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Voand o Alto A Voand o lto

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Revis Revistt a a<br />

<strong>Voand</strong> o <strong>A<strong>lto</strong></strong> A <strong>Voand</strong> o <strong>lto</strong><br />

o<br />

Clube do Pesquisador Mirim - Grupo Aves da Amazônia 1 Semestre de 1999<br />

Organização: Alcemir de Souza Aires<br />

Ilustrações: Jonilson Lima de Souza


Expediente<br />

Diretora Geral do MPEG<br />

Adélia de Oliveira Rodrigues<br />

Diretor de Pesquisa<br />

Peter Mann de Toledo<br />

Diretora de Difusão Científica<br />

Helena Andrade da Silveira<br />

Chefe do Departamento de Museologia<br />

Antonio Carlos Lobo Soares<br />

Chefe do Serviço de Educação e Extensão Cultural<br />

Luiz Fernando Fagury Videira<br />

Coordenador do Clube do Pesquisador Mirim<br />

Luiz FernandoFagury Videira<br />

Instrutor do Grupo Aves da Amazônia<br />

Alcemir de Souza Aires<br />

REVISTA:<br />

Clube do Pesquisador Mirim/Grupo Aves da Amazônia<br />

0<br />

2 Semestre de 1999<br />

EDIÇÃO<br />

Clube do Pesquisador Mirim - Grupo “Aves da Amazônia”<br />

REPORTAGEM, PESQUISA E TEXTO<br />

Isabela Lima, Flávia Cortêz, Mariah Aleixo, Victor Costa<br />

PESQUISA E TEXTO<br />

Arthur Aragão, Camillo Gusmão, César Borges, Diana Azevedo, Fernando Câmara, Fernando Cabezas,<br />

Francisco Emídio Santos, Gionaylke Abreu, Henrique Lima, Júlia Borges, Laríssa Aragão, Lorena Oshikiri,<br />

Maíra Melo, Paula Bastos, Thiago Listo, Túlio César, Wander Silva.<br />

ILUSTRAÇÕES<br />

Jonilson Lima de Souza<br />

APOIO CIENTÍFICO<br />

a<br />

Dr. Peter Toledo-DEL, Dra. M Luiza V. Marceliano-DZO, Rubem Moura-DCH.<br />

COLABORAÇÃO<br />

Paulo Castro e Esmeraldo Aguiar - SPZ/DAD<br />

Filomena Secco, Luiz Videira, Hilma Guedes e Edileusa Silva - SEC/DMU<br />

Gustavo Lynch - AJUR/DIR<br />

Sônia Moraes - SCS<br />

REVISÃO<br />

Isabel Videira


Pág. Nossas experiências.<br />

0<br />

Veja o que o Grupo “Aves da Amazônia” fez no 1 semestre de 99.<br />

Págs. O que é o Clube do Pesquisador Mirim ?<br />

Saiba como ingressar no clube.<br />

Págs. Conhecendo as aves.<br />

Veja que elas não tem dentes, porém seus bicos são fortes.<br />

Págs.<br />

Aves... Parentes dos dinossauros ?<br />

Leia a entrevista com o Dr. Peter Toledo, paleontólogo do MPEG..<br />

Pág. Os índios e os animais da Amazônia.<br />

Os índios não querem as aves apenas para fazer cocar..<br />

Págs. O Ornitólogo.<br />

Leia o comentário da Dra. Ma Luiza Marceliano, ornitóloga do MPEG<br />

Págs. As aves do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.<br />

Conheça como são tratadas.<br />

Págs. Lendas.<br />

Escolhemos duas para você conhecer.<br />

Págs. Passatempos.<br />

Brinque e aprenda um pouco mais.<br />

Pág. Jogo da Memória.<br />

Recorte e monte o seu.<br />

Editorial<br />

O Grupo Aves da Amazônia do Clube do Pesquisador Mirim, durante quatro meses de estudos e<br />

pesquisas, decidiu elaborar esta revista e um kit-Aves, como forma de apresentar ao público o<br />

que de interessante existe no maravilhoso mundo das aves. "A revista <strong>Voand</strong>o <strong>A<strong>lto</strong></strong>" é sem dúvida<br />

uma aventura cheia de curiosidades importantes sobre nossas amigas voadoras.<br />

Aqui, você saberá de onde as aves se originaram, conhecerá os especialistas em aves que são os<br />

ornitólogos, e também como os índios utilizam os animais no seu dia-a-dia, além de outras<br />

novidades que você com toda certeza irá "voar a<strong>lto</strong>" junto conosco.<br />

