Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes
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crava os olhos na campa, e <strong>de</strong>ixa o mundo.<br />
A uma senhora<br />
Dos meus lares, dos meus que choro ausente,<br />
me vieste acordar sauda<strong>de</strong> ímpia,<br />
tu, amada do Anjo d'Harmonia,<br />
que te fazes ouvir tão docemente.<br />
Do piano o teclado obediente<br />
ao teu tocar encheu-se <strong>de</strong> magia,<br />
e lá dos mortos na soidão 12 sombria<br />
operou-se um milagre <strong>de</strong> repente.<br />
A morte sobre a fouce, entristecida,<br />
amarguradas lágrimas verteu,<br />
talvez do fero ofício arrependida!<br />
Bellini do sepulcro a pedra ergueu;<br />
e, cheio <strong>de</strong> alegria <strong>de</strong>smedida,<br />
c'um sorriso <strong>de</strong> glória um -bravo- <strong>de</strong>u.<br />
À Sra. Marieta Landa<br />
Soneto IV<br />
Soneto V<br />
Por ocasião <strong>de</strong> cantar no teatro <strong>de</strong> S. João da cida<strong>de</strong> da Bahia<br />
Disseste a nota amena d'alegria,<br />
e, arrebatado então nesse momento<br />
12 Soidão: forma arcaica <strong>de</strong> solidão.<br />
<strong>Poesias</strong> completas<br />
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