O percurso heroico de Dorothy - Fafibe

2. UM CAMINHO POSSÍVEL PARA A LITERATURA E O ENSINO.
Para atingir integralmente suas propensões consoladoras, seus
significados simbólicos e, acima de tudo, seus significados
interpessoais, o conto de fadas deveria ser contado em vez de lido.
Se ele é lido, deve ser lido com um envolvimento emocional na
estória e na criança, com empatia pelo que a estória pode significar
para ela. Contar é preferível a ler porque permite uma maior
flexibilidade. (BETTELHEIM, 1980, p.185).
Os jovens estão cada vez mais interligados ao mundo da tecnologia, mundo
este, de plena conexão com os objetos eletrônicos, a fim de que os mesmos
facilitem suas vidas, deixando tudo mais rápido, interessante e moderno. Percebe-
se, neste âmbito, a dificuldade do professor de literatura em cumprir o papel de
ensinar e fazer com que os alunos tenham gosto pela leitura, pois um dos grandes
desafios da docência é fazer parte da transformação dos adolescentes sem perder o
foco da aprendizagem. Neste sentido, as palavras de Coelho (2000) são
esclarecedoras:
Seguindo a ordem de ideias acima expostas, e defendendo a
literatura infantil como agente formador, por exemplo, chega-se à
conclusão de que o professor precisa estar “sintonizado” com as
transformações do momento presente e reorganizar seu próprio
conhecimento ou consciência de mundo. (COELHO, 2003, p.18).
Para que um indivíduo adulto sinta prazer em ler uma obra literária é
necessário que ele a conheça desde a fase infantil, para que assim, possa
desenvolver o gosto pela leitura, pois é nesta fase que as crianças usam a
imaginação, criando fantasias através do grande sistema de linguagem que é a
literatura.
Como forma de expressão artística, a literatura é parte integrante de
um processo cultural (...). Para expressar um problema básico do
ser: experiências de vida, desejos, sonhos, angústias, medos,
15