Desejamos a todos uma boa leitura.<br />

Assinado: Alcemir de Souza Aires


Arthur Moraes Lustosa Aragão, Camillo Carneiro Gusmão, César<br />

Murilo do Nascimento Borges, Diana Aleixo Azevedo, Fernando Luiz<br />

Panarra das Neves Câmara, Fernando Silva Cabezas, Flávia Celeira<br />

Cortêz, Francisco Emídio Contente Pereira dos Santos, Gionaylke da<br />

Silva Abreu, Henrique Ubirajara Trindade de Lima, Isabela Coelho<br />

Lima, Júlia Bastos Borges, Laríssa Moraes Lustosa Aragão, Lorena<br />

Aisa Oshikiri, Maíra Cardoso Figueira de Melo, Mariah Torres<br />

Aleixo, Paula Alcântara Bastos, Thiago Luis Alves Listo, Túlio Vieira<br />

César, Victor Pitman Costa, Wander Ricardo Quadros Silva.


O grupo "Aves da Amazônia" do Clube do Pesquisador Mirim, durante esses,<br />

quatro meses de pesquisa, teve contato com pesquisadores das áreas de Zoologia,<br />

Ecologia, Ciências Humanas e técnicos do setor de veterinária do Museu Goeldi.<br />

Os trabalhos foram desenvolvidos no Parque do Museu, além de visitas às<br />

coleções didáticas e científicas, de pesquisas bibliográficas na Biblioteca Clara<br />

Maria Galvão; e seminários nos quais eram apresentados os resultados dos nossos<br />

trabalhos.<br />

Tivemos a oportunidade de aprender muitas coisas sobre as aves da Amazônia,<br />

principalmente as aves que pudemos observar de perto aqui no Parque do Museu<br />

Goeldi, em relação ao comportamento, alimentação, reprodução e etc...<br />

Esta experiência valeu a pena, pois passamos a conhecer um pouco mais sobre as<br />

aves e perceber o importante papel que elas têm na natureza, e a partir deste<br />

conhecimento adquirido, passamos a valorizar ainda mais essas nossas amigas de<br />

belas plumagens.<br />

Assinado: Pesquisadores Mirins do Grupo "Aves da Amazônia”


O que é o Clube do Pesquisador Mirim ?<br />

entrevista Luiz Videira, Coordenador do CPM.<br />

- Clube do pesquisador Mirim, o que isto significa?<br />

Luiz - É um projeto do Serviço de Educação do Museu, que tem como<br />

principal objetivo estimular estudantes para o interesse pelas ciências.<br />

V .A.<br />

- Há quanto tempo existe o Clube ?<br />

Luiz - O Clube surgiu em 87 inicialmente com o nome de Clube de<br />

Ciências. Depois foi extinto devido a redução da equipe que trabalhava<br />

no SEC, por falta de recursos e local para se realizarem os encontros, pois<br />

o prédio estava para desabar. Em 89 levei à frente o Grupo de Estudos da<br />

Natureza, que funcionou naquele ano com duas turmas, com os mesmos<br />

objetivos do Clube atual. Em 97, já com o nome de Clube do Pesquisador<br />

Mirim retornamos com toda a força. Assim podemos dizer que o Clube<br />

existe há 12 anos.<br />

V .A.<br />

- Quem pode participar do Clube e qual o tempo de duração do<br />

trabalho?<br />

Luiz - Qualquer estudante de 3 a 8 série pode participar, e cada Grupo<br />

dura cerca de quatro meses.<br />

V .A.


