18.04.2013 Views

considerações sobre o carste da região de cordisburgo, minas ...

considerações sobre o carste da região de cordisburgo, minas ...

considerações sobre o carste da região de cordisburgo, minas ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Sobre o termo pseudo<strong>carste</strong>, po<strong>de</strong>-se afirmar que abrangem as regiões<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s em rochas silicosas passíveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver formas características<br />

similares ao “<strong>carste</strong> clássico” como dolinas, drenagem subterrânea e cavernas. No<br />

entanto, sua gênese ocorre por diferentes processos; nessas áreas a dissolução <strong>da</strong> rocha<br />

ocorre <strong>de</strong> forma subordina<strong>da</strong> a processos mecânicos. Desenvolvem-se tipicamente em<br />

lavas consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s, sedimentos inconsoli<strong>da</strong>dos ou cinza vulcânica, gelo, ou em solos<br />

permanentemente congelados (permafrost). No Brasil, exemplos po<strong>de</strong>m ser encontrados<br />

em quartzitos e arenitos.<br />

A paisagem cárstica, para melhor entendimento, foi di<strong>da</strong>ticamente dividi<strong>da</strong> por<br />

Lino (1989; 2002) em dois gran<strong>de</strong>s grupos: o <strong>carste</strong> primário, correspon<strong>de</strong>nte às formas<br />

<strong>de</strong>strutivas subterrâneas (cavernas) e superficiais (dolinas, lapiás, torres, etc.) e o <strong>carste</strong><br />

secundário, correspon<strong>de</strong>nte às formas construtivas, não exclusivamente subterrâneas<br />

(espeleotemas como as estalactites, estalagmites, cortinas e outras formas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>posição).<br />

A gênese <strong>da</strong> paisagem cárstica ocorre, predominantemente, pelo intemperismo<br />

químico do ácido carbônico <strong>sobre</strong> as rochas carbonáticas. Em um primeiro momento, a<br />

água <strong>da</strong> chuva, ao passar pela atmosfera e pelo solo, reage com o gás carbônico<br />

existente, formando assim uma solução áci<strong>da</strong>.<br />

Em um segundo momento, após percorrer a superfície do carbonato, essa solução<br />

áci<strong>da</strong> penetra por fen<strong>da</strong>s ou fraturas <strong>da</strong> rocha. A rocha matriz começa então a ser<br />

quimicamente ataca<strong>da</strong>, resultando em sua corrosão e na produção <strong>de</strong> bicarbonato <strong>de</strong><br />

cálcio; este, solúvel e facilmente transportado pela água em seu movimento<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, precipitando na forma dos espeleotemas.<br />

Já em estágios mais avançados do processo <strong>de</strong> dissolução dos calcários, po<strong>de</strong>mos<br />

nos <strong>de</strong>parar com formas mais salientes como as torres <strong>de</strong> pedra, as pontes e arcos, que<br />

geralmente ocorrem isola<strong>da</strong>mente (formas remanescentes), as dolinas, as ressurgências,<br />

os sumidouros, os abrigos, as lagoas cársticas e as cavernas (formas reentrantes).<br />

Olhando mais profun<strong>da</strong>mente os processos, Plummer, Parkhurst e Wigley (1978)<br />

<strong>de</strong>screveram a dissolução do calcário, sendo as informações posteriormente<br />

reproduzi<strong>da</strong>s por vários autores a exemplo <strong>de</strong> Dreybrodt e Gabrovšek (2002). Sob<br />

condições on<strong>de</strong> o <strong>carste</strong> apresenta uma solução com pH igual a 7, o calcário se dissolve<br />

pela reação:<br />

39

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!