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Revista "A Ordem" - Agosto 1943

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'<br />

A;-n CT61 EPISCOPUI,{ HABEMUS, REDAQAO / LA t'{O-<br />

A\7\./J | \-/ TION DE LA pSyCHOLOGiE, pAUL S1WEK, S. J.<br />

/ AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAT{LICO, P. ANTONIO<br />

i.rutt-t- / EM ToRNo Do "MovtMENTo Lt.TURGtco". FABto A.t_-<br />

+ DE DALVA FOSSATI // I EPTSTOLA AO5 CORINTIOS, S +* CLEMEN-<br />

""<br />

TE ROMAT-{O // REGTSTO // LTVROS E REVISTAS.<br />

ANO XXIIi<br />

943<br />

'"-N. I<br />

PRACA i5 DI NOVTMBRO, IOI c. P, 249- RtC


HAITILAO$<br />

Modleo<br />

CTTNIOA IMDTCA<br />

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Alvafit Alvtm 3? Ed.<br />

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3.O ANDAR<br />

t€li. {2.8180 - t6-0111<br />

CONST'LTA.S<br />

DIARIAI<br />

\;<br />

ia<br />

ORDEM<br />

REVISTA DE CULTURA<br />

Registraala, no D.I P. sob o n. 10,1bT<br />

Diretor-Responsevel - Alceu Amoroso Lima<br />

Redator-Chefe - Gustavo Corgio<br />

R.edator-Secret6rio - Fibio Alves Ribeiro<br />

Gerente - Amedeo Ferrario<br />

o<br />

a<br />

Redag5o e .ddministraQeo:<br />

PRAQA 15 DE NOVEN{BRO, 101_2."<br />

Caixa Postal, 249 Tel. 42-80b5<br />

A VENDA NAS SEGUINTES LIVRARIAS<br />

Ao Pinguim - Rua do Ouvidor 121 - Rio<br />

Livraria Inconfiddncia - Rua da Baia, 1022 - Belo<br />

Horizonte<br />

Livraria ,Cultura Brasileira - Rua Sio paulo 5b2<br />

Belo Horizonte<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

o<br />

ASSINATURA DE 12 NUMEROS Crg 25,00<br />

Numero avulso CrS 2,b0


F<br />

r<br />

L<br />

"D Centro Dom Vital 6'a maior afirmagio da inteligdncia<br />

cristd em terras do Frasil".<br />

Cardial Leme, Arcebispo<br />

CENTRO DOM VITAL -<br />

DO RIO DE JANEIRO<br />

F.UNDADOR: JACKSON DE FIGUEIREDO<br />

DIRtrTORIA<br />

Presidente perpdtuo - Alceu Arnoroso Lima<br />

\rice.Presidente -- perillo Gomes<br />

Secretilio - \Vagner Antunes Dutra<br />

Tesoureiro - Jos6 Carlos de l\{ello e Souza<br />

CtrNTRO DOM VITAL - praga 15 de Novernbro n. 101. 2.'andar<br />

Fundador<br />

Caixa Postal 249-<br />

Rio de Janeiro<br />

A ORDEM<br />

REVISTA<br />

Diretor-Responsivel<br />

Diretor-Proprietirio<br />

DE CULTURA<br />

- Jackson de Figueiredo<br />

- Alceu Amoroso Lima<br />

- Wagner Antunes Dutra<br />

t.<br />

Episcopum habemus<br />

TemosonossoBispo!Eisogritodeolegriaquetessoaem<br />

toda a Arquicliocese' nita finda a Orfandade' Mais uma' Dez sc<br />

processou, em nossu uida, o mistdrto da Morte e da Ressutrei'<br />

iUo, o passagelm da Orfandade d Paternid'ade' Temos de nouo o<br />

rrosso Bispo . Esta de nouo entre n6s' ac:Jma 'de nos' q testa da<br />

nosse comunidade, o enuiad'o d'o Senhot para pastoreat as- suas<br />

ouelhas. Desltimos o 'luto' para nos teuestfumos 'clos traies de<br />

gala. Os sinos repicam' O incenso sobe nos altares' O canto da<br />

Te-Deum ressla em todos os templos' E o cotagao d'os fieis rejubi/a<br />

porque o Senhor uisitou suas ouelhas e troure p?la mao<br />

0 nouo Pustor!<br />

Que o nossrt primeiro pensamento seia para Deds' que assint<br />

quizc€ssosse o nossc piouaEao' E comegasse uma uida noua-<br />

A EIe nossa gratid'do' A Ele Qs r?ossos mals f eruorosas oroeoesl<br />

em unido com toda a Arquidiocese' com o seu Vigatio Capilulat'<br />

collt oS seus Bispos titulares, sua Hiera:rqrzic, sucs Familias Religioscts,<br />

seus Fidis agrupados ou isolados' todos unidos no mes'<br />

,io p"nro*ento de gt'atid'ao e de ueneragdo'<br />

Que o nosso pensamento se alongae' em seguida' ate a Sonto<br />

S,i, ate o Vigario de Jestis Cfisto' o Santo Padre Pio Xll' que<br />

em sua altu sabedoriu'designou paro' nosso noDo Arcebispo wm<br />

hontem que pteenche"d'e modo cabal' fodos os tequisitos necessririos<br />

pata "carregqr o' sua crtrz"' como 6Ie o d'rsse numa pala'<br />

ura que define u'i ho^"*' com a alma totalmente uoltad& pQra<br />

essa cruz d.e martirio e de redenpdo, onde se encomtrdm todas as<br />

fiossos angrtsfias'transfiguradas e red'imidas pelo (lnico Santo'<br />

pelo Onico Justo, pelo unico Saluador do Mundo'<br />

Que o.,orro i"t' smento ua ate Santa Ana' po4se na lage<br />

fria onde dorme o' 'ono d'a paz aquele que f oi ati ontEm o nosso<br />

Vigitante e hoie uigia, na eternidade' p'or nos' iunto ao trono do<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong>


A ORDEI\,I<br />

r')terno! A saudade cristd nd.o adorme:,ce nem dilacera. Mas tam-<br />

bem, jamais se apaga. Ndo choramos os nosto s mortos atd o de_<br />

scspefo. Mas tambem, jamais os olVitdamos. Nc-o atrc"tucarflos cQ-<br />

belo|, nem rasgamos a toupa, quando o gladto da morte dos nossos<br />

queridos atraueisa os nossos coragSes. Mas tambem ndo ces-<br />

sam jamais de sangrar os nossos corapdes, pois os no.gsor mortos<br />

aiuem canosco, dtariomente, na celebragdo dos Mistefios Eucaristicos.<br />

E a cada momento temos presentes os nossos mortos,<br />

,mos momentos mais ardentes de no'sa. uida. E i por isso que a<br />

alegria do nouo Pastor que chega, ndo i o esqudcimento do ae-<br />

Iho'Pastor que partiu. Ao contrar,ro. sd em nossd alegr[a redi-<br />

utua, esta EIe realmente uiuo e presente. A orfandade d uw estado<br />

inhumano. A uo,lta tr paternidad.e represdnta, porim, nd.o o<br />

a.pagamento do pai que'partiu, e sim a sue firapdo perene enr<br />

nosso memdria. Pois p{rssamos e uiuer mats fortemente ainda da<br />

sua uida, na comunhdo dos uioos e dos mortos, com o nosso Ar_<br />

cebispo d. testa, praticando, com dnimo redobrado, as tarefas da<br />

nossa milicia religiosa.<br />

Pois o nosso rtltimo pensomento, que i tambem o primeiro<br />

rta ondem das atiuidades praticas imediatas, uai paro o nosso<br />

nouo Pastor. Recebemo-lo como filhos. Recebemo-Io como filhos<br />

que se prostram alegremente a seus pds para pedir a bengam e<br />

protestar, com o coragdo aberto, a sua ftdeWdo.de mats perfeita<br />

e a sua disposigao mais ardente, a seruir com 6Ie, a colocar-se<br />

em suas mdos, "sicut ot)es,,, para' em tudo dar gloria a Deus e<br />

pelejar o bom combate.<br />

D. Jctime de Barros Cernara:, clue o nosso Cardial ja tinha<br />

prof eticamente denominedo ,,o Bispo incomparr,t)el',, d a homem<br />

talho)do pela Prouidincia para receber a heranpa de um Arcebis-<br />

pct como oquqle que uoltou aos Tabernctculos Eternos em 17 de<br />

Llutubro de 1g42. Hotnem moQo, feruoroso, de u,tda sobrenatu-<br />

ral, ndo conhece o cansago, ndo teme o's obstaculbs, ndo serue<br />

sttndo a Jesfis cristo. Em Mossoro deirou um rasto ru,mitioso de<br />

:;ua passagem, qu.e irradiou muito alim de sua p,roprla Diocese.<br />

Em Bel.em, tdo grande ja era e sue aura, d.a santidade e de apostolicidade,<br />

que pouco poude permanecer entre os paraenscs e<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

EPISCOPUM<br />

HABEMUS


La notion de f a psychologie<br />

par FAUL SIWtrK S. J., profess,eur de<br />

I'Univ. Gr,drgorienne<br />

ir Rome et des Facultds<br />

Catholiques A Rio de Janeiro.<br />

(Especialmente para ,,A ,Orndem")<br />

1.<br />

'On<br />

ddfinit cornmundmept la psychologie ,,sc.ience<br />

de<br />

&' rtm e" .'cette dd f inition"rire's"f "$uE e_qu' ure trad,u ction li ttdrale cle<br />

son e{gmologie. En effet, le ffii*T";.h"logie,,, ainsi que on sait<br />

bien, doit son o'rigine d la comiposidion de ideux mo,ts grecs:<br />

" psgchA." , Arne, et " l6gost' , science .<br />

Mais il y a ,cliff6rentes manireres (d'entendre l,dme. Voili<br />

por-quoi il y a lieu de distinguer differentes especes d.e psgcho_<br />

Iog ies.<br />

:<br />

2. IIn effet, ,pour un gland nombre des philosophes, l,rime<br />

est un 6tre sabslnnliel: lps faits..psychiques,qne nous d6voile NLt,,.:<br />

j.r':<br />

I'intros,pection la plus biriaiii"'(iiii'eitections, voritions, tendan-<br />

ces, Affections, sensations, percerption) ne sont que tles prolon_<br />

gements ,dynamdques de cet dtle, ses propres actions, ses ,,effe-<br />

ls:"; ce sont ces faits psychiques, mobiles i I'extrdrne et varia_<br />

bles<br />

il'infini,<br />

qui conslitu.ent le conterru"de notre co.nscienee.<br />

lorit6i"riit'ra conscien..* n* tchniige prs au gri de r"';f ii'ilt,tri.,<br />

au,contraire, elle ggfiiin*gg_ a'.i-.' etrange immobilit6, invaria_<br />

bilitd: intellection' affection, sensation,<br />

"o]ilig,lr.,ten.tlance,<br />

perception,<br />

tout cela m6me mol q,ui<br />

"*tjEgiebnbrdu<br />

ne change pas;<br />

c'est toujours Ie mof qui pense, c'est toujo,urs le morlqui veut,_<br />

et ai,nsi de suite.<br />

L<br />

I,A NOTION DE I'A PSYCIIOLOGIE<br />

i ce detfile, il est 6ninemment octif' C'est polquoi moi ne dit pas<br />

"je sais qu'il eriste en ce moment une douleur"' mais il dit "je<br />

sens la douleur"; il ne dit pas "je uofs pens€r"' mais il dit "je<br />

gI-1- + toPq ce^s--'19tqq' le moi<br />

tacun d'eux Passe;<br />

lui' il dure'<br />

re sorte h-13-!.qi!.lo P(sse' e au<br />

prdsent, et mr6me au futur, puisque ainsi qu'il 'd'it "je pe'nse"'<br />

"jerpensais", il dit aussi bien "je penserai"' Ainsi il est a la fois<br />

tin et multiPle.<br />

,Mais comment une r6alite peut-elle poss6der deur attributs<br />

aussi disparates? Nle tomtre-t-on pas par-li en con'flit avec le<br />

principe de contradiction?<br />

r - -:.-r.<br />

Cesconsid.6rationsontsu99616auxphilosophesar'istot6liciens<br />

et scholastiques I'iclie (reg'e ensuite paf ,rln granrl 'or'-<br />

Lre de philoso,phes) cle clistinguer' 'dans la vie psychiclue' detrrc<br />

cspe,ces de rinlitist I'une tlui cLurnge et posse' I'autre qui reste;<br />

ia,,prernidre re,rttre-dans la classe des ents" ' la dernitbre<br />

-"accicl<br />

est une "s,bstancei', puisqu'elle" constitue-!s jgy-!i-g}} et ln 5irse<br />

d es actes g' gg,gqliol (' sub-stat" ) '<br />

Voilalesid6estnai.tressesdela,.psychologiesub.stantirrlis-<br />

le"'dontdiff6r'entssystenr'esphilosophiquesclevelol;iperontdif-<br />

firem,ment les .detai,ls'<br />

3. Cette psyctrologie tlouve de nos joulrs 'peu de s-vilr'pa-<br />

,thie.Onla,conslddreassezconl]lllun6nlentcolnlnetlne"constlttction<br />

thioloEiqttr" destin6e i appuyer le dogme cle l'iimrnortalite<br />

de l'Ame humaine ' Voici comment d'aprds ces auteurs' .il f au-<br />

,drait enten,dre les choses' Les objets p6ndtrent clans notre vre<br />

,, tiens,ci'ente par la porte de nos sen's' Ainsi par- exernple' la potn-<br />

1ng s'lmLpose ir notre counarssairce lpar la couleur dont elle est<br />

3el#, ipar l'odeu'r qu'elle exhale' par- Lrn 6tat tletermin6 de 'duret6,<br />

,de chaleur, l-"t sens n'atteignent jamais le fond !m:<br />

"t".<br />

.I2g3:qlg qui soutiendrait les qualitii des corrps et constituerait<br />

leur substrcfrrm comm'um' la "subst(tnce" de la porrlune' Toutefois<br />

comm'e nolls ne pouvons pas coluplende comment toutes ces<br />

qualit6s sensibles puissent sufrsister sans auoun aPpui et rse te-<br />

. ).''t.<br />

Acosro, lg4B '/'*'"'<br />

t',.'"<br />

qo


00<br />

A ORDE.M<br />

nir toujours g5-9-13ple sans un principe speciale d,unit,6, force<br />

nous e'st de leur s,upposer un sabslrcfum substantiel, une ,,subs_<br />

,:l.nr.r". Jg,|g__!' 9.1igine de Ia thiorie sub,stantiatiste de l,6.me .<br />

C'est une fiction. En realitd nl,dme,,<br />

s e rnb I e d e s q u at i t i * i y.p.t ", d " rL+*! i :d J";:T'J::T::, ffi :H-<br />

""gei-*-ggc.qg,Lrs; son uni'1,6 n'est qJ*ppu."ote; c,est une ,unit6 ou<br />

du<br />

rdu mof dont nous. coll\rrons les quatit6s<br />

i:::."!,<br />

en ques_<br />

'<br />

La psyc'hologie n,aura plus A s,occuper ,de Ia ,,subs,tan,ce,,<br />

de I'ALme ni de ses for,ces qu;o., 4pp"lle comrplais€filr'€rrt ,,facul_<br />

16s" ou "pui,ssance,s". Elle se ti_itera i etudier des<br />

chiques<br />

ccles ps;r_<br />

tels qu'ils apparaissent A notre oonscience.<br />

ainsi<br />

On fera<br />

la psychologie,,phdnomi,nisfs,,<br />

(phainomai,<br />

en abandonnant la psychologie ,,substan,tialiste,, "np"r"ri"l]<br />

aux ,,th6oro_<br />

giens".<br />

La psychologie phdnomeniste<br />

'r'ersellement<br />

por,te aujourd,hui assez uni,<br />

le nom de ,,theorie i'actualitd,,. Ce nom se com_<br />

4lrend tout naturellement. Ce qui de la vie ,psy,chique ,,oppa_<br />

rait" au r.egard de notre con,scienlce r<br />

" p u i s sance s ou f acu lt 6 s,, p sychi que.,<br />

";";;"".:TH:J[:;til::<br />

,tratum", rlrais uniquement cles ,,ac,tions ou actes,, psychigues.<br />

4. Ce n,est pas<br />

_<br />

le lieu ici lcl,etaler,tous les argumientrs<br />

tresquels<br />

sur<br />

se fonde la these ae fa s,rarf q:nt[alite d.e l,Ame. D,ail_<br />

1). Notons seulement en passant<br />

s pr6occupations,,theologiques,,<br />

ychologie ph6no,mdniste,croient.<br />

1ts d'ordre strictement scienlili1u"<br />

philosophique' Nous avons rfait allusion i certains de ces<br />

",<br />

onent,sangu-<br />

tout a I'heure. Nous nous b,ornerons A_ prdsent<br />

remarques<br />

d. certaines<br />

d'ordre mithodologique.<br />

La 'phycholo'gie phino'rr.niste combat la psychorogie s,ubs-<br />

tantialiste au nome de ra "mdthode". lMais guelre est cette mdtthode<br />

idemanderons_nous? On nous rdpondra ,*{glt l,etpirien_<br />

ce au sens,fort du mot: seules les choses qu,o"].ut<br />

"f";;;;;<br />

E-<br />

(1) Psychologia, M,etaphysica, Romae, 1939, pag. BgZ_890.<br />

LA NOTION DE I,A PSYCIIOLOGID<br />

par l'expdrience peuvent 6tre ad,urises par le psychologue. l\Iais<br />

,nou,s insisterons: Cornment savez-vous que I'e:rperien'ce seule<br />

peu,t nous i la connaissance de la vie psychique?- Ce n'est<br />

"T.e_ngf<br />

pas,,,ir.9,up<br />

9tti,<br />

I'erpirience qui vous dit. Sinon vous tomheriez<br />

'cians le cercle uicieur ou bien vous engageriez dans le processus<br />

in infinitum, car vous ,devriez d'abord justifier cet'te seconde<br />

experience, au moyen d'une nouvelle exp6rience I Et ainsi i I'infini!Ce<br />

n'est don,c pas en vertu,de I'exp6rience que vous choisissez<br />

I'exp6riernce comme votre "mdthode" ir suivre dans les recherches<br />

,psychologiques. Vo,tre m6tode est un sirnple-;rcsfulaf :<br />

vous sapposez qae,toute,r6alit6 psychique doit 6tre de nature i<br />

pouvoir 6tre atteinte par nos sens. Xlais corr:ment justi'fiez-vous<br />

cette postulat? Car enfin le choix des ,postulats n'est indiff6rent<br />

ir la science. Les aventures de la m6tag6om6trie (,Lobaczewski,<br />

Riemann) son't'irds instructives sur ce point: il .,qgffisait de<br />

,changer le cinquidme postulat pour arriver ir des g6ona6tries<br />

profondement tdiff6rentes, I'une de I'autre. Revenons donc jt<br />

notre question. Sur quoi votre postulat se base-tjl? L'histoire<br />

de la ps5'chologie nous r6,pond sans h6sitation: c'est de la p/rr-<br />

Iosophie senslsfe ou positiuisfe de Locke et de Hume que la psy-<br />

chologie a tir6 ce pos,tulat. Ce postulat est donc un dogme meta-<br />

phgstque. C'est un pr.6jug6.<br />

5. Pour mettre 'de I'ordre dans la question reprenons les<br />

choses d'en haut.<br />

Ce que nous pouvons saisir de notre vie psychiqus ,par l'oh-<br />

seruation dire,cte (soit exterieure soit m6me int6'rieure) ce sont<br />

,toujours de "tfaits" ps}'chiques, des ttph6nomdines", des ttaotes".<br />

Nous ne pouyons pas saisir ainsi les lpuissances, les facult6s, et<br />

i plus forte raison le fondem,ent dernier des celles-ci (la subsrtance)<br />

. .<br />

'Si donc notre savoir devait se limiter effe,c,tive,ment i ce'quin<br />

tomlbe f ormellemenf sous la prise de notre erpdrience, nous de-<br />

vrions nous attacher uniquement d I'itude des /aifs ou phinortines<br />

psychiques. C'est clair. Chercher qu,elque chose en dehors<br />

de ces rdalit6s. ce serait vraiment s'aban'donner i la ,fiction.<br />

N{ais si ipar hasard, il y a outre I'exp6rien,ce encore d'au'tre<br />

*r-cOSTO, 194g<br />

/D-a,r ,<br />

\+::''" \"r''' "<br />

\' ) :':'<br />

-9


70L<br />

moye,ns de 'connaissance, moyens capables ,d',attein,dre<br />

la 16alilt!<br />

qui ne serait rpas f orme\ement incluse dans I'intuition de notre<br />

erpdrience ---- r6alit6 qui se trouverait derridr,e les aotes ou ph6:<br />

nomrdneq' corlme leur soutien et leur fond - alors se limiter d<br />

la seule etude des ph6normdne,s<br />

ou actes psychiques c,est mutiler<br />

lc savoir, c'esL I'ap,p,auurir.<br />

Or les grands philosophes d,e tous temps ont rtoujours pr6_<br />

tendu que I'ex,perience est loin cre ,constituer l'unique moven<br />

rl'att'end're<br />

infailliblement la v6ritd; qui notam,rnent le raisonnement<br />

au s'ens fort rdu mot, raisonnernent bas6 s'r res principes<br />

analytiques, universels, peut nous con,duire a la ddrcouvert,e<br />

de<br />

notre expdrienco, de notre conscrence.<br />

cette affirmation des philosophes est-eile fond6e? c'est anx<br />

philosclphes eux-mdmes de rdsouclre ce problc\me. Le pslrcholop;tre<br />

qni, nne fois, s'est bloq,6 dans l'6tude des phenontines ou<br />

acfe.s psl'chiq*es n'a aucun moyen d'apporter q,elque lumidre<br />

srrr Ia q'estion. Libre i .lui de porsuivre ses recherches p.r6f6-<br />

r6es. Nlais il ne lui est pas ,permis cl'interclire aux aulres de<br />

s'atta'cher<br />

i l'etude dont il ne peut rrnontrer l'ill6gitimite. Il faut<br />

6ir:e consdquent<br />

I<br />

\roici alors cotrlrnenrt on peut entendre les choses . Deur<br />

sciences ciiffirentes auront ,pour objet la vie psychique. L'une<br />

s'attachera uniquenrent d l'6tude d,es phdnomenes ou acfes psy_<br />

chiqrres tels qu'ils se r6vdle,nt ir notre erpiricnce. I-,autre, p,re_<br />

nant le point cle ddpart dans les r6sultats cles recher,ches<br />

faites<br />

sur les ph6norndnes ou actes phychique par la prer'icre science,<br />

t:'rchcrir iie dicouvrir le dernier principe r6cl d'ou ils d6coulent,<br />

tle cldternriner sa ncilare et son es'sence. c'est i cette dernidre<br />

scie''re de nons dire si I'arn,e hurnaine est un 6tre vraim,ent subs-<br />

Iontiel ou seulenrent un ensernble cle nos phinomdnes psychi_<br />

clries;,c,'est<br />

i lui, encore de d6montret si I'Ame hum,aine est si,rn_<br />

ple, spirituelle, immortelle, etc. Toutes ces quesfi,ons_li sont<br />

hors de l'atteinte de la ps-vchologie qui se prorpose d:observer<br />

si-ulentent,des actes p,s5rchiques.<br />

Pour aiteindre leurs frns res,pectives, I'une de ,ces deux sci_<br />

ences de l'erpdrience soit spont:rnie soit provo,qu6e (eNp6ri_<br />

10-<br />

A ORDEI,T<br />

I,A NOTION DE LA PSYCHOLOGIE<br />

rpent) ; elle proc6dera par I'induction. L'aut're,, prenant pogr<br />

point d,e depart les conclusions dtablies par cette psycholggie<br />

(qui nous a'ppellerons provisoirement "rdescriiptive") aura recours<br />

ir toutes les tf'ormes l6gitinaes du' "trisonnement" hu'rnain.<br />

La premiere sera ainsi une sctence natutelle au sens fort<br />

du mot ou "science eracte" au mdme titre que par exemple la<br />

botanique, la zoologie, la min6ralogie; l'autre constituera une<br />

branche s,p6ciale de la philosophie.<br />

La premidre pourra 6tre appellee psrgchologie tout 'court<br />

pour nous accomoder au langage couran't, ,et l'on pourra donner<br />

a l'autre le nom de phitosophie de la psgchologie em nous ins'pirant<br />

d,u mo! "philos


104<br />

A ORDEM<br />

th6or6tiq'ue. Toutefois co,mme la terminologie n'est, en soi, ni<br />

vraie ni fausse (la v6rit6 ne se trouve que dans le jugement par<br />

lequel on affirme ou on nie quelque'chose!) le nom "psy,chologie<br />

speculative" peut 6tre rparfaitement toldr6. Il veut dire que<br />

la psychologie en questiori loin ,de se ,cbntenter de l'exp6rience,<br />

recourt i dirff6rents procddds "ratio,nnels", ,c'est-il-dire, au rai-<br />

sonnement au sens fort du mot.<br />

6. Ainsi - on le voit bien - entre la rpsychologie erpdrin&ntale<br />

et la psychologie mdtaphgsiqae il n'y a, en droit, au-<br />

rcune rivalit6, et i plus forte raison, aucune hostilite. ,Ces deux<br />

psyohologies peuvent parfaitement coexister, I'une i c6te de<br />

I'autre. Elles ,peuven't se prdter mutuellement uin concours p,r6-<br />

cieux: ,d'une 'part, la psycholo,gie exp6rimentale trouve son com-<br />

pl6ment naturel, sa pl6nitude et son colrronnement, dans la psy-<br />

chologie 'm6taph,ysique, qui prolonge ses recherche,s ,en qudte des<br />

tternidres causes de la vie psl'chique. N{ais de I'autre, la psyaho-<br />

logie m6taphysique plonge ses racines dans la psychologie expe-<br />

rirnentale: celle-ci constitue sa base et son point de d6rpart.<br />

7. De ce que nous venons de dire tirons encore une con-<br />

clusion pratique d'une g,rande irnportance pour la m'ethodologie.<br />

Ce n'est ;pas la psychologie rn6taphysique qui doit 6tre trait6e Ia<br />

premidre, rmais urce-zr€rsrr, rc'est par la psychologie exp6rimentale<br />

qu'il faut comilrencer I'etude de la vie psychique. Celle.ci ne doit<br />

en aucune rnaniere supposer les thdses de Ja phychologie rn6taph,ysique:<br />

,elle doit rester une science siricte,rnent naturelle (sci-<br />

ence, Naturwissenschaft) . Au contraire, la ipsyrchologie m6tapt4ysique<br />

doit scru,puleusement tenir ,compte des ,conclusions<br />

auxquelles est parvenue la psychologie eitpdrimentale. Si I'on<br />

n'o'bserve pas cet ordre, on tombe facile,ment dans I'aprioris,me,<br />

on.trisque de ,construire des ficlions. Plusieurs ,psycholo,gues,<br />

et<br />

pas les moindres, n'ont pas su 6viter ,ce danger. En invertant<br />

arbitrairement I'ordre naturel ,des choses ils traitent tout d'abord.<br />

de I'Ame - probldme par excelle,nce mdrtaphyLsique - et puis<br />

des phenomenes psychiques des rnanifestations de la vie cons-<br />

I,A NOTI.ON DE LA PSYCIIOLOGIE 105<br />

ciente. citons i titre d'exerqple H. Elrbinghaus (2), Hd,ffding<br />

(.3), Tirtchener (4). Bt l'on ne S'dtonnela ]pas 'de les voir tomh.er<br />

dans ,des erreurrs grossidres. Maitres accomplis dans Ia 'descri-<br />

tion des fcils phychiques et dans l'eurs analyses ils font vraiment<br />

piti6 lonsqu'ils s'engagent irnprudenament a discuter 'des<br />

probldmes m6taphVsique, 'qui ne sont pas 'de leur comtpetence'<br />

(2) I1 parle de ".la nature" de I'Ame d6jD- au premier chapitre de<br />

son ouvrage Pr6cis tle psychologlie, trail' frang ' Paris' 1910' p' 63-66 '<br />

(3) O'est encore ,-dans le pr€mier chapitre de so'n cours (Esquisse<br />

tl'une psychologie forrd6c sur l'exlr6ricnce, tracl' franQ" Paris' 1909' p'<br />