V.A.<br />

- O trabalho realizado no Clube é igual ao de sala<br />

de aula ?<br />

Luiz - Não. No Clube os integrantes têm uma certa<br />

liberdade para realizar suas pesquisas, têm a oportunidade<br />

de realizar observações, contatar com pesquisadores, fazer<br />

excursões, discutir em grupo e apresentar os resultados de<br />

seu trabalho de várias formas, como através de cartilhas,<br />

jogos, kits, teatro, vídeos e outras coisas mais.<br />

V.A.<br />

- Quantos grupos são oferecidos por semestre?<br />

Luiz - Seis grupos.<br />

V.A.<br />

- São sempre os mesmos temas ?<br />

Luiz- Não. A cada semestre oferecemos novos temas<br />

relacionados às áreas de pesquisa do MPEG ou a outros,<br />

como arte e meio ambiente, turismo, e etc.<br />

- Cite alguns assuntos que já foram pesquisados no<br />

CPM<br />

Luíz - Relações entre Seres Vivos, Arqueologia na<br />

Amazônia, Mamíferos do Parque, Cultura Amazônica,<br />

Peixes da Amazônia, Brinquedos Indígenas e Caboclos,<br />

Conhecendo as Borboletas Dia- a- Dia do Zoobotânico,<br />

Habitações Amazônicas, Desenvolvimento dos Anfíbios, e<br />

muito mais.<br />

V.A.<br />

V.A.<br />

- Os trabalhos são feitos sempre no Parque do<br />

MPEG ?<br />

Luíz - Não. Dependendo do assunto e da necessidade, os<br />

grupos podem realizar seus trabalhos em outras<br />

instituições, como no Campus do MPEG, na EMBRAPA,<br />

nas ruínas do Murutucu, em áreas de manguezais, em<br />

feiras, praças e até entrevistando pessoas nas ruas de<br />

Belém.<br />

V.A.<br />

- Você acha que os Integrantes conseguem aprender<br />

alguma coisa?<br />

Luiz - Claro. A prova é que a maioria dos pesquisadores<br />

mirins, assim que termina o semestre, já fica na expectativa<br />

para se matricular no próximo.<br />

- O que é necessário para ingressar no Clube ?<br />

Luíz - Procurar o Serviço de Educação nos meses de<br />

março e agosto, quando ocorrem as inscrições e a seleção.<br />

V.A.


As aves são animais vertebrados, ou seja possuem a<br />

coluna vertebral, elas têm penas que ajudam a regular<br />

sua temperatura, na maioria das aves as penas são<br />

lubrificadas pela secreção de uma glândula de gordura<br />

localizada acima da cloaca, bastante desenvolvida nas<br />

aves aquáticas, que serve para não deixar molhar a<br />

plumagem.<br />

Seus ossos são leves e ocos, mas cheios de ar, que<br />

proporcionam leveza ao vôo, porém nem todas as aves<br />

voam, como é o caso da ema, pingüim, avestruz, dentre<br />

outras.


As aves não têm dentes, porém, possuem bicos que<br />

podem atingir tamanhos variados em relação ao<br />

corpo, como nos tucanos e beija flores, e apresentam<br />

várias formas: como pequenos e largos, em aves que<br />

comem Insetos; fortes e em forma de cones, em aves<br />

que se alimentam de grãos; serrilhados, em patos e<br />

marrecas; afiados e em forma de gancho, em gaviões<br />

e corujas; fortes e recurvados, como os das araras,<br />

que são usados para quebrar sementes.


Elas põem ovos por isso são classificadas<br />

de ovíparas, constróem seus ninhos em<br />

árvores, na superfície do solo, em rochas e<br />

etc... Algumas espécies elaboram seus<br />

ninhos de forma bem caprichada, como é o<br />

caso do Japím, João-de-barro e outros.<br />

Na Amazônia existem aves de todos os<br />

tamanhos e cores, desde os pequenos<br />

beija-flores até o majestoso gavião real, as<br />

aves amazônicas se destacam também<br />

pelo colorido de sua plumagem.<br />

O índio amazônico utiliza as aves de várias<br />

maneiras: como animal de estimação e<br />

também usando suas penas para enfeitar,<br />

seus adornos.<br />

A voz das aves é proporcionada por um<br />

órgão vocal que ajuda no seu canto, é<br />

chamado de siringe, por isso é que<br />

podemos escutar belos cânticos dos<br />

nossos pássaros por aí a fora..<br />

As aves representam papel de destaque no<br />

equilíbrio biológico, pela diversidade de<br />

sua alimentação caçam insetos, roedores e<br />

ervas daninhas e outras pragas. São<br />

também importantes dispersores de<br />

sementes.<br />

Então, observe mais atentamente as aves,<br />

suas cores variadas, os tipos de bicos, pés<br />

e escute o canto dessas nossas amigas<br />

voadoras, você se sentirá bem mais feliz.


AVES<br />

Será que podemos dizer que as aves<br />

são dinossauros com penas?<br />

Dr. Peter Toledo, paleontólogo do Museu Goeldi, responde que sim. à nossa<br />

reportagem, sobre o parentesco das aves com os dinossauros. Veja matéria<br />

abaixo.<br />

Quando o meteorito caiu na terra, houve uma grande<br />

mudança no clima e nos ecossistemas terrestres, como<br />

os dinossauros ficavam no topo da cadeia alimentar<br />

eles ficaram mais vulneráveis à extinção.<br />

Os dinossauros se extinguiram há mais de 65 milhões<br />

de anos; as aves são consideradas parentes mais<br />

próximos dos dinossauros que sobreviveram até os<br />

dias de hoje. O compsognathus foi o dinossauro que<br />

evoluiu até chegar ao archaeopteryx, primeira, ave<br />

cientificamente pré-histórica.


