Estuário do rio Douro – Aspectos hidrodinâmicos - Instituto ...
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De entre as outras classes de frequência associadas ao forçamento pela maré<br />
destaca-se apenas a quarto-diurna, que aparece, no entanto, como a segunda mais<br />
importante apenas na salinidade da Cantareira <strong>–</strong> 13 % da vb<br />
Verifica-se uma redução da vb semi-diurna da temperatura entre a foz e Crestuma<br />
<strong>–</strong> máximo na foz é 66 % <strong>do</strong> máximo global, que ocorre em Crestuma; enquanto a vb<br />
total aparece com valores mais eleva<strong>do</strong>s nos extremos <strong>do</strong> estuá<strong>rio</strong> <strong>do</strong> que no seu inte<strong>rio</strong>r<br />
<strong>–</strong> 128 % <strong>do</strong> máximo, na foz; e 198 % <strong>do</strong> máximo, em Crestuma; contra 43 % e 60 % <strong>do</strong><br />
máximo, na Ponte D. Maria e em Avintes, respectivamente. Por sua vez, os níveis de vb<br />
da salinidade são comparáveis entre a foz e Avintes <strong>–</strong> níveis totais de 8 % e 7 %,<br />
respectivamente.<br />
O aumento de aprox. 1,5 ºC da média da temperatura em marés vivas, em Avintes<br />
<strong>–</strong> acompanha<strong>do</strong> pela redução de 20 % na salinidade <strong>–</strong> sugere que o regime de marés<br />
vivas favorece, aqui, o controlo da vb <strong>do</strong>s sinais por processos de mistura, mais <strong>do</strong> que<br />
uma maior penetração da cunha salina (figuras 3.36 e 3.37).<br />
A comparação da temperatura média obtida na Cantareira nos três troços de maré<br />
extrema (figuras 3.36) parece revelar que o controlo da temperatura é feito pela<br />
tendência <strong>–</strong> redução de aprox. 0,5 ºC em cada semana (figura 3.3). Por outro la<strong>do</strong>, a<br />
comparação equivalente para a salinidade média (figura 3.37) sugere que a indução de<br />
uma mistura mais eficaz no troço de marés vivas é responsável por uma redução de<br />
cerca de 2 % na salinidade média neste perío<strong>do</strong>.<br />
A importância relativa das regiões espectrais descrita acima pode ser interpretada<br />
como uma medida da extensão de influência da maré sobre os parâmetros temperatura e<br />
salinidade. Pode dizer-se que esta não se estende até Avintes <strong>–</strong> no regime em que o<br />
caudal médio está tipicamente abaixo <strong>do</strong>s 100 m 3 /s. Não se pode, no entanto, associar o<br />
<strong>do</strong>mínio progressivo das baixas frequências <strong>–</strong> à medida que nos aproximamos <strong>do</strong> limite<br />
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