Estuário do rio Douro – Aspectos hidrodinâmicos - Instituto ...
Estuário do rio Douro – Aspectos hidrodinâmicos - Instituto ...
Estuário do rio Douro – Aspectos hidrodinâmicos - Instituto ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>do</strong> estuá<strong>rio</strong> <strong>–</strong> com o caudal de Crestuma, uma vez que, neste regime, trabalha sobretu<strong>do</strong><br />
na região diurna e de perío<strong>do</strong> mais curto que a diurna.<br />
De qualquer maneira, a média de 27.7 encontrada para a salinidade no perío<strong>do</strong> de<br />
2005, em Avintes (figura 3.8), mostra que <strong>–</strong> apesar da vb associada à maré ser de apenas<br />
cerca de 15 % (figura 3.30) <strong>–</strong> a água apresenta um teor salino médio suficientemente<br />
eleva<strong>do</strong> para que se admita que a cunha salina penetra, pelo menos, até aqui <strong>–</strong> num<br />
regime de caudal baixo <strong>–</strong>, o que vem de acor<strong>do</strong> com o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />
ante<strong>rio</strong>rmente feito (1).<br />
O facto de se verificar um contributo espectral da maré tão pequeno pode até<br />
significar que a frente salina se encontra presente mais a montante.<br />
2006<br />
A estrutura espacial da temperatura (figuras 3.4 e 3.5) e salinidade (figuras 3.7 e<br />
3.8) aparece invertida, no perío<strong>do</strong> sazonal de Inverno, poden<strong>do</strong> observar-se uma<br />
redução média de 2,2 ºC entre a foz e Avintes. O teor salino médio da água é 36 %<br />
menor em 2006 <strong>do</strong> que em 2005, sen<strong>do</strong> praticamente nulo em Avintes.<br />
A composição espectral <strong>do</strong>s sinais mostra que a vb da temperatura, na Cantareira,<br />
continua a ser fortemente influenciada pela classe semi-diurna <strong>–</strong> 42 %, para um nível<br />
global de 89 %; enquanto em Avintes 64 % da vb é induzida por forçamento pelas<br />
baixas frequências, sen<strong>do</strong> o nível global máximo, no entanto, de apenas 2 %<br />
(figuras 3.17 e 3.29). Já a salinidade tem, na Cantareira, o nível máximo de vb <strong>–</strong> é<br />
<strong>do</strong>mina<strong>do</strong> a 40 % pela classe semi-diurna <strong>–</strong> e apresenta vb infe<strong>rio</strong>r a 0,5 % <strong>do</strong> máximo<br />
global, em Avintes, o que é coerente com a média quase nula <strong>do</strong> seu registo no tempo<br />
(figuras 3.19 e 3.30).<br />
103