3-12), et a,vant m6me cle cliscuter 1e probldme de ]a m6thode 'en psycho-<br />

logie, qu'iI abandonne l'6,rne D, la "rnythologie"'<br />

(4) I{ous pouvons clire de lui ce que nous venons cle dlre 'I€ Hijffding.<br />

Al'ec une l6gerete deconcertante il fait table rase de tous les pro-<br />

blEmes d'importance capitale pour le €ienre humain, qui ne se laissent pas<br />

iEs.oudre au moyen de la, seule exp6rience' Voir son Mamrcl de Psycho-<br />

log:ie, Paris, 1932, p. 9 svv'<br />

AGOSTO. <strong>1943</strong>


Aos pais de afunas dum col6gio<br />

cat6fieo<br />

P. AN'T{ONIO TtrIILL<br />

A crise universal em que estanros, invadiu num tal gr6u<br />

todas as camadas cla nossa sociedacre e to,do,s o,s planos da nossa<br />

exist6,ncia, q,r" ndo h6 ,mais ningu6m que n'o se sinta aba_<br />

lado pelos choques que, de todos os ladr_rs, ameaQam o equilitrrio<br />

da nossa vida.<br />

N5o i rnais preciso ser fil6sofo para reconhec,er que a crise<br />

n5o d s6rnente um problema poritico ou econ6mico ou racial ou<br />

do eqpago vital' E'o homem mesrno que perdeu o dominio s6-<br />

bre si pr6prio. A crise atingiu at6 a cel.la vital, a fonte de toda<br />

regeneraeio: a familia. Ningudrn sente m,ais do que a,md{e e o<br />

par quanto, eln nossa dpoca, tudo se tornou problematico. Nin_<br />

gudnt sabe deante de quais problemas se encontrard arnanhil<br />

com sua farnilia. E'<br />

n-. is s'o e s tio d e,"u J,:' *o:.ffi t;:ff '<br />

;;:';T::" *i'i: ;:<br />

rnstaveis a melhor I<br />

rhos 6 urna boa<br />

"."ffii:*l ffi"":';;1"r:::ffi_i?*il,:,";'",1",11 tJ;<br />

pala estes dois fins que confiarn seus filhos a um Coldga *",U_<br />

iico.<br />

C,onvidamos os prezados pais das nossas alunas<br />

:.xlo_rmos o nosso para lhes<br />

ponto de vista sdbre os prtncip[os, as<br />

lidades<br />

possiDi.<br />

e os /zmifes durn ,Coldgio cal6lico.<br />

Um Gin6sio cat6lico d ao mesmo tempo escola e educandA-<br />

rio, quer dizer, l.gar onde ao inesrno teqpo s,e ,ensina e s,e edu_<br />

ca. ,On,de se educa.ensinanclo e se rensin<br />

se o int,electo e a mern6ria n5o pera<br />

",.n;j:il1T;;".E;;11ff--<br />

mar o coragSo e a vontad,e pela instruqdo do intrelepto. 'n,<br />

".tu a<br />

ditferenga entre um GinAsio e uma Academia ou umia<br />

sidade.<br />

Univer_<br />

71 -<br />

AOS PAIS DE ALIINAS DUM CGLEGIO CAToLICO 10?<br />

Como, pois, seria errado, ver nuur Ginisio s6mente .um ins_<br />

tituto'para adquirir urna cerla porgdo de conhecimenlos, assirn<br />

tamh6rn seria urn engano e n6o menos g.rave, julgar que u,m GindLsio<br />

possa cumprir sua rnissio de edu,car um rnenino, unla<br />

1rrenina, sem se imporiar porn seu estado e seu prognesso intelectual<br />

.<br />

Chegamos aqui a u{ltt ponto que precisa ser esclarecido,<br />

porque a experi6ncia prova qu€ a r,es,peito disto h6, as vezes,<br />

rnalentendidos da parte dos pais, ,causa de ,muitos aborlecimen-<br />

tos ,para eles mesmos, para sdas criangas e os professores.<br />

A base do ensino siecund6Lrio<br />

i o programa do gov6r:no que<br />

determina as ruat6rias assirn co,rnLo<br />

a extensSo e o greu de co_<br />

nh'ecinentos que se devern atingir at6 o firn do ano letivo e do<br />

curso inteiro. Niio temos de discutir; neste lugar, qual seria o<br />

prograna mais perfei,to e rrnais conveniente. Fato 6, e ficarf<br />

sempre que sem um minirno de conhecimentos nenhum aluno<br />

ern nenhum Ginf,sio consegu,iria unra promoqio e, ao fim, um<br />

diploma.<br />

'E aqui nos encontrarnos deante durm problema ,cle suma<br />

inrportAncia: Tanto como 6 c,erto que cada joven tem urn di-<br />

r'eito sagrado de ser educado, tanto nio resta dtvida de que o<br />

estudo secundArio e mais ainda o estu,do superior nio rpodern<br />

dispensar de duas condig6es que sio:<br />

1) qlre o aluno tenha vocaq5o (para estu,dar e<br />

2) 'que ten,ha vontade de corres,ponde,r is exig6ncias de<br />

seus estudos.<br />

ad) 1) Nio potde haver a minima drivida de,que estudar 6.<br />

uma uocaQao no pleno sentido da palavra. Ndo hi s6mente u,rna<br />

vocaq5o para ser pa,dre (flato s6bre o qual todo mundo esti de<br />

ac6rdo), mas tamb6m lpara ser m6dico, professor, f,uncion6rio<br />

etc. E esta vo'cageo, conro jil diz a ,palavra, Ndo uem de nds nern<br />

dos nossos pais, mas vem de cima. N5o somos nos que decidi-<br />

nros o caminho que. temos de ,trilhar, mas Aquele que leva nas<br />

suas mSos os ,destinos dos povos como de cada um de n6s. Em<br />

nossa 6poca, a luta pela vida aumenta necessariamente cada vez<br />

m,ais as exigdncias que se p6em ir formaqio intelectual da moci-<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong> - tD<br />

i


108<br />

'dade e o caminho 'mais facil parece aquele que passa pelo Gin{-<br />

sio, cujo diploma final abre a porta para todas as profiss6es li-<br />

1res. E' isto uma tentagSo para alguns pais que n'aturalmente desejam<br />

para seus filhos e suas ,filhas urna vida mais ,facil do que<br />

era a sua pr6pria. l\[as ndo se pode,conseguir u,m fim Sem euerer<br />

os meios. Mas corr}o, se o divino Criador ndo dotou uma<br />

crianga das faculdades intelectuais indispensaveis rpara u,m es_<br />

tudo secundArio ou at6 superior?<br />

Visto sob este d.ngulo, iis notas das provas e dos boletins fa_<br />

lam uma linguagem que ,difere, as vezes, muito do parecer dos<br />

pais ,que queriarn ver nelas ,o resultaclo de certas casualidades,<br />

particularmiente a ,falihilidade dos professor'es. .f,tr6 boletins, que<br />

jA no segundo mds do ano letivo ndo deixam a rninima duvida,<br />

que agui falta simplesmente a vocagio para o estudo e que nio<br />

seria s6 ,perd'er ternpo mas tamb6nr cometer u,ma injurstiga pe-<br />

rante Deus de culpar disso o ,estabelecirnen'to ou o p,rofessor ou<br />

a pr6pria menina. Se e verdade, que com todos os nossos cui-<br />

dados ndo podemos acrescentar um c6vado ir nossa estatura<br />

(Mt 6,27), tam,b6m a vocageo para o esiudo 6 um problema<br />

eminentemente religioso que, eln todos os casoS, deve Ser exa-<br />

minado com humildade, conci€ncia, 'e sinceridade. Um passo<br />

errado neste assunto poderia ter coisequ6ncias funestas at6<br />

para a salvagSo eterna duma crianga.<br />

ad 2) Pode acontecer q,ue uma crianQa, apezar de ,su&s<br />

6tinras ou pelo menos suficientes ,qualidades de espirito, nio<br />

mostre ou mostre s6ment,e porlca vontade para o estudo. Uma<br />

vez resolvida a questSo da vocag6o, to,dos os responsaveis t6m de<br />

proceder conr energia, tp,erseveranga e, antes de tudo, com mritua<br />

confianga.<br />

Nio parece inutil lem,brar, que tamb6m aqui, dar os pas-<br />

sos necessirios, cabe em primeiro lugar ,aos pais. As criangas<br />

sio d,eles. Re,ce,beram-naS do seu divino Criador. Sdo sua,carne<br />

e seu sangue. N5o hA ningu6m que entre melhor do que eles<br />

nos segredos de seu corag6o. Ndo h6 ningu6m que tenha uma<br />

iuflu6ncia mais irnediata e mais direta na vontade das criangas.<br />

Sio os pais que, por iss,o, carregarrl antes de todos, a es-<br />

16-<br />

A ORDEM<br />

i#ftt<br />

AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAToLICO 109<br />

ponsabilidade para o rurno que toma<br />

crianQa.<br />

o pensar e o agir da<br />

rOs prorfessores e educadores n5o seo senAo seus auxiliares,<br />

delegados rpelos pais ,cuja responsa'bilidade com' isto ndo dimi-<br />

nue, ,antes aurnenta. Responsabilidade nio 6 algo que se possa<br />

partir ou declinar. 6, pai fica pai e a mie fica mie da crianqa<br />

mes,mp que a ti'Vesse entregue ao,melhor Col6gio do mundo. A<br />

autoridade do Coldgio, por isso, ndo pode ser maior do que a<br />

dos propt'ios pafs. E a eficicia dos es,fo'rqos do Coldgio e de seus<br />

,lrrofessores correspon,de pelfeitamente ao apoio que os pais lhes<br />

ddo. Urn pai, por exernplo, uma ntiie, que diminuisse deante tle<br />

seus filhos a autoridade do Col6gio ou de urn de seus 'professores,<br />

tiraria-lhes o fundamento de seu trabalho e aos seu,s filhos<br />

o motivo dos rnais eficazes dos seus esforqos. lConsequ6ncia 16gica'do<br />

tfato que o Col6gio recetreu sua aptoridade d.os pais como<br />

eles a receherarn de Deus. E corno, no seio da familia, as viti-<br />

rnas de urn clesacordo entre o pai e a mde seo os pr6prios filhos,<br />

assim larnb6m no caso de um dissentirnento a.berto entre os pais<br />

e o Col6gio. A confi,anga 6 assim uma'das bases principais da<br />

educaqio. Nio s6mente a confianga entre o educador e a cri-<br />

anQa, mas tambim a confianga dos educadores entre si.<br />

Dito isto sdbre os pr,incipios da nossa educaqSo em geral,<br />

r'esta me dizer uma palavra soble o lugar clue a Religiio ocupa<br />

em nossos trabalhos.<br />

Urn GinAsio tlue ja por scu nolllc se upresenta corno edu-<br />

cand6.rio essencialrnente c,at6lico, nho se.rpode contentar €nl pre:<br />

parar seus aluuos para os exallles coul o intuito de lhes abrir'<br />

prrr diplomas, o clttttitrho 'para urn futuro pr6spero' Seria 'isto<br />

rpuro rnaterialismo.<br />

I.{em se pode contentar cle corresponder ao programa didir-<br />

tico e educacioual do Govdrno.<br />

Uma formagio inLeiecttlal e rnorcl 'brilhanl'issinras s6 nio<br />

lhe diriarn 'ainda o direito de se charnar cle GinAsio cat6lico'<br />

Por,q'ue, como diz o divino l\I'estre: "Fazetn isto tamh6rn os pagdos"<br />

(Mt 5,47) ; Refere-se, antes ao nosso trc'balho a palavra<br />

clo,Mestre: "O vosso Pai celeste sabe que haveis mister em tu'do<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

_17<br />

I


A OR,DEM<br />

isto. Buscai,,pois, ern prirneiro lugar o reino de De,us e sua jus_<br />

tr'iga, e todas estas coisas vos serao acres,c,entadas,,<br />

(iN{t 6,82)<br />

Nurn ,Coldgio cat6lico, pois, que merece este nome no pleno<br />

sentido da palavra, se ensina e se estuida, se nanda e se obede_<br />

c€, rs11 primeiro lugar, nio rpor motivos de ordem ,naaterial, p,or<br />

respeito humano ou por vaidade pesso,al<br />

.<br />

O alvo dos esforgos do p,rofessor i, antes fazer corn que<br />

suas alunas, passando pelo vasto campo dos conhecimento,s hu_<br />

rtanos, entendam as verdad,es eternas que ,16 se Tevelam como<br />

"'por um espelho, em enigma" (I ,cor ll,l2) como o educador as-,<br />

pira descobrir na ahna de seu discipulo, os i,ntriitos da d vina<br />

provid6ncia.<br />

Aproximarmo-nos um po.uco mais do profundo mistdrio da<br />

sarbedoria e da bon,dade, da rmisericordia e da generosidade di_<br />

vinas' isto d o rfirn primArio de todos os nossos esforgos did6ticos<br />

e educativos, rernbrando-nos da rparavra do divino M,estre<br />

que: "Isto 6 a vida eterna: conheoer ao pai, um s6 Deus ver.<br />

s,ladeiro,<br />

e a Jesf,s Cristo, a quem enviou,, (Joao 1Z,B).<br />

Confessando isto franca e corajosarnente, continuamos sa_<br />

lientando que o nosso segunclo fim 6 de ,formar aqui cat6licos<br />

:r:5o s6 de nome, m,as tar*b6rn rde sgnyicq'o, e nio s6 de f'rma_<br />

€ao mas tambdm de vida.<br />

C) mundo de lroje nos oferece nurna extensio tdo assusta_<br />

ciora o esrpet:ictrro de inurneros interectuais cat6licos ndo<br />

trcantespra-<br />

que a fo'rmagro de verdadeiros cat6ricos entre ,a ,nossa<br />

Sente chamada crrlta. 6 para o catolicismo e o cristianismo no<br />

lnundo uma questio de vida e de m,orte<br />

E o que adian,taria frequentar durante quatro e mais anos<br />

erm estabelecimento cat6lico, se a vdda acad6mica e u oiau p-.ar"u<br />

.depois fossem uma negagdo ,da educagdo ,anterior?<br />

E' por isso que urn Ginisio cat6,lico deve, de rrno,do eficaz,<br />

a'dotar e defender na sua atividade os princlpios de uma educa_<br />

q5o int,egralmente conforrrr-e com o espirito do Divino Mestre<br />

que nos,ensinou eu€ ,,nio aproveita ao home.m Su"Iru.-o *rrrAo<br />

inteiro ,se se perder a sua alma,,. ({Mt 16,26)<br />

13-<br />

ts por isso que aqui se reza antes e depois d,as aulas,, 6 por<br />

AOS PAIS DE ALU'NAS DUM COI/6GIo CA.T6LICO 11I<br />

isso que aqui se julga a aula de ReligiS.o ser a mais importante<br />

de todas, 6 por isso, que, anrtes de tudo, aqui se in,sis,te que as<br />

alunas assistam todo Domingo ao Sacrlfi'cio da lMissa e comun_<br />

guem mensalmente. Cabe a Santa Missa um lugar primordial<br />

tamh6nr, na vida interna do Ool6gio. Como N. S. 6 ,,o caminho,<br />

a verda'de ,e ,a vida" ,e que ningu6ln chega ao ipai sendo por Ele<br />

(Jolo 74,6),,assim tambdm a nossa vida quotidiana hA de passar<br />

pela Santa Missa, continuagSo da vida, da paixdo e ressurreigio<br />

do divi,no ,Nlestre. Otfert6rio, ConsagragSo e Comunhio sdo as<br />

tr6s estagdes pelas quais tem de passar parti,cularm,en,te a obra<br />

da ed,ucaQ5o. Temos de oferecer todo ,dia de novo os nossos es-<br />

forgos diddticos e educativos ao Pai celeste pelo seu Filho, pedindo<br />

que consagre nosso trabalho lpelo seu espirito ,e nos una a<br />

n6s todos ,consigo, ,e por Ele, entre n6s. porque educaqdo nio<br />

h5 sem comunhSo d,e iddias, das inteng6es e at6 da vida, rnas<br />

que deve ser garantida pela comunhdo por exceldncia: ,a comu_<br />

nhdo do hornem corni Deus.<br />

E' rdo altar, ,Calv6rio dos nossos dias, eue emanam todas<br />

as luzes e todas as forgas de fd, de confianqa ,e de amor s,eln a:i<br />

q'uais to'dos os esforgos humanos ficam es'tereis. Lembrandonos<br />

di,sto n6s nos sentimos dignos continuadores daqueles gue<br />

iniciaram por ,uima Miss,a sua obra n,esta terra dando_lh,e pare<br />

sempre, nspirados por um santo orgulho, o nome d,e Terra. de<br />

Santa Cruz.<br />

AGosTo, <strong>1943</strong> - 10<br />

I<br />

j


21 -<br />

Em torno do "movimento littngico,<br />

FABIO A1LVES RIBIEIjRO<br />

ErM TORNO DO "MOVI\IENTO LITURGICO"<br />

sus,peirta a sua l,egitimidade e ortodoxia' 'E'o que des'ejaria fazer<br />

neste artigo, miuito embora ndo tenha rpr'ocuiageo para defender<br />

quem quer que seja, 'um& v€z que no Erasil o "moYimentc<br />

liturgico" designa ,rnais u'm estado ,dre espirito e um esforgo<br />

comuns, do que mesmo uma organizagS'o colm chefes, orgSos' 'etc'<br />

Falo pois em nom,e pr6prio, mas julgo nio 'defender i'd6ias pessoais.<br />

Procurarlse-a antes argurnentar coln a autoridade das<br />

fontes incontestadas ou de te6logos ilustres. Nern se veja nes'te<br />

artigo o fr.uto de preferoncias ern mat6ria ,de or,dens roligiosas<br />

ou de estilos de espiritualitdade. rN'resse 'te,rreno pode-se ter preferencias,<br />

rnas o que me 'nove aqui 6 o desejo de dar testemunho<br />

l,eal, n5o no "fermento da ,malicia e da iniqui'dade" mas nos<br />

"Szimos'da sin'ceridade e da ver'ldade'" e seria de eqperar que os<br />

que o lerem' rrenham a faz6-lo I1o [leglno espirito.<br />

Uma das acusaq6es 'feitas ,e que, para certas pessoas a li-<br />

turgia exerce 'uma agSo m'ecAnica e mirgica dispensando o esforqo<br />

pessoal de quem dela part.icipa. Entretanto o que se tern afir-<br />

,mado esti na linha da mais autdntica ortodoxia e do magisterio<br />

eclesiAstico tal s61e ele se manifesta nos concilios, no ca-<br />

tecismo e nas definig6es papais. "Si cluis dixelit, sacramenta<br />

novae L,egis non ,continere gratiam, quam significant, aut gr-atiam<br />

ipsarn non ponentibus o'bicem non coferte, quasi signe<br />

tantu,m externa sint acceptae per fidem gratiae vel iustitiae, et<br />

no,tae quaeclam christianae professionis, quibus apud honrines<br />

dis'cernentur fideles ab infidelibus: A. S." (Conc''Trid', Ca-<br />

.rtones ,de sacram,entis in genere, 'can, 6 - Denzinger-Bannwart-<br />

Umlberg, "Enchiridion symboloru,m, definitionum et declarationurn<br />

de rebus fidei et morum", 1937, 849)' rtr: "Si quis'dixerit'<br />

non d.ari gratiam pe,r huiusmodi sacramenta serr4per et omni,bus,<br />

quan'tu,m et ex ,parte Dei, etiamsi rite ea suscipiant, sed aliquando<br />

e't aliquibus: A. S." (Can. 7.Den2.,850) Ou: "Si quis<br />

dixerit, per ipsa novae Legis sacramenta ex opere o,perato non<br />

c,onf'erri gratiam, se,d solam fidei divinae pro,missionis ad gratiatm<br />

consequ,endam su,ffi,cere: A.S." (,Can. 8 - Denz. 851)<br />

O Catecis,mo ,Romano ensina que os sacramentos operam o<br />

que sign,ificam. "Q'uar€, Lsf ,explicatius, ,quid sacramentum sit,<br />

de,olaretu'r, do'cendu.m erit, rern esse sensibus subiectamr, ([uae'<br />

AGOSTo, <strong>1943</strong>


114 A ORDEM EM TO1+.NO DO "MO1rIMENTO<br />

ex Dei in'stitutione, sanctitatis et iustitiae tum significaqdae,<br />

tum efficie,n'dae vim ha.bet" (tcatechisrnus ex rDecreto con,ci,lii<br />

Tridentini ad Paroch,os * P. II, re,. I, 11). E continua noutro<br />

Iu'gar: "Atque hi quidern ministri, quoniam in saora illa f,un_<br />

ctione non suam, sed rC,trristi p,ersonam gerunt, ,ea re firt, ut, sive<br />

boni, sive mali sint, modo ,ea ,forma e,t materia utantu,r, quam<br />

ex 'Christi instituto semper eoclesia catholia,a servavit, ,idque fa_<br />

oere prorponant, quod ecclesia in ea adrninistrratione facit. vere<br />

sacramenta conficiant et conferant: iita ut gratiae fructu,m<br />

nulla res impedi're ipgssit nisi qui ea suscipiunt ,se ipso,s tanto<br />

trrono fraudare, et Spiritui sancto velint ohsistere,,. (p. IL C,.<br />

r,25) .<br />

E os expositores da doutrina cristi dizem: (.ors sacramentos<br />

produzem a graga por s,ua pr6pria virtude, e ndo pela do sujeito<br />

que os re,cebe (. . . ) Nio que as disposigdes do sujeito nio servi_<br />

riam de nada. A'lgumas sdo absolutarnente requeridas, como a<br />

atrigdo ou o estado de graga, conforme se tratar dos sa,oramen_<br />

tos dos morlos ou dos sacramentos dos vivos. As disposiqdes<br />

tam uma funqdo neoesshria: afastar os obsti,culos e rtornar a<br />

ahna d6cil i agSo da,graqa. euanto mais fervorosas, tanto mais<br />

a alma se santifica. ,Mas elas ndo produzem a graga; s6 o sacra_<br />

rntento<br />

ipode faz6-lo; s6 ele pode caus6._1a". (,paul Vrigu6, di,retor<br />

gragas". (Ihid., p. 124).<br />

2? --<br />

I'ITURGICO'<br />

N6o se d,iz portanto 'que a litur'gia possue efeitos migicos e<br />

.*u.arnioo, (1). O que se procura evitale oorrigir 6 cel'ta ft'en-<br />

;;;;t. 'da rnentalido'd"<br />

qpontada por Donrr Vonier: "iPe-<br />

"l"od""'a<br />

riddicarn6nte o homem se torna mais e m'ais 'concentrado ern si<br />

in,esmo. Quer to'mar nas pr6prias imSos 'o magno negocio da sua<br />

sa,ntiticagSo' Revolta-se 'oontra os instrumentos 'de salvagSo j6'estab,elecidos<br />

e permanentes que lhe sio apreesn'tados ' As 6pocas<br />

artisticas assim 'co'mo as tittererias nunca tiv'eram I'rande<br />

ernror aos Sacramentos' O pr6prio mistico inclina-se a conside-<br />

, (1) Os prot€stantes consider'am o "opus operatum" dos nossos sa-<br />

cramentos como algo cfe rn6g[co' Diel


1t 6 A ORDtr\I<br />

nar a salltidade adquirida por rneio deles como u,rna sanLidade<br />

de qualidade inferio,r que ndo rnereerc ser conrparada com os es-<br />

Blendores do contato imediato cor', Deus nas gragas extraordinhrias<br />

da oragSo. Assim, e para aclmirar ,qu,e atrav6s de todas<br />

as orgulhosas evolug6es da raziio hnmana, a Igreja ,cat6lica te-<br />

nha podido conservar uma fe tio viva no ,poder dos sacramentos".<br />

(Dorn Ansc6rio Vonier, O. S. B., Abalde d.e B,uckfast, ,,A<br />

nova e eterna alianga ou o catolicisno cl6.ssico" tradugd.o de Dom<br />

Joaquirn G. de I_,luna, O. S. 8., <strong>1943</strong>, p. 112). N,outro ponto<br />

do livro Do,na vonier ichama a ^tenqio para os dois ,extremos<br />

a evitar ne'sse 'palti,curar: "Ndo 6 preciso exagerar f cooperaqdo<br />

pessoal da ,,pessoa ,que ,recebe o Sacramento, rpois chegar_se_ia a<br />

'consideri-la corno a irnice causa rnerit6ria da rgraga. NJe,n rtio<br />

pouco deve o sacraimento ser recebido com tanta frieza e indi-<br />

{crenqa que tirem a esse ato de r-eligido o seu valor dum ato de<br />

t'irrtude". (pp. 229 e 230) .<br />

o res'ltado daquele conceito rnigico e rnecanico da ,liturgia<br />

seria, no dizer dos acusaclores,<br />

o esquecirnento das tentaqdes<br />


1t ii A ORDEN{<br />

realidade de ordem mistico-sacra'mental 6 que ir6 irrarliar na<br />

periferia moral, cru,ci,fibanpo a carne e as suas paixdes, ,,forni_<br />

catio, irn,mu,ndirtia, impu,dicitia, luxuria, idolorum servitus, ve-<br />

';neficia, inim'icitiae,'contentiones, ae'rurationes, irae, rixae, dis-<br />

,senssio,nes, sectae, invidiae, horni,cidia, ebrietart,es, conlrll1€ss&_<br />

tiones, et his similia" (Aos Gal ., V, lg_22) _ e t,endo parte con_<br />

sequentenrente na exaltagio e na gl6ria do ,Cristo.<br />

Dorn \rionier continua rnostrando as tencl.ncias err6neas da<br />

teriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois,mo. ,E, isto<br />

o aplacar da c6l,era divina, a rinica libertag6o real da tirania d,e<br />

SatAnaz". (ob. cit., pp. 47-48) "ipodem os autores do as,cretrsmo<br />

cristdo esc.ever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca ,das<br />

r,irtudes e dos es,forgos do hom,ern nas vias lda perfeigio, trrlas<br />

para qlre seus ensinamentos estejam ,de acdrdo conl a doutrina<br />

ra causa deste semi-peragianismo larvar, devemos sem dirvida<br />

1-'rocurf-la no enfraquecirnento da ,consirleragdo das grandes<br />

ver'dades cristds, el-,c." (Karl Adam, ,,Cristo nosso irmdo,,. tra-<br />

Associando-nos d sua morte, neutraliza o principio tle atividalde que o pe_<br />

cado tinha deixaclo em n6s e que constituia o homem velho; associan,do_<br />

n os i sua vida, destroe todos os €iermes cle morte ,e nos conf ere o privi_<br />

Icgio duma vida sem fim: vida da alma e vida, do corpo, viala,da graqa e<br />

vida. da g16ria,,. (F, prat, S. J., ob. cit., 1.o vot., p. 26b).<br />

2t_<br />

EIM TORNO DO "MOVIMENTO LITURG.ICO"<br />

duqio ,de Tasso da ,Silveira, 1939, P. 57). Vieujean aponta,<br />

corrro ufil ,dos perigos pa'ra a nossa vida ,espir,itual, a tenddncia<br />

a considerA-la "como o r,esultado de nossos esforgos ,e n5o de l€r<br />

ne,la a obra realizada ern n6s pela graQa, pela Igreja, qpelo Cristo,<br />

por Deus", E continua: "rAs consequd'ncias desse erro sdo mul-<br />

tiplas. Citemos antes d,e tudo um voltar-seescrurpuloso sobre si<br />

nlesmo, uma ,meticulosidade vendadeiramente excessiva na puri-<br />

ficagSo da con,ci6ncia, uma esp6cie de ginirs,tica artificial e complicada<br />

para a aquisigSo das virtud,es, em resuno, uma falta de<br />

flexibilidade e ,de liberidade nos nrovimentos ,da alma. E' ,o que<br />

foj denominado, se ndo me engano, o asceticismo. Consequdncia<br />

m,ais grave, 6 ,consi'derar nossa vida espiritual como um ffun<br />

em si e ter a atengdo fixada e me,smo lmobilizada sobre nossa<br />

pr6pria perfeiqSo, sobre a expansSo de nossa altna, a ponto ,de<br />

esquecer Deus nisso, quase, e de cair ldesse modo num verda{ei-<br />

ro antropocentrismo. E' enfim idesviar-se num rcetto nat'uralis-<br />

mo, vendo na perfeiqSo a expansiio de um eu puranlente hurnano,<br />

e n5o de um eu inconporado ao Cristo, assimilado ao Cristo<br />

e elevado at6 Deus pelo pr6prio Deus. O que ndo seria mais a<br />

perfeigio cristii mas u,ma espi'cie de estoicistno ou de budismo".<br />

(I{. Vieujean, assistente ,geral da Association ,Catholique rde la<br />

.feunesse Belge, "La liturgie est "la didascalie d,e I'Eglise" B.<br />

Par sa doctrine spirituelle", in Cours et Conf6rences des Senai-<br />

nes L,iturgiques, Torne XIV, Nlons. 1937 - p. 126). T,ratando.se<br />

,das dou,trinas err6neas sobre a perfeiq[o da vida cristi Garri-<br />

gou-Lagrange refele-se i que faz consistir essa lper,feiqdo na<br />

atividade exterior, nos jeiuns e nas praticas ,de rpenitAncia e<br />

ndo na caridalde. confundindo desse rrr:odo os meios e o fim.<br />

(P. R6S. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et<br />

contennplation", 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.)<br />

A prop6sito das crirticas a certas priticas ipeculiares is espiritualidades<br />

mqdernas, veja,mos o que 412 s rte6logo doruini-<br />

cano na mesma oLrra, ao tratar dos obstir,culos i contemplag5o:<br />

l''Em outras almas o obsticulo estf no espirito; elas pletendem<br />

tudo analisar psi,cologicamente, tudo regtstrar, af,irm de avaliar<br />

os seus ipequenos progressos. Assim elas se olhanr, a si mesrnas'<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

119


118<br />

A ORDENI<br />

realidade de ordem mistico-sacramental e que iri irradiar na<br />

periferia moral, cru,cificanpo a carne e as suas paixSes, "fornicatio,<br />

irnmu'nditia, impu,dicitia, luxuria, idolorum servitus, ve-<br />

neficia, inim,icitiae,,contentiones, aernttlationes, irrae' rixae, dissenssiones,<br />

sectae, invidia,e, homi'cidia, ebrietates, comillessa-<br />

tiones, el his similia" (Aos Gal ., V, 19-2.2) - e tendo rparte con-<br />

sequenternente na exaltag6o e na g,l6ria do Cristo.<br />

Dom \r,oni;er ,contin'ua mostrando as ;tenddncias ,errdneas da<br />

lnentalidade mdderna: "Tem-se desvirtuado o sentido das gran-<br />

cles frases tecnicas da teologia, afim de que elas signifiquem ex-<br />

ciusivamen'be a conversio moral dos individuos. "Que 6 a Retlenqio,<br />

'dizem os "modernistas", senSo o hontern convertido in-<br />

terriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois'mo. E' isto<br />

o aplacar da c6l'era ,divina, a rini,ca libertagSo real da tirania de<br />

Satanaz". (ob. cit., pp. 47-48) "lPodem os autores do as'cretismo<br />

cristiro escrever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca. das<br />

virtudes e dos esforqos do hom'ern nas vias 1da perfeigSo, trnas<br />

para qu,e seus ensinamentos estejam de acdrdo coru a dott'trina<br />

cat6lica 6 necess6rio que eles pressuponham gragas, siocorros,<br />

inqpiraq6es e luzes superiores ).s forqas naturais do homern, pois<br />

seln esses auxilios diretos de Deus 6 impossivel uma vida ver-<br />

dadeiramente sobrenatural . O autor de ob,ra espiritual que niio<br />

tonlal em consideragio esses dons ,de Deus pode ser um tnola-<br />

lista pag5o, rnas ndo cat6lico". (pp. 167-168). E o Padre Adam<br />

cbservn o aparecimento na piedade cristi iprivada, de "atitudes,<br />

uas cluais a unidade orgAnica da natu'reza e da graga se torna<br />

excessivamente frouxa, e em que a atividade glessoal rda alma<br />

se srihirai i infludncia sobrenatural". E conlinua: "A verdadeira<br />

causa deste semi-pelagianism,o larr''nr, devemos sem duvida<br />

procurfr-la no enfraquecirnento da consideragSo ,das grandes<br />

ve'rdades cristds, et'c." (Karl Adam, "'Cristo nosso irmdo", tra-<br />

Associando-nos h. sua morte, neutraliza o prin,cipio de atividade que o pe-<br />

cado tinha deixado em n6s e que cotrstituia o homem velho; associanclo-<br />

ros d, sua viala, destroe todos os germes de morte,q nos c'onfere o privi-<br />

legio aluma vi,da sem fim: vida da alma e vid.a do corpo, vida 'ala graga e<br />

vida da gl6ria". (F. Prat, S. J., ob. cit., 1.o vo]., p. 265).<br />

EM TORNO DO 'MOVIMENTO LITTRG'ICO"<br />

duq6o de Tasso da Silveira, 1939, p' 57) ' Vieujean aponta,<br />

corlro urrrl d,os perigos para a nossa vida espiritual, a tenddncia<br />

a considera-la ,,como o r,es,ultado de nossos esforgos ,e ndo de l€r<br />

ne,la a obra r'ealizada ern n6s pela'graga, pela Igr'eja, pelo Cristo'<br />

p,or Deus". E ,cOntinua: ",As ,conse;quencias desse erro sao muliiptur.<br />

,Citemos antes rde tudo um voltar-se ,escrurp'uloso sobre si<br />

,.iu.*o, uma meti,culosidade verdadeiramente,excessiva'na purificagao<br />

da ,con,ci6ncia, nlna espdcie de ginistica artificial e ,cormplicada<br />

par,a a aquisigio das virtudes, em resumo' uma falta de<br />

flexitrilidade e,de li'beridade,nos rnovimentos 'da alma' E''o que<br />

ibi denominado, se n6o me en,gano, o asceticisrno. consequancia<br />

m,ais grave, 6 ,considera,r nossa vida ,espiritual rcomo um ffun<br />

e.m si e ter a atenglo fixada e rneslno iLrnobilizada sobre nossa<br />

pr6pria perf,eigSo, so,bre a expansdo de nossa ahrra, a ponto de<br />

esqfuecer Deus nisso, quase, e de 'cair ldesse modo num verda{ei-<br />

ro antro,pocentrismo. E' enrfim idesviar-se nurn rcerto nat'uralis-<br />

mo, vendb na ,perfeig5o a expansio de urn eu puranlente hurnano,<br />

e n5o de um eu incorporado ao 'Cristo, assimilado ao C,risto<br />

e elevado at6 Deus pelo pr6prio Deus.'O que ndo seria mais a<br />

perfeigio cristi mas uma esp6'cie de estoicisrno ou de budismo"'<br />

(X{. Vieujean, assistente ,geral da Association 'Catholique ide la<br />

.feunesse Belge, "La liturgie es't "la didnscali,e ,de l'llglise" B.<br />

Par sa doctrine spirituelle", in Cours et Conf6rences des Semai-<br />

nes Liturgiques, Torne XIV,,Mons. 1937 - p. 126). Tratan'dorse<br />

,das doutrinas err6neas sobre a ,perfeig:Io da vida cristd Garri-<br />

gou-Lagrange 'refere-se i que faz consistir essa rperfeigSo na<br />

atividade exterior, nos jejuns e nas priticas ,de penitdncia e<br />

ndo na caridalde, confundindo desse rniodo os meios e o fim.<br />

(P. Rdg. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et<br />

conterm,plation", 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.)<br />

A prop6sito das criticas a certas prAticas peculiares is espiritualidades<br />

modernas, vejamos o que diz o lte6lo,go donrini-<br />

€ano na mesma obra, ao tratar dos obstflculos i contemplagSo:<br />

"'Em outras almas o obsticulo estdL no espirito; elas pretendem<br />

'tudo analisar psi,cologi,cam,ente, tudo regtstrar, afim de avaliar<br />

os seus ipequenos 'progressos. Assirn elas se olhan a si mesmas,<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

119


720 A ORDEM<br />

eryyez de olhar para Deus. Sem duvida que o conhocim,ento de<br />

si 'rnes'mo 6 sempre ,necessSrio, rnesmo nos ,estados mais el,eva-<br />

[los, mas esse olhar sobre si lnestno n5o rdeve ser separado do<br />

clhar ,para Deus. A rnelhor rnaneira de se eiaminar ndo 6 dizer<br />

,do fundo do coragio: que ficar6. ,escrrito<br />

,deste dia no ,livro<br />

cla vida?" (Grifos do au,tor; pp. 493-494) (4)<br />

S6bre a questilo do ,Cristo rdololoso ou jdo C,risto glorioso, 6<br />

necessario ,fazer no,tal antes de mais nada que a tenddncia ob-<br />

servada entre os que trabalham ipela volta ir liturgia nada tern<br />

de exclusivista, uma vez que a vis5o integral ,do ,HomemlDeus<br />

Clisto Jesirs inciue os dois aspectos de ,exinaninaqSo e exaltaq5o<br />

("semetipsutn exinanivit... ipropter quod et Deus exaltavit<br />

illun, etc."; vOr'Aos Fil. \r 12) -- e muito rnenos de errdnea.<br />

Conta lfaritain que l.rei Hunbert lCl6rissac, rO. P., te6logo de<br />

yalor incontestaclo, "pleferia o Cristo pantocrator dos Bizanti-<br />

no's ao crucifixo nais dolorosamente humnno de nossa idade<br />

nredia". (rPrefacio a "Le mystdre de l'6glise", 4.' ed. p. XIX).<br />

Quais as raz6es ,teol6gicas ,dessa prcferdncia? Donr Vonier n6las<br />

dll: "PcNclem os cristiros deste naundo imaginar ,que Jesus<br />

aincla sofra. Conservarn a lemJ.rranqa de ,todas as agr',nras da<br />

sua ,paixiio e morte. Os sofrimentos de ,Cristo, pode dizer-se,<br />

cstio gravados no seu espirilo, tilo llresentes os t6m na n-lern6-<br />

lin. Alirn disto, CrisLo i clesconheci,do, blas,feru,:l|do, perseguido.<br />

C) sen anrcir nio 6 correspondido; os hornens, enr vez de arn6-lo,<br />

sro prol:nndarncnte ingratos p{rla coru ele. iO cristio piedoso so-<br />

fre com esta indiferenca e ingratidlio. Ele sc identifi,c,a ntislicarnente<br />

cor1l .Iesus e atribue a Jesirs as suas prdprias ,penas. En-<br />

trelanto, pecaria gravern,ente contra a ,f6 se esquecesse que Cris-<br />

to, na sua prripria pessoa, esti infinitanente acima de todo e<br />

c;ualquer sofrirnento. E' Clisto o rei da gl6ria. Ele governa o<br />

'nrun'do com irresistivel rpoder, com virga f6r'rea, como o ates-<br />

tarn as ,Sagradas Letras". (Dom Ascirio Vonier, C). S. B.,<br />

(4)<br />

Dieu et la Croix de J6sus", tomo I, 1929, pp. 329 e segu,.,' do mesmo<br />

a utor,<br />

28-<br />

V6r ,duas formas de exame<br />

de concidncia em "L'Amour de<br />

,<br />

EM I'ORNO DO<br />

'trirovr\TENTO LTT0RGTCO" 72r<br />

"Viitdria de Cristo", Tlad' de Dorn Joaquim G' de L'una' O' S'<br />

3., tg39; P' 17) '<br />

Na irnesma obra Dorn Vonier afirma: "fO ascetismo cristdo<br />

.6 essenciahnente otinaista. Em todos os tempos ressoou o centi,co<br />

do ,povo inumeravel que' vestido de branio' com palmas de<br />

vit6rias nas mios, est6 'diante \do rCordeiro"' ('p' 167) E e'm "A<br />

novaeeternaalianqa''(ob.cit.):..Muitosiautorespiedosos,<br />

animadosdeboaintenqio,rnasnediocresrte6logos'rtr6mexagerado<br />

a intensidade das aq6es humanas de Nosso Senhor' consi-<br />

rierando-as inTinitas ou quase infinitas' afi'm de da'r razdo sufi-<br />

cienteaopro'di'giosovalordosseussofrirnentos'Certosespi'ritos<br />

tdm difi'cul'dade dm compreender. que haja 'grande m6rito onde<br />

rrSo hFr esforgo. A teologia da R'e'den96o ser6 semlpre parr eles<br />

um livro 'fechado, porque o valor das aq6es redentoras neo vem<br />

em :primeiro tugar do esforqo volunt6rio realizado por Oristo'<br />

nras do estado mesmo da sua Pessoa, da presenga da Divind'a'de<br />

em 'Cristo, da uniio da sua Humaniclade com a Divindade: e e-<br />

nento'esjtavelq.ueconfereLlm\ralofinfini.to.isag6eseaosSo.<br />

frimentos de Nosso Senhor"' (p' 123)'' "Ao tratar 'da forna<br />

modefna de certos autores da vida de cristo que sublinham coll-r<br />

prazer o que eles chaman o seu 'fracasso' sinlo pisar nuln terl'eno<br />

em,que brotam ate as rnais deli'3a'das flores da pieidade'<br />

N5o pocle ser condena'da em geral urna forma tle aruoli' cheia de<br />

compaixeo para coll1 lNosso Senhor, que tern pol utattlr'ia cons-<br />

ftante de ned.itaqio os pretendidos fraclssos do rdivino Salvador'<br />

Qte6logon6oterrrodirei.todeoriticarsentirnentosreligiososa<br />

n5o ser evidentemente que esses sentitnentos dirninuan a gl6ria<br />

do Filho de Deus. Acontece muita vez que uma esrPecie de alnor<br />

,compassivo paLa coln os sofritrlentos do tlivino '\'Iestre esteja de<br />

perfeita ,conformidacle, no contego' coln a si doutrina; mas com<br />

,a continuagio d.o ternpo, pessoas pouco instruidas ern reliF4ieo<br />

,desvirtuam esse sentirnento e o aplicanr' mal' A sensib'ilidade<br />

,dessas pessoas 6 mais poderosa'do que araz5'o' 'Eis porque 6 necessario<br />

expor es'ta questao com toda a lfranqtreza"' (pp' 136-<br />

r37).<br />

Os que trabalham ,pela volta ir liturgia sdo tambem acusa-<br />

ILGOSTO, 1913<br />

-25


A ORDEWI<br />

ctos de combater a orageo privada, bem corno as priticas extra-<br />

littrgicas co''o o rosario, a visita ao santissimo S,acramen,to e<br />

a via-sacra. Evidentemente unn aat6lico nio pode comibater essas<br />

manirfestaq6es da pi,edade ,cristd. Nessa questdo o ltrabalho<br />

da renovag5o litrirgica coincide conl o rpensamento do palpa pio<br />

XI, manifestado em audi6ncia concedida a D. Bernard Capelle<br />

a 12 de dezenbro de 1985:,,A Igreja e muito larga. rE, mesmo<br />

de uma larrgu'eza<br />

por vezes sur,preendente. Aceita modos de orar<br />

que sdo rnnito deficientes s i,m,perfeitos,<br />

,porque tem rpiedade da<br />

fraqueza dos ,pohres homens. ,,eue seja assim, diz ela, j6 qoe<br />

n5o podeis iezar de out,ra forma, rezai assim mesmo, contanto<br />

c1'e rezeis verdadeirarnente!" I\{as quan,do se quer saber como<br />

compreende ela a oragio, entio 6 outt,ra coisa: d a lirturgia que<br />

n6-rlo ensiirar6.. E'rpre,ciso imitar a santa Igreja e nio proibir o<br />

que ela condescende ern aceitar em mat6ria de oraqio - n1as, 6<br />

preci'so elevai' pouco a pouco os fieis e ensinar-rhes a rezar corn<br />

ela. A liturgia 6 algo de grande. E'o mais importante o,rgio do<br />

rnagist6rio ordinario da Igreja',. (D. B. Capelle, O. S.. B.,<br />

Abade Coadjutor de Mont.Cisar, Louvain, ,,A Santa 56 e o rno_<br />

virnento litfrgico", "A, O4flsm'r cle setemb,ro de lg3g _ C,ours et<br />

Conf6rences des ,semaines Liturgiques, Tolme XIV, Mons, 1g{17,<br />

,p' 256 e 273 e segu.) Em car.ta ao cardear Minorertti, arcebispo<br />

cie Genova, por ocasiiio do I ,Cenglesso liturrgico nacional italia_<br />

no, o ent'o cardeal pacelli, hoje papa pio XII g,loriosam,ente<br />

reinante dizia: ,,( . . . ) longe de proscrever fo,rmas de rpiedade<br />

quer,privada quer popular, admitildas e reoomendadas pela Igreja,<br />

procura (o programa ,do ,movimento littirgi,co) for,tificar a<br />

fidelidade tanto do espirito religioso ,quanto da pr6ti,ca, A nobre<br />

c' secular tradig5o do culto eolesiistico, {favorecendo no ilero o<br />

zelo por 'uma perfei'ta celeb'rag5o<br />

idas fung6es sacras, e nos fi6is,<br />

uma assistdncia fervorosa e inteligente". (v16r ,,A orclem,,, n.<br />

cit', p. 20o --'rexto original em rcours et confdrences des Semaines<br />

I-,iturgiques,<br />

itomo XIV, ob. cit., p. 258). rO C6digo de<br />

Dir'eito ,Can6ni,cro<br />

pres,creve aos Ordinarios ouidaremr afim de que<br />

o respectivo clero pratique a oraga0 privada, a visita ao santissirno<br />

,Sacq:amento,<br />

o rosario e o exame de conciOncia (c . l}b) .<br />

30_-<br />

@.-;..<br />

EM TORNO DO "MOVIMENTO LITURGICO"<br />

Ora o C.LC. n5o poderia recornendar ipr'6Lticas nocivas ou mesmo<br />

indifer,entes. Lo'go a oraqSo privada, as priLticas ex'tra-litrirrgi,cas<br />

e o exame de concidncia const'ituem um elemento da<br />

p,erfeigSo e,spiritual do ,cl6rigo ou sacer'dote, como tamhem do<br />

fiel . (Vejam-se as jus'tas observaqdes de Fr. Raymundo $.<br />

Cintrra O. P. n*A Ordem" de julho pr6ximo,passado, secgSo de<br />

Corresponrddncia) . Na iPastoral coletiva do episcqpado da provincia<br />

eolesiSstica de B,elo iHlorizonte afirnla-se: "E evidente<br />

que o espirito littirgico ndo sofre nenhu,ma ,colisd.o com as de-<br />

vog6es parrticulares, at6 porque a Igreja, que determina as no'r-<br />

rnas Jitilrgicas, tarinbem aprova as devog6es". Para a arquidio-<br />

cese do Rio de Janeiro temos no mesmo ,sentido as determinag6es<br />

do sr. Vigdrio Capituln'r s6hre a liturgia eras prfticas extralitur.gicas<br />

(r'6r "A Ordem" de ju,lho pr6ximo 'passado).<br />

O que se critica e procura evitar sio certos desvicis verifi-<br />

cados na piedade cristi. Uns sflo rfru,to da igno'rAncia religiosa.<br />

C) Cardeal Le'rne, de feliz me,m6r'ia, referia-rse a esses em sua pas-<br />

toral de Olinda, quan,cio afirnava quo para muitos fi6is "o santo<br />

6 tudo; Deus quase que a nlrda se toduz". "Vio ir igreja, visitaur<br />

toidos os altares. . . s6 nio visitam o Santissimo Saoramcnto".<br />

Ou: t'Nio perdern "no\.enas" e t'tergos"... esquecem o sacrifi-<br />

cio au,gusto da missa". (Ed. Vozes, p. 61). D. lMario de iNIi-<br />

I'anda Vilas-Boas, Ilispo de Garanhuns, em sua prim'eira calta<br />

pastoral, dizia: "Quantos cat6licos que ignolam o divino sen'ti-<br />

do da 'I\[issa: - renovaqdo incruenta, uras verdadeira, do sa-<br />

cri,ficio da cruz, fonte de nossa salvagSo ?! (...) Mas por que<br />

deixar os fi6is, na Igreja, alheiados ao santo Sacrificio, rezando<br />

nouenas o'u, entdo, roantando al,gumas dessas coisas bArbaras a<br />

qu'e se convencionou ,chamar htnos sacros, quan'do o que se ope-<br />

'Ia no altar 6 a realizaqio ine,favel dos planos da divina econonria<br />

restaurando a adopgdo sob,renatural do homem pelo mrinist6rio<br />

r-edentor rde Jesus rCristo!? (...) Quantas vezes, nossas Iigrejas,<br />

oos grandes dias, d5o-nos a tragica irqpressSo de um clube de<br />

festas, pelo'profano e ridiculo da de,corag5o, rflores de papel,<br />

nenr sernpre a,rlisticas, e fitas e ,lagos e lanternas e todo um<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

-31<br />

123


24 A ORDET,I<br />

rnundo ,de quinquilharias futeis e inexpressivasl " (Ed. \'o-<br />

z;es, rpp. 58, 59 e 60).<br />

rNen-l sempre por6rn esses desvios sdo fruto apenas da igno_<br />

,r4ncia religiosa. Manifestarn-se as \rezes em pessoas ,conhece-<br />

d.tras da doutrina ,cristi, mas dominadas pe,lo devocionismo e<br />

pelo sentimentalisnuo. Mons. Harscouet, em ,,L,es d6votions traditionelles"<br />

(confer6ncia na primeira semana litrirgica da ide<br />

Louvain) distingue a "devotio" da liturgia que ,6 a ,,devotio"<br />

oficial da Igreja, e as devog6es extra-liturgicas, aprovadas, recomendadas<br />

e enriquecidas ,de indulgdncias pe,la Santa S,e idas<br />

tlevoq6es anttlittirgtcos, ou ,devocionismo. E afirrna: "Exageraclas,<br />

estas ,devogSes,<br />

abafarn o culto, transtornam a ordem, ignolam<br />

a Liturgia, ou, se acaso curnprem as suas fung6es, des,co-<br />

nhecern a sua virtude, relegarn-na rpara um canto da vida espi-<br />

ritual, en vez de a colooar no seu rcentro. E'o ca,so doB fi6is<br />

que pre,f'elern as Benqdos do Santissirnro is V6speras, do sacer'-<br />

dote que se acusa de nio ter dito as or.ag6es da manhd, quarrdo<br />

de fato j,i rezou Prirna. (...) - Lllas, ern segundo lugar, o'devocionisrno<br />

teur u,nt outro aspecto: consiste ,Lam,bern<br />

na i.nvenq"[o<br />

de novas f6rnrnlas; e o exolusivismo rciurnento, a piedacie a<br />

gavetas e lpor pequenos ernbrulhos. ,Conduz i superstigio ,da<br />

cJual a lgr,eja ndo 6 responsavel como o ndo e da impiedade. No<br />

i'no passado, Mons. Deploige ,dizia rnuito bern a este respeito:<br />

"'\handonadas a si r11esmas, as aspirag6es religiosas dos fi6is, se<br />

nno se apagatn, satisfazern-se, collto podern, cour ,devog6es lnesqr-rinhas,<br />

em que a imaginagio caprichosa representa urn lpapel<br />

preponderante". Pril'ado do alirnenlo litirrgico, o lpo\ro entrega-<br />

se lorqosarnenle ao 'clevocionismo. (...) ,Q sentimen'talismo<br />

(. . . ) r.6de-o eslaclear'-se<br />

na liter.atura ,das primeiras colnunh6es,<br />

tlo mds de rnaio e das pequenas devog6es (. . . ) Os ritos de que<br />

,estas pequenas rdevoq6es<br />

se reyestem guardarn vestigios da sua<br />

origern indi'i'idualista (.. .). A causa da sua fraqueza d evirden-<br />

te. pio ao sentirnento uma parte demasiado grande. O pensarnento<br />

n5o recehe nenhuma satisfaqSo. iA vontade nio haure<br />

nenhurrna energia. Quem levar urn lpouco longe a anilise destas<br />

devoq6es, acabari por confessar que nelas a f6 'para pouclo<br />

EM TOR,NO DO 'MOVIMENTO LITORGICO'' t25<br />

sefv€. s6,o antes d.e tudo um exercicio de imaginagS.o e de sensibilidade<br />

em volta dum objeto,religioso". (Gt. p'elo P. Antdnio<br />

Coelho, "tCu,rso de liturgia romana", vol . I, 1926, pp ' 275-277) '<br />

ciarrigou-Lagrmse, mrostrando como o estudro da teologia preserva<br />

a vida interior cle dois glaves defeitos, o subjetiuismo pie-<br />

,d,oso e o pa:rtipularismo, r.efere-se a esse Inesirno sentimentalis-<br />

,rno,, cujro druto 6 ulna vida de piedade rdirnrinuida e superficial .<br />

(5) Dorn Lambert Beaud'uin, O'S.B., afirma: "(" ') a piedade<br />

cristd isolando-se torna,se facilrnente fantasista e perde-se no<br />

ilreio dos exercicios acessdrios, com preiuizo da devoqdo fundarnental.<br />

(...) Faz-se, no entanto, grande confusao quando se<br />

acusa ,a pie'da'de litrirgica de inimiga das 'devog6es particulares -<br />

E' ver'dade que, nesse dominio, ela se mostra t'ra'dicional, discreta,<br />

e extrejrna{nente reservada. Esse desejo insaciAvel e doentio<br />

de descobrir s€m,pre novas prAticas de piedade a inq'uieta e<br />

com razdo, a ela ,que 6 a inimiga rde to'do devocionismo. Longe<br />

por6,rn 'de destruir as devog6es privadas, tradicionais e aut6nticas,<br />

traz-lhes um acrdscimo de vigor e virilidade. Estranha a<br />

todos os sentimentalismos, alimentada por uma sd e puna doutri,na,<br />

larga e generosa, ao tornarise o alimento principal da<br />

alma eristS, transfonrnardl a piedade privada, impri,mir-lhe-i<br />

novo irnpulso e a intensificara ao ,rnesmo ternpo gue a manter6<br />

em seu ver'dadeiro lugar". ("Vida litrirgica", tradugdo de J,<br />

Illarques de O,liveira, 1938, pp. 32-33).<br />

(5) "subjetivismus quoa/d pi€tatem saepe vocatur hodie "sentimentali"smus",<br />

est quaedam affectatio amoris, absque v€ro et profundo a,more<br />

Dei et anirnarum. IIic defectus provenit ex hoc quo,al in oratione praeva-<br />

let naturalis inclinatio sensitrilitatis nostrae, secundum uniuscujusque<br />

intlolem. Praeva,Iet quaedam emotio sensibilitatis, quae quancloque quo-<br />

dam lyrismo exprimitur, seal absque solido veritatis funtlamento. Hodie<br />

plu!'es psychologi increduli, ut Bergson in Gallia, putant quod mysticis-<br />

mus etiam catholieus proveniet ex praevalentia, alicujus nobilis emotio-<br />

llis quae ex subconscientia oriretur, quaeque postea in id€is €t iualiciis<br />

rlrysticorum exprimeretur. Sed semper remanet tlubium de lferita,te reali<br />

horum iudiciorum, quae sub pressione subconscientiae et affectus orta,<br />

sunt". (Reginalclus Garrigou-Lagrang€, O. P., "De Deo IJno. Commen-<br />

tarium in primam partem S, Thomae,,, 193?, pp. 30-31).<br />

AcosTo, 1948


7.26 A ORDEIM<br />

Dom Vonier, Ilor outro lado, afirma: "rMuitas \€zes, as devog6es<br />

particulares revelam lamentavel ignorAncia o'u esquecirnento<br />

culpavel das princi,pais 'doutrinas da vida sob'renatural .<br />

("Vit6ria de Cristo", ob. cit., p. 27) "Prefer,em-se devog6es e<br />

pfiticas religiosas ,cheias dum ,certo humanis,mo ,e individualis-<br />

m,o is formas antigas e puras do culto cat6lico. (. . . ) Realmen-<br />

te, tem-se a tentagdo, nos tempos atuais, de duvidar da exatidSo<br />

tlum grande nfme,ro de livros'religiosos escritos, segundo as fo,r-<br />

{nas primitivas do catolicismo, por termos sido edu,cados numa<br />

atrn,osfera saturada de devoq6es particulares. Tornarno-nos assim<br />

inc4pazes de sim,patizar com os habitos da piedade dos tempos<br />

passados". ("A nova e,eterna alianga", ob. cit., pp. 219 e<br />

235). E na ediqSo,francesa do livro que acabarnos de citar o tradurtor,<br />

cdnego L. Lain6, idoutor ern teologia e ar,ci,preste de 1116guier<br />

,4ponta algu'mas tenddncias desviadas que se infiltrara,rn<br />

rra'piedade de muitos cat6li,cos (6). Finalmente D,om B. Capelle,<br />

,uum estudo a pr6posito ,d"lO espirito da liturgia" de Guardini<br />

afi,rrna: "A formula de Guardini:,6 preciso cons,ervar isto e aqui-<br />

(6) "Cremos util designar algumas dessas falsas tend6ncias:<br />

"1' O moralismo, isto 6 o primado,dado es virtudes morais, em de-<br />

-trimento das virLudes teologais que s5.o as mais clivinas, as ma,is sobrena-<br />

turaris, as mais cristS"s de todas as virtudes, as que exigem mais humilda-<br />

de, as clue destroem de modo mais radical o veneno alo amor-pr6prio e do<br />

egoismo, e que sd,o entretanto verdadeiras fontes de confianea e de au-<br />

dacia apost6lica;<br />

O psicologismo, ou o abuso, o excesso da psicologia, da analise<br />

tr)sicol6gica, da introspecgS,o, ,do voitar-se sobre si mesmo, que mata a<br />

confianqa;<br />

O sentimentalismo, ou o abuso do sentimento: e da se,nsibilictade,<br />

c..mbinado com a. ignorancia 6ss Sagradas Escrituras e alas definie6es dos<br />

Concilios; nd.o se ser5, sensivel, por €xemplo, senio aos ,sofrimentos pas-<br />

sados de Nosso Senhor; comprazer-se-a em na,o sep,ar6-lo da cruz, como<br />

se diz, mas se O separa da gl6ria e da beatitude definitivas, que sua Res.<br />

surreigS,o ,e AscengS.o Lhe aclquirliram para sempre; comprazer-se-a em<br />

considera-Lo como sempr.e passivel e sofredor em sua pr6pria, pessoa, em<br />

Si mesmo, e experimentar-se-6, a necEssidade de consold,-Lo ,em lugar d.e<br />

€antar com a Igreja a sua, realeza 'et'erna: ,,por Nosso Senhor Jestis Cristo<br />

clue vive e reina com o Pai por toalos os s6culos alos s6culos,'. (.La<br />

frrouvelle et eterrrelle alliance", 7gBZ, p. 24, em nota),<br />

34-<br />

.<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

EM TORNO DO "MOVIMENTO<br />

LITTIRGICO" L27<br />

lo, a piedade liturgica e a d'evogeo popular, 6 por certo verdadeira,<br />

c6mt' con'diQ6o todavia de n6o ald'mitir .emeo a hoa qualidade<br />

e de observar a hierarquia dos valores". E ,continua: " (o<br />

rnovi.rnento liturgico) neo tem nenhum 'desejo de dest'ruin o que<br />

querquesejanemdiminuirnenhumaliber'd'adelgitima'Que-<br />

**o, restaurar, Mas n6o se restaura'In las linhas Ln,tegras rle<br />

ummonumen,tosemarrancarasplantasestr,anhasqlueore.<br />

sobriram. A experioncia rde varios s6culos este ai Bara rnos'trar'<br />

que a piedade individual e privada, lpor suas introrniiss6es' prejudioou<br />

,os grandes atos do culto". (cours et conf6renc,es des<br />

Semaines Liturgiques, Tome XIV ,ob. cit', p' 173) '<br />

Entre as aausaQ6es figura ainda a de firenosrprezo ou corn-<br />

bdte ir escolestica e ao tomis'mo. S'e 'no 'esforQo pela volta a Iiturgia<br />

alrguem se manifestou idesse mo'do sobre a teologia daque-<br />

leque6oDouto'rComumdaLgreja,certam'entequeerrrou'Pois<br />

a renovag5o litirrgica nio se pode isolar ou opor i renovagto<br />

tomista, da qual recebera a base indispensavel capaz de libertala<br />

da confusio dos sistemas conternlporeneos. O fat'o 'de se voltar<br />

aos santos 'Padres n6o pode significar esquercimenlto ou oposigio<br />

ao tomismo, pois o Anjo das Es'colas e seus autdnticos dis-<br />

cipulos e representantes, 'Caietano, Jo6o de S5o Torrnds, ou hoje<br />

Garrigtou - Lagrange e Maritain, s[o, na 'era mo'derna, os for-<br />

nruldd,ores e continuadores fieis da tradigflo antiga. E o traba-<br />

lho contemporineo no plano da teologia positiva s6 alcanqal'f, a<br />

sua plena significagio quando integrado no 'plano da teologia espeoulativa<br />

escolAstico - rtomista.<br />

rTermina aqui este longo artigo, 9ue, 6 mais um frabalho de<br />

cdpia ou traduqdo, pois ,quiz ,fle rprop6sito evitar asserg6es purl-<br />

,inente pessoais. E n5o o fago sem lennbrar que ndo se preten-<br />

deu ,de modo algu,m negar ou ser indulgente para corn os erros<br />

que se ho'uvessem verirfi,cado ou que realmente se verificalanr'<br />

Porisso s6 nos pode,mos alegrar comt a intervengSo 'da autorid:rde<br />

eclesiistica, advertindo os faltosos e lanqando mio das medidas<br />

necessarias a represseo dos abu'sos. Justamelnte acalla de<br />

chegarrnos a no,ticia da ultima enciclica de Sua Santidade o<br />

-35


128<br />

A ORDBM<br />

Papa Pio XII, "Mystici corporis :CtrriSti", de 29 de junho'pr6xi-<br />

nro passado, na qu,al sf,o apontadas diversas conoe'p96es erradas<br />

q.r" a" ,infiltraram ,entle os crist6o,s, co,mo sejam u,m falso misti-<br />

cismo a respei'to do corpo mistico de Cristo, oerto quietismo ou<br />

preguiga espil-itual, d,eprimente "liturgismo" .ne'gador da pie-<br />

,dade individual etc. (veja-se a nota div,ulgada pela carna,ra Eclesiistic.a<br />

da Arquidio,cese'do Rio de Janeiro - (A 'Craz" de 11 de<br />

j,u'lho pr6xirno passado). ,A n'ova enclclice vir'6 por certo escla-<br />

reoer os p,rob,lernas e pdr fim irs 'dissens6es e inco'm'preens5es'<br />

ll esrtejamos cerrtos de que se alguem errou, saber6 submet€r-se<br />

com a rnaior simplicidade' E gue todos havemos de alegrar-nos<br />

corni a palavra do Pai comum. Pois ness'e esforgo pela re'stauragflo<br />

da vida crisrt6 a que nos entregamos ndo 'nos lnove nenhum<br />

espirito de competigio orgu-lhosa' trnas unicamente o amor A<br />

Santa Igreja de Deus, na qual llueremos todos viver e morrer'<br />

36 -<br />

"<br />

1<br />

ila de mi bautismo<br />

trl'la de mi bautismo,<br />

circunferencia Y oct6gono'<br />

sePul'cro de Piodra Y fuente<br />

d'e la resurreoci6n:<br />

'aqui nos engendra eI Verbo,<br />

aqui la I,glesia concibe '<br />

Conforrne al Paz, 'Peoecillos<br />

naoen del agua.<br />

La corriente los gotrierna,<br />

el srista,l los ilumina<br />

Y un brote dentro ellos, vena viva'<br />

Los vuelve al Padre.<br />

2<br />

Nacen los hij'os'<br />

nacen del agua.<br />

Nac.en del bautismo<br />

semejantes al Hijo.<br />

' Semejantes al Htijo<br />

los que nacen de esta agua<br />

.,; A.GOSTO, 1948<br />

han muerto, Y viven.<br />

Santo Sepulcro,<br />

aqui rruere el hom,bre<br />

y se levanta 'Cristo.<br />

Fuente de piedra, de vida,<br />

aqui concibe Ia Iglesia<br />

DIMAS ANTUfiA<br />

-3r<br />

1 ll


.A.,ORDNM<br />

rOomo la Virgen.<br />

Concibe del Espiritu<br />

y los guo xraoen de esta agua<br />

,han muerto, y viven.<br />

3<br />

Pila de mii,bautismo,<br />

circunferencia y oct6gono:<br />

sin princirpio es el principio<br />

y da novedad de vida.<br />

Entre las c.aras de un ocho<br />

la rpiedra ha encerraldo aI ci'r,oulo:<br />

rnisterio de novedad,<br />

rnisterio de Dlos en Cnisto.<br />

Circunferencia y octdgono,<br />

desotbr,erne tu dibujo. ..<br />

Sin principio es el principio<br />

y da novedad de vida.<br />

Yejez 'del homb,re, (Iue m,u€re,<br />

,de raqui se levanta Cnisto:<br />

los que naoen de esta piredra<br />

[Iajcen p,orque resu,citan.<br />

4<br />

Pila de mi bautismo,<br />

los qnre naoen de esta agua<br />

llevan eI Espiritu.<br />

Pila de mi" bamtismo,<br />

yo s6 que en tus hijos<br />

hay una agua viva.<br />

Realidad de aqlrella piedra<br />

,que seguia a los antiguos;<br />

piedra y agua nos reoiben,<br />

piedra y agua ,comuni,cran.<br />

PN,A DE MI BAUTISMO<br />

L,a Piedra nos va siguiendo'<br />

el agua nos ilurnina:<br />

era agua el agua en la Pila'<br />

ahora es ragua viva'<br />

b<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

Pila de mi bautismo'<br />

ens6fram'e teologia:<br />

dame la luz en el agua<br />

tn que 'das el agua viva'<br />

Tu grarnitrica es de Piedra'<br />

tu dial6otioa es un diAilogo ' ' '<br />

tri'la de m,i bautismo,<br />

ensdfra'm'e a leer.<br />

- rQilsuxrfgrencia y octdgono'<br />

son el alfa Y el omega:<br />

como los ciegos'que leen<br />

Puedes tPalPar estas letras'<br />

lVlas: entre estos 'dos extre'mos<br />

esti la ob a de Dios<br />

en el agua dividida<br />

Y en el ,ali'ento que escrlihe'<br />

De la ens'efranza gue entrego<br />

parte es arista 'de Piedra'<br />

lo dem6s es aire, es agua ' ' '<br />

Quizi un niflo la sorPr'enda<br />

Y, de fijo, s6lo un niflo<br />

tiene voz iPara decirla. ,<br />

6<br />

Prila de mi hautismo,<br />

ens6fiame teologia.<br />

Toma mis rnanos de ciego<br />

para palrpar estas letras<br />

y torna mi voz de nifro:<br />

_3e


L3t A ORDEM<br />

d0-<br />

Que aqu,el niflo ,que fepite<br />

lo que la madre le ensefla<br />

,decia, con voz 'de nifr.o:<br />

- El Padre envia a su ilnijo<br />

y el Hijo nos df, el Eqpiritu.<br />

Piedra viva y agua viva<br />

son las personas enviapas.<br />

Misi6n de los dos Par,dclitos<br />

y voz de'l Padre que envia:<br />

circular es el ,or:igen<br />

y da novedad de vida.<br />

Con la mano gue dri'vide<br />

el agua en forrna de cruz,<br />

las salidas de la mmerte<br />

abre la Sabiduria:<br />

y luego la letra psi<br />

qu,eda sorbre el 'haz del agua,<br />

testimonio de la boca<br />

que ino,s ha 'dado el Espiritu.<br />

I<br />

Plla de mi bautisrno,<br />

ya empieza la tprocesi6n.<br />

Eres rmatriz, eres fuente,<br />

la mano ,que vierte el agua<br />

hacia las partes del m'undo<br />

de ti desata loi nios:<br />

y oantan, las letanias;<br />

y salen, todos los santos,<br />

y el vivo comunicantes<br />

se origina /de tu seno<br />

y a todos nos ,entrelaza.<br />

Si tienes los cuatro rios,<br />

si eres la fuente perdlida,<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

PILA DE MI BAUTISMO<br />

si das de beber al eielo'<br />

si rrire$as el Paraiso<br />

Pila de mi b'autismo,<br />

qui6n pude im,Pedir el agua?<br />

Dime tu virtud.<br />

8<br />

Y decia la voz del nifro:<br />

- tMi virtud es de un bautismo'<br />

Antes rde enseflar'al rnundo<br />

la Luz descendid a las aguas<br />

y quiso s'er bautizada.<br />

Yo tengo de aquel Jordf,n<br />

,el baflo que re'genera'<br />

y, de sut'cielos abiertos'<br />

restlituci6n de la here'ncia.<br />

Contacto de 'oera virgen<br />

guarda rde su ,carne el agua,<br />

y de la unci6n que lo unge<br />

6leo y crisna se iderra'ma.<br />

Si rxi virtud in'corPora'<br />

si nli virtud forma 'el CuerPo,<br />

es porque de su cuenpo<br />

neci,bo yo mi virtud:<br />

que aunque el cielo est6. en mis aguas,<br />

yo soy ,carne de su carne<br />

y tierra - que el ho'm:b,re es tierra'<br />

I<br />

trila de mi ,bautismo, oi'elo<br />

$ tierra?<br />

(Ya se fu6 la Procesi6n) .<br />

Espejo de transParencia,<br />

ya se fu,6 la processi6n<br />

-1L


1S4<br />

t!.:<br />

y no sd si €res crist+l<br />

A O.RDE}M<br />

o €stis tpuesta como un 1fl4q.<br />

Nb sd si das'a beber<br />

o eres piedra de tropiezo.<br />

Eres clara, eres ohscura,<br />

eres ojo, boca clega.<br />

Pa,ra el que cierra los oJos<br />

y orye, ,tu lepci6n ca.nta -<br />

mas, para el quiere argiiiT<br />

te'envuelves y te repliegas.<br />

Si la Iglesia te rodea<br />

c6mo ,lu,ces, o6mo irradt'as,<br />

cdmo ensefras, cuinta luz. . .<br />

,Si alguno te mira a solas<br />

qud no eres?<br />

Espejo, nudo;<br />

rayo de 7az, asechanza;<br />

cristal circular del oielo<br />

o el ombligo. ..<br />

Pila de ntrii bautistno,<br />

c,6mo seguirr tu dialdct'ioa?<br />

Cielo y ,tierra,<br />

qui6n entienlde esta lecci6n?<br />

10<br />

- Yo soy urn inisterio vivo.<br />

Es tan hondo este repl'iegue<br />

,que nos da vida en el vientre<br />

gue sdlo la rnisma vida gue nos nutre<br />

nos lo dice.<br />

PII/A DE 1tffI EA'UTISI\IO<br />

Si es tan secr€ta ta uni6n<br />

de la esPosa Y el esposo<br />

que lo que une el arnor<br />

el amor s6lo lo ensefla<br />

cierra los ojos, V oyet<br />

que el que oYe.labla al que oYe'<br />

.. .,pero solamente oYe<br />

el que ya tiene a,l que oYe:<br />

el gue ya tiene la unci6n,<br />

el qu,e, ya tiene Ia vida,<br />

e,l que ya esti en este lazo,<br />

lazo de amor, la?o-ahra-zo,<br />

,el beso, el nu'do sagrado,<br />

origen para nosostros de la limpieza del cielo'<br />

se,creto oroulto, en el alma,<br />

del es,plendor de la luz. ..<br />

Si ,tienes aquel EsPiritu<br />

,rni dialdctica es un diAlogo.<br />

Qu'6 arte de raciocinio !<br />

Hablan el Padre y "i tti3o<br />

y tri reci'bes la vida. . .<br />

Qud arte de raciocinio !<br />

HaLblan el Padre Y el Hijo<br />

y el Espiritu te sella.<br />

Te hac,e Cni,sto, te hace hijo.<br />

Oh miSterio de la I'glesia'<br />

nudo, ombligo, lazo, abtaz,o'<br />

, can'al dbl comunicantes ! . . .<br />

No me d.igds: eres la luz<br />

o la vida?<br />

No preguntes: eres esPejo de Paz<br />

o la ruina?<br />

19 43<br />

I<br />

(<br />

ls$


44-<br />

.A. ORDEM<br />

Dirne: ojo del cielo y omhligo.<br />

Dime: Cir,culo de transparencia Y<br />

Dim,e: Fuente d,e piedra y de vida.<br />

11<br />

- Mi dial6ctica es un dird"logo<br />

pero ,un diilogo ,que engendra.<br />

Ninguno,puede seguirla<br />

si l,a Persona que oye<br />

no forma en 6l la pa'labra.<br />

No quieras interrogarme;<br />

briscame dentro de ti,<br />

'Si estis en Cristo eres hiio,<br />

oel Padre recibes vida<br />

en ti mi viida es la luz.<br />

Luz que n,ace, Iuz que llega,<br />

novedad d,el: Ecce. venio !<br />

El mist,erio de la Virgen,<br />

el; c6mo puede ser esto?<br />

Novedad que se descubre,<br />

evan,gelio.<br />

La sombra asombra, y se asombra<br />

la soinbra d,e ver que lleva<br />

en su som,bra aquel,la 'l,uz<br />

'gu,e s6lo hab,it'a en los cielos.<br />

12<br />

La novedad de tu viida<br />

es un rnisterio que cre€e.<br />

Yo doy de b,eber al oielo,<br />

Por mi se lle,ga hasta el mar'<br />

De luz en luz, de fe en'fe<br />

nudo.<br />

AGOSTO,<br />

PILA DE MI BAUTISMO<br />

recorreras las mansiones<br />

q,ue unas a oLras se tnira'n,<br />

y unas a otras s€ oPonerr'<br />

y se llaman Y 'oonforman ' ' '<br />

Faces dq Dios Y del homrbro'<br />

las faces del hornbre en 'Cristo '<br />

Esta fu'ente se divid'e,<br />

neparte a siete, aun a ocho,<br />

y tri no sabes qu6 form,an<br />

en ti, en esta vida nueva'<br />

etr s,oplo, la cruz, la sal,<br />

la rnano, el 6leo Y el ag'ua'<br />

y el cnisma, Y la roPa blanca.<br />

13<br />

Del agua rec,ibes vida<br />

mas no puedes ver tu rostro.<br />

No sabes qu6 vida tienes.<br />

(Yo soy esPejo del sr'elo,<br />

no tu espejo...)<br />

,Si quieres la vida, crece;<br />

si cteces, tu vida es luz ----<br />

mas n,o sigas Preguntirndome:<br />

rni resPuesta eres tri mismo'<br />

A ml me hastan rni agua'<br />

rni alegria, mi dolor,<br />

a ,mi m,e ,basta mi agua' ' '<br />

Soy fuente Y cant r alleluia !<br />

si veo salir a los rios'<br />

Soy madre Y tengo 'dolor '<br />

Este llanto, oh este' llanto!<br />

Raquel que llora a sus hiios" '<br />

19.13<br />

-16


46<<br />

A ORDETM<br />

Este llanto es sin 'crnsuelo.<br />

A mi me ,basta llo'rar.<br />

t4:<br />

Pila de mi bautismo,<br />

madre nuestra'<br />

madre mia.<br />

- Ouatr


140<br />

48:<br />

Fero en la voz'de lo alt'o<br />

no haY llanto solamente:<br />

tamtri6n hay alarido'<br />

Si el Ilanto es sin consuelo<br />

qu'6 serA eI alari'do?<br />

.Llza la voz Y dilo;<br />

alza ti l'a voz, Y dilo '<br />

A mi rne basta mi llanto'<br />

Di lo ,que no tPuede ser llorado'<br />

16<br />

A OF.DEM<br />

Alarid'o, alarido<br />

por los Prudentes Y limrPios:<br />

,*utao Por los que no estan locos'<br />

Alarido rPor los que'callan<br />

y saben bien d6nde Pisa'n'<br />

Llanto p'or los que caen y troprezan<br />

4<br />

y alarido<br />

por los que no troPiezan'<br />

Por los que ven Y caloulan'<br />

Por ,la mano de Oiza'<br />

iPor Ia b'oca de Judas'<br />

Alrarid'o por los que sostienen la pil'a<br />

y pecan contra eI agua - 5slnmsnfs'<br />

La piedra lleva 'el agua'<br />

Todavia estAn junt'os'<br />

son una voz todavia<br />

el llanto, el alarido'<br />

lMi llan'to es sin consuelo'<br />

ra mi'rne basta mi llanto'<br />

pero di tri lo que no puede ser llorado'<br />

'17<br />

'<br />

Voz oida en Rami:<br />

PILA DE MI BAUTISMO<br />

eI llanto seri fu'ego.<br />

Voz oida en lo alto:<br />

no el llanto 'de Raquel'<br />

la ira de,l Cordero.<br />

Pecaron contra el agua,<br />

sa'br6,in lo q,ue es la piedra.<br />

Sabrf,n I'o que es la Piodra<br />

levantada, erigida,<br />

cuando la s6la mano que ahora dio divide el agua<br />

enjugue toda lSgrirna Y divida<br />

rdel llanto, ,el alarido;<br />

de,l lamento, la ira.<br />

Pila de rni b'autismo,<br />

rnadre nuestra,<br />

madre mia.<br />

.' Fuente de Piedra Y de vida;<br />

fuente 'de Piedra - Y de m'uerte'<br />

lSi quieres l'a vida, 'crece:<br />

tienes otra Palabna.<br />

De rnis Padres Y Padrinos,<br />

Y 'del PArroco Y la Iglesia;<br />

Y ,de la tierra Y 'el cielo'<br />

. , y de rni 6.ngel Y los astros<br />

. caen los dados.<br />

'<br />

'<br />

aGOSTO, <strong>1943</strong><br />

Y desd,e Adan Y Abraha,rn.<br />

Todos han echado suertes!<br />

Al que vi6 el Padre en el Hijo<br />

el Espiritu lo llama.<br />

-49


50-<br />

A ORDELM<br />

Te di agua, tienes l6'grimas ' ' '<br />

En tu 'Inano estA tu vida '<br />

Si qurieres la vida, crece'<br />

Yo no ,tengo otra palabra.<br />

18<br />

Pila,de 'mi b'autismo,<br />

aquel rio<br />

aquel rio se acetc6 al mar'<br />

trba ciego Por Ia fe<br />

y con la'caridad que ama<br />

desnudo entr6 'en aquella agua'<br />

Y e,ncontr6 los ,dos abismos -que<br />

s6lo cielos se extienden<br />

cuando el 'agua 'se dilata;<br />

y 'cuando estuvo Per:'dido _- ,<br />

(61 queria abrazar la Pila'<br />

queria rodear el oct6gono)<br />

oY6 la voz que de'cia:<br />

- Echado tle delante de sus ojos<br />

ser6 te6logo.<br />

19<br />

'Te arrastrari Ia ova<br />

que se enreda a tw caTteza'<br />

'Arrojado de su vista, Pobre ancla'<br />

,descencler6s a las raices de los montes<br />

y to'das sus ondas Y sus olas<br />

rodarfln sobre ti.<br />

Rodeando de la 'corrlente,<br />

,cercado Por el abismo,<br />

en el prof,undo conooeris 'el mar innavegabrle<br />

y sabrAs que eres hijo 'del bautismo:<br />

hijo de la seffal,<br />

d,e la unica sefr-al que fu'6 dada,<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

PILA DE MI BAUTISMO<br />

la de Jonds el Pr'ofeta'llevanS.s<br />

todas suS on'das y sus olas,<br />

todas sus ondas Y sus olas'<br />

nedimido €n esperanza'<br />

todas sus ondas Y'sus olas sobre ti,<br />

rpobre ancla.<br />

Y se oia la voz'del nifro:<br />

- El Padr'e Previno el Pez;<br />

JonAs quieie deoir: Palorna.<br />

20<br />

,Pila de rni bautisrno<br />

por 'qu6 me has traido a este mar<br />

para perderme?<br />

por ,qu6 me has traido a este rnar<br />

si me traga?<br />

Perdi6 sus manos el cie'go,<br />

perdi6 el n fro su P'ala,bra.<br />

En este mar se han ;tlerdido<br />

la lec,ci6n que s'e recita<br />

y aquella lecci6n qtle canta.<br />

T\r cristal es un rel6mPago<br />

y el corazdn desfalle'ce.<br />

Llegaron las aguas.<br />

Han llegado I'as aguas.<br />

Han llegado las a,guas hasta el ahna.<br />

Las aguas eran el alma -<br />

y otra vez \a voz rdel nifro<br />

que recita, reoitaba:<br />

- El Padre de su rePoso<br />

envia de si a I'a Palorna;<br />

-51


L+4<br />

y la rpaloma desciend.e<br />

y po,sa su, pie en el ahcla.<br />

21<br />

rEn este oc6a,no de,l ,s6r,<br />

en laS ,eortrientes de esta agua,<br />

rtodo en mi sdr se des,hace,<br />

todo,en rni ser di,ce: p,adre.<br />

Aguella agua que refluye<br />

del engenrd,r.ado<br />

al gue engendra;<br />

aquella agua q,ue atcstigua,<br />

aquella ,agu,a ,que nos bafra _<br />

,Como ,una rriva corriente<br />

pasa.ba dentro de rni<br />

aguella agua que de,cia:<br />

.--.,Eres hijo, ven aI padre!<br />

Y otra vez la voz del nifro<br />

gue recit'a,. re4itaba :<br />

- Es obra de Ia olemencia<br />

,darnos ,este sdr el padre;.<br />

recfbir-nos en el Hijo,imagen<br />

de la substancia,<br />

y decir a Ia criatura<br />

que murio J naci6 del dgua:<br />

fttroy en mi s,eno has nacirdo,<br />

hoy en mi seno rdesoans,a.<br />

Te he reci,bido en Ia Imagen,<br />

reci'be Ia Semejanza.<br />

22 Bodas<br />

Pila de rni ,bautismo,<br />

te has heoho mesa de pied.ra.<br />

Lleg6 el tiempo de las bodas,<br />

el. pez lleva el ,canagtillo,<br />

et agu,a se trueoa en vino.<br />

,<br />

PII,A DE MI BAUTISMO<br />

Prepar6 eI'Padr'e el banquete<br />

y el Espiritu a la mesa<br />

noS recli,na.<br />

Lleg6 el tiernpo de las bodas<br />

y cdmo nos has vestirdo !<br />

Qud nitida, la imagen,<br />

qud pura, la semej'anza.<br />

Nobleza de 6leo en el cuerpo<br />

y en la cabeza corona. . .<br />

Lleg6 el tiernpo de las bodas.<br />

La laz que habita en el agua<br />

pasa ,a la tfruica blanoa,<br />

y la que es oro en la unci6n<br />

nos da oro. .<br />

Se ha hecho'corona el crisma,<br />

oIo p,uro, todos reyes.<br />

En el cuerpo, luz dorada -<br />

y del 6leo de alegria,<br />

de aquel sello del lEspirittu<br />

rnirad si nos mira el sol!,<br />

hay luz riimrpresa en ,I'a cara.<br />

Lleg6 el tiempo de las bodas.<br />

Aleluia!<br />

El homtrr,e se encuentra en ,Oristo,<br />

se ve en Cristo, se halla hombre.<br />

Sin vejeces, sin arrugas,<br />

' el hombre se ve a si rnisrno<br />

'<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

en su ,perfecta hermosura.<br />

Se v'e re,y.<br />

El alma se i,e en el cuerlxl,<br />

el car6,cter e r la cara.<br />

La desnudez se hace luz,<br />

el hombre se vuelve am'aido.


\<br />

54-<br />

A ORDEM<br />

En los brijos fle las rbodas<br />

el hom.bre descubr,e al hombre:<br />

- Bsss, horno. Alle,luia !<br />

- Ec,qe, homom. El hornb,re es Dios !<br />

rUngirdo, ilurninado,<br />

reluciente de lua;<br />

los vimos, no era urr ingel .<br />

La desnud'ez lo vestia,<br />

un'a desnudez de Cristo,<br />

de cri'stal y oro puro,<br />

de agu'a viva y unci6n.<br />

tOh misterio de las bodas !<br />

qui6n puede im,pedir el agua<br />

Y {ui6n diri a Dios: qu6 haces?<br />

Que Io que Dios ha u,nido<br />

el hombr,e no lo separe .<br />

Oidlo, que es la verdad:<br />

el hombre es D,ios,<br />

el hombre es Di'os,<br />

es el hijo de Dios.<br />

- El banquete de las ,bodas<br />

ino son las bodas Pero hay b,odas<br />

y ya ,comienzan las bodas !<br />

El pez tra'e el canadtillo,<br />

el agua se true'ca en vino:<br />

lleg6 el tiem,po de las bodas !<br />

Pila de mi bautismo,<br />

te has hecho mesa de piedra.<br />

,Comemos lo que somos.<br />

t<br />

23<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

PILA DIq MI BAUTISMO<br />

Em,briagaos, carisimos.<br />

,Dioses sois<br />

e hijos del Altisimo, todos.<br />

Himno.<br />

Piedra que tienes el agua,<br />

piedra qu€ insoribes el circulo;<br />

Pez-Cristo que nos'promet'es<br />

rios que brotan del alma:<br />

en ti fuimos sumergidos<br />

y la tierra nos rechaza.<br />

Tuya es la rnano de lo alto'<br />

salridu'ria del Padre,<br />

que dividiendo las aguas<br />

nos unes a tu victoria:<br />

,en ti fuimos sumergidos<br />

y la tierra nos rechaza.<br />

Tuya es la Cruz Y Ia Psi,<br />

en ti la muerte Y la vida;<br />

de tu b,o,ca es aquel soplo<br />

que mata y que 'da el EsPiritu:<br />

en ti fuimos sumergidos<br />

y la tierra nos rechaza.<br />

De tus manos Y tus Pies<br />

haoia las partes del mundo<br />

salen esos cuatro rios<br />

en ,que se vierten las aguas:<br />

en ti fuimos sumergido's<br />

y la tierra nos rechaza.<br />

lMas c6mo estanaos ora'ndo<br />

que rrc te pedimos nada?<br />

El gemido s6lo dice:<br />

que el agu'a responda al agua.<br />

*<br />

14?


t4E<br />

A ORDEM<br />

El gemido s6lo dioe:<br />

"danos ,Io que nos has dado.<br />

El gernido s6lo dice:<br />

gu'e aquella corr,iente viva<br />

(vida que nos da tu vida)<br />

brote de.nuestras ent,rafras.<br />

EI gernrido solo dice. ..<br />

pero este gem,ido es hirnno,.<br />

es ,agua donde tri vienes;<br />

agua ![u,e te glorifica,<br />

aglra ,que dice en nosotros<br />

(y cdmo ilumina esta agua!):<br />

Tnrgla es Ia ,mano de lo alto,<br />

tuya es la Cruz y la psi;<br />

por ti se a;brieron los ,oielos,<br />

por ti vivirnos del agua;<br />

por ti ya somos del cielo<br />

y Ia tierra nos rechaza.<br />

24<br />

EIegIo<br />

Locura de los aristianos:<br />

son del ,cielo sin el cielo<br />

5l la tierra los rechaza.<br />

rPerdi,eron Ia tierra firme.<br />

Por esta argua que nos bafra<br />

nos hemos iperdido.<br />

lNo tenemos nada.<br />

No tenemos n,arla:<br />

ni ,cielo, ni tierra,<br />

sola,rnente ,eI agua.<br />

rSolarnente ,el agua<br />

y para estarnos en el,la<br />

Ia luz de su teologia --<br />

PILA ])E MI BAUTISMO<br />

'Conta'cto de cera virgen,<br />

mano que divide el agua,<br />

aliento que hace una le.tra,<br />

el crisrha que sobrenada. ..<br />

Y el circulo, y el oct6gono,<br />

y el pez oon el aanastillo.<br />

Perdinios la tier,ra firrne,<br />

no te'nemros'nada.<br />

No tenemos nada,<br />

ioiamente e,l agu,a:<br />

este m'ar no es navegajble,<br />

,este mar que se dilata...<br />

Am,igos, ya nos perdirmos,<br />

no tenemos nada.<br />

Solamente el agua,<br />

solamente el agua.<br />

Y la paloma,<br />

y el ancla.<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong> -57<br />

l


Poemas<br />

DALVA F/OSSAIII<br />

Os uersos que se seeuem representom a estriia de uma poe-<br />

Iil.rt noua. XIuito jouem,aluna do 2" ano da Faculdade Nacional de<br />

Itilosofia, reuela entretanto, nos poemds com que. hoje [nicia a<br />

stta cerreira literaria, rlmd DocaQdo p,oetic'a inequ[uoca. Nossa<br />

poesti(t moderna, uaruida ha uinte anos por um uento de liberda-<br />

rie, que hoje come.Ea e cansar e a conuerter-se em nouadtsciplina<br />

- ia que a literatura e um dialogo perene entre liberdade e,dis-<br />

ciplina - nosso poesia moderna precisa renoudr as fontes de sua<br />

cspiritualidade, sob pena de mergulhar nas aguas l6bregas do<br />

puro instinto. E por sentirmos, nos uersos desta .iouem poetisa,<br />

umo nota de inspiragdo crtstd, ainda uacilqnte, mus inequiuoca e<br />

extremamente promissorg, que os acolhemos com ptazer nas paginas<br />

de nosso reuista, com a esperanQa de reuelar um ualor nouo<br />

para as no.s.sas letras.<br />

56 -<br />

BALADA<br />

Minha alegria, vestid,a de branco,<br />

caminha depressa t6o longe 'de mdirn !<br />

'Minha alegria vestida ,de tranco<br />

tem cores sonantes como um clar,im.<br />

,Min'ha alegria,carninha apressada,<br />

da'ma de branco, t5o longe de mim,<br />

e quando a apanho<br />

jA vai tio cansada<br />

que a encontro dorrnindo,<br />

sossego nos ,olhos,<br />

,dogura na alma,<br />

e guem tem coragem<br />

,<br />

FOEMA,s<br />

rde acordar um querubim?<br />

Depois ela acorda<br />

e eu inda dorminrdo,<br />

sonhos nos o,lhos,<br />

angUstia na alma,<br />

dama de ,branco caminha de,pressa,<br />

sernpre mais longe, mais longe'<br />

,de rnim.<br />

Nem quero dizer<br />

,que nesta ,ciranda,<br />

dama de branco tio longe de mi,m,<br />

n5o nos veremos jarnais<br />

,de ,mios rdadas.<br />

Sempre mais longe, mais longe<br />

de mim...<br />

PARA ONDE IR?<br />

Dizei-me, ventos da noite,<br />

para onde ir?<br />

. He quanto tempo ,estava para indagar. . .<br />

Agora que mergulhei os meus cabrelos louros<br />

.<br />

na escurid5o,<br />

dizei-pe, ventos da noite,<br />

para onde ides,<br />

v6s que sabeis to,das as direg6es?<br />

Atraz ide algum dia, de ,alguma luz,<br />

ou ro,darei sempre<br />

, rra hora escura?<br />

E eu, ventos da noite, rgostania<br />

,de vos seguir,<br />

para onde vou?<br />

Para onde ir,<br />

para onde ir,<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong> - 59<br />

161


L52 , A ORDEIM<br />

t<br />

6 a minha unica,balada,<br />

talvez morra de cantar,<br />

talvez nunca me respondarn nada!<br />

BALADA INGENUA<br />

Quero urna cang6o<br />

para Irie ninar.<br />

Ai ! par,a rne ninar !<br />

Quem me traz uma cangeo<br />

toda feita 'de Iuar,<br />

ou de quatrquer outra luz<br />

que tamb,em saiba 'amar?<br />

Quem yai husoar no ,c6u,<br />

pra mim uma oangSo,<br />

tdo simples e tio ,linda que pareQa<br />

um anjo pequenino em oragio ?<br />

Quero uma icangao<br />

para me ninar.<br />

Ai ! para me ninar !<br />

Nunca ninguem pensou<br />

que eu desejara<br />

um,a,cangeo sritil, uma cangf,o de I'ara<br />

que me ernbale o sono<br />

que me afaste os sorr-hos. . .<br />

Ai ! quero uma cangSo<br />

rpara me n,inar!<br />

O meu amor longin{uo<br />

n6o sei onde esti!<br />

Meu cavalheiro andante<br />

onde pelejar6?<br />

. PO,EMA,S<br />

Quem iri buscar<br />

minha cangdo de enlevo...<br />

Aii! quem ir6 buScar!<br />

Quero uma ,cangSo<br />

para me ninar.<br />

Ail para me nina,r!<br />

.DOVIDA<br />

aA. vida 6 para ser vivida!<br />

Que rn6o cruel me aperta<br />

a alma,<br />

com estes sul,cos doloridos<br />

de desgraga!<br />

Ndo h6 nenhuma luz<br />

,que faga<br />

,com {ue ,eu ,possa ver<br />

a m'inha pr6pria fronte<br />

onld,e trace o consolo<br />

do si,nal da Cnuz!<br />

Ot Deus !<br />

Os meus b,ragos covardes<br />

neo se levhntam,<br />

no 'des'espero do desAnimo !<br />

E' a minha revolta s6<br />

que clarria,<br />

gu'e jorra pelas ferid,as<br />

e que morre coagulada<br />

antes mesmo do leni,tirvo<br />

,de um grit'o desesperado<br />

que suba aos c6us em chama!<br />

Nh eseurid5o da vida, 6 De,us,<br />

,a tua luz me acena. . .<br />

Sou vil denr,ais<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

-61<br />

15,3<br />

II<br />

d<br />

J


164<br />

62-<br />

A ORDEM<br />

para molhar a Pena,<br />

no meu rpr6plio sangue,<br />

e tragar com ele<br />

a gl6ria de um martirio !<br />

No meu solugo inerme<br />

nem acendo um cirio,<br />

somente a d6r, amarga<br />

das lf,grimas derrarno !<br />

Pergunto, 6 Deus:<br />

a vida d para ser vivida?<br />

,Ou eu ndo tenho<br />

o que se chama vida? !<br />

Alceu Amoroso Limo<br />

6196o do A96o Cot6lico Brqsileiro<br />

Censor Eclesiostico:<br />

Pe. Leonel Frqnco S. J.<br />

Nilmerc qvulso Cr$ 1,ZO<br />

Assinoturol onuol .<br />

Redog6o e Administrog6o<br />

15 de Novembro, !01 - Prqgq<br />

2.o ond<br />

Cqiro Postql 249<br />

RIO DE JANEIRO.<br />

Cr$ 15,00<br />

S. Clemente romano, I Eplstola<br />

aos Corintios<br />

(Continuagdo)<br />

Con'cluimos neste nrtmero a publicagdo da I Epistola oos<br />

Corintios, de S. Clemente Romano, em contiru.tagdo'a parte que<br />

salu em junho.<br />

XXXIX. S5-o t6los, insensatos, lo,u'cos e sern' instrugio os<br />

que nos eScdrn,ecem e Zombam de n6s, ,pret,endendo algar-se por<br />

suas i'd6ias (2) Que po,de, com efeito, um rnortal? Qual a forga<br />

de um saido rda terra? (3) Esti escrito: "D€,ante de me*us olhos<br />

nao havia nenhuma fi,gura, mas eu ouvia uma brisa e uma voz<br />

(,dizendo) : (4) Que ha, pois? Ndo ,haver,Fr. um mortal puro 'dean-<br />

tc do Senhor? Nem serA o homem irrepreensivel em suas obras,<br />

guando n5o confia nos seus servos e notou alguma coisa tor-<br />

tuosa nos seus bnjos? (5) Nlem o c6u 6 puro deante dos seus<br />

olhos, quanto mais os que halitam em casas d,e argi'la, dos quais<br />

tambem n6s somos, e do m'esmo barro. Brincou com eles ir rna-<br />

neira de uma serpente, e da rnanhi ir tarde ndo existemL mais;<br />

pereceram por,que nio podiam ajudar-s,e a si rnesmos. (6) Soprou<br />

s,obre eles e morreram porque n5o tinham sab'edoria. (7)<br />

Chama, pois, ern so'cor,ro, pode se'r que alg,uem escute ou' que vejas<br />

algum dos santos anjos. Na veldade, a o6lera elimina o in-<br />

sensato, o zelo faz morrer o ,que esti errante. (8) Eu vi estultos<br />

criar'ern raiz, mas logo'foi devorada a sua prosperidade. (9) Sejarn<br />

longe da $alvaq6o os seus filhos! Possam ser insultados irs<br />

portas dos pequ,eninos, e ndo haverA quern os livre. Tudo q;ue<br />

fora preparado para aqueles, os justos comerSo, mas eles nlo<br />

serdo livrados 'dos seus mal,es" (J6, IV, 16-V,5).<br />

aGosTo, <strong>1943</strong> - 63


I56<br />

A ORDE]M<br />

XL. Como, rpois, tais coisai nos sd'o evi'dentes, e tendo nos<br />

desci,do ,is profundezas do conh€ci,mento divino, devemos fazer<br />

em ordem tudo quanto o senhor nos oirdenou que exercutassemos<br />

a seu terrlpo. (2) Ora,.ele mandou que houvesse as ob'la96es e a<br />

litgrgia, e n6o "o t.aio e ern desor'dem, mas nos tempos e honas<br />

definirdos. (3) On'de, 'e por quem'realizar, ele tamhern o fi'<br />

xou na sua soberana decisSo, para que santarnent,e feitas segun-<br />

do o se,u T)razer, todas as ,coisas sejam h,em aceitas iI sua von-<br />

tade. (4) Assim, aqu'eles gue fazerm suas oblag6es nosJtempos<br />

d,eterrnrinads5, sfio bem acolhidos e bemaventurados, poir5, Seguin'do<br />

pre,oeitos do Senhor, e'les n6o erram. (5) Ao sumo po'ntific,e,<br />

pois, foram 'conf'eridos s'ervigos liturgicos pr6prios; aos<br />

sacerldotes atribui'u-se logar especiral e aos levitas incum'be um<br />

minist6rio particular; o homem leigo estf, ligado irs pres'crigdes<br />

p,eculiares a leigos.<br />

XLI. ,C,ada um de n6s, irmios, no s'eu logar, agrade a Deus'<br />

vivendo numa boa fama, sem transgred,ir a regla, (canon) fixada<br />

ao seu oficio (liturgia), com gravi'dade' (2) N6o 6 em toda<br />

parte, irdnaos, que se oferecem sacrificios, quer o p'erpdtuo, quer<br />

o votivo, quer o sacrificio por ,pecados e 'd'elitos, rnras 56 em 'Ie-<br />

rus,alerm; e ai, ndo em qualquer logar', mas deante'do santuArio,<br />

perto do al,tar, depoi's que a oferenda foi cuidadosam'ente inspec,cionada<br />

pelo sumo sacerdote e demais servi'dores (liturgos)<br />

ji citados. (3) Assim, 'os qne fazem alguma coisa contraria ir<br />

sua vontade, t6m porpenalidade a morte. (4) V6'de, irrn5os'<br />

quanto rmaior 6 o conhecimento 'de que fomos julgados dignos'<br />

tanto mais grave 6 peri$o a que 'estam'os sujeitos '<br />

XLII. Os ap6stolos foram mandados a evangelizar-nos<br />

pelo Senhor Jesris'Cristo; J'estrs, o'Cristo, foi enviado por Deus'<br />

(2) 'Assirm, o Cristo vem'de Deus; os apdstolos, do Cristo' As<br />

duas ,coisas, pois, s5o, en boa ordern, 'da vontade de Deus' (3)<br />

Tendo, assim, recebido instrug6es, e convencidos pela r'essurrei-<br />

96o ,de lNoSso Sen,hor Jesris 'Cristo, (os apostoloo), garantidos<br />

lrela palavra de De'us, sairam, na cerleza do Espirito Santo' anunciando<br />

a boa no\ra, a aproximag6o 'do reino de .De'us' (4) Pregando,<br />

ent6o, por campos e cidades, eles a exglerim'en'tavam no<br />

64 -<br />

S. CLEMI}NTE RoMANo, I EPISTOI/A AOIS CORINITIOS I57<br />

Espirito Santo (os que eram) as suas primicias, e os estabele-<br />

ciam como bispos e did.conos daqueles que futuramente iriam<br />

cr6r. (5) E isto n5o era novo, pois havia muito tremp,o que estava<br />

'escrito dos bispos e dihconos. Diz, com efeito, a rEscritura e,m<br />

certo logar: "Estabelecerei os seus bispos em justiga,e seus di6-<br />

conos erm fe" (Is. LX,17).<br />

XLIIL Que d d,e adrnirar, se os que de Deus rerceberam o<br />

encargo dessa o,bra instituiram os (ministros) mencionados,<br />

quan'do, iguahnente, Moises, o bqrn,aventurado "servo fiel em<br />

toda a casa" ('de D,eus) anotou para si, nos livros sagrados, to-<br />

dos os preceitos que re,cebera? A ele seguiram-se os demais pro-<br />

fetas que rtambem deram testam,ento de tudo que ele instituira<br />

na lei. (2) ,Ora, quando rompeu a r,ivalidade,em torno do sa-<br />

cerd6cio e as tribus entraram em dissens5o s6bre a que seria or-<br />

nada corn esse no,me glorioso, ele manrdou aos doze chef.es de tri-<br />

Lru que lhe trouxessem yaras es,critas conr o nome de cada tri-<br />

'Ten,do-as<br />

bu.<br />

r'ercehido, amarrou e marcou cotn os sinetes dos<br />

chefes ,e 'depositou-as no tabernAculo do testernunho s6bre a<br />

rnesa de Deus. (3) Feohou, depois, a tenda e marcou tamiberm o<br />

fecho c,omo fizera com as varas,4) e disse-lhes: "Ir:mdos, a tri-<br />

L,rt cuja vara germinar, e'sta e a que Deus lpara si ,escolheu afirn<br />

rle exercer o sa,cordocio e fazer a sua liturgia. (5). De manhd,<br />

convo,cou todo Israel, os seiscentos mil hdmens, exibiu os sine-<br />

tes aos chefes, abriu o tabeln6culo e tirou de dentro as vaias.<br />

Archou-se, ,entdo, a virga de Aar6o 'que ndo s6 brot6ra, mas 'at6<br />

d6ra fruto. (6) Que pensais, meus amados? N5o previa Mois6s<br />

querisso ia aco'ntecer? E'certissimo que sabia, mas para que nio<br />

se levantas'se a se,diqSo em Israel, 'assim agru, visando a glorifi-<br />

cagio do norne do verdad,eiro e rinico Dr€uS, oo qual a gldria pe-<br />

los s6culos rdos s6culos. Amen.<br />

XLI\I. "Tambem os nossos Ap6stolos souberam por nosso Se-<br />

nhor Jesirs ,Cristo que hav'eria disc6rdia pelo nome do episcopado.<br />

(2) Por esta ,Lrausa, numa perfeita qrrevis5o, instituir,am os<br />

(ministros) menci'onados, e em seguida derterrninaram que, 'de-<br />

lrois de sua morte, outros hom,ens provados recebam em sucess.lo<br />

o se,u ministenio. (3) Esses, pois, que foram oolo'cad'os pelos<br />

ACIOSTO, <strong>1943</strong><br />

- oa


158<br />

A ORDEM<br />

apo,stolos, ou iior outros homens consideraveis com o sonsenti-<br />

,rl.rrto de toda a igFeja, e que serviram irrepreensivelrnente ao<br />

rebanho de Cristo, com humildade e calma e sem vulgarida'de'<br />

testemunhados favorave'lmente por todos em todos os termpos'<br />

osses n6o acharnos justo rejeitar d,o minrist6ri'o (liturgra). @)<br />

NSoser6,naverdadeumpecadoleve'seexpulsamosdoepisaopado<br />

os hornens que apresentaram em oblagSo' de m'odo pio e<br />

ilrep,roensivel, os (nossos) d'ons' (5) Bernaventurados os presbi-<br />

teros que, jh tendo percorrid'o o seu caminho' tiveram um fim<br />

perfeito e cheio 'de fruto: n19 tiveram de tomar pre'caug6es para<br />

'gu"<br />

tlg.,"nt n5o viesse transferi-los do logar que lhes foi estahe-<br />

Iecido. (6) Ve,mos, com efeito, que d'estituistes alguns que vi-<br />

viam dignamente. do oficio pelo qual tinham adquirid


16S<br />

A ORDETVI<br />

XLVIII. Apress6mo-nos, pois, por afastar tudo isso, e<br />

caiamos aos p6s do Senhor e choremos suplicando-lhe 'que, ferito<br />

propicio, se re'concilie conoseo e nos resta,belega na religiosa e<br />

saniapratica da caridade frate'rna. (2) Pois esta 6 a porta, a da<br />

justiga, que est6 aiberta para a vi'da, conforme a Escritura:<br />

"Abri,m,e as portas da justiqa; 'entrando nelas eonfessarei ao<br />

Senhor; (3) esta 6 a porta do Senhor, os jus'tos entrario nela"<br />

(Sal. CXVII, 19-20)' (4) Das numerosas 'p'ortas ab'ertas, a da jus-<br />

tiga 6 aquela que estA em Cri'sto, na qual bemaventurados sio<br />

todos os que entram, que drifigefit sua ca,minhada ",em santidade<br />

e justiqa" (Luc. I,75) e fazam rturdo sem perturtrrag6es' (5) Alguem<br />

6 fiel, alguem 6''capaz de explicar um 'conhecime'nto' alguem<br />

6 sd,rbio no 'discernirnento das palavras, algue'm 6 samto em<br />

obras? Ele tanto mais deve humilhar-s,e quanto pareoe s'er rnaior,<br />

e procurar o que 6 d'e utilidade* para to'dos e nio sd para si<br />

rnesmo.<br />

XLIX. O que tem caridade em Cristo cumpra os manda-<br />

rnentos )do ,cristo. Qu,em pode ex'pli'car o vin'oul'o da 'earidade de<br />

I),eus? Q,uem 6 aapaz de exprimir a sua grande beleza? A altura<br />

a. ,que conduz a 'caridade 6 inefavel . A cari'dade nos une estreiitamente<br />

a Deus, ..a caridade cobre urrrla mul,tidao de pecados",<br />

(I Pet., IV-8) a caridade tudo suporta e tudo tolera; na caridade<br />

nio ha nenhuma baixeza e nenhuma sober a; a caridade nio<br />

faz 'divis6es, a caridade nio provo'ca sddig6es, a cani'dade faz<br />

tudo na conc6rdia; na,caridad,e foram os eleitos de Deus co'nsu-<br />

rnados em perfeigSo e sem a caridade nada ha que Possa agra-<br />

dar a D,eus. OMestre nos tomou a Si na carldade;'e por causa<br />

da caridad'e, que teve para 'conos,co, 6 que Jesris tcristo, Nosso<br />

Senhor, dooi,l A vontade de,Deus, entregou por n6s o seu sangue'<br />

sua carne por nossa carne e sua alma pelas nossas alm'as'<br />

L. V6s vddes, diletos, quanto 6 grande e admi'ravel a cari-<br />

dade e que n5o ha palavras que exprimam a sua p'erfeigdo' Quem<br />

6 capazld,e ser nela achad'o, sinSo os que o ,pr'6prio Deus fez digrros?<br />

Rorguemos, portanto, e pegamos ir sua rnisericor'dia ser-<br />

nlos achados na caridade, f6ra de faca6es humanas, irrepreensiveis.<br />

Tordas as gerag6es, desde Ad6o at6 os nossos diaS' pas-<br />

68 _<br />

r<br />

s. OLEMENTE noM_tNo; r EpisToLA Aos coRtNI[OS 161<br />

saram; mas aqueles que, segundo a graga de Deus foram torna_<br />

)clos perfeitos na caridade, ocupam o logar dos santos, e ficario<br />

manif,estos no dia da visitagdo do reino do Cristo. porque esilr<br />

escrito: "Entrai por um momen'to em vossos celeiros, ate que<br />

passe a minha colera e ,o meu furor; e eu me lemibrareri de um<br />

dia,propicio e vos farei levantar de vos,sos turnulos" (Is. XXVI-<br />

20 Ez. XXXVII-I2). Sornos b,e,maventurados, diletos, si observamos<br />

os prece'itos de De,us na conc6rdia da rc,arridade, afim de que<br />

n'os sejam p,erdoados, por ,causa da caridade, os nossos pecados,<br />

Porque,estA escr'ito : "Betrnaventu,rados aqu,eles cujas iniquidades<br />

'foram pendoadas e cujos pecados foram cobertos; f.eliz o hornem<br />

a quem o Senhor ndo imputard a sua falta e em cuja boca nio<br />

ha fraude" (Sal . XXXI, 1-2) Esta beatitude foi pro,clam,ada s6-<br />

br.e aqu,eles que Deus esc,oiheu por m,eio de Jesus Cristo, nosso<br />

Senhor, ao qual seja a glo,ria rpor todos os s6culos dos s6cul).<br />

Amen.<br />

LI. Todas as nossas faltas e tudo que f,izemos, devido a alguma<br />

insidia do inrirmi,go,<br />

roguemos qu,e nos seja perdonr.lo.<br />

Quanto aos que for,am instigadores da sedigio e da divisio, devem<br />

ter em'vista aquilo que constitui nossa esperanga comum.<br />

A,queles que se conduZem no temor e na caridade preferem in_<br />

oirdir p,essoalmente nas penas a ver nelas o pr6ximo, e gostam<br />

mais de arrostar a condenagdo do que de exp6r a harmonia que<br />

nos foi tdo justa e magnifi,camente legada. E melhor para um<br />

hornem fazer a conf,iss5o de suas faltas do que endurecer o coragio,<br />

com,o aqueles que se revoltaram cpntra o servo de Deus<br />

,Mois6s e 'cuja condenaqSo foi tdo evidente; pois ,,desceram vi-<br />

\os no inferno" (Nrim. - XVI-33) e a rmor.te seri o seu pastor.<br />

0 Fara6, seu exdrcito e todos os chefes do rEgito, como tambem<br />

-seus cairros ,e os que os montavam, n6o f,oram afogados por<br />

outra causa, no mar Vermelho e ai qrereceram, s.,in5o porque<br />

haviam endurecid.o seus insensatos corag6es idepois dos mila-<br />

Sres ,e prodigios oper,ados em terra egipcia pelo servo de Deus<br />

Mois€s.<br />

LIL IrmSos, o Senhor de nada precisa. Nio deseja nada<br />

de nirrguem sin5o que se Lhe d€ louvor e conf,iss6,o . Diz na<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong> -69


162<br />

ver'dad€' o seu eleito Davi:<br />

A ORDEM<br />

'lConfessarrei ao Senhor. e isto lhe<br />

ser6 mais agradavel do que o trezerro novo no qual apontam<br />

os chifres e as unLras. Vejam-nO os pobres e se ale'grem!" ('Sal'<br />

LXVIII - 31-33) E acresoenta: "O'fererc'e a Deus um sa'crificio<br />

de louvor, cumpre os votos que fizeste ao, Altissirno. Invoca-me<br />

rro dia da tribulaqSo q,ue eu te livirar,ei e tu me g,lorificarS-s (sal.<br />

XLIX - 14-15) Pois o sacrificio (que convem) a Deus 6 um es-<br />

pirito contrito". (Sal. LX-19)<br />

LIII. Conheceis, carissimos, e co'nheceis muito bem, a Sagrada<br />

Escritura d vos aprofundastes na palavra de Deus' N6o<br />

e, pois, sin6o como lem,branga que escr'evemos isso ' Tendo<br />

Mois6s subido para a montanha ai passado quarenta dias e<br />

quarenta noites de jejum e de humilhagSo, Deus lhe diss'e:<br />

"Mois6s, Mois6s, desoe dai depressa porque o teu qrovo, agueles<br />

que retiraste da terra do Egito prevaricaram. Bem depressa se<br />

tlesviaram do caminho que lhes havias rdetermina'do, e fundiram,para<br />

si um idolo" (Deut. IX, 12). E disse-lhe o tenhor:<br />

"IJma e duas vezes jiL te falei assim: Eu'observei este povo e<br />

eis que ele 6 de dura cerviz; deixa-me extenmini-lo e apagarei<br />

o seu no'me de sob o c6u e consti'tuiir-te.Oi s6br'e um povo grande<br />

e admiravel e muito mais numeroso que este" (Deut' IX-l3t4).<br />

E disse Mois6s: "De mo'do nenhum, Senhor! Perpi6a a<br />

cste povo o pecad,o ou apaga-rne tambrem do livro dos vivos"<br />

(E,-;od. XXXII-32). O grandeza de caridade, o per'feiglo in-<br />

superavel! o se,rvo se dirige com liberdade ao seu senhor; im-<br />

plora o perddo da multildSo ou pede que seja ele pr6p'rio supri-<br />

nrido com ela.<br />

LIV. Quem 6, pois, dentre v6s generoso, quem compassivo,<br />

quem cheio de caridade? Diga esse: Si eu sou'causa 'da<br />

rcb,eldia, da discdrdia, da divisdo, deixo o pais, retiro-me para<br />

on{e quiizerdes e curnpro as decis6es 'da co;munidade; somente<br />

desejo que o retranho do Cristo viva em paz com os presbiteros<br />

constitui'dos. Quem tiver agido assim consegu,ir6L uma grande<br />

gloria em Cristo e em todo's os lugares se lhe' far{ b6a acolhida:<br />

"Porque do Senhor 6 a terra e tudo que'ela colt6[1" (Sal'<br />

XXXIII-1). Isto fizeram e h5o de fazet os que t6m uma vida<br />

segundo Deus, isenta de remorsos.<br />

70-<br />

S. CT.,TMIINTE ROMANO, I EPISTOI,A AOS CORINT"IOS 163<br />

LV. Mas, para citar ex,enlplos tamb6m entre os pagSos:<br />

em certa ocasiio de peste, muitos rei's e chefes, por indicagdo<br />

de um oraculo, se entregaram ir morte, para salvar pelo seu<br />

sangue os cidad5os; outros ain'da houve que deixaram c pr6-<br />

lrrio pais, querendo com isso evitar que se levantassem reLreli6es.<br />

Sabernos ainda de muitos de v6s, que se ent'regararn h<br />

prisSo voluntariamente para libertar os qutros; muitos se en-<br />

tregaram A. escravidS,o para srustentar outros com o, dinheiro<br />

apurado. Fortificadas pela graga de Deus, muitas mulheres<br />

lealizaram numerosas agSes viris. Judite, a bemaventuradan<br />

vendo sob sitio a sua'cidade, pediu aos anc,iSes que lhe fosse<br />

p,ermitido dirigir-sg ao acam,pamento dos estrangeiros. Langou-se<br />

no perigo, saind,o (da cidade) por amor de su'a gratria e<br />

do povo sitiado; e o Senhor entregoru Holofernes irs mdos de<br />

uma mulher. Ndo menor foi o iperigo a que Ester, $)e,rfeita na<br />

fe, se expoz para salvaldo extermimio as doze tribus. Pelo<br />

jejum e pela humilhaqSo ela rogou ao Senhor ,que tudo v6, ao<br />

Deus dos s6culos; e este vendo a humildade de sua alma sa'l-<br />

vou o povo p,elo qual ela afrontara o perigo.<br />

LVI. Intelcedamos, tarnb6m n6s, por aqueles que se a'cha:nl<br />

em falta, para que lhes sejam concedidos a humildade e a moderaq5o<br />

e assirn possam ,ceder, nio a n6s, mas a vontalde de<br />

beus. Deste modo ser-lhes-i frutuosa e perfeita a misericor-<br />

'ciiosa miem6nia que deles fazemos diante de Deus e dos santos-<br />

I'lecebarnos a correcqeo, com a qual ninguem se deve irritar"<br />

carissimos. A re,primenda que nos fazemos mutuamente, 6 boa<br />

e muito util, rpois ela nos une estreitarnente i vontade de Deus-<br />

r\ssim fala com efeito a palavra sag,rada: "'O' Senhor me'cas-<br />

tigou corn rigor e ndo rne ,entregou a m#te" (Sal. CXYIIJS).<br />

"Pois,o Senhor castiga aquele a 'quert ama, chicoteia to'do o filho<br />

que lhe 6 caro" (Prov. III-12) "O justo rme corrigiri com<br />

rrriseriq6r'clia e me repreenderA, cortrtanfo ![u€ iltl,rlc'& o 6leo dos<br />

p,ecadores unja a minha cabega" (Sal . CXL, 5) E diz ainda:<br />

''Ireliz<br />

o homem que Deus cdstiga; n5o recuses, qtois, a corregrio<br />

do Todo p,oderoso. E.le feriu e suas ipr6prias rn6os ou'tran<br />

ram. Seis vezes ele te arrancar6 das necessidades; na s6tima<br />

AGOSTO, 194.3<br />

- 7l


164 A ORDEM<br />

yez o rnal ndo te toc,ar6; na fome ele te salvarf, da morte e no<br />

combat'e livrar-teri da espada. Guardar-te-d. dos golpes da li,ngua<br />

,e ndo temeris quando chegarem os rmales. Rif_te-As dos<br />

injustos e d'os irnpios e nio teme.frs as feras selva,gens. por-<br />

qu€ as feras selvagens viveirio e,m paz ,contigo. ver6.s entdo<br />

que reina a paz em tua casa e que a proqperidade n5o faltard<br />

cm tua tenda. veras uma numerosa desoendOncia,e os teus fi-<br />

lhos s'emelha,ntes a erva dos campos. D'esc,er6s ao tumulo, como<br />

o trigo m,aduro que se ,colhe em seu tempo ou como, o mionte do<br />

trigo colhido na h,ora qportuna" (J6, V_17,26). V€de. carissi_<br />

rrlos, quanta d a prot,egdo que v6la sdbre agueles qne o Mestre<br />

cast'iga; pois, senldo tbom pae,'nos ,castiga "provando n,a santa<br />

llumiigSo a sua miseric6rdia.<br />

LVII. Portanto, v6s que causastes o inicio da rebeldia,<br />

subor'dinailvos aos presbiteros e deixai-vos oorrigir para a p€_<br />

nit6,noia, dobrando os joelhos d,e vossos corag6es. Apr.endei a<br />

subrneter-vos, d'epoddo a soberba e orgulhosa arrogAncia de<br />

vossa lingua; mais vale para v6s ser peqiuenos mas ,pertencentes<br />

ao rebranho do ,Cristo, do que ser exolqidos da sua esperan-<br />

qa ap,ezar de um alto prestigio. porque assim fala a ,sa,betlonia<br />

'cheia de toda virtude: "Eis qu,e vos enviarei uma palavra d.e<br />

rrreu s6pro e vos ensinarei o meu verbo. Uma vez que eu cha_<br />

rn'ei e nio obdd,e,cestes<br />

e desenvolvi longamente os meus discunsos<br />

e n5o fizestes atengd,o, mras lpelo contrflrio tornastes nulos<br />

os meds cons,elhos e n5o cedestes,is minhas razdes; por isto<br />

hei de, rpor minha vez, rir-me de vossa perrda, qu,ando chegar<br />

a vossa ruina e vos atingir inesperada perturbagfro, ,quando se<br />

apresentar a 'catastrofe s,emel,hante ao furacdo ou vos sobrevier<br />

a tri,bulag5o e a qpressdo de todos os lados. pbis chegard um<br />

;lempo em q,ue me'invocareis e eu nd.o vos atender.ei; os rnAus<br />

.?r'ocurar-me-do e ndo me encontrardo. ,por{ue<br />

ddiar.am a sa_<br />

be'doria e n5o preferiram o temor do Senhor; neut quizeram<br />

atender aos m,eus ,conselhos zom-bando ,de minhas raz6es. por<br />

isso comerio os frutos de sua pr6pria conrduta e serro cheios<br />

da prdpria im,pi'edade. Por terem ,fe,ito ds crj;angas injustigas<br />

seiSo rnortos e o irnqudrito perderA 65 irqpios. Aquele, por6rh,<br />

S. CLEIIENTE ROMANO, I EPfSTOI,A AGS CORINTIOS 165<br />

{ue me atender, repousar.6, confiante, na esperanga<br />

garA<br />

e d$can_<br />

sem ternor do mal (prov. I_2J,BB).<br />

LVIII. tO,b,edegarraoS, poiS, ao seu nome santissimo<br />

ru.ioso,<br />

e glo_<br />

fugindo assim irs ameagas pro,feridas pela sabedoria<br />

tra<br />

cnn_<br />

os desobe'dientes, ipara repousarrmos confiantes no nome<br />

tissim,o<br />

san_<br />

da sua m,ajestade. Aceitando o n.sso cons,elho nao te*<br />

reis de que vos arretpender. pois, vive Deus e vive o senhor Je_<br />

sris Cristo e o E,spirito ,Santo, a f6 e a esperanQa dos eleitos:<br />

'agu'ele que praticar na humildade, com moderag50 continua e<br />

sem se queixar os preceitos ,e mand'arnentos dados por Deus ser6<br />

i.'cluido 'e contado no nfme;ro dos que sao salvos por Jesris<br />

cristo, 'pelo que lhe seja darda a gl6ria p,elos seculos dos sdculos<br />

Arnen.<br />

LIX. ,Si alguns dentre v6s de,so.bedeoerem ao g,ue. Deus<br />

drisse por nosso ,inte,rm6dio, saibam ,que se ligarflo a um, €rro e<br />

a *m perigo ndo pequenos; quanto a n6s sererrios a-bsolvirios<br />

deste pe'cado; e proferindo uma pre,ce e suplica insistentes. ro-<br />

garemos q,ue:<br />

Que o C,reador do universo oonse,rve intacto o nfmero<br />

rnarcado dos eleitos no ,mund,o inteiro.<br />

Por seu Filho bem arnado Jesfs Cristo,<br />

Por quem nos ,gharn2 das trevaS d, luz,<br />

Da ign,orAn,cia ao conhecimento da gl6ria do seu no,rnre.<br />

Para nos fazer esp,erzr ern.teu norrle,<br />

'I'u<br />

prin,cipio de toda creatura,<br />

abristes os olhos cl,e nossos .o.196".<br />

'I'u,<br />

pa.a t" _<br />

o unico Alrtissimo nas alituras sublimes _<br />

""";;";;<br />

O santo que repousa n,o meio dos santos I<br />

'lu que abates'a insoi6n,cia dos orgulhosos,<br />

Que transtornas os cil,culos dos rpovos,<br />

Q'ue exailtas os humildes<br />

Ir rebaixas os grandes;<br />

l'u gue en,r'iqueces e erqpo,breces,<br />

I'u que matas, salvas e vivificas,<br />

Unico henfeitor dos espiritos<br />

j,cosro, <strong>1943</strong><br />

_ Ta<br />

I<br />

I


166<br />

A ORDE]VI<br />

Ll Deus de to'da a carne;<br />

'fu que mergulhas o olhar nos abismos'<br />

Llscrutador das obras dos hom'ens'<br />

. Socorro daqueles que estSo em Pengo'<br />

Salvador e S'uar'da de to'dos os espiritos !<br />

'l u que multipiicas os povos soibre a telrra<br />

E qu'e escolhes dentre 6les os q'ue te amarn<br />

Por ,Jesus C,risto teu filho bern amado'<br />

Por quem tu nos instruiste, santificaste' honraste'<br />

N6s te rogamos' 6 Senhor So'berano'<br />

Si nosso socorro e nosso defensor'<br />

Salva aqueles dentre n6s que se acham na opressio'<br />

'l'ern piedade dos humildes,<br />

l,evunta os que 'cairam,<br />

I\lostra-te aos que estdo em necessid'ade'<br />

Cura os 'do'entes,<br />

Reconduze os extravialdos do teu povo'<br />

Sacia aqueles que t6m fome'<br />

Liberta nossbs Prisioneiros,<br />

If:rze levantarem-se os que estSo debeis'<br />

Encoraja os Pussilinimes,<br />

Que todos os Povos reconheqarn<br />

Que tu 6s o'uni'co Deus'<br />

QLre Jesirs Clisto i teu Filho,<br />

Qu'e n6s soinos teu rpovo 'e as ovellhas de tuas pastagens<br />

E's tu ([ue Por tuas obras,<br />

I'{anifestas a perpetua ordem do mundo;<br />

'Tu,<br />

Senhor, 6 qu'e creaste a terra'<br />

l'u que te conservas fiel 'ern todas as geraqdes'<br />

Jnsto etn teus julga'rnentos,<br />

Admiravel em tua forqa e rn'agnific6ncia'<br />

Shbio na conservaqlo das coisas cleadas'<br />

IJom nas coisas visiveis,<br />

E fi6l'para os que tdm confianqa em ti;<br />

I{is'ericordioso e coimpassivo,<br />

PerdOa-nos as nossas faltas e injustigas'<br />

74 -<br />

S. CLEMENITE ROMANO, I EPiSTOI,A ACIS CORTNTIOS<br />

Nossas qu,e/das e d,efeitos.<br />

Ndo oonsideres todos os pecados de teus servos e setrYas'<br />

Mas purifica-nos rpor tua vendade<br />

E dirige nossos passos<br />

Para que caminhe,mos na santidade do oorageo'<br />

E fagamos o que 6 b'om € agradavel em tua lpresenqa e.na. dos<br />

nossos prln0pes.<br />

Sim, Senhor absoluto, faze brilhar sobrre n6s teu rosto<br />

Para que gozemos dos b,ens ern ptaz,<br />

Para nos pro,teger cona tua 'mdo possante,<br />

Il nos livrar ,de fsfl6 ,pocado, pelo teu brago algado.<br />

E salvar+nos d,os que nos odleiam injusta'rnente.<br />

DAaconc6rdiae apaz,<br />

A n6s e a todos os habitantes da terra,<br />

Como o fizeste com nossos rpais<br />

Quando te invocaram santarnente na f6 e na verdade,<br />

Porque sornos sub,missos<br />

A teu no'me poderoso ,e cheio de virtu,de,<br />

A nossos principes e irqueles que nos ,gove'rnam so'bre a terra<br />

T'u, Senhor absoluto, foste quem lhes deu ,o podei rda realeza,<br />

Por teu magnifico e indizivel poderio,<br />

Afim de que oonhecendo a gl6ria e honrra ,que lhes concedest'e,<br />

lirds lhes sejamos submissos<br />

Il ndo nos oponhamos it Tua vontade.<br />

Concede-lhes, Senhor, a saude, a paz, a con'c6rrdia, a estabilidade,<br />

Pala que exerqa,m sem conflito a autoriidade s'uprema que lhes<br />

Po,rque 6s tu, Senhor, celeste, rei dos s6culos,<br />

Que dis aos filhos dos homens<br />

.r\ gl6ria, a honra, o poder sobre as coisas da terra.<br />

I con,fiaste<br />

Dirige, Senhor, seu conselho<br />

I)e acdrdo conr o bern, segu,ndo o ,qu,e i agradivel ern tua pre-<br />

' lsenga'<br />

Afi,m de que exeroendo corn piedade<br />

Na paz e na mansid5o,<br />

O poder que tu lhe deste<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong>


168<br />

A ORDEM<br />

llles te encontrern propic,io.<br />

56 tu tens o pocler de fazen isso<br />

Il de nos alcanqar maiores b,ens ainda!<br />

N6s t,e rendemos homenagem pelo grande sacerdote<br />

E chefe (guia) de nossas almas, Jesus Cris,to,<br />

Por quem te seja dada gl6ria e grandeza,<br />

Agora,<br />

Ii de geraglo ern geragio,<br />

Nos s6curlos dos sdculos. Amen.<br />

LXII. N6s vos preceitu6mos (nesta carta) de modo sufi_<br />

ciente, irmios, s6bre o que convdm ir. nossa religiE,o e s6bre o que<br />

e mais ritil para a vi'da virrtuosa, para aqueles que desejam con-<br />

rluzir-se 'de modo justo e piedoso. Tratamos fundam,ente da<br />

da ,penitdncia<br />

f6,<br />

e cla car.idade ge,iruina, da te,nlperanga, da casti_<br />

dad'e e da pacidn'cia; Iem,bramos o nosso dever de agradar santamente<br />

a,o Deus onipotente, na justiga, na verdad,e e na lon,gani_<br />

midalde. Concordes e sem ressentimento, em paz e caridade,<br />

numa constante rnoderagdo, a exernplo dos ,"itados patriarcas<br />

que agradaram pela sua humildade fara com o pae, Deus e<br />

creador e para com os homens. tr tuio isso temos recoridado de<br />

boa vontade, visto conhercermos clararnente que escreviamos a<br />

h'ornens fiiis e rdristintissimos perfeitamente atentos is maximas<br />

do ensin'arnento de Deus.<br />

LXIII. E' j,usto portanto que, vindo a tais e tantos exem-<br />

plos, curvernos a cabega e ocupemos o lugar da obedidn,cia; afim<br />

d'e cessar uma disc6rdia vd e atingrr sem manchai o fim que nos<br />

e proposto na verdade. vds nos causareis com efeito aregria e<br />

exultag5o si, obedientes ao que vos escrevemos pelo E,spirito<br />

Santo, eliminar,des o ilioito sentimento da vossa rivaHaade, con_<br />

formes, assim, ao pedido que.nesta tarta fizemos s6,bre a'p,az e<br />

a con'c6rd,ia. N6s vos envi,amos homens fi6is e sabi,os,<br />

de sua juventude atd a velhice vivem conosco, de maneir:a "o"'d"r_ i.rre_.<br />

preensivel, eles serio testemunhas entre v6s e n6s. Isto, fizemos<br />

para que sou'besseis que nossa preooupagfro consistiu e consiste<br />

em pacificar-vos prontamenrte .<br />

LXry. Quanto ao mais, o Deus que tudo v6 e i se,,'hor,,.dos<br />

s. CLEMENTE RoMA.\Io, I EPiSToLA AOS C,oRINTIoS 169<br />

cspiritos e domirnarlor cle toda carn€,, (Num. XVI_22), que es_<br />

colheu o Senhor .Iesus cr,isto ,e por meio d'Ele ta'rrbem ^a<br />

n6s,<br />

para selrmos seu povo particular, d6 a to{a alma que invorcar o<br />

scu none santo ,e glorioso, f6, t,emor, paz, pacidncia e longanimi_<br />

d-ade, temperanga, pureza e castidader p&rn que ela possa com_<br />

provar ao seu nome'pero nosso sumo-sacerdote e patrono Jesris-<br />

Cristo, pelo qual seja clada a Deus gloria e ma;estade, honra e<br />

pdder, agora e sempre por todos os s6culos dos s6culos. Armen.<br />

LXV. Proniamente remetei_nos, em paz e com ,alegrita, os<br />

nossos enviados Claudio Efebo, Vale,rio Bitdo e Fortunato,<br />

pa'a nos anunciar,em guanto antes a desejada e suspirada paz<br />

e harrnonia, afim de que quanto antes eu me ale,gre com a vossa<br />

firmeza. A graga de Nosso senhor Jesus roristo seja.onvosrco e<br />

com todos os que em toda parte Deus chamou po,r Jesris Cristo.<br />

Pelo qual seja a De,us gloria, honra, p,oder e maj,estade, reino<br />

eterno desde a origem dos sdculos atJ os s6culos dos s6culos.<br />

Amen.<br />

AGOSTO, i943<br />

I<br />

I


O II'OSSO NO\IO AII'CEBISPO<br />

- Foi desiBna"do PeIa Santa S€<br />

para, sucessort tto Cardeal lreme, de<br />

iellz mem6ria. na Arquidiocese do<br />

I'lo d.e Janeiro, o Exnto' e Revrno'<br />

Sr. ljom Jairne d.e ]Jarros Camara'<br />

atual ocupante da catedra de Be-<br />

lem do Par6,. Tendo nascido a 3 de<br />

julho cle 1894 no llstado de Santa<br />

CaUlrina, S. Excia. lievma ' or'le-<br />

nou-se a I cle Janeiro de 19 2 0 e,<br />

elelto bispo c1e Mossor6 a 19 d.e''cle-<br />

zernbro cle 1935, sagrou-se a 2 cie<br />

fevereiro at'e 1936, sendo eleltado a<br />

arcebispo de ljelem a L8 de setem-<br />

bro de 1941.<br />

A cornullica,qi"o of icial da Cilria<br />

Metropolitana foi divlllgada a 10,<br />

de julho pl6ximo Plssa,do, Por<br />

lVIons. I'ios.ttvo Costa Iiego, vigario<br />

capitular. E ao que se anuncia, S'<br />

llxlna. Iier{ma. assuru-ira a 15 cle<br />

agosto, festi ala Assunglo cle Nossa<br />

Senhora, as altas funq6es llara as<br />

quais foi designado pela Santa, 56.<br />

O nosso diretor recebeu de S.<br />

Itxcia. Revma. os seguinte tele-<br />

gramas:<br />

"Agraclecendo amaveis felicita-<br />

e6es Presidente A.C.B. €nvio ben-<br />

g5,o especial f ormuio votos expan-<br />

siro grande apostolado para" vit6ria,<br />

Cristo Rei. Tambem almejo Pro-<br />

gresso C.D. Vital revista. "Or-<br />

dem",<br />

"Reconheciclo abenSoo trabalhos<br />

78 -<br />

Registo<br />

Instituto maior progresso cultufaI<br />

cristlo<br />

Arquidigcese".<br />

Testemunhbndo submiss5,o f ilial<br />

beijamos respeitosa,mente o anel do<br />

nosso novo Arcebispo e damos gra-<br />

gxs r Dous que nos deu um Pai es-<br />

pirltual e Pastor na Pessoa do<br />

Exmo e Revmo. Sr. Dom Jaime<br />

de Barros<br />

Camara.<br />

,.BISPO, EAI E CENTIiO DA<br />

CO NLDADE, CII,ISTA"<br />

- D"'O<br />

Diaiio" de Belo-'tsIorlzonte de 4 de<br />

luirio pl6ximo passa,clo transcreve-<br />

mos o artigo Publica'clo sob o ti-<br />

tulo acima, Por ocaslio do iubileu<br />

episcopal do Sr. Arcebispo 'Iaque-<br />

la cicl,ade, e de autolia do P' Or-<br />

lando IIach.tclo, Assistente<br />

da A. C. arqui'aliocesana:<br />

dos II '<br />

-- I'I)eo<br />

gra'rias"l Graqas:ro Pail "Deo gra-<br />

tiis,'l O que o \'osso coragS.o Pocle<br />

pensar, os labios balbuciar6 a pena'<br />

cscrever ale melhol. do que esta Pa-<br />

lavra: De,o gratlas ! Naala ale mais<br />

curto se pode dizer. Nada de mais<br />

alegre se Pode<br />

ouvir. Nada de<br />

maior se compreend.er. Naala, de<br />

mais fecundo se Praticar". (S.<br />

Agost )<br />

"Graqas ao Pai! IIa mes€s, corn<br />

a ahna, angustia,da, vimo-l'o partir,<br />

o Anjo da Arquidiooese e como o<br />

di6.corro, na, incerteza ato futuro<br />

mas colocand.o toala a confianQa<br />

n'Aquele que 6 a chave cle todos<br />

os acontecimentos, diziamos: " ParE<br />

onde ides Pai, se,rn os filhos?" "A-<br />

fastou-se o Pastor das ov€lhas, a<br />

fonte alas aguas vivas, a cuJo tran-<br />

sito obscure,ceu-se o sol".<br />

" Entd.o, tal o venera-ndo Pai clo<br />

Eila,ngelho que reprimindo os an-<br />

seios e as aperturas do coragao. fi-<br />

cou s6, no velho solar, aguardando<br />

a volta do filho, esquadrinhanilo a<br />

linha. ato horizonte, ouvintlo os<br />

acentos e o timbre d.a voz ausente<br />

no mais leve sussurro, assim n6s, a<br />

Igreja de Belo llorizonte, na ausen-<br />

cia ,de seu ltrsposo, d'Aquele qr,re<br />

por ela se entllegou no mais abso-<br />

luto holocausto, pois o bom Pastor<br />

nio d6., pelas velhas, a,penas uma<br />

pi] rcela de cnel o r2 mus a l)r6lr'!r<br />

vida.<br />

"Hoje, ei-1o no nosso meio! Ei-<br />

Io no cloce e macio frouxel do Se-<br />

min6.rio, restituido pelo P:ri, pelo<br />

T'l in.ipa e fastor Eterno. as surs<br />

ovelhas I Quase n5"o o reconhecemos<br />

p nomo quc expontanca. e farvido<br />

br6ta-se-nos dos la-bios a excl:}ma-<br />

giio: "Esta mudanqa 6 realiz:rgiro do<br />

" Excelso " l<br />

"Pelos 25 anos fecundos de Lrm<br />

Santo Epi,


L72 A OITDEM<br />

nada, enclinando-s€ misericordiosL-<br />

mente pata a ind.ig'encra total e<br />

absoluta. Por isto, Deus neo pode<br />

suportar que uma criatura partici-<br />

panda lhe dispuie a gloria.<br />

" Louva.r e agradetler e assim ato<br />

essencia,l da criatura. De toda. a<br />

rriatura, seja a materia bruta e<br />

inanimada, seja a alotarda de sensi-<br />

bilidade que v5.o encontrar no ho-<br />

mem, "centro do Universo", a ex-<br />

presslo tl'Aquele louvor qile s6 C<br />

perfeito quand.o unido a claridade<br />

da vis5,o.<br />

" Grandesa do hornem l<br />

"Pelo corpo 6 mat6ria. Pela a]-<br />

ma 6 espirito.<br />

"No louvor ang6lico, o munCo<br />

visivel nAo encoDtra voz Po:s o<br />

Anjo 6 ato puro e exclue a Poten-<br />

cialid"rde da mat6ria.<br />

slo.<br />

Sa) o homem 6 Pontifice da cria-<br />

"Nele e por ele, os pincaros<br />

ne\ados, as montanhas, lagos e<br />

rios, n criag5.o em peso quais tre-<br />

fegos rebanhos, salta,m de aleS'ria<br />

e batem palmas ao nome do Se-<br />

nhor: " F lumina Plaudent manu,<br />

simul- montes exultabunt"<br />

|9<br />

"\{as o homem pelas suas for-<br />

qas nativas, nada sab'e da gloria<br />

intima de Deus, na, Trinclaale de<br />

Pessoas e Unidade de SubstAncla.<br />

56 aquele que nasceu n5.o ,da car-<br />

ne nem do sangue ou vontade hu-<br />

mana, mas, que recebeu no intimo<br />

'da alma a Carial'aale do Pai alerra-<br />

,mada pelo Espfrito, pod€ confrecer<br />

e amar esta gl6ria secreta.<br />

"E ent6.o, €is que o Cantor Eter-<br />

no das Perfeiedes do Pa,i, a expres-<br />

s5,o exactissima de Sua PerfeiQS.o<br />

desce dos esplen,alores do Santo, e<br />

80 -<br />

na Sua Divina filantropia como se<br />

exprime S. Joao, penetra com o<br />

oleo da divindade a Natureza IIu-<br />

mana e nela a materia resumida e<br />

vivifi.cada 6 levada, novamente, nu-<br />

nla entrega totaL e definitiva ao<br />

Pai, at6 a fonte onde freme e bor-<br />

bulha a llida per,ene da SS. Trin-<br />

,dade.<br />

r'Em Ad5"o, a nossa entr.ega ao<br />

I'ai nio foi bem absoluta, tanto que<br />

ele, foi desfeita por um ato de sua<br />

Iiberdade.<br />

"No Cristo, neste novo Addo, n6,o<br />

da terra mas ,do c6u, n6o terrestre<br />

mas celeste, a entrega 6 definitiva,<br />

iniegral, total, absoluta. No c6u a<br />

sua Pessoa, 6 uma, rel.acao essencial<br />

e subsistenLe, um eterno "esse ad<br />

Patl'em ".<br />

"Na terra. Sua vida continua<br />

alnda ei ser a €xpressS"o tangivel e<br />

sensivel desta entrega eierna, e<br />

,d'trll€. "Catholicnm Sacer'tlotem<br />

Patris", das profundezas deste co-<br />

ragi-o, oceano sem praias e sem<br />

fundo, sobe da terra para o Pai, o<br />

louvor infinito, a agi,o de graeas<br />

perfeita, a voz d.e louvor de todos<br />

os re,midos, de toalos os filhos ado-<br />

tivos 'do Pai, uni'dos ao Seu Chefe<br />

e Ce beqa, Lrela mesmissima corren-<br />

te de \ icla Am unra s6 e uniea voz,<br />

em uma prece saturada, tal como<br />

o ruido e o rolar ,ale muitas'vagas,<br />

o fragor triunfa,l das on,das revol-<br />

tas, na eterna trilogia clo Amor<br />

a,g'nadecido: "Per Ipsum, curn fpso<br />

et in IPso"'<br />

,'E' no ,correr do S . Sacriff cio,<br />

unidos pela carid.a,ale, " co,mo as<br />

cordas e citara" que entoaremos o<br />

cantico da ae6,o ale gragas por uma,<br />

saude arneacada e hoje revigoracla;<br />

lror um apostolado que comeeou<br />

humitde e psaondido como uma<br />

nascente e h.oje, tal o rnajestoso S.<br />

tr-rancisco, avoluma-s,e, alarga_se,<br />

arrastandb na forqa,, no tmpeto in_<br />

contido das a,gu,a,s outras cil.udais,<br />

fecundando e aleg'lanalo regioes<br />

que sem ele seriam sefaras e incul_<br />

ta"s: "ci imp'eto d,o rio alegra a San-<br />

ta Cidade de Deus',.<br />

"Hoje, 6 esta cida,de que se ale_<br />

gra. E' a Igreja de Deus. E' esta,<br />

r6plica, do Verbo Eterno que ex-<br />

prime, como diz Olier, por s€u es_<br />

-tado<br />

e seus louvores o que o pri-<br />

melro, por seu carater e divindade.<br />

Fj' a cidade em cujas ruas se ouve<br />

('ontinuamente o cantico cla ale€lria<br />

e ae6es de gragas: f,Te per 6rbem<br />

terrarum Sancta confiteur Eccie-<br />

sia".<br />

"A Igr'eja 6 uma Sociedaale de<br />

Iouvor. Se o Verbo se incarna 6<br />

Dara que toda a criag5o se eleve<br />

ao Pai num louror infinito e o Seu<br />

,corpo mistico que vive da mesma<br />

vida no Cihefe, continua no tempo<br />

o ,'opus Dei', por heio do oficio e<br />

da Eucaristia, a- ag{,o de gragas por<br />

excel6ncia.<br />

A S. Igrejal Corho 6 bom dar<br />

agoes,de 8'ragas com elal E ela que<br />

ag'tu na terra 6 como que o decal_<br />

que de propril vida Trinilaria, toda<br />

se encontra, sem nenhuma dimi_,<br />

nuigS.o ou mutilagS,o no Bispo.<br />

"O Pai gera o Filho no seu seio<br />

fecundo.,<br />

"O Pai envia-o A, terra.<br />

"O Filho que 6 enviaalo, por sua<br />

vez envia os Ap6stolos. Assim<br />

como o Filho este nos Ap6stolos<br />

como no Pai, esta tambem no Bis_<br />

Ilo. Assim como Cristo € oabeea da<br />

1-GOSTO, <strong>1943</strong><br />

REGISTO<br />

77e<br />

Igreja-, o qjspo 6 chefe do seu po_<br />

vo, da, sua.Igrejd,.<br />

"Receber o Bispo € receber o<br />

pr6ptio Cristo e no Cristo, o pli<br />

que O enviou-<br />

"Nao ha dois episcopaclos como<br />

na-o hd duas Igrejas.<br />

"Na vida ,da Trindade, o Espf_<br />

rito Santo € o lago cle unid,o, o lia_<br />

me, b te.mo das proc€sso,es, a ca_<br />

ridade do Pai e do Filho.<br />

"Na Igreja 6 Ele ainda quern<br />

reduz tudo e unirdaale e todo o<br />

misterio da unialaale da Igreja resi_<br />

de no Bispo que €ncerra e,rg sl, ha-<br />

plenitude do Espirito, a fecundida_<br />

de da trgreja.<br />

"Assim, na terra, o Fispo 6 e<br />

lmagem alo pai.-.<br />

"OPai6afonte.<br />

"O Bispo e como que, aliz Mercier,<br />

o coragS.o d,a Igreja. que pre-<br />

side a vascularizaqd-o alo Sangue de<br />

Cristo.<br />

" O Bispo, de_qde o comego, tern<br />

sua plena maturidade. Nasce com<br />

a plenitude cla paternidade Espi-<br />

ritual Como Adeo, 6 criado.<br />

adulto.<br />

"S6 ele 6 Pai como s6 ele 6<br />

mestne : " ainda que tivesseis mi-<br />

lhares de preceplores em Crislo,<br />

diz S. Paulo, n5"o tendes, toalavi.a,<br />

muitos pais. Ora, pela pregagdo<br />

do Evangelho, eu me tornei vosso<br />

Pai ,em Cristo".<br />

"Que concepgS.o robusta, bela e<br />

harmoniosa, a dos primeiros cris-<br />

t5.os, sobre o Bispo. Bispo n5"o 6<br />

apenas o Chefe de urria adminis-<br />

trageo e a Igreja l]niversal nd.,o 6<br />

a soma das fgrejas particulares.<br />

"Nd,o. Ele 6 o. centro visivel Je<br />

unidade, d'entro de sua Diocese.<br />

-81


t74<br />

Com ele, traz tod.a a riqueza da<br />

F6, o pleno poaler de santificaqdo<br />

pois a Igreja, na terra, € o refle-<br />

xo e o le'llerbero d'aquela uniS'o<br />

de vida na SS. Trintlad,e on'de o<br />

Pai gera ,o Fil,ho sem a quebra tla<br />

simpliciclaale, sem rompimento ale<br />

substancia,.<br />

"O Protes'tantismo 6 inalivialua-<br />

lista. Ele nos fez peraler a visao<br />

orginica da Igreia e tiai, em mui-<br />

tos, este eclificio espiritual edifi-<br />

cado 5, margem alesta Mee desco-<br />

Iheci'da que C a S. Iarejar.<br />

"A reagS.o e heersia, Protestante<br />

'que via, na Igreja t6o somente o<br />

€lement,o invisivel e individualis-<br />

ta, fez com que muitos conside-<br />

rassem na Igreia apenas o seu ar'-<br />

cabougo externo.<br />

" Ii'alai a muitos destes, d a alevo:<br />

g5,o ao Papa, d Igreja, ao BlsPo,<br />

€ eles resumir5o toata a sua ati-<br />

tude numa unica palavra que 6<br />

€"lguma coisa mas nd,o 6 tudo:<br />

submissS,o passiva,.<br />

I' Jul,gam-se orde'nado,s para a<br />

fgr€ja, docente quando 6 justa-<br />

rnente o contrario: 6 a autorida-<br />

'de que deve visar ao bem comum.<br />

Tudo 6 vosso, diz S. Paulo. Tualo.<br />

A Igreja,, Esposa, de Cristo, as suas<br />

Tiquezas, a sua Liturgia, os seus<br />

Sa,cramentos, a Sua Ilierarquia.<br />

Tudo 6 vosso, mas v6s sois de<br />

Cristo com,o Cristo 6' de Deus.<br />

",Se muitos vivessem esta aloutrina,<br />

muitos tambem compreen-<br />

.deria,m,a funeSo cla Hierarquia:<br />

r,rma fungS,o 'ale 'calialade, de am,or,<br />

de ilevotamento e no Bispo, jus-<br />

tarmente com e plenituale do Sa-<br />

cerdocio, ,e com . a plena partici-<br />

Baea,o na realeza de Cristo, sabe-<br />

82-<br />

A ORDEM<br />

riam ver tambem a plenituale do<br />

monacato na sua entreg'a total e<br />

Deus e ao pr6ximo.<br />

assim; Exm,o, e Revmo.<br />

Sr. reacendendo a f6 na Igreja,<br />

vendo na, sua, paternialaale a Ima-<br />

gem cla propria paternidatle do<br />

Pai, qire cl'aqui alo Seminario de<br />

onde partem os que ,ri.<br />

' "*p.,.""eo<br />

do Pontifical sa,o-lhe " providi<br />

c,ooperatores lordinis nostri ", se<br />

elevard,o ao ceu as notas fervidas<br />

do nosso "Ilso gra,tia,s".<br />

" E' no momento solene de um<br />

Sacriffcio em ag5.o ale' graQa:s Por<br />

25 anos de um fecund.'o episcopa-<br />

do, por uma preciosa saude restituida<br />

e que volta, para nosso gau-<br />

dio, como aquela mediala do E-<br />

vangelho "bonam et confertam et<br />

coagulatam",<br />

que pedimos A Rai-<br />

nha dos C6os, a estrela luminosa<br />

do EpiscoDado de V. Excia , faqir<br />

chegar ate ao Pai, pelo Filho, na<br />

unidade do Espirito, o noss,o "Magnificat"<br />

de ag6es d,e graQas.<br />

"Gragas ao Pail 25 anos de<br />

Bispo: Quanto labor, quantas le-<br />

,Brimas, quantos sulcos abertos,<br />

mas que magnifica e esplenalida<br />

colheita! "Quem semeia nas lagri-<br />

ma,s, colhe na alegria " .<br />

"Gragas ao Pai! 25 anos de<br />

Bisp,o I<br />

. "Nas ribas alo majestoso 56o<br />

Francisco, la ficou, 'em urn'a nes-<br />

ga do c6o azul, emoltlurando em<br />

tufo ale verduras, refletitla nas<br />

aguas, a pequenina, e saualosa<br />

Prop,niA:<br />

"Mas n5,o. "Confitlo,'.<br />

.,Laxabo<br />

rete". Para. o altol E' necessario,<br />

disse V. Excia,, afrontar os lanqos<br />

do alto mar, os seg're.dos e ui-<br />

vos das aguas profundas e toF<br />

mentosas .<br />

"Dos v,erdes mares do Norte,<br />

aos desconhecialos ma,res ,clo Sul.<br />

E' a aguia que afronta, soberana,<br />

a vastideo dos mares. E ei-la,<br />

aquf, suspensa nos alcantis mi-<br />

neinos, ensinando-nos a voar. El'<br />

o Seminario. El' ..O Diario,. E' a<br />

AdoragS,o Perpetua. E' q triunfo<br />

de um Cong'resso Elucaristico. El'<br />

a ulti,ma e admiravel carta pasto-<br />

ral sobre A.C, que nos obriga a<br />

repetir as mesmas palavras de<br />

Sev€ro ao Bispo S. Basilio: ,.Ninguem<br />

ate hoj,e teve tal lingua-<br />

gem ".<br />

"Se me perguntassem qual 6 o<br />

ca,riater, o traeo f isionomico da<br />

alma do meu Pai e Pastor, eu di-<br />

ria: 6 a robustez de uma F6 her-<br />

dada de seus Pais, f6 inquebran-<br />

tariel, invencivel, que alesconhece<br />

obst6culos e tropegos, aliada, a<br />

bondade de lrm coragd,o td,o gran_<br />

de como a r,lastid5,o das brancas<br />

praras que ornam o litoral nor_<br />

destino: " cledit illi Deus latiturli_<br />

nem ,cardis quasi arenarm quaes<br />

est in littore maris,' .<br />

"E' a face do homem. E' o D.<br />

Ca.bdal hurrf,ano ,e bom. E, o con_<br />

dutor de homens. E' o Bispo a-<br />

migo e Pai dos Saceralotes que<br />

sofre com eles e que oculta um<br />

coragS,o de carne num broquel de<br />

bronze.<br />

"Por tudo isto. p,or tod.a uma<br />

viala consagraala ao serviQo da<br />

Igreja. Por lhe terdes, 6 pai,<br />

conservado o precioso dom da<br />

saucle, penhor de que O teremos<br />

por largos anos artes que o prin-<br />

cipe e Pastor das nossas almas<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

R'EGISTO<br />

L15<br />

lhe coloque na fronte de batalha-<br />

dor intrepido a corda imarcessivel<br />

da gloria, obrig'ado, ,,Deo<br />

sra_<br />

tlas " !<br />

..Deo g,ratia6! Graga,s por no_lo<br />

terdes restituido dupla,mente na<br />

pessoa d,e D. Jos6, deste Arcebis_<br />

po que tem o dom de alominar pela<br />

bondartle acolhendo-nos num riso<br />

manso e cheio de luz, Arcebispc<br />

que hoje mais do que nunca esti<br />

vinculaclo e historia desta Arqui_<br />

aliocese e em quem sentimos pal_<br />

pitar um coragS,o de pai.<br />

Por tu,do isto, pelo que o cora_<br />

gao diz e os labios recusam tracluzir,<br />

recebei, 6 Pai, o nosso ,,Deo<br />

gratias" que, sabeis, sobe para, v6rl<br />

na expontaneidaate e leveza da es_<br />

piral de incenso, porique 6 a voz<br />

d.a sinceridade, voz dos filhos que<br />

jubilosos acorrem para junto - do<br />

Pai no dia da, alegria do seu cora-<br />

qao, como uma coroa viva. enas_<br />

trada em sua honra;<br />

"Vinde e vede-O com o diaale_<br />

ma com que o Senhor o ccroou<br />

no dia da alegria do coragS,o".<br />

II,ENOVT{qAO I{IiITRGICA I,l<br />

AQAO CAT6I;ICA - D',,o Diir-<br />

rio" tle Belo-Itrorizohte, nfimero<br />

de 14 de julho pr6ximo passaclo,<br />

transcrevemos o seg.uinte a,:rtigo<br />

tle Frei Boaventura, O. p. , pu-<br />

blicado sob o titulo ..Erros e exa_<br />

geros": .,Muito se tem fala.do ulti_<br />

mamente da m6. ,orientagS,o €m<br />

m€,teria de A.C, e dos exageros<br />

que se infiltraram neste rnovimen_<br />

to de recristianlzagd,o do mundo.<br />

N5,o 6 lntengio nossa apoiar tais<br />

alegag6es nem td,o pouco aliscuti-<br />

las. Quem n6o €rra neste mun-<br />

do? E' por isso que temos ao nos-<br />

-83<br />

I


176<br />

so laalo os guaralas virS:ilantes da<br />

Ortoaloxia, o papa e os bispos,<br />

aos qua,is compete desmascarar e<br />

co,ndenar os erros. D€sejariamos<br />

apenas ch,ainar a atengS'o sobre o<br />

criterio e a, prutlencia com que se<br />

deTe julgar os outros.<br />

"Sempre, gostamos ala, Parabola<br />

alo ioio e clo trigo aPreciando de<br />

moclo especial a prualencia aleste<br />

mestre ala sealrla que aos s€rvido-<br />

res cheios ale zelo proibe arrancar<br />

o joio antes alo te'mpo da messe'<br />

N6o que aPodasse a Presenqa da<br />

erva, alaninha ou quizesse fa,voreoer-Ihe<br />

o desenvolvimento;i 'mas<br />

talvez desconfiasse dos proprlos<br />

"capinaalores" capazes de confun-<br />

atir, e ale arrancar o trigo,err1 nez<br />

tlo joio. O que acontece tantas<br />

vezes nos quintais e na.s Plantag6es,<br />

bem pode a,contecer no cam-<br />

po da ver,tlaale. Aquilo que nos<br />

parece errado nem sempre con-<br />

tdm o erro, ale fato, e nem s€m-<br />

pre est5, errado sob todos os Pon-<br />

tos ale vista.<br />

/.- Par?. julgar algu6m 6 Preciso<br />

inteira,r-se Perf eitamente do seu<br />

pensamento e do sentido ala atitu-<br />

cle que toma. Quantos criticos<br />

caem no ridiculo por faltarem a<br />

esta regra dd rnais elementaf Pru-<br />

,d6ncia, atacann uma aloutrina que<br />

ignoram ou a, interPretam num<br />

sentitlo que n6o o tlo autor? ,o<br />

erro nio existe send,o na imagi-<br />

naqd,o 'tlos criticos ou na inter-<br />

pretagdo tenclenciosa que eles<br />

mesmo ialealizarn. S5.o veirralaalei-<br />

ras calunia,s que se tr&mam e €spa,Iham.<br />

"Na sua recente pastoral Dom<br />

Cabral aluale a, estas faltas oome-<br />

84-<br />

A ORDEM<br />

" ticlas om torno da A. C. Formamse<br />

juizos precipitaalos, taxam-se<br />

de erros a, corrent€s de Pensamento<br />

e atituales que n5,o s5,o sufici.en-<br />

temente examinada.s. Quem n5,o<br />

, ouviu falar recentemente em exageros<br />

liturgicos; em atentados<br />

contra os exercicios ale S. Inacio,<br />

a clelogS,o do SS. Sascl'amento, e<br />

Nossa Sentrora", aos Santos<br />

quanta indignaqS,o n5,o se desper-<br />

tou e quantos protestos n5,o se Ie-<br />

vantaram c,ontra d, Petula,ncia, de<br />

certos leigos, suas Pretens6es injustas<br />

e suas irreverencias ao cle-<br />

re: A famosa questS,o d.o rosario<br />

na missa provocou tamb6m ce-<br />

Ieumas e escandalos. Chegamos<br />

por6m a, perguntar aos nossos bo-<br />

tdes se todos estes pirloblemas f o-<br />

rra,m exadrinados com b,astante<br />

cuiclado, com a, alevitla prud6ncia-<br />

Sera que os criticos se inteiraram<br />

perfeitamente do Pensamento e ala<br />

atituale atos julSaalos ?<br />

"Para julgar uma doutrina e<br />

u'ma atitude ha tantas circunstan-<br />

cias que consid erar, tantos .matizes<br />

que,alescobrir! Um liturgista<br />

maniflsta, seu entusiasmo Pela Uturgia,<br />

quetr basear sua viila, espi-<br />

ritual na, missa, e na3 orag6es ofi-<br />

ciais tla Igreia.4 isso n5,o 6 Prova<br />

cabal tlo seu exclusivismo, do seu<br />

desprezo da meditaqeo ou outro<br />

exercicio espiritual. Algu6m arris-<br />

ca urna censura, contra tal ou tal<br />

clevoedo alo Povo nd'o quer dizer<br />

que condena, a detiog6'o em si mes-<br />

ma senio apenas o mo,do cle Pratica-la.<br />

Se um cristS.o chega a<br />

tomar consciencia d.o seu 'carater<br />

batismal, da sua, ParticiPaqSo no'<br />

sacerdocio de Cristo, ?a sua mis-<br />

s5,o cle apostolado, isto nao signi-<br />

fica que pretende igualar-se aos<br />

paalres. Deixar de rezar o terqo<br />

na missa e d.esaconselhar at6 osta<br />

pratlca pa,ra fiestaurar melhor a<br />

vida liturgica, n5,o 6 ser inimigo<br />

do tergo. Ficar no seu meio mun-<br />

dano para exercer urn verdadeiro<br />

apostolado, n5,p 6 desOrezar a re_<br />

gra ale moral que manda fugir das<br />

ocasi6e,s de pecado. euem se d.€i-<br />

xa empolSlar pelo a,specto ma,is<br />

positivo ala vida cristS, e se a,pli_<br />

ca ao conhecimento mais perfeito<br />

da vida da graga, das suas exig6ncias<br />

e impulsos n5o d,eve ser<br />

ca;talogiado entre os inimigos da<br />

cooperagao humana e d.a mortifi_<br />

cag5.6 - quando um simple,b crls_<br />

t5o apresenta sua opinieo e aspi_<br />

raqao de batizado e chega at6 a<br />

discutir com um sacerdote, juI_<br />

gando €stat na verdade, n5o C<br />

evidente que €le talta 6.devida, re_<br />

verancia. E eles longe de perderem<br />

seu prestigio e sua posiqd,o antes a<br />

consolidariam peia sua caridade e<br />

larg.ueza de espirito. Mesmo quan_<br />

do, deparamos com alguns exage_<br />

ros, devemos examina_los com cer_<br />

to criterio. IIe exageros que nEo<br />

prejudicam real?nente, a,ntes ser_<br />

vem e verdade por serem apenas<br />

modos mais fortes ale apresente_la<br />

e moclos exigidos pelo ambiente<br />

o.ue necessita es vezes de afirma_<br />

edes categoricas. Numa sala mui_<br />

to escura, h6. mister de lampadas<br />

mais luminosas. Num ambiente<br />

de acustica pessima, 6 pneciso levantar<br />

a voz - IIa vefialades que<br />

preoisam ser g:ritadas por serem<br />

muito importantes e por terem fi-<br />

cado clesconhecitlas ou a,fogaalas<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

REGISTO<br />

777<br />

demais no' meio alas outras. Ifi'<br />

Ilors exageros que dever5"o ser ad_<br />

miti.dos e s5,o as consequoncias do<br />

arnbiente em que se apresenta.m.<br />

,'Tratando-se<br />

de problemas de<br />

A. C . serA tamb,6m oportuno le_<br />

rar em conta o espirLito que ani_<br />

ma esla orgenizagd-o e o m6todo<br />

que ela adota na, formagdo alos<br />

. seus elementos. Os leigos que in-<br />

tegram os quadros da, A. C. de_<br />

vern ser possuidos pela ,,mistica<br />

profunda e forte ala,- Cristandade,'.<br />

Sabemos que esta mistica 6 inte-<br />

€iraala pelo bem toalo e pela ver-<br />

dade integral que se acha na san-<br />

ta Igreja,. Neo aalmite exclusivis-<br />

mo, nem partidarismo, neIII ape-<br />

go demasiacio a uma corrente de<br />

espiritualidade com excIusS.o alas<br />

outras, nem qualquelr atitude que<br />

possa restringir os horisontes cla<br />

vida c;t6lica,. N5.o quer dizAr ,lue<br />

vai colocar todas as verdades no<br />

m€smo plano, antes h5, de re"s'rei-<br />

tar a hiera"rquia que existe entre<br />

elas conforme a importancia e o<br />

valor de cada uma. A mistica do<br />

Cristianismo exige que sejam des-<br />

tacados os valor€s mais import:rn-<br />

tes na formagS.o dos cristaos mas<br />

que se guarcle ao mes,mo. tempo<br />

uma atitude de benevol€ncia e<br />

largueza para n5,o excluir e con-<br />

, denar o que a Igreja nd,o con-<br />

dena.<br />

"O m6todo empregado na A C.<br />

para formaeao dos seus elemenios<br />

6 baseado na, persuasd,o de prele-<br />

rencia a,os regula,mentos €xternos.<br />

Mais que em qualquer outra orgznizaga.o<br />

relig:iosa guardaremos<br />

na, A. C. a preocupagS,o cle n6o<br />

apaganf o fogo a/ceso e o mealo tle<br />

-E5


176 A ORDEM<br />

arrancar o trigo com o joio. o<br />

medo alo liboralismo que suscitou<br />

tantos erros e acarrertou tantos<br />

inales ao mundo ndo nos derer6,<br />

i,mpedir de rneivindicar o verdadei-<br />

ro iiberalismo, o da verdad€. E'<br />

nesta atitutle de benevolencia e<br />

Iarg'ueza que ohegaremos a nos<br />

entender, e'vitando de nos taxar<br />

mutuamente de erros e exageros,<br />

e trabalhando unitlos sob a orien-<br />

tagdo tlos nossos Pastores",<br />

EDITORA VOZES LTDA.<br />

Ma,triz: PETR6POITIS, R,ua Nunes Marcha,alo, 205 - Fone 3214<br />

UMA OBRA,EM DESTAQUE COM A REFORMA DO ENSINO<br />

SECUNDARIO:<br />

,ATi,S I]ATINA<br />

Curso prS,tico da lingua latina elaborado segundo o m6todo ala escola<br />

ativa peios professores do Colegio Serdfico, Iiio Negro, para,na<br />

Originalialade e eficiOncia - numerosas g:ravuras s,prropriadas e<br />

eluciclativas<br />

"Ars Laitina" se comp6e de 4 tomos, que est5,o todos a venda,:<br />

Voiume I (1' e 2o anos): Morfologia; nogdes de substantivo,<br />

adjetivo, do pronome e formas regulares usadas<br />

do verbo, 206 pags. Enc. 12$000<br />

Tolume II (3" e 4o anos): Quadros das conjtrgrrgdes: completa<br />

morfologia e traz da sintaxe a.s c(.nstruq6es do<br />

participio conjunto e do acusativo com o infinito. BOa<br />

construgS"o da frase portuguesa e para isso insere avisos<br />

especiais. 272 pgs.<br />

14$000<br />

Volume III (5' a ?' 4nos): Introduz nos mist€rios da sintaxe.<br />

320 pgs. Enc. 17$000<br />

Volume IV: E' a gramatica sistematica, diviclida em duas<br />

partes: Morfologia e sintaxe. M6trica lat.ina, peso,<br />

moedas e rnedidas. calendario romano, abreviaturas<br />

mais usadas. 364 pgs. Obra de consulta para mestres<br />

e alunos. Enc. . 20$000<br />

Pelo correio mais o porte<br />

Pedios a EDITOIiA \rOZES LTDA. - Qai;a posta.I 23<br />

Petropolis, Estado (lo Rio<br />

Fili.tis: Rio - r. da Quitanda, 26-2. - S. Paulo - r. Sen. Feij6, 168<br />

ou por intermeclio ale qualquer boa livraria.<br />

86..-<br />

PASTORAI Dn DOII ANTo_<br />

NIO DOS SANTOS CA-BILAI]<br />

- Arc.ebispo Metltlpoutallo de<br />

B,elo Ilorizontn _ lg4} _ 4Z<br />

pp.<br />

Por ocasi6.o do seu jubileu epis_<br />

copal o sr. Arcebispo Metropolita_<br />

no de Bejo Iforizonte dirigiu ao<br />

clero e fi6is da Arquidiocese essa<br />

Pasto,ral que h6. de ficar como um<br />

dos documentos mais forles e mais<br />

profundos emanados do episcopado<br />

brasileiro. .A ORDEM,' j6, a trans:<br />

creveu na integ.ra (nfimero ale ju_<br />

lho pr6ximo passado) e nesta nota<br />

queremos apenas deixar, o testemu_<br />

nho de nossa alegri4 por essa da_<br />

diva que 6 a palavra de tao ilustre<br />

membro da Ifierarquia aos fi6is de<br />

sua Arquidiocese, com os quais se<br />

congratulam todos os fi6is ,do Bra_<br />

sil. No momento em que algiuns<br />

ainda hesitam em se entregar d€_<br />

cididamente e sem reservas ao a_<br />

postol:ido da AgE_o Cat6lica, D sr.<br />

ArcebisDo cle Belo Ilorizonte af ir_<br />

ma aos seus fi6is que o Congresso<br />

Provincial de Aqd.o Cat6lica, que<br />

vem sendo pleparado com o maior l<br />

zelo ser'6. , o ato culminante tlas<br />

comemoraqdes destes vinte e cinco<br />

anos de Episcopa,do,,(p, 1Z). A<br />

Pastoral, que reafirma a definig6o<br />

da A C como participaeeo do lai_<br />

cato no Apostola,do If ie,r6,rquico<br />

(p.13), estuda as suas notas es_<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

Livros<br />

senclais (pp. 13 e segu) e os prin_<br />

cipais problemas suscitados. Entre<br />

estes, o da formag5.o ]jiturgica (pp-<br />

29 e segu.). ,,A formaeeo diligente<br />

e pr.ofunda, rieligiosa e nr,oral, ba_<br />

seada s6bre uma piedade s6lida e<br />

uma honestidade comprovada,,,<br />

como o exige o Santo padre, nd,o<br />

podere prescin,alir da vida littrrg-ica-<br />

da fgreja.', (p. 29). E afirma nou-<br />

tro lug2,1' que a A. C. ,.devere em_<br />

penhar-se com alma e desassombro<br />

no movimento littrgico,, (p.81)<br />

Os que trabalham pela A. C e pela<br />

volta d" liturgia teem siclo vf timas<br />

da ma vontade e at6 das calrinias<br />

de muitos. Assim 6 que ler5o corn<br />

o maior alirrio e gratiili.o nesta pas_<br />

toral o seguinte: ,,NEo vos atemo_<br />

rrzem os pretensos ou reais abusos<br />

que se atribuem ao movimento da<br />

Ag5.o Cat6lica e ao movimento li_<br />

tfirgico (. .) Ni_o incumbe aos<br />

IeiEios, nem aos simples sacerdotes,<br />

pul si mesmos, a eorreqEo e extir_<br />

pa95.o de tais maI_entendidos. Seo<br />

os Bispos juizos serenos que, au_<br />

xiliados pelo Conselho de Vigildn_<br />

cra, constituido em toilas as Dio_<br />

ceses, devera.o ser informaclos para<br />

as medidas aconselhaveis a preser_<br />

vaqao e pureza da f6.'..(p. +f)<br />

}IONS. THIAIMR ,T6TII _<br />

Os dcz mandattreintos (f rvo-<br />

lunre; - Tradugiro tlo pe. An_<br />

tonio d,Almeida Moraes e


'180<br />

a<br />

Prof. Je.r.onirno Guimarf,i:s -<br />

Elditora S.C.J. - Taubat6 -<br />

'<strong>1943</strong> - 394 pp.<br />

A Fjditora, ,S.C.J. e qual deve-<br />

rnos o frtil e excelente j**AXl**<br />

lgelQgiSa de Santo Tom6"s de Aqui-<br />

#5i^6F*'+'afr<br />

'no<br />

em fonma ale catecismo Da.ra<br />

.<br />

",r,,..,.i<br />

r..',<br />

"31p-g<br />

*4o9.,fr€iFll" "-<br />

panda-nos asora<br />

rnais uma tradugS,o rlas obras de<br />

Mons. Toth. Nestp pfimeiro volu-<br />

ne s5,o estudaalos os mandamentos<br />

da Ig:reja at6 o quarto inclusive. A<br />

A ORDE1M<br />

exposigd,o da doutrina 6 anrrenizada<br />

'por<br />

infmeras narrativas. (As vezes<br />

o a,utor ,procura fazer "literatura"<br />

como ao narna,4 certo epis6alio e-<br />

varre:61ico: "P' .<br />

t-inq.a- tarde:<br />

"1??,<br />

-o _c6u este aztl, sem nuvens; nem<br />

s, mais pequena, brisa, nem uma<br />

a,ve a, sobfevoar na I'astialeo dos<br />

r:spagos". (p,86) Na,ala disso este<br />

las Sagzratlas Escrituras e o estilo<br />

pseualo-litererio s6 serve para dimi-<br />

ruir a forea, a beleza e a sobrieda-,<br />

de da narrativa evang6lica).<br />

Mons. Toth frisa a importAncia<br />

da obsefivancia alos mandamentos<br />

em face da vida eterna, a, sua<br />

''atualidade ", nega,da pelos moder-<br />

nistas e pelos que admitem ou exi-<br />

gem uma como que evolugd,o na<br />

disciplina doutrinS,ria e moral da<br />

Igreja. Lembra os cleveres pa.ra<br />

,com Deus, a necessidade ale ir e<br />

fgreja e santificar o dia do Senhor,<br />

anostra o que 6 a liturgia (6 ver-<br />

daale que nem sempre ponalo em<br />

evict6ncia os seus elementos b'5,si-<br />

cos) etc.<br />

Este livro tlesfaz muitos mal-en-<br />

tendialos e presta,rtS, serviqos as al-<br />

lnas aintla im,ersa-s na ignorancia<br />

dos conceitos €,1-e_.mentAres da religiieo<br />

'<br />

EE_<br />

Quanto e traalueeo, parece-me<br />

que em vez do "condutor comu-<br />

nista" da p. 52 teria sirto melhor<br />

usar "chefe". E que o "Sabeis, Se-<br />

nhor Abaale... " da p. 101 6 tra-<br />

dug5o litera.l. de mais de "Yous<br />

savez, Monsieur l'Abb6. .. ".<br />

Enfim, na p. 57 deve sef "tre-<br />

zentost', e n5,o "tr.s"<br />

F. A. R.<br />

FN.EI MANSUETO IIOIINEN,<br />

O. f'. ]\{. - Vid.a de S. Cbtrnilo<br />

do Letlis - Stella, "Edito"r -<br />

Rio, <strong>1943</strong>.<br />

A ediflcante atividade literS,ria<br />

de Frei Ma,nsueto Kohnen acaba de<br />

nos dar ma"is 6ste,livro. Ao simples<br />

tltulo enunciatlo, nao he quem a-<br />

tente ,com o a,trativo que levou o<br />

Autor a escrevQl-lo. IJm santo da<br />

Ialade lUedia, td.o cheia d6sses lu-<br />

minares da Igreia, um santo que<br />

n5.o chegarS. a patrocinar um su-<br />

cesso cle livfa,ria, como o poaleririr,<br />

fazer S. Ant6nio, S. Teresinha, S.<br />

Vieente ale Pa ulo, um- santo sem<br />

B:rande popuiaridade no Brasil, um<br />

santo assim que nem era um fra.n-<br />

cisclano, por que despeftou.a von-<br />

tade e,a intelig6ncia tle FYei Man-<br />

sueto ?<br />

Nao. o diz o A. mas, do que li,<br />

acredito que foi o entusiasmo pela,<br />

poderosa personalitlade deste ho-<br />

mem transformado tle jogatlor pro-<br />

fissiona.l, de contratador de b,riga,<br />

em santo da Igreiq e funtlaalor de<br />

uma familia religiosa td,o d. feigS"o<br />

clo g6nio Ilenemerente da, Esposa,<br />

de Cristo.<br />

Quando Rene Bazin me fez eo,<br />

nhecer Carlos tle Foucault, julguei<br />

que 6ste tivesse realiza"do uma<br />

a,ventura absolutamente original,<br />

na sua santificaeeo. E o foi sem<br />

. dtvida: potque a Graqa tem infi-<br />

.nito ntmero de caminhos por onde<br />

conduzlr-nos; mas, na viila cl6ste<br />

S. Camilo, iLgnorante clas letras e<br />

teimoso como quem sabe o que<br />

quer e por que quer, n6ste. dirigi-<br />

do de Felipe Neri que sustenta<br />

um ano cle resist6ncia ao diretor<br />

espiritual, n6ste pecaclor td,o hu-<br />

. mano no pecado, provando a fra-<br />

gilidaale da natureza humana,<br />

quanto na santialad.e, para provar<br />

as possibiliclades de engrandeci_<br />

'mentos<br />

que a graea 6 capaz de pro_<br />

duzir no homem, em Camilo de<br />

Lellis h5, uma profunda semelhan_<br />

ga corr\ o que fez alepois de s6culos<br />

.Ca|los de Foucault.<br />

Cneio que foi a pensonalida,de td.o<br />

rica de S. Camilo que moveu o A.,<br />

porque salvando os primeiros ca_<br />

pitulos meio enfadonhos pela fra_<br />

gmentaria, reca,pitulatd,o hist6rica<br />

dos a.contecimentos da 6poca, com<br />

a insuportavel relagao de nomes e<br />

de datas, o iivro 6, sob todos os as_<br />

pectos, apreciavel. para nossa me_<br />

diocridade ambiente, incilpaz, sem<br />

dlivida, dd g.ranrles pecados, por6m..<br />

ainda mais de g-randes gestos fle<br />

santidade, S. paulo,<br />

Sto. Ae.osti*<br />

nho, Camilo de Lellis e outnos as_<br />

sim 6 que devem ser: lemb,rados a<br />

' cada passo.<br />

NE.o tenho dfivida em p€idir aos<br />

que amam os grand.es pecados, aos<br />

que sO g-ostam dos pequenos e aos<br />

que desgostam ,de quaisquer, que<br />

leiam 6ste livro. E' urn livr.o ca-<br />

paz d.e fazer grande bem aos pri_<br />

meiros e a,lgum aos tlemais .<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

II. L.<br />

LIVROS<br />

'<br />

.R,EVTSTAS<br />

BR,CIIERIA ,_ Re!,Lsta tlon_<br />

tempor.6nea. dt, cultura, - Vol.<br />

XXXV - Iiasc. 6 _ Dez,efin-<br />

brxr de lglL - Lisboa.<br />

Domingos Mauricio, ,,Voz<br />

de pe_<br />

dro" -<br />

,,Ridio<br />

mensagem de Su,a,<br />

Santidade Pio XII a portugal,, _<br />

Fetima 'e a Igreja,' (palavra,s ,alo<br />

Senho,r ,Cardeal patria,rca<br />

de Lis_<br />

boa; - A. Il.ocha,,,poputae5o e<br />

ci6ncia" - J. da Costa Lima, ,,pa_<br />

ra" beleza maior', - Abilio Mar_<br />

tins, "Arracionalismo e poesia no_<br />

' va" - Ilenrique cle Campos Fer-<br />

reira Lima,<br />

,,S. Jos6 , alferes alg<br />

Regimento de Infantaria de Mirantla"<br />

- Riba Lega,<br />

.,A<br />

posigio da<br />

mulher oper6,ria na iegi,slagS.o re-<br />

cente do abono de familia" - R.<br />

Sarreira, " Os raios c6smicos " -<br />

Jo5,o Mendes, ',Monte p21rras6'! -<br />

Sec6es habituais.<br />

Vol. XXVI, Fasc. 1, Janeiro do<br />

<strong>1943</strong>: Riba Leqa,<br />

,,Cida,des<br />

infanti-<br />

,cidas?" - M5,rio Martins, ,,A pro-<br />

p6sito dum livro d'Alem-Mancha,'<br />

(sobre o livro de Aldous lluxley,<br />

"Giey Eminence, A study in Re-<br />

ligion antl Politics,,; embora n5.o<br />

conheeamos a obra, a critica parece<br />

bo:t,) - J. da Costa Li.ma, .,Da ve-<br />

tha e da nova arte" - Jean Olli-<br />

vier, " O paleolftico no not'te de<br />

Lisboa,' - Jo5,o Menales, ,,Abun_<br />

ddncia pelos limites', -* R. Sa,r,rei-<br />

ra, *A evolugS.o no campo cientifi-<br />

co" - A. Rocha, ,,Orienta,gd,o pro-<br />

fissional" - Rafa,el Criado,<br />

movimento biblico na fgreja Cat6-<br />

lica" - Domingos Mauricio,<br />

(rltimo Geru,l ala Comptanhia de Je-<br />

sfis, Vlotlimiro Lealochowski,' -<br />

Seg6es habituais.<br />

181<br />

- 8'


182 A ORDE,IVI<br />

RE\/ISIIA DO BInASIIJ.- [16<br />

Vf _ S.. f6ss _ n.o bB<br />

Ma,rgo de <strong>1943</strong>,<br />

Anibal M. Machado, "'O piano"<br />

(conto) - Paulo Ronai, "Relendo<br />

um livro de guerra..," - Carlos<br />

Drumonal ate Antlrade, r'Poeslas" -<br />

Ai,res tla Mata M. Filho, "A gra-<br />

mati,ca e o ensino da lingua"<br />

Ma,rques Rebelo, "Peg'inas de um<br />

dierio" - Jaime C'la,ndoso, "Mario<br />

de Alencar, Ate4iense" - Roque<br />

Javier Laurenza,, "Elegia a John<br />

Flanders" - Jo5,o ale Castro Os6-<br />

rio, "Os portugueses do "Criticonl'<br />

de Baltasar Gracien" - JgeI Silveira,<br />

"Inist6ria branca" (conto)<br />

- H6lio ' Vianna, " Cartas de D.<br />

Pedro I na semana da abdicaeao"<br />

- Oclilon Nestor, " O trampolim<br />

de Pedra" (Poesia) - Josue Mon-<br />

telo, "Um alqgre e esquecido li-<br />

vro de Analr6 Maurois" - Vinicius<br />

de Moraes, "Poema de Natal'' -<br />

Mario de Andrade, " T(lmulo, td-<br />

mulo " (conto) Secoes habituais.<br />

SIIR - Ano XIf - N. 1Ol -<br />

FsveFeiro de <strong>1943</strong> - Iluenos<br />

Airr,.s.<br />

Bduardo Gonzalez Lanuza", !'6clo-<br />

ga nocturna" (Poesia) - J Lvlz<br />

Borges, "El milagro secreto"<br />

'munrli<br />

Francisco Romero, "A<br />

in-<br />

cunabulis" - J R. lMilcock, "La<br />

tumba de Leandro" - Juan G.<br />

Ferreyria Basso, " Convalescencia<br />

en p,rtimavera!' - Charles Morgan,<br />

"EI cuarto vacio" (conclus1o). See6es<br />

habituais.<br />

90-<br />

NOSCITIiOS - tlno VII - Ns.<br />

83 e 84 - Frovel€iro e ]l[a,rT,o<br />

tle <strong>1943</strong> - B,uenos Aires.<br />

N. 83: Juan Tufin, "Cinemat6-<br />

grafo y literatura" - Ernesto I![a-<br />

rio Barreda, "Paisajes y fi8u'ras ale<br />

San Isialro" (poesia) - Rioberto Ir.<br />

Glusti, "Poesia tle angustia y Bo-<br />

.ledaat" - Oscar Bietti, "Rafael Alberto<br />

Arnieta" - Justq G. Dessein<br />

M'erlo, "Poernas" - Roberto Gar-<br />

cia Morillo, "I(arol Szymanowski"<br />

- Celia de Diego, "La immortal<br />

ofrenda" - J. A. Gareia Martinez,<br />

"La novela desde el punto de vista<br />

sociol6gico" - C Sa61 Villar, "La<br />

libertaal, la existenci,a y el ser".<br />

Seqoes habituais.<br />

N. 84: R'icardo Seenz Hayes, "La<br />

madre fingiala" - Emilio Frugoni,'<br />

"Genesis y formaci6n 'ile un clestino<br />

democratico" - Pablo R.ojas Paz,<br />

"Gnand.eza" e intimismo" - Roberto<br />

F. Giusti, "Sobre el 6xito y el.<br />

fracaso" - Oscar Bietti, " Refle-<br />

xiones de estos dias" - Poemas de'<br />

Luis Matharan, Xfaria llortensia<br />

Lacau e T{ora,cio Jos6 Leucina -<br />

Carlos Rovetta, "El naturalisrno de<br />

Gald6s en "Ira I)esheralada"<br />

Nestor R. Ortiz Oalerig;o, "Apun-<br />

tes sobre algunos mfrsicos negros "<br />

- E. Suarez Calinrano, "Una no-<br />

v^la del a rr.a igo " - Fra ncis M .<br />

Scully, "LeLras inglesas" - E as<br />

seqdes hrbituais.<br />

II. P.,. O.<br />

Ir[ilIFlN - Iievista de Cultura<br />

rtO Clero - [116 VII - Fasc.<br />

l. II e JII - Jzlnoiro, feverei-<br />

r! c rna,rlro de <strong>1943</strong> - ListJoa'.<br />

Aiem ,alas secqdes habituais,<br />

'' Consultas ", " Do que se pensa e' se<br />

bscreve" e "Cr6nica"<br />

-. Fasc. I:<br />

COnego Avelino Gonqalves, "Pala-<br />

vra^s previas ", comemouando o sex-<br />

to anivers6.rio da revlsta - "A Posiqa,o<br />

da Ig:reja Perante a fmpren-<br />

/<br />

sa", alocucagdo de Sua Emindncie,<br />

o Sr. Ca,raleal Patniarca - J. Alves<br />

Correia, "A nossa naturalizagao no<br />

Reino de Deug" - Jose Mendeiros,<br />

"A necessid,aale da, IncarnaqS,o e da<br />

Redengao em Luis ale Molina"<br />

(conclusio) - Na nova secqeo pa-<br />

ra os Assistent€s de A. C., "A nos-<br />

sa atitLr'de perante a Aaeo Cat6li-<br />

ca.", pelo ,sr. Bispo de llelen6po-<br />

le. (Transcrevo: "Se muitos, desale<br />

a, primeira hora, se inscreveram<br />

nas fileiras cla A95.o Ce,t6lica, tlan-<br />

alo-lhe a generositlade e o f€,rivor<br />

da sua fe, alguns houve que, ale va-<br />

riatlas maneiras,,hostilizar€,m o<br />

movimento incipiente, e muitos ou-<br />

tros ficaram-se numa calma ati-<br />

tude ale esp€ctativa, ontle seria f6,-<br />

cil, por vezes, ,descobrirl indiferen-<br />

ga, talvez desconfianea e porven-<br />

tura desal6m. (... ) De nada, vale<br />

fechar os olhos e, rliala. }I5, que<br />

v6-la com serenidade e seriedade.<br />

A Ageo Cat6lica, em muitos meios,<br />

n5.o se torno u ainda um m ovimen-<br />

to simp,Atico. Bem pelo contrario,<br />

€ sistematicamente contra,riad,a.<br />

Muitas vezes, he uma apar€ncia de<br />

colaboragSo, que tem muito de co-<br />

mum com as greves dos bragos<br />

caidos. N5,o se hostiliza, mas n5,o<br />

se lhe tem amor e, por isso ndo se<br />

fazem sacrificios por ela". Como<br />

no Brasil, pois.)<br />

Fasc. II: "l\fensa,gem de Nata],',<br />

alocuglo do Senhor Caraleal patriarca<br />

- Antonio ale Castro, ,,Orto-<br />

doxos dissidentes" (continua no<br />

nfimero seguinte), - Cdnego l\[ar-<br />

tins Gongalves, "A prepa,ragS.o dos<br />

Seminarista"s em ordem d. Aq6o Ca-<br />

t6lica".<br />

Fasc. III: "Mensa.B'em de Natal<br />

LI\IROS<br />

183<br />

alo santo Padre Pio xII -_ Dfifius,<br />

"Exegese Biblica,' e F. tr',. ReBatiUo<br />

S. J.<br />

',Matrimonio<br />

com pacto<br />

ale continenci,a periodica", na se-<br />

cga,o "Notas ,ale cultura, teol6gic&"<br />

- Conego Avelino Gonealves, .,Ut<br />

sint unum".<br />

BOITETIN OFIICIAI DE LA<br />

ACCI6N CAT6LICA ARGEI{-<br />

TINA - Afro XIII - Ns. 252<br />

e 253 - Abril e mtr.io de <strong>1943</strong><br />

- B,uenos Aires (Repfblica,<br />

Argentina)<br />

N" 252 Emilio A. ati Fasquo,<br />

"Prop6sitos esenciales de tra II" Asamblea<br />

de la, Junta Central" -<br />

Jose A. Ciuecarelli, "Inmutabilidatl<br />

y progreso de ]a Ig:1e6ia"<br />

Carlos Grimaual, "Reyes con Cris-<br />

to" - Documentos, notici6rio ,etc,<br />

N'253: Emilio F. Car,alenas,<br />

"La<br />

Acci6n Cat6lica y la Obra ale las<br />

Vocaciones" - Ma,nia El.ena Galan-<br />

te Garcia, "Principio y tr'undamen-<br />

to del Oralen Social bn las Encicli-<br />

cas Papales" - Oscer Anibal I-<br />

toiz, "EI salario familia.t" - Luis<br />

P. Arrighi, "La vivienda obrera".<br />

ITOZIjS DE PETR6POITIS -<br />

Il,cvista cat6lica cle cultura -<br />

volurne 1 (N. S.) - Fa,sciculo<br />

2 - Ma.rco-Abril - Fasciculo<br />

3 - Ma,io-Junho rle 19113 -<br />

Bditora Voze.s Ltal€r,. - Petrt'r-<br />

polis - Est. do Rio.<br />

Fasciculo 2: Mesquita Piment€1,<br />

" Centena,rio de Petr6polis !' - Dr .<br />

Ernesto Toitnaghi, " TrOs gJloriosos<br />

destinos" (s0bre os tr6s ex-s6cios<br />

cla Ag5"o Universitaria Cat6lica que<br />

in6;ressaram na Ordem de S5o Ben-<br />

to e foram ordenados sac€rdotes<br />

em tlezembro pr6ximo passado: /<br />

Acosro, <strong>1943</strong> -91<br />

I


184 A ORDE}I<br />

Dom Clemente Gouveia Isnar.d,<br />

Dom Basilio Penialo e Dom Inacio<br />

! ' t l<br />

,A"ccioli. " Comegallam com a. sua<br />

ordenagS,o, uma nova, vid.a, etc. "<br />

afirma o autor. Seria mais aalequa-<br />

do dizer isso em relagao a consa-<br />

gragio monastica dos tr6s ex-au-<br />

cistas. Adiante ]C-se, a prop6sito<br />

de um deles: "De espiriro alegre,<br />

nada parecia inclicar que, com o<br />

correr do tempo, se visse atraido<br />

pela vida solit6,rla de monge, que<br />

culminou no Mosteiro cle S5.o Ben-<br />

to e cujo curso rigoroso 6 toalo ele<br />

feito em l,atim". Aca,so havera in-<br />

compatibilidade €ntre a,legria e<br />

monaquismo, alegrria e vida, reli-<br />

giosa? Alem clisso o monge bene-<br />

ditino n6o 6 um solitAl io, pois vive<br />

essenc:ia,lmente em comuniala,ale.<br />

Nf,o 6 um eremita e sim um ceno-<br />

bita. - Pe. AntOnio tle Almeide,<br />

Moraes JuniJr, "Mocitlade e hu-<br />

manismo crist5,o" - J. Nunes Gui-<br />

maries, "A revoluqi.o monetAria"<br />

- Mirrio Portal, "Psicologia da<br />

mentira" - LLriz Otivio de Oli-<br />

veira, "A a,rte tipog:r6.fica no Brasil<br />

- Merio P. Monzoni, "Maravilhas<br />

do algodS,o'1 - Frei Feliciano Tri-<br />

guei,r'6, O. F. M. "O Regalismo no<br />

Imp6rio do Bra"sil" - Inrrei Filipe<br />

A. Ribeiro Toja-l, O. F. M , "A1-<br />

guns aspectos da pintura moder:<br />

na"' - Frei Basilio Rower, O.F.M.<br />

"A segundLa descoberta do Amazo-<br />

nas" - Secq6es habltuais.<br />

Fasciculo 3: Nlesquita Pimentel,<br />

"Santo Tom5.s More, humanista e<br />

martir" - Euryalo Cannabrava,<br />

" Baliango clo positivismo ". Afirma<br />

ter-se generalizado "a falsa convi-<br />

ce5.o cle clue optar entre o positit<br />

vismo e o tomismo e uma contin-<br />

92-<br />

g6ncia, inevitavel etc etc.,, Absolu-<br />

tamente. O positivismo n5,o 6, ai<br />

,de n6s, a {rnica ma,nei?a de errar<br />

em filosofia... F6ra, disso, muita,s<br />

observagoes interessantes.) - Ca-<br />

rolina Nabuco, "A educagS.o ,o a<br />

mulher" - J. Nunes GuimarS.es,<br />

" Politica con-erc al do Brasil "<br />

Artur Neiva; "Yitalida"de d,a tra-<br />

digeo oral" - Prof. Carlos Oswalal,<br />

"Deco,r,aga.o sacra" (Pergunta: "Se<br />

entao, na, 6poca d.as gra,ndes c-ate-<br />

alrais, tivessem os construtores e<br />

decoradores conhecido lAmpadas e-<br />

l6tricas cle v6rias cbres, n5,o as te-<br />

riam usado em profusio para o<br />

culto alivino? (...) Certamente te-<br />

riam simboliza'do com a luz el6tri-<br />

ca alguns dos gra,ndes alogmas<br />

(sic)". Referindo-se 6, decoragdo<br />

da Matriz ale Santa Torlezinha (Tu-<br />

nel), de autoria do articulista, cr'eio,<br />

diz: " Os quadros situados atra.s<br />

dos altares s5."o ricos d.e cores e<br />

nas ocasi6es culminantes das c,e-<br />

rimonias litri)..gioas,,. a luz inrili-<br />

reia colocada atrl s da,s molduras<br />

€ acesa, e entio os quadros adqui-<br />

rem uma luminosidad e t4,o for-<br />

te que parecem vitrais. Os espe-<br />

ctadoles (sic) f icam tieslumbra-<br />

dos e eu mesmo ouvi exclamagdes<br />

cle aclmiragilo entre o povo dos<br />

fi6is e frades somo esta,: "Parece<br />

o Paraiso " . (sic) - J. Sampaio<br />

Fernandes, "As vitaminas e a vi-<br />

da', - lleitor da Silva Costa, "Ar-<br />

quitectonica" - Gladstone Cha-<br />

ves de l{elo, "A lingua Portuguesa<br />

no Brasil't<br />

- Na socgeo "Ideias<br />

e Fatos", transcrigSo da magnifi-<br />

ca pastoral de Dom Ant6nio dos<br />

Santos Cabral . E' um 8:rantle ser.<br />

vieo que a estimacla. revista alos<br />

-<br />

franciscanos presta aos fi6is bra_<br />

sileiros, auxiliando desse modo a<br />

difuseo da palavra autorizada do<br />

sr. Areebispo de Belo Ilorizonte<br />

,aos<br />

seus filhos.<br />

ESTUDIOS- A_flo BB - Ttomo<br />

69 - N. 378 - Junio t94g<br />

- Burerros Ailresi (Itreprfibuca<br />

Ar.gentina).<br />

Juan Rosanas, S. J.<br />

,,La distin-<br />

ci6n real entre la esencia y la<br />

existencia, es el furidamento'de la<br />

filosofia escolastica?" (En certo<br />

ponto l6-se: "A Michel, el famoso<br />

autor del libro "L'origine de I'e-<br />

piscopat"... ". Na.o 6 Michel, e<br />

sim Michiels. E o nome do livro<br />

6 "Les origines de I'episcopat',, e<br />

nd"o "L'origing... "). - Reda.g5,o,<br />

"IJna "Summa Philosophica" ar-<br />

gentina "<br />

- Luiz Gof osito Fler.e-<br />

dia, "A la ca,pilla de Canalonga",<br />

!oesia - VldaJ tr-erreyra Videla,<br />

"El pacto o tratado de Calchin',<br />

- Julian A. Vilarili, ,,La plaza<br />

de Maio dul.ante l,a intendencia de<br />

l'orcuato d.e Alvear, 1883-188?',<br />

..._ Amancio Gonzalez paz, ,,El<br />

Cancionero Popular ale La Rioja "<br />

(continua) - Justo Bequiriztain,<br />

S. J., "La centenaria m,archa de<br />

San fgnacio" - Jgnacio Puig, S.<br />

J.,'T'a luna y el tiempo" - Do-<br />

cumentos, recensOes, etc.<br />

ESTUIIIOS - Mensua.rio de<br />

Cultura, G€neral - Aflo XI<br />

- Ns. l2l-122 - Febr€ro-<br />

l{ar"zo do <strong>1943</strong> - Santiago ale<br />

Ohile.<br />

Monsefior Francisco Vives, ,,Las<br />

ba,ses de una, politica cristia,na'se-<br />

gun Pio XII" - Doctor Armando<br />

Roa, "Naturaleza d,e la guerra e<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong><br />

LIVROS<br />

185<br />

idea de Europa', - Alfrealo I-ag€,<br />

" El sentido apocaliDt.ico de Ia,<br />

historia',, transcrito e traduzido<br />

d"'A Ordem,' - Alfonso llulnes,<br />

"tln cuarto de hora con perez JJao-<br />

sales" - Ricard.o rAstaburruagE<br />

Echenique, ,,Apuntes<br />

sobre tres<br />

novelistas sudam,ericanos', - Luis<br />

Sabatini, "Mexico y Americra en<br />

visidn de Lawrence,,<br />

habituais.<br />

Secg6es<br />

VERBUM - <strong>Revista</strong> del Cem-<br />

tro ale EstudiuLntes de Filoso-<br />

fi:r y Iretras cl,o Buerros Aircs<br />

- \rs. 2 y 3 (Nueva, 6pocs -<br />

I)icie.mbre de 7g4Z - Buenos<br />

Aires (Itopiblica, A,r.gentina),<br />

Neste nOmero eSpecial, dealica-<br />

do a "Algunos aspectos de la cul-<br />

tura humanistica argentin€.,, saem:<br />

Alberito Freixas, ,,I1umane,'<br />

- Ricardo R. Caillet-Bois,,,Re-<br />

flexlones al margen de la investi-<br />

gacion y de la enseffanza, de la,<br />

I{istoria Argentina en la aetuali-<br />

.alad" - Emilio Ravign,ani, ,,Historicismo<br />

y antihistoricismo,'<br />

Angel J. Battistess,a, ,,Breve his-<br />

toria de una <strong>Revista</strong> de Vangu:i.r-<br />

dia" - Augusto Raul Cortazar,<br />

"Panorama y perspectivas de nu-<br />

€stro tr'olklore" - Francisco Ro-<br />

mero "Tiempo y destiempo de A-<br />

leiandro I{o,rrn " - Poesias inedi-<br />

tas de Alejandro (61n - Textos<br />

e comontarlos, notioiefiio, rccen-<br />

sdes etc.<br />

UNI\'EII,SIDAD CA1IOITICA<br />

BOLMRIANA - vol. VIII<br />

Ns. 27 y 28 - <strong>Agosto</strong> a Novienltlrfe<br />

1942 - Medellin (Co-<br />

Iombia.)<br />

Rudolf Allers, "Certeza tie los


186<br />

valores" - Sergio Elias Ortiz,<br />

"LinAuisti@, colombiana. . tramilia<br />

Witoto " - Antonio Osorio Isaza.,<br />

"Apuntes ,minimos sobrb la psi_<br />

cologia del Libertador" - Davld<br />

ubio, O. S.',A., ,,Los misioneros<br />

espafioles" - Notiei6rio, recen_<br />

s6es etc.<br />

R,EVISTA JAVER,LAIJA<br />

Porrrtific.ia Univonsidad Oat6fi_<br />

ca, Javeriana _ Tomo XI|fIf<br />

_ Nri.m,ero gO _ Novielnbre<br />

lS42 - Bogot6 (Colombia,).<br />

Eduardo Martinez Md.rquez, S.<br />

J., "Los origenes de la petiargogia<br />

ignaciana" (conclusao) - Angel<br />

Valtierra, S. J., ,,La personali_<br />

da,d de H..G. Wells y su obra li_<br />

teraria" - Marie C. Clair, -El<br />

porvenir de la, quimurgia en Su_<br />

ramC,rica" - Secedes habituais.<br />

94-<br />

A ORDE1VT<br />

R,6I/UE DE IJ'UNIIIER,SIT6<br />

D'OTTA\ilA Vol. 19 _<br />

N.2-Avril-Juin 1g4g<br />

Ot@,wa (Oa,nad,a)<br />

Geonges simard, o. M. I., ,,une<br />

doctrine d'education nationale,,<br />

(continu€i) - James F. I(enney,<br />

"The Grneat Reaction" _ Ilenri<br />

Morisseau, O.M.I.,,,pierre Fon_<br />

taine, alit Bienvenu, lieutenant ds<br />

Madeleine de VerchCres da,ns la<br />

defense du fort, le 22 octobre<br />

1692" - Donat Poulet, O.M.I.,<br />

"ProvialenLissimus Deus,' (conti_<br />

nua) ! Paul Gay, C. S. Sp. ,,La.<br />

comedie du XyIIIe sidcte et les<br />

deux g.enres s6rieux issus de la<br />

comedie: la com€die larmoyant,e<br />

et le drame,'- F,C.A. Jed,nne_<br />

ret, ,,La critique litt6raire au Ca_<br />

nada tr'ranqais,, - . Cronioa universitaria,,<br />

recens6es.<br />

F. A. R,.<br />

DESDE AQUETE<br />

DIA<br />

toe,gocios torta&'.anr<br />

nooo itnpulso...<br />

dlregEo da llrma. cabta, a uE<br />

socio apenas. por lsso. oa<br />

ttancos llmltavam Beu cr€dlto.<br />

Na_o hari4 pleno desenvolvlmento.<br />

Um dia, [or6m, os tres socros<br />

resotveram pfotcger a firma<br />

protegerem-se<br />

e<br />

mutuamente, Insfl-<br />

::-r,rl,l^o uT Seguro_ Comercial, iut<br />

na<br />

Amertca. IJesde entao o cre_<br />

dito lirmou-se, os nCsoclos<br />

aumentaram e *or<br />

Iucros .mulupllcaram_se.<br />

blga este exemplo, o sr_<br />

e coEer_<br />

.,l?*.?-b".<br />

Sur, AnqnnrcA<br />

Companhia Nacional do<br />

Scgutoe de Vida<br />

AGOSTO, <strong>1943</strong> - 95


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Livraria' Inconfiddncia .S. A<br />

R,UA DA ItAiA, 1022 _ CA-IXA POSTAIJ, 595<br />

.BELO.:IIORIZONTE _ MINAS GIDRAIS<br />

'l-lrvnos<br />

RECtrBrDos<br />

Xenopol - Teoria cle la historia<br />

lega o livro que alesejar a LIVRARIA INCO'NFIDENCIA, S/A<br />

TOMAMOS ASSINATUR,AS DE REVISTAS NACIONAIS<br />

E ESTRANGEIRAS<br />

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Fundado em 24 de Malo de lggl<br />

PRACA 16 DE NOVEilIBRO, 101-2" and. Tnr., 42-80b6<br />

Fundadorl<br />

DR. ALCEU AMOROSO LIMA<br />

Dirctor:<br />

DR. HERACLTTO FONT,OURA SOBNAL PJNTO<br />

Vl,ce.Diretor:'<br />

D.R. STLVIO E.DMUNDO ELIA<br />

SecretArio:<br />

DR. PIO BENEDITO OTTONI<br />

Tcsourelro<br />

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Praq-a 15 de Novelnilro, 101-2.' and- 'l'el. 41-;'i0t5<br />

MATENIAS<br />

ANO I.ETIVO DE <strong>1943</strong><br />

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ESTUDOS TEOLdGTCOS g}TIINS6FIC.OS<br />

:Doutrina Cat6liea<br />

Filosofla Geral<br />

Histdria da Filosqfia<br />

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Fiist6ria da lgreja<br />

llisi

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