Estuário do rio Douro – Aspectos hidrodinâmicos - Instituto ...
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2.7 - UNIDIMENSIONALIZAÇÃO<br />
O campo de velocidade horizontal observa<strong>do</strong> é uma grandeza vectorial que<br />
descreve, num determina<strong>do</strong> local e a cada instante <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de observação a<br />
velocidade da corrente, escrita nas suas componentes cartesianas: u (Leste-Oeste) e v<br />
(Norte-Sul). Para <strong>rio</strong>s com canais relativamente estreitos, em que a circulação lateral<br />
seja pouco importante, é possível passar a descrever o escoamento com recurso a apenas<br />
uma quantidade escalar <strong>–</strong> que o traduza numa base longitudinal. O estuá<strong>rio</strong> <strong>do</strong> <strong>rio</strong> <strong>Douro</strong><br />
tem uma largura bastante pequena em toda a sua extensão, à excepção <strong>do</strong> troço final,<br />
junto à foz. O facto de os correntómetros estarem fundea<strong>do</strong>s no canal principal justifica<br />
que se admita como válida para to<strong>do</strong>s os locais a hipótese 1D, mesmo no local mais a<br />
jusante, consideran<strong>do</strong>-se que o escoamento de cheia das zonas intertidais é baixo e toda<br />
a circulação não longitudinal ao canal principal é promovida pela topografia <strong>do</strong> seu<br />
fun<strong>do</strong>.<br />
A meto<strong>do</strong>logia desenvolvida passou então por reescrever o campo de velocidade<br />
horizontal num sistema de coordenadas tal, que permitisse descrever o escoamento<br />
montante / jusante com recurso a apenas uma quantidade escalar <strong>–</strong> transferin<strong>do</strong> para esta<br />
coordenada a maior parte da variabilidade. A vantagem desta abordagem 1D é a<br />
viabilização da aplicação simplificada de um conjunto de meto<strong>do</strong>logias de<br />
processamento da velocidade com vista à interpretação de diversos aspectos dinâmicos<br />
<strong>do</strong> escoamento estuarino <strong>–</strong> para além de um natural menor gasto computacional no<br />
processamento consequente de da<strong>do</strong>s de velocidade.<br />
Os casos em estu<strong>do</strong> são complexos <strong>–</strong> porque a orientação <strong>do</strong> canal não é nunca<br />
coincidente com um <strong>do</strong>s versores cartesianos tradicionais e, também, porque a<br />
circulação parece ser muito condicionada pelo fun<strong>do</strong>, o que se traduz num escoamento<br />
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