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considerações sobre o carste da região de cordisburgo, minas ...

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durante a evolução do conceito (Ross, 2006) e que a integração <strong>da</strong> variável humana <strong>de</strong>ve<br />

ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pelo trinômio espaço, tempo e dinamismo (Monteiro, 2001).<br />

Esse trinômio já estava implícito em Bertrand (1972) quando <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong><br />

paisagem. Para o autor, não seria a simples adição <strong>de</strong> elementos geográficos diferentes,<br />

mas sim o resultado <strong>da</strong> combinação dinâmica <strong>de</strong> elementos físicos, biológicos e humanos<br />

em uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> porção do espaço. Tal interação instável e dialética transforma a<br />

paisagem em um conjunto único e indissociável, em perpétua evolução. De acordo com<br />

Tricart (1977), o conceito <strong>de</strong> sistema surge como o melhor instrumento lógico <strong>de</strong> que um<br />

pesquisador dispõe para o estudo do ambiente.<br />

Essa combinação dinâmica po<strong>de</strong> ser traduzi<strong>da</strong> como o resultado <strong>da</strong> combinação<br />

<strong>de</strong> variáveis geológicas, geomorfológicas, pedológicas, climáticas, hidrológicas e <strong>de</strong><br />

vegetação, influindo ou sofrendo influência <strong>da</strong>s variáveis sociais e econômicas. Assim,<br />

por serem fatores dinâmicos, po<strong>de</strong>m ou não gerar uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s homogêneas internas<br />

associando-se à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> organização do espaço com a evolução <strong>da</strong> natureza (Ross,<br />

2006).<br />

Dessa forma, os estudos integrados <strong>de</strong>vem fornecer a base teórica para o suporte<br />

necessário à questão <strong>da</strong> interação dos sistemas naturais e dos sistemas antrópicos<br />

(socioeconômicos) nas relações intersistêmicas. Para Monteiro (2001), a análise<br />

integra<strong>da</strong> nos estudos ambientais <strong>de</strong>ve seguir quatro etapas primordiais: a Etapa Análise<br />

que <strong>de</strong>ve integrar no tratamento geossistêmico as variáveis “naturais” e “antrópicas”; a<br />

Etapa <strong>de</strong> Integração que <strong>de</strong>ve fundir os “recursos”, “usos” e “problemas”; Etapa Síntese<br />

que integra as variáveis em “uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s homogêneas” com função <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> na estrutura<br />

espacial e a Etapa Aplicação em que o esclarecimento do estado real do ambiente <strong>de</strong>ve<br />

ser buscado.<br />

Assim como a divisão do estudo do geossistema em quatro etapas <strong>de</strong> Monteiro<br />

(2001), Troppmair (2006) ressalta a existência <strong>de</strong> quatro aspectos básicos: 1) a<br />

morfologia traduzi<strong>da</strong> pela expressão física do arranjo dos elementos e sua estrutura<br />

espacial; 2) a dinâmica imposta pelo fluxo constante <strong>de</strong> energia e matéria no sistema,<br />

variáveis no tempo e no espaço; 3) a inter-relação dos elementos e 4) a exploração<br />

biológica por parte dos elementos <strong>da</strong> biosfera.<br />

Por esse motivo, Monteiro (2001) afirma que nas regiões on<strong>de</strong> as ações<br />

antrópicas já estão impregna<strong>da</strong>s na paisagem, além <strong>de</strong> interferirem no jugo <strong>de</strong> relações<br />

entre as variáveis naturais, po<strong>de</strong>m assumir o papel <strong>de</strong> “força condutora” dos processos<br />

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