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“Ela descobriu<br />
que eu sou<br />
o príncipe<br />
encantado,<br />
no cavalo<br />
branco, que ela<br />
procurava„<br />
José Cid<br />
“A Gabriela<br />
sofreu muito<br />
com a guerra<br />
em Timor, onde<br />
viu muitos dos<br />
seus familiares<br />
massacrados„<br />
José Cid<br />
O casal vai ofi cializar<br />
a relação até ao fi nal<br />
deste ano numa cerimónia<br />
“simples” em Lisboa e noutra<br />
“tradicional” em Timor<br />
<strong>Lux</strong> – Vão ter convidados?<br />
J.C. – Isso está completamente<br />
fora de questão. Só queremos<br />
connosco as nossas fi lhas e os<br />
nossos netos.<br />
<strong>Lux</strong> – E a lua-de-mel...<br />
J.C. – ... vivemos numa lua-de-mel<br />
constante!<br />
<strong>Lux</strong> – E depois de ofi cializarem a<br />
relação, onde é que vão viver?<br />
G.C. – Entre Timor e Portugal.<br />
J.C. – Entre lá e cá e cá e lá [risos].<br />
Sou completamente fã de Timor,<br />
onde a Gabriela tem uma casa<br />
lindíssima. E a Gabriela também<br />
gosta imenso desta casa, que construí<br />
e decorei à minha maneira.<br />
Sou uma pessoa muito prática e<br />
a Gabriela também. Além desta,<br />
tenho a casa de Mogofores [Anadia].<br />
É uma casa imensa, que por brincadeira<br />
digo que me caiu em cima.<br />
É aí que tenho os meus cavalos<br />
e é aí que pratico equitação.<br />
É onde tenho o meu estúdio e<br />
onde comecei a gravar o meu<br />
álbum de 2013, que se chama<br />
“Menino-Prodígio”.<br />
<strong>Lux</strong> – O José Cid já conhece toda<br />
a família da Gabriela?<br />
J.C. – Conheço a fi lha mais nova,<br />
a Ana, e uma das irmãs, a Natália,<br />
que é embaixadora de Timor em<br />
Portugal. Muito simpática e que<br />
tem sido impecável connosco.<br />
G.C. – Por telefone o Zé já conhece<br />
toda a gente.<br />
J.C. – Sim, já falei com algumas<br />
pessoas e inclusivamente já me<br />
perguntaram em que dia é que pedi<br />
namoro à Gabriela. Ao que respondi<br />
que não foi de dia, foi de noite<br />
[risos]. O engraçado é o relacionamento,<br />
muito cúmplice, entre a<br />
Gabriela e a minha fi lha Ana Sofi a.<br />
<strong>Lux</strong> – Como é que defi ne o Zé?<br />
G.C. – É uma pessoa extraordinária.<br />
Está sempre bem-disposto e a<br />
sua maneira de estar e de ser é<br />
das coisas que mais admiro nele.<br />
O estilo de vida que levei, e tive<br />
oportunidade de lidar com todo o<br />
tipo de pessoas, de vários países<br />
e de vários níveis sociais, leva-me<br />
a admirar a genuinidade do Zé. Ele<br />
é aquilo que vemos. Preocupa-se<br />
muito com o ser humano e isso<br />
toca-me de maneira especial<br />
devido à história do meu país,<br />
onde a maioria das pessoas<br />
ainda sofre. Nunca imaginei<br />
voltar para o Zé. E desde que me<br />
divorciei, a família tem estado<br />
a arranjar-me casamentos e<br />
eu sempre disse: ‘Nem pensar<br />
nisso!’ Agora percebem que com<br />
o Zé sou feliz!<br />
J.C. – Ela diz isto porque está<br />
apaixonada [risos]. A Gabriela<br />
dá-me aquilo de que preciso:<br />
ternura, compreensão e tranquilidade.<br />
Temos um diálogo mental<br />
e cultural muito profundo.<br />
<strong>Lux</strong> – Viver um amor na vossa<br />
idade é muito diferente...<br />
J.C. – Não tem nada a ver.<br />
É uma ternura mais profunda. Um<br />
sentimento de maior ligação, até<br />
porque tínhamos uma história<br />
muito bonita há três décadas.<br />
É uma continuação tranquila,<br />
pensada, cerebral e muito afetiva.<br />
G.C. – É uma relação mais calma.<br />
O Zé já disse tudo...<br />
<strong>Lux</strong> – É um amor para a vida?<br />
J.C. – Na reta fi nal da nossa vida,<br />
claro que é! Eu fi z um casamento<br />
com uma senhora do Porto, a Nani,<br />
e fui feliz durante muitos anos.<br />
Terminou porque teve de terminar,<br />
sem zangas e ainda hoje temos<br />
uma boa amizade. A Gabriela nem<br />
tanto e por isso estou a tentar recompensá-la<br />
dessa infelicidade.<br />
Nota-se que ela está feliz porque<br />
consegue viver num mês aquilo<br />
que não viveu em dez anos. ■<br />
texto Joana Côrte-Real fotos Artur Lourenço<br />
produção Sara Bettencourt<br />
maquilhagem Carla Pinho com produtos Guerlain