Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes

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18.04.2013 Views

Hino Poesias completas Cantado pelos alunos do Instituto dos Cegos por ocasião da distribuição dos prêmios em 1863 Saudação Coro Glória aos anjos que firmando deste império a monarquia, contra as iras da anarquia, do seu trono a glória são. São duas virgens formosas, cujos sublimes destinos nos rostos, quase divinos bem retratados estão. Inda que cegos nem vê-las por um momento possamos, é assim que as desenhamos em nossa imaginação. Firmes e ledas na vida caminham da glória ao templo, guiadas pelo exemplo que os pais augustos lhes dão. O perfume da inocência que das flores d'alma exalam quando riem, quando falam, avassala o coração. Quem as ouve, embora a mente 1º canto 108

ao trono se não remonte, curva os joelhos e a fronte, para beijar-lhes a mão. E nós, cegos infelizes, quando a destra lhes beijamos, dentro d'alma sufocamos um pranto de gratidão. Súplica Tu, Ser no qual dos seres somente o ser consiste! Que És ser de quanto existe se nutre e reproduz; se para a luz nascemos, depois da luz criados, eis-nos aqui prostrados! A luz, Senhor! A luz! A luz, dádiva imensa, bela, sublime, santa, que deste à terra, à planta, ao bruto, aos bons, aos maus! As nossas mãos tateiam abismo negro e fundo; aos outros deste o mundo, a nós somente o caos! Mas Tu És Ser dos seres em que o ser consiste!! És Ser de quanto existe, 2º canto Poesias completas 109

Hino<br />

<strong>Poesias</strong> completas<br />

Cantado pelos alunos do Instituto dos Cegos por ocasião da distribuição dos prêmios em 1863<br />

Saudação<br />

Coro<br />

Glória aos anjos que firmando<br />

<strong>de</strong>ste império a monarquia,<br />

contra as iras da anarquia,<br />

do seu trono a glória são.<br />

São duas virgens formosas,<br />

cujos sublimes <strong>de</strong>stinos<br />

nos rostos, quase divinos<br />

bem retratados estão.<br />

Inda que cegos nem vê-las<br />

por um momento possamos,<br />

é assim que as <strong>de</strong>senhamos<br />

em nossa imaginação.<br />

Firmes e ledas na vida<br />

caminham da glória ao templo,<br />

guiadas pelo exemplo<br />

que os pais augustos lhes dão.<br />

O perfume da inocência<br />

que das flores d'alma exalam<br />

quando riem, quando falam,<br />

avassala o coração.<br />

Quem as ouve, embora a mente<br />

1º canto<br />

108

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