Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes

de cadáveres cobertos,
eram funéreos desertos
que enlutava atroz maldade.
Mas nossos brios um dia
contra os ímpios acordaram,
e os combates rebentaram
entre nós e a tirania!
A estrela que conduziu
colombo à terra da Cruz,
que os grandes povos conduz
ao templo da Liberdade,
dos Andes na sumidade
já solta brilhante luz.
Ao seu divino clarão
Pedro o filho dessa terra
que dispunha em nova guerra
lançar-nos novo grilhão,
acorda... fita a visão,
toma a espada, o campo invade,
embebe-a na claridade
que da estrela se desprende,
e com ela acesa acende
o Farol da Liberdade.
Lembranças do nosso amor
Da morte o sopro gelado,
não me apagando a existência,
no coração com veemência
sinto seu passado apressado.
À minha mulher
Poesias completas
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