Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes
Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes Poesias líricas - Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes
Hino Poesias completas Cantado pelos alunos do Instituto dos Cegos por ocasião da distribuição dos prêmios em 1863 Saudação Coro Glória aos anjos que firmando deste império a monarquia, contra as iras da anarquia, do seu trono a glória são. São duas virgens formosas, cujos sublimes destinos nos rostos, quase divinos bem retratados estão. Inda que cegos nem vê-las por um momento possamos, é assim que as desenhamos em nossa imaginação. Firmes e ledas na vida caminham da glória ao templo, guiadas pelo exemplo que os pais augustos lhes dão. O perfume da inocência que das flores d'alma exalam quando riem, quando falam, avassala o coração. Quem as ouve, embora a mente 1º canto 108
ao trono se não remonte, curva os joelhos e a fronte, para beijar-lhes a mão. E nós, cegos infelizes, quando a destra lhes beijamos, dentro d'alma sufocamos um pranto de gratidão. Súplica Tu, Ser no qual dos seres somente o ser consiste! Que És ser de quanto existe se nutre e reproduz; se para a luz nascemos, depois da luz criados, eis-nos aqui prostrados! A luz, Senhor! A luz! A luz, dádiva imensa, bela, sublime, santa, que deste à terra, à planta, ao bruto, aos bons, aos maus! As nossas mãos tateiam abismo negro e fundo; aos outros deste o mundo, a nós somente o caos! Mas Tu És Ser dos seres em que o ser consiste!! És Ser de quanto existe, 2º canto Poesias completas 109
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Hino<br />
<strong>Poesias</strong> completas<br />
Cantado pelos alunos do Instituto dos Cegos por ocasião da distribuição dos prêmios em 1863<br />
Saudação<br />
Coro<br />
Glória aos anjos que firmando<br />
<strong>de</strong>ste império a monarquia,<br />
contra as iras da anarquia,<br />
do seu trono a glória são.<br />
São duas virgens formosas,<br />
cujos sublimes <strong>de</strong>stinos<br />
nos rostos, quase divinos<br />
bem retratados estão.<br />
Inda que cegos nem vê-las<br />
por um momento possamos,<br />
é assim que as <strong>de</strong>senhamos<br />
em nossa imaginação.<br />
Firmes e ledas na vida<br />
caminham da glória ao templo,<br />
guiadas pelo exemplo<br />
que os pais augustos lhes dão.<br />
O perfume da inocência<br />
que das flores d'alma exalam<br />
quando riem, quando falam,<br />
avassala o coração.<br />
Quem as ouve, embora a mente<br />
1º canto<br />
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