Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes
Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes
olhando para ti, vendo que és homem, na figura somente... em nada mais!... Imortal, Redator do papelucho a quem um respeitável nome deste (sim que o nome da Pátria, para o probo, que não p'ra ti, é nome respeitável), é tempo de voltar ao antro escuro, ou p'ra o lugar -ignoro donde hás vindo! Já muito por aqui de mal tens feito... As cinzas venerandas revolveste de um dos heróis da «Independência» nossa!... Tua missão cumpriu-se!... é tempo, volta... Era minha intenção trazer-te à praça; mas desisto da empresa!... A puros homens é um crime mostrar torpes figuras, negros quadros, que infâmias representam! Vai-te! foge daqui! do vate a destra só cordas vibra de doiradas liras: Se indignado empunha o forte relho para surrar hipócritas malvados, envergonha-se logo do que há feito! É nobre o fim p'ra que o Poeta nasce; e não para amansar bestas bravias ou corrigir sicários sevandijas!... Ode (Na noite de seu benefício em 16 de agosto de 1858) A D. Carlota Leal Milliet Poesias completas 148
Tem um destino o gênio só é livre na terra o que é pequeno; é fatal o sublime, que o sublime é de Deus e não do mundo. Olhos gravados nos fanais brilhantes de ridente futuro, embora desejo incendiado aos hinos o arremesse, que retumbas nas mesas opulentas de altivos Baltasares, de rojo contra as urzes da desgraça Há de cair o Gênio; de rojo há de ir por elas, arrastado por destra misteriosa, que dest'arte o remonta a ignoto alcáçar. Zela em extremo a palma aos seus diletos; que o viço lhe desbotem não consente; quando eles descuidados não a velam, ante seus olhos amortalha o mundo, e na dor os obriga, com lágrimas de sangue, a dar-lhe orvalho. O anjo d'Harmonia no teu seio jazia encarcerado, deixando a furto apenas ouvir em curto canto as notas mágicas da sua voz divina, O épico do - Fiat Poesias completas 149
- Page 98 and 99: ou se em todas as mentes apagado, p
- Page 100 and 101: Ah! que não fosse a hora de perdê
- Page 102 and 103: entre as ledas comitivas, impelido
- Page 104 and 105: seus irmãos, seus amigos, te entre
- Page 106 and 107: Quando eu morrer, não chorem minha
- Page 108 and 109: Hino Poesias completas Cantado pelo
- Page 110 and 111: se nutre e reproduz; se para a luz
- Page 112 and 113: aos céus levanta os olhos, e vê o
- Page 114 and 115: Sonetos Leandro e Hero Hei de, már
- Page 116 and 117: crava os olhos na campa, e deixa o
- Page 118 and 119: e, só para gozá-lo, eterna a vida
- Page 120 and 121: cresta do orgulho a chama crepitant
- Page 122 and 123: E, além das ilusões, quimeras fú
- Page 124 and 125: que perdera de frio gelada do inver
- Page 126 and 127: jaz em terra desfolhada, choram ave
- Page 128 and 129: que da morte alegrando a impiedade,
- Page 130 and 131: Aquela noite sempiterna cruel, acer
- Page 132 and 133: Una ave sola Ni canta ni llora. Lam
- Page 134 and 135: Instante acerbo, que ao tirano caus
- Page 136 and 137: o anjo do destino!... Ó povos! col
- Page 138 and 139: Vêm curar-lhe do mundo as feridas
- Page 140 and 141: geme o meu coração? Se inda desej
- Page 142 and 143: E não brada vingança um tal delit
- Page 144 and 145: Gemidos que ouvirás na minha campa
- Page 146 and 147: Chicanista imoral, doutor em nada,
- Page 150 and 151: Por não haver um templo onde pudes
- Page 152 and 153: os vôos enfreei do entusiasmo, pre
- Page 154 and 155: ganhada dos trabalhos pelo trilho,
- Page 156 and 157: Amarga como o fel sempre a verdade
- Page 158 and 159: Inda busco uma flor para enfeitar-t
- Page 160 and 161: Ei-las no campo de glória, que com
- Page 162 and 163: que das ondas vai na flor, mortalha
- Page 164 and 165: Ai quando, bem adorado, minha alma
- Page 166 and 167: Glosas Quem Feliz-asno se chama de-
- Page 168 and 169: Quando em calma cogitava, calmo, es
- Page 170 and 171: já seu raio fulgurante deu ao mund
- Page 172 and 173: corrente do ribeiro, das flores o g
- Page 174 and 175: O meu bem em certa feira em que com
- Page 176 and 177: Epigramas Cabeça, triste é dizê-
- Page 178 and 179: e filho de boa gente e dos passados
- Page 180 and 181: de rubra cor, quando tu ris-te sorr
- Page 182 and 183: Eu era ente da terra, eras um queru
- Page 184 and 185: no que mais poderei crer? Onde a ve
- Page 186 and 187: O amor da mulher é a nuvem quando
- Page 188 and 189: sem este canto!... Talvez que as ch
- Page 190 and 191: Perdeu a flor de meus dias todo o p
- Page 192 and 193: Ao ver-me continuamente de pranto o
- Page 194 and 195: Entre as frutas que há no mundo n
Tem um <strong>de</strong>stino o gênio<br />
só é livre na terra o que é pequeno;<br />
é fatal o sublime,<br />
que o sublime é <strong>de</strong> Deus e não do mundo.<br />
Olhos gravados nos fanais brilhantes<br />
<strong>de</strong> ri<strong>de</strong>nte futuro,<br />
embora <strong>de</strong>sejo incendiado<br />
aos hinos o arremesse,<br />
que retumbas nas mesas opulentas<br />
<strong>de</strong> altivos Baltasares,<br />
<strong>de</strong> rojo contra as urzes da <strong>de</strong>sgraça<br />
Há <strong>de</strong> cair o Gênio;<br />
<strong>de</strong> rojo há <strong>de</strong> ir por elas,<br />
arrastado por <strong>de</strong>stra misteriosa,<br />
que <strong>de</strong>st'arte o remonta a ignoto alcáçar.<br />
Zela em extremo a palma aos seus diletos;<br />
que o viço lhe <strong>de</strong>sbotem não consente;<br />
quando eles <strong>de</strong>scuidados não a velam,<br />
ante seus olhos amortalha o mundo,<br />
e na dor os obriga,<br />
com lágrimas <strong>de</strong> sangue, a dar-lhe orvalho.<br />
O anjo d'Harmonia no teu seio<br />
jazia encarcerado,<br />
<strong>de</strong>ixando a furto apenas<br />
ouvir em curto canto as notas mágicas<br />
da sua voz divina,<br />
O épico do - Fiat<br />
<strong>Poesias</strong> completas<br />
149