Cientistas chegaram à conclusão de que o<br />

archaeopteryx era uma ave, através de exemplares<br />

encontrados, e viram impressões de penas deixadas<br />

nas rochas. Tinha em média 30 centímetros, era<br />

bípede e possuia dentes afiados por isso era<br />

carnívoro.<br />

O archaeopteryx foi extinto há aproximadamente 150<br />

milhões de anos. Existem apenas cinco exemplares<br />

fósseis de archaeopteryx no mundo.<br />

Um fóssil do archaeopteryx pode custar em torno de<br />

500 mil dólares e esses fósseis são encontrados na<br />

Alemanha.<br />

Então, quando você ouvir falar por aí que as aves são<br />

dinossauros com penas, pode acreditar que é<br />

verdade.<br />

"Aves não são apenas parentes dos dinossauros, elas são dinossauros”<br />

acreditam alguns cientistas americanos.


Para os índios a relação com todos<br />

os elementos da natureza é muito<br />

especial, principalmente com os<br />

animais. As mulheres índias<br />

podem dar de mamar para o seu<br />

neném e ao mesmo tempo<br />

amamentar um filhote de macaco,<br />

porque para elas são dois bebês<br />

com vontade de se alimentar.<br />

Os índios de um modo em geral,<br />

têm em alguns animais o que eles<br />

chamam de "animais tabu”, como,<br />

Capivara, jacaré, garça, arara,<br />

papagaio, gavião, etc... isto é, eles<br />

não comem a carne destes<br />

animais, pois acreditam que se<br />

comerem poderão adoecer ou<br />

morrer.<br />

Os índios usam as penas das aves em seu estado natural ou modificadas pelo processo<br />

de corte, tapiragem e etc. .. para confeccionar seus belíssímos enfeites usados em rituais.<br />

Com as penas são preparados: cocares, colares, tangas, brincos, pulseiras etc ... e até<br />

mesmo para decorar seus arcos e flechas.<br />

Tapiragem. O que é isto ?<br />

A tapiragem é o processo de modificação da coloração das penas das aves, utilizado pelos<br />

índios da Amazônia, norte do Mato Grosso, e Venezuela, para a confecção de adereços. A<br />

tapiragem consiste na retirada das penas das asas e da cauda dos psitacídeos (papagaios e<br />

araras) na época da muda, depois esfrega-se no local onde foi extraída a pena, uma mistura<br />

gordurosa feita de elementos de origem vegetal e animal e ou fazendo com que as aves comam<br />

alimentos especiais.<br />

- Carne e gordura de peixes como: pirarucu e pirarara;<br />

- Ovos de tartarugas;<br />

- Secreções leitosas da pele e sangue de sapos e rãs;<br />

- Seivas, sementes e raízes de vários tipos de açafrão e do urucum.<br />

As penas depois do tratamento, nascem da cor amarelo marmoreado de vermelho, sem a<br />

mistura com azul ou verde que possuem. A preferência pelas penas de cor amarela é devido a<br />

sua raridade, sendo escolhidas para compor vários artefatos plumário


a<br />

A Dra. M Luiza Videira Marceliano, ornitóloga do Museu Goeldi, comenta sobre o<br />

estudo das aves. Leia a matéria abaixo:<br />

O estudioso das aves pode ser um cientista, ou um biólogo amador.<br />

Para se tornar um ornitólogo é necessário seguir a carreira de Biologia (estudo<br />

da vida), área de Zoologia (estudo dos animais), e especializar-se no estudo<br />

das Aves com entusiasmo.<br />

Existem equipamentos e técnicas que facilitam a observação e o estudo das<br />

aves no campo e no laboratório. O conteúdo da mochila de um ornitólogo<br />

dependerá da excursão planejada. Em geral, o caderno de notas, os binóculos,<br />

a câmara fotográfica e os guias de campo são materiais necessários para a<br />

observação e identificação das aves. O mais importante, é ir ao encontro<br />

desses animais com curiosidade, prazer e sobretudo respeito.


