão ser autorizados a desempenhar trabalhos em altura.<br />
As medidas de formação devem abranger:<br />
> Procedimentos de segurança.<br />
> Utilização dos equipamentos de trabalho.<br />
> Uso de sistema de protecção anti-queda.<br />
> Transporte de equipamentos e acesso a plataformas.<br />
Os trabalhadores têm de dispor de informação actualizada sobre:<br />
> Os riscos para a actividade a desempenhar.<br />
> As medidas de protecção existentes.<br />
> A forma como actuar.<br />
> As instruções a adoptar em caso de perigo ou acidente grave.<br />
PRODUTOS QUÍMICOS<br />
Os contaminantes químicos podem provocar danos de forma imediata ou a curto prazo - intoxicação<br />
aguda, ou provocar uma doença profissional ao longo do tempo - intoxicação crónica.<br />
As poeiras das madeiras em suspensão podem induzir patologias do foro respiratório ou cutâneo.<br />
A exposição repetida a poeiras pode estar na origem de cancros nas cavidades nasais ou fibrose nos alvéolos<br />
pulmonares. Poderão ainda causar lesões por irritação cutânea e das mucosas, podendo levar ao<br />
desenvolvimento de alergias (eczema, rinite e asma).<br />
1. EFEITOS DOS PRINCIPAIS CONTAMINANTES<br />
CONTAMINANTES EFEITOS<br />
Acetona Irritação<br />
Etilbenzeno Irritação; Sistema Nervoso Central<br />
n-Hexano Neuropatia; Sistema Nervoso Central; Irritação<br />
Tolueno Sistema Nervoso Central<br />
Xileno Irritação<br />
Pó de Madeira Cancro; Irritação; Mucosas; Dermatose; Pulmão<br />
2. MANUSEAMENTO E ARMAZENAMENTO - BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS<br />
Algumas regras que deverá ter em conta:<br />
> Manter em bom estado de conservação os rótulos e as embalagens.<br />
> Manter a limpeza dos pavimentos.<br />
> Manter os produtos químicos oxidantes afastados dos inflamáveis e combustíveis.<br />
> Colocar bacias de retenção para evitar derrames dos produtos.<br />
> A superfície onde é feita a armazenagem deve ser plana e ter resistência compatível<br />
com a carga a que vai estar sujeita.<br />
> Manter os materiais empilhados por categorias.<br />
> Eliminar ou controlar as fontes de ignição.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
> Todos os recipientes devem estar rotulados. No caso do rótulo apresentar<br />
sinais de degradação, proceder à sua substituição.<br />
> Conhecimento dos riscos associados ao produto químico.<br />
> Proibição de comer, beber, fumar ou guardar alimentos junto dos locais onde<br />
se encontram produtos químicos.<br />
> Não cheirar nem provar produtos químicos.<br />
> Utilizar os produtos de limpeza e regeneração das mãos.<br />
> Utilizar os Equipamentos de Protecção Individual indicados na Ficha de Dados<br />
de Segurança.<br />
3. PRINCIPAIS EFEITOS NO CORPO HUMANO<br />
Principal via de entrada<br />
> Ar Condicionado<br />
> Poeiras<br />
> Gases<br />
> Vapores<br />
PULMÕES<br />
Irritação, destruição do tecido<br />
pulmonar, fixação nos pulmões<br />
prejudicando as trocas gasosas<br />
FÍGADO<br />
O fígado elemina certos produtos<br />
tóxicos, transformando outros,<br />
mas não pode eliminar alguns.<br />
Sujidade das mãos<br />
ou dos alimentos<br />
SISTEMA DIGESTIVO<br />
ABSORÇÃO REALIZA<strong>DA</strong> PELO SANGUE<br />
DISTRIBUIÇÃO ATRAVÉS DO SANGUE<br />
O sangue transporta os tóxicos não eliminados ao resto do organismo.<br />
TODO O ORGANISMO<br />
Penetração através da pele,<br />
directamente através<br />
de outras substâncias<br />
RINS<br />
Os rins filtram certos detritos<br />
que são eliminados na urina.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
4. ARMAZENAMENTO CORRECTO <strong>DE</strong> PRODUTOS QUÍMICOS<br />
5. FICHAS <strong>DE</strong> <strong>DA</strong>DOS <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong><br />
Encontram-se na carpintaria as Fichas de Dados de Segurança (FDS) dos produtos químicos, documentos<br />
obrigatórios a entregar pelo fornecedor e essenciais para consulta em caso de informação ou acidente.<br />
Em cada nova aquisição de produtos químicos, deve ser sempre solicitada a FDS.<br />
RESÍDUOS<br />
Qualquer resíduo resultante de operações de manuseamento de produtos químicos deve ser recolhido e<br />
encaminhado para tratamento adequado.<br />
Consulte a Divisão de Ambiente e Políticas de Resíduos Sólidos Urbanos.<br />
1. PREVENÇÃO <strong>DE</strong> INCÊNDIOS<br />
Dada a natureza altamente inflamável da madeira (especialmente nas formas de serragem<br />
e aparas) e dos demais produtos existentes nas carpintarias, como diluentes, colas<br />
e revestimentos, nunca é demais insistir na necessidade de prevenção de incêndios.<br />
Entre as medidas devem ser destacadas:<br />
> Utilização de equipamentos automáticos de extracção da serragem e aparas nas<br />
máquinas e transporte das mesmas para armazenagem em silos, para serem posteriormente<br />
eliminadas ou recuperadas;<br />
> Proibição de fumar no local de trabalho e eliminação de todos os focos de combustão;<br />
> Procedimentos periódicos de limpeza da serragem e aparas depositadas no ambiente de trabalho;<br />
> Manutenção adequada das máquinas para evitar situações de aquecimento desnecessários de partes<br />
das mesmas, como rolamentos ou outros;<br />
> Instalação de barreiras contra incêndio, sistemas de aspersão, extintores e mangueiras de incêndio e<br />
treino dos trabalhadores no uso dos equipamentos;<br />
> Armazenagem correcta do material inflamável;<br />
> Manutenção do equipamento eléctrico ou à prova de explosão, se necessário;<br />
> Para trabalhos efectuados fora das instalações onde se manuseie fogo, deverá ser previamente realizada<br />
uma análise das condições do local, de modo a assegurar todas as condições de segurança.<br />
Deverá haver um registo escrito a autorizar este tipo de trabalhos.
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>SEGURANÇA</strong> <strong>DA</strong> <strong>CARPINTARIA</strong><br />
MANUSEAMENTO <strong>DE</strong> CARGAS - MEDI<strong>DA</strong>S <strong>DE</strong> PREVENÇÃO<br />
> Sempre que possível utilizar meios auxiliares que facilitem o manuseamento da carga;<br />
> Manter as zonas de movimentação arrumadas;<br />
> Sinalizar as zonas de passagem perigosas;<br />
> Tomar precauções especiais na movimentação de cargas longas;<br />
> Adoptar uma posição correcta de trabalho, tendo em atenção os seguintes aspectos:<br />
- O centro de gravidade do trabalhador deve estar o mais próximo possível e por cima do centro de gravidade<br />
da carga;<br />
- O centro de gravidade do trabalhador deve estar situado sempre no polígono<br />
de sustentação;<br />
- As costas devem permanecer direitas e as pernas flectidas;<br />
- Movimentar uma carga depende essencialmente da posição dos pés, que<br />
devem enquadrar a carga;<br />
- O centro de gravidade do trabalhador deve estar situado sempre no polígono<br />
de sustentação;<br />
- As costas devem permanecer direitas e as pernas flectidas.<br />
> Usar a força das pernas. Os músculos das pernas devem ser usados em primeiro lugar em qualquer<br />
acção de elevação;<br />
> Fazer trabalhar os braços estendidos. Devem suster a carga e não levantá-la;<br />
> Quando uma carga é levantada e em seguida deslocada, é preciso orientar os pés no sentido em que se<br />
vai efectuar a marcha, a fim de encadear o deslocamento com o levantamento;<br />
> Escolher a direcção de impulso da carga. O impulso pode ser usado para ajudar a deslocar ou empilhar<br />
uma carga;<br />
> Garantir uma correcta posição das mãos. Para manipular objectos pesados ou volumosos, deve-se usar a<br />
palma das mãos e a base dos dedos. Quanto maior for a superfície de contacto das mãos com a carga,<br />
maior segurança existirá. Para favorecer um bom posicionamento das mãos, colocar calços sob as cargas.<br />
EMERGÊNCIA<br />
As instalações estão dotadas de extintores,<br />
uma caixa de primeiros socorros, sinalização<br />
de segurança e contactos urgentes de emergência.<br />
REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES<br />
A CMS elegeu os seus Representantes dos Trabalhadores para a Segurança e a Saúde no Trabalho.<br />
A avaliação dos riscos não deverá ser configurada como uma actividade isolada do empregador, dos seus<br />
representantes, ou dos técnicos que trabalham sob sua responsabilidade, mas ser envolvida num contexto<br />
de participação dos trabalhadores e dos seus representantes.<br />
Trata-se de uma forma de participação directa, onde os trabalhadores podem colaborar na prevenção dos<br />
riscos profissionais e da promoção da saúde no trabalho.
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> de Sintra<br />
DHSO | Divisão de Higiene, Segurança e Saúde Ocupacional<br />
Avenida Dr. Álvaro Vasconcelos, 45, Sintra<br />
Tel. 219 236 180 | Fax 219 236 189 | E-mail dhso@cm-sintra.pt<br />
www.cm-sintra.pt (Saúde e Segurança no Trabalho)