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considerações sobre o carste da região de cordisburgo, minas ...

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e, portanto, refletir nas formas ou estruturas naturais, suas ações. Sendo assim, os<br />

estudos do <strong>carste</strong> <strong>de</strong>vem embasar-se em um enfoque geossistêmico.<br />

Assim, Kohler (2003) apresenta o geossistema como o estudo integrado do<br />

ambiente a partir dos trabalhos do “geoecossistema” <strong>da</strong> escola alemã. Em analogia a uma<br />

peça teatral, a ciência geográfica forneceria o script <strong>da</strong> peça a ser representa<strong>da</strong> no<br />

espaço (geosfera) e em <strong>de</strong>terminado momento (tempo) pelo homem, sendo a geosfera o<br />

palco <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e diferentes cenários espaço-temporais. Sob a ótica dos estudos<br />

integrados, os processos físicos, químicos e biológicos atuam por <strong>de</strong>terminado espaço <strong>de</strong><br />

tempo, compondo assim, a paisagem contemporânea.<br />

Geomorfologia Cárstica<br />

Para Sweeting (1983) e Kranjc (2001), o termo “kras” originou-se na <strong>região</strong> do<br />

Planalto <strong>de</strong> Kras, na Eslovênia. Acredita-se em sua origem pré-indo-europeia pela raiz<br />

kar/gar ou kara/gara, significando rocha ou rochoso, respectivamente. O termo kras é<br />

amplamente utilizado na Eslovênia para <strong>de</strong>signar regiões rochosas ou não favoráveis à<br />

agropecuária, sendo aplicado para i<strong>de</strong>ntificar algumas regiões do Carste Dinárico<br />

caracterizado por campos <strong>de</strong> lapiás e dolinas.<br />

Gillieson (1996) afirma que esse tipo peculiar <strong>de</strong> paisagem é comumente<br />

caracterizado por possuir <strong>de</strong>pressões fecha<strong>da</strong>s, drenagem subterrânea e cavernas,<br />

forma<strong>da</strong>s principalmente pela dissolução <strong>da</strong> rocha. Os estudos <strong>de</strong>senvolvidos por Jovan<br />

Cvijić (1893) acerca dos processos ocorridos no Planalto <strong>de</strong> Kras contribuíram para a<br />

popularização do termo. De acordo com Sweeting (1972) e Ford (2007), sua forma<br />

germânica, karst, foi introduzi<strong>da</strong> em estudos científicos com a obra Das karstphenömen.<br />

Posteriormente, no Brasil, a palavra evoluiu para o termo <strong>carste</strong>. Assim, os termos são<br />

amplamente utilizados para <strong>de</strong>signar processos <strong>de</strong> dissolução <strong>da</strong> rocha e sistemas<br />

subterrâneos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong>sse processo.<br />

Des<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> seus estudos, Cvijić se mostrou interessado quanto à natureza e<br />

origem dos lapiás (karren), abun<strong>da</strong>ntes e proeminentes no <strong>carste</strong> exposto do Planalto <strong>de</strong><br />

Kras. Jovan Cvijić foi um dos primeiros a enten<strong>de</strong>r que <strong>de</strong>talhes <strong>da</strong> litologia seriam<br />

importantes na compreensão <strong>da</strong> ocorrência ou não <strong>de</strong>ssas formações; concluiu que as<br />

dolinas são o diagnóstico <strong>da</strong> paisagem cárstica. Caso existam, algum tipo <strong>de</strong> <strong>carste</strong> ou<br />

pseudo<strong>carste</strong> se <strong>de</strong>senvolve no local.<br />

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