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SIMULADO 1 - Cave

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Anderson<br />

questão 1<br />

HISTÓRIA<br />

GABARITO<br />

<strong>SIMULADO</strong> 1<br />

À Ilíada, epopeia guerreira, sucede a Odisseia, pacífica coletânea de lendas e aventuras marítimas.<br />

Esse contraste corresponde a uma mudança, quando os povos da região renunciam às lutas<br />

em territórios muito estreitos e se voltam para os países longínquos. Os poemas homéricos são<br />

contemporâneos da grande expansão marítima dos fenícios e a Odisseia está cheia de violências e<br />

rapinas de todo tipo praticadas pelos fenícios, apresentados como mercadores descarados e bandidos<br />

sem escrúpulos; mas devemos levar em conta, nessas narrativas, as rivalidades comerciais.<br />

(Adaptado de GAbriEl-lErOux, J. As primeiras civilizações do Mediterrâneo. São Paulo: Martins Fontes, 1989. p. 67-68.)<br />

a) Segundo o texto, quais seriam as razões históricas da diferença entre a Ilíada e a Odisseia? (Valor: 3,0 pontos)<br />

O texto considera a Ilíada como uma “epopeia” por estar inserida<br />

em um contexto bélico ( a Guerra de Troia, simbolizando o esforço da<br />

civilização creto-micênica para alcançar o Mar Negro). Por outro lado,<br />

o caráter “pacífico” da Odisseia relaciona-se com um contexto de comércio<br />

com regiões distintas situadas no Mediterrâneo Oriental.<br />

b) Como a organização política de fenícios e gregos os diferenciava da civilização egípcia? (Valor: 2,0 pontos)<br />

Fenícios e gregos não tinham unidade política, pois se organizavam em<br />

cidades-Estado, ao passo que o Egito constituía um império centralizado.<br />

/2<br />

1


<strong>SIMULADO</strong> 1 HISTÓRIA<br />

2<br />

questão 2<br />

o crescente aumento do número de plebeus pobres e miseráveis tornou cada vez mais tensa<br />

a situação social e política de Roma, levando-a a um violento processo de desintegração<br />

da República e ao advento do Império.<br />

a) Explique três medidas tomadas por Otávio Augusto, para contornar a crise que assolava a sociedade<br />

romana na transição da república para o império. (Valor: 2,0 pontos)<br />

As reformas de Otávio proporcionaram as mudanças políticas e econômicas<br />

necessárias para o novo momento vivido por Roma. Elas colocaram<br />

fim aos conflitos entre patrícios e plebeus ao criarem uma nova divisão da<br />

sociedade romana; o imperador confiscou poderes do Senado, mas manteve<br />

os mais ricos de Roma satisfeitos com honrarias e alguma participação<br />

no governo, mesmo que os cargos de maior importância para o bom funcionamento<br />

do Império ficassem sob sua supervisão; ao se preocupar em<br />

criar uma marinha, melhorar o correio, e estender as obras de infraestrutura,<br />

garantiu a integração do território e a circulação de pessoas e o fluxo de<br />

mercadorias. As mudanças garantiram o estabelecimento da chamada Pax<br />

Romana. Poderiam ainda ser comentadas as políticas do Pão e Circo.<br />

b) Analise dois fatores que provocaram a lenta decadência do império, definindo o aspecto econômico<br />

ou político ou social. (Valor: 3,0 pontos).<br />

– Econômico = Crise da Expansão e do Escravismo<br />

– Social = Crise do Escravismo = Colonato<br />

– Político = disputas políticas = anarquia<br />

= enfraquecimento do Estado.


questão 3<br />

HISTÓRIA<br />

<strong>SIMULADO</strong> 1<br />

embora os manuais frequentemente ressaltem os elementos de contraste entre as tradições antigas<br />

e medievais, há muitos traços de continuidade entre elas. As imagens abaixo retratam heranças germânicas<br />

e romanas que marcaram as relações sociais medievais, como o Comitatus e o Colonato.<br />

observe-as e, em seguida, responda ao que se pede.<br />

Disponível em: .<br />

Disponível em: . Acesso em: 18 out. 2010. Acesso em: 18 out. 2010.<br />

a) identifique e explique o tipo de relação desenvolvido na idade Média e “inspirado” no Comitatus<br />

que está retratado na primeira imagem. (Valor: 3,0 pontos)<br />

Suserania e vassalagem. Relação de dependência mútua e obrigações recíprocas.<br />

Todo aquele que cedia um feudo era um suserano e o que recebia era um vassalo.<br />

b) identifique e explique o tipo de relação desenvolvido na idade Média e “inspirado” no Colonato<br />

retratado na segunda imagem. (Valor: 2,0 pontos)<br />

Servidão. Os servos trabalhavam a terra e eram vinculados a ela. Não podiam deixar<br />

o senhorio e tinham obrigações (impostos) para com ele. Em contrapartida, recebiam<br />

a autorização vitalícia e hereditária para trabalhar nos lotes e a proteção militar.<br />

3


<strong>SIMULADO</strong> 1 HISTÓRIA<br />

4<br />

questão 4<br />

texto 1<br />

[...] Atahualpa está atado pelas mãos, pés e pescoço, mas ainda pensa: que fiz eu para merecer<br />

a morte?<br />

Antes que o torniquete de ferro rompa a sua nuca, beija a cruz e aceita que o batizem com<br />

outro nome. Dizendo chamar-se Francisco (prenome de Pizarro), bate nas portas do Paraíso dos<br />

europeus, onde não há lugar reservado para ele.<br />

texto 2<br />

(GAlEANO, Eduardo. Nascimentos: Memórias do Fogo. 2ª ed. rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 118-119)<br />

Preso Atahualpa e negociado o seu resgate, o inca convive mais de um ano com os seus raptores.<br />

Aprende o espanhol e os costumes de seus sequestradores, por exemplo, a jogar xadrez,<br />

chegando a ser invencível. inteligente e arguto, rapidamente compreendeu o valor do livro na<br />

sociedade dos seus raptores e, com grande perspicácia, julgou as inconsistências na socialização<br />

da tecnologia no sistema dos invasores. Como chefe de Estado de uma nação poderosa e de uma<br />

sociedade dividida em classes, ele demonstrou muito orgulho ante os espanhóis. Acostumado<br />

a lidar com a alta nobreza, submeteu a um teste o chefe máximo da expedição conquistadora:<br />

mandou que escrevessem na sua unha a palavra Dios e, depois, pediu que Pizarro lesse o que<br />

tinha escrito. Pizarro não sabia ler, daí em diante o inca passou a desprezá-lo.<br />

(lAGÓriO, Maria Aurora Consuelo. Comentário à Conferência de Guillermo Giucci. in: América descoberta ou invenção: 4º colóquio<br />

uErJ – rio de Janeiro: imago Ed., 1992. p. 132.)<br />

A partir de novas interpretações sobre o estudo da História da América e comparando os textos acima,<br />

a) aponte as diferenças de ordem histórica entre os textos; (Valor: 2,0 pontos)<br />

Enquanto o texto 1 destaca uma representação de derrota e resignação, visão<br />

eurocêntrica da história da América, o texto 2 procura resgatar uma identidade viril<br />

e de resistência da complexa civilização pré-colombiana latino-americana. Assim,<br />

se no primeiro texto a ideia que vigora é de uma América Latina vencida, incapaz e<br />

marginalizada, no segundo, a mensagem enfatiza altivez, inteligência e dignidade.<br />

b) explique o papel dos cronistas e missionários no processo de conquista e colonização da América<br />

Hispânica.(Valor: 3,0 pontos)<br />

A conquista e a colonização da América hispânica representou um dos maiores<br />

genocídios da história da humanidade. Foram as guerras, as doenças, os<br />

suicídios e os regimes sub-humanos de trabalho que determinaram o desastre


HISTÓRIA<br />

<strong>SIMULADO</strong> 1<br />

demográfico e o desaparecimento das altas civilizações: asteca, maia, inca. Hoje há concordância<br />

historiográfica que a Espanha não descobriu a América, o que fez foi encobri-la quando destruíram<br />

as sociedades indígenas ocultando-as através da maioria de seus cronistas e missionários. Assim,<br />

não é o caso, de se destacar, se o colonialismo, em nome de uma suposta superioridade técnica,<br />

cultural, religiosa, política, constituiu uma forma de integração e comunicação entre os povos.<br />

Trata-se, antes, de mostrar que mesmo conquistados e colonizados, os índios não perderam<br />

sua condição de agentes sociais ativos, capazes de resistir e de frustrar os valores impostos<br />

pelos vencedores, de preservar sua identidade e de não aceitar a condição negativa<br />

em que foram colocados pelas representações da maior parte de cronistas e missionários.<br />

questão 5<br />

uma análise das lutas suscitadas pela ocupação holandesa no brasil pode ajudar a desconstruir<br />

ideias feitas. uma tese tradicional diz respeito ao reforço da identidade brasileira durante as lutas<br />

com os holandeses: a luta pela expulsão dos holandeses seria obra muito mais dos brasileiros e<br />

negros do que dos portugueses. Já a tese que critica essa associação entre a experiência da dominação<br />

holandesa e a gênese de um sentimento nativista insiste nas divisões – no âmbito da economia<br />

açucareira – entre senhores de engenho excluídos ou favorecidos pela ocupação holandesa.<br />

(Adaptado de CurTO, Diogo ramada. Cultura imperial e projetos coloniais (séculos xV a xVIII). Campinas: Editora da unicamp, 2009. p. 278.)<br />

a) identifique no texto duas interpretações divergentes a respeito da luta contra a dominação holandesa<br />

no brasil. (Valor: 2,5 pontos)<br />

A primeira interpretação considera que a luta contra os holandeses resultou da união<br />

dos diversos grupos étnicos de Pernambuco, caracterizando o que depois seria chamado<br />

de “sentimento nativis ta”. Já a segunda interpretação enfoca a luta contra os<br />

holandeses por um prisma economicista, considerando-a apenas à luz dos interesses<br />

de senhores de engenho beneficiados ou prejudicados pela administração holandesa.<br />

b) Mencione dois fatores que levaram à invasão de Pernambuco pelos holandeses no século xVii.<br />

(Valor: 2,5 pontos)<br />

Ruptura do comércio açucareiro luso-flamengo, por força da União Ibérica,<br />

e interesse dos holandeses em se apoderar das áreas produtoras de açúcar,<br />

utilizando para esse fim a Companhia das Índias Ocidentais.<br />

5

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