A extinção constitui um fenômeno natural da evolução e do processo de<br />

seleção natural das espécies, porém, a ação do homem apressa a extinção,<br />

muitas vezes pela destruição do ambiente natural e a caça predatória, sendo<br />

que as aves são especialmente vulneráveis a esses fatores. O que devemos<br />

estabelecer são regras e meios de fiscalizar para que sejam cumpridas e<br />

conter os fatores de destruição da natureza.<br />

Tenho um carinho todo especial pelas aves de modo geral. Fico encantada!<br />

com as cores e o vôo característico dos beija-flores; o canto melodioso do<br />

uirapuru, do canário, do curió, do sabia, e de tantas outras aves canoras; a<br />

elegância das garças e de outras aves aquáticas; a diversidade de formas de<br />

ninhos e de ovos, como os do ferreirinho, do japim, do joão-de-barro; a<br />

maneira de pescar do martim-pescador e do biguá e também com as<br />

características, anatômicas da cigana e a grande habilidade de locomoção de<br />

seus filhotes na vegetação próxima ao ninho. Quando esses filhotes estão em<br />

perigo, jogam-se na água, nadam e retornam ao ninho auxiliados pelo bico,<br />

pés e pelas garras funcionais das asas.<br />

Existem muitos motivos para se gostar das aves, que as tornam mais<br />

interessantes ao estudo das espécies.


No Parque do Museu Goeldi, só há animais da Amazônia,<br />

destacamos várias aves, algumas por estarem ameaçadas de<br />

extinção como é o caso da ararajuba, gavião- real, arara azul,<br />

guará, etc. Outras, pela sua coloração, pelo belíssimo canto que<br />

elas nos oferecem e também por sua elegância. Sem dúvida<br />

nenhuma, conhecer de perto essas aves é muito importante para<br />

todos aqueles que visitam o Parque. Existem ainda, aquelas aves<br />

que vivem soltas, que vêm de outros locais a fim de se<br />

alimentarem e construir seus ninhos ou se abrigarem nesse<br />

pedacinho da Amazônia, que fica bem no centro da cidade de<br />

Belém. Quando você visitar o Parque observe mais atentamente<br />

todos os animais que nele moram.<br />

Vale a pena conferir !


No Parque do Museu Goeldi, a equipe que trabalha no setor de<br />

fauna tem vários cuidados com todos os animais, especialmente<br />

com as aves. O tratamento mais comum é o de manejo alimentar<br />

e sanitário, que se procura estudar e prescrever dietas<br />

apropriadas, evitando assim a desnutrição e competição<br />

alimentar, sendo a saúde estabelecida por uma dieta correta e<br />

mantida com o controle sanitário através de exames periódicos<br />

em todas as espécies que vivem em cativeiros.<br />

As aves do Parque alimentam-se de<br />

vários tipos de frutas, verduras,<br />

legumes, carne vermelha e branca,<br />

camarão, pão, sementes, ovos e ração.<br />

A alimentação é diária, com exceção<br />

das aves carnívoras, sendo que cada<br />

grupo de animais recebe sua dieta<br />

alimentar especifica.<br />

Os psitacídeos (papagaios, araras,<br />

Jandaias, etc.) recebem em sua dieta<br />

alimentar frutas, verduras, legumes,<br />

ração, ovos, sementes e alguns<br />

alimentos que são retirados do Parque.<br />

O urubu-rei e o gavião real recebem<br />

carne e rato branco em dias<br />

alternados.<br />

As aves aquáticas recebem camarão,<br />

peixe, carne, ovo, ração e pão<br />

molhado.


No Parque encontramos algumas aves ameaçadas de extinção,<br />

como é o caso do gavião-real, do guará, da ararajuba e da arara<br />

azul, que estão desaparecendo devido a destruição do seu habitat e<br />

da caça ilegal dessas espécies. O Parque do Museu Goeldi é um<br />

lugar onde se tenta reproduzir espécies ameaçadas de extinção,<br />

como as citadas acima. Devemos nos preocupar com esta situação,<br />

pois talvez chegará um dia que só conseguiremos observar tais<br />

animais através de fotografias, filmes ou animais empalhados, o<br />

que seria uma pena porque algumas aves nos encantam através de<br />

seus maravilhosos cantos e são úteis à natureza.


Lenda do beija-flor<br />

Era a festa da primavera no mundo das aves, todos os representantes alados foram ao palácio dos<br />

beija-flores onde a festa ia ser realizado o festival.<br />

Como festa popular lá estavam desde o ferreiro, o alfaiate, o músico, o forneiro até, a<strong>lto</strong>s<br />

personagens como o cardeal, o juíz do mato, o juiz de paz o capitão de bigodes.Os cantores mais<br />

importantes lá compareceram com suas vozes prontos para participar da grande festança nos<br />

jardins da residência dos beija-flores Viam-se já afinando os gorgeios o sabiá, a cigarