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O Presidente da República quis assinalar os 70 anos de carreira de Ruy de Carvalho condecorando o ator com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique CAVACO SILVA condecora RUY DE CARVALHO com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique “É um momento de grande emoção que estou a viver„ Ruy de Carvalho Apesar de não ser a primeira vez que Ruy de Carvalho recebe uma condecoração máxima em nome do povo português, o momento é sempre de enorme felicidade e emoção. Aos 85 anos, e a celebrar 70 de carreira, o ator foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. A cerimónia realizou-se no Palácio de Belém, no dia 30, na presença dos familiares (fi lhos e netos) e amigos mais próximos. “É um momento de grande emoção que estou a viver. É uma grande honra ver prestada a este simples cidadão, que é o que sou, uma homenagem do povo português e de quem o representa, o Sr. Presidente. Estou muito contente por ter aqui a minha família, é bom ter uma família como eu tenho e ter também esta grande família portuguesa à minha volta”, confessou, visivelmente feliz. Sem esconder o apreço especial que tem por Ruy de Carvalho, Aníbal Cavaco Silva realçou as suas qualidades: “É um ator de exceção e muito querido do povo português”, afi rmou. ■ fotos Artur Lourenço

Sara Sampaio, que optou por não sair do prédio onde vive, passou a noite na companhia de Luís Borges e de outros manequins portugueses que trabalham em Nova Iorque Portugueses em Nova Iorque vivem momentos de pânico por causa da tempestade Sandy “Havia muitas pessoas a chorar e aos gritos e carros na rua cobertos pela água„ Luís Borges Durante dois dias, a cidade que nunca dorme transformou-se numa cidade fantasma. O metro esteve encerrado, as lojas mantiveram-se fechadas, os transportes públicos deixaram de funcionar e as ruas estavam literalmente desertas. Este poderia muito bem ser o cenário de mais uma mega produção de Hollywood, mas não. Nova Iorque fi cou paralisada à espera que o furacão Sandy, que dias antes tinha provocado a morte a mais de 65 pessoas na sua passagem pelas Caraíbas, chegasse. Porque se tratava de uma das maiores tempestades a atingir a costa leste dos EUA, as autoridades norte-americanas obrigaram à evacuação preventiva de várias regiões. Só em Nova Iorque, 375 mil pessoas foram realojadas em abrigos temporários. Ainda assim, até à hora de fecho desta edição, 48 pessoas tinham morrido nas zonas costeiras, consequência dos ventos fortes, na ordem dos 150 km/h, das inundações e dos muitos incêndios que defl agraram nas áreas mais atingidas. Fechados nos quartos de hotel ou em casa de amigos, muitos foram os portugueses que viveram com ansiedade o momento em que a tempestade Sandy se abateu sobre a Big Apple, por volta das 20h do dia 30 de outubro. Um dos relatos mais emotivos foi o de Rita Caneças, instalada no 22º andar do Hotel Mondrian, no Soho, em Manhattan. “Senti o prédio a abanar como se estivesse num barco à vela! Vi umas explosões verdes, julgo que de eletricidade. Quando vi as explosões e o hotel a abanar um bocado, confesso que ainda rezei umas Avé Marias! Mas estive sempre positiva. Nestas alturas uma pessoa tem de pensar positivo e imaginar que vai correr tudo bem”, contou a artista plástica, que da janela do hotel assistiu à explosão de uma central elétrica que provocou o corte de energia na baixa da cidade. No geral, na costa leste dos EUA, mais de oito milhões de pessoas fi caram sem

Sara Sampaio, que optou<br />

por não sair do prédio onde<br />

vive, passou a noite na<br />

companhia de Luís Borges<br />

e de outros manequins<br />

portugueses que trabalham<br />

em Nova Iorque<br />

Portugueses em Nova<br />

Iorque vivem momentos<br />

de pânico por causa<br />

da tempestade Sandy<br />

“Havia muitas<br />

pessoas a chorar<br />

e aos gritos<br />

e carros na rua<br />

cobertos pela<br />

água„ Luís Borges<br />

Durante dois dias, a<br />

cidade que nunca<br />

dorme transformou-se<br />

numa cidade fantasma.<br />

O metro esteve encerrado,<br />

as lojas mantiveram-se<br />

fechadas, os transportes públicos<br />

deixaram de funcionar e as ruas<br />

estavam literalmente desertas.<br />

Este poderia muito bem ser o<br />

cenário de mais uma mega produção<br />

de Hollywood, mas não.<br />

Nova Iorque fi cou paralisada à<br />

espera que o furacão Sandy, que<br />

dias antes tinha provocado a morte<br />

a mais de 65 pessoas na sua passagem<br />

pelas Caraíbas, chegasse.<br />

Porque se tratava de uma das<br />

maiores tempestades a atingir a<br />

costa leste dos EUA, as autoridades<br />

norte-americanas obrigaram à<br />

evacuação preventiva de várias<br />

regiões. Só em Nova Iorque, 375<br />

mil pessoas foram realojadas<br />

em abrigos temporários. Ainda<br />

assim, até à hora de fecho desta<br />

edição, 48 pessoas tinham morrido<br />

nas zonas costeiras, consequência<br />

dos ventos fortes, na ordem dos<br />

150 km/h, das inundações e dos<br />

muitos incêndios que defl agraram<br />

nas áreas mais atingidas.<br />

Fechados nos quartos de hotel ou<br />

em casa de amigos, muitos foram<br />

os portugueses que viveram com<br />

ansiedade o momento em que a<br />

tempestade Sandy se abateu<br />

sobre a Big Apple, por volta das<br />

20h do dia 30 de outubro. Um<br />

dos relatos mais emotivos foi o<br />

de Rita Caneças, instalada no<br />

22º andar do Hotel Mondrian,<br />

no Soho, em Manhattan. “Senti<br />

o prédio a abanar como se estivesse<br />

num barco à vela! Vi umas<br />

explosões verdes, julgo que<br />

de eletricidade. Quando vi as<br />

explosões e o hotel a abanar<br />

um bocado, confesso que ainda<br />

rezei umas Avé Marias! Mas estive<br />

sempre positiva. Nestas alturas<br />

uma pessoa tem de pensar positivo<br />

e imaginar que vai correr tudo<br />

bem”, contou a artista plástica,<br />

que da janela do hotel assistiu à<br />

explosão de uma central elétrica<br />

que provocou o corte de energia<br />

na baixa da cidade. No geral, na<br />

costa leste dos EUA, mais de oito<br />

milhões de pessoas fi caram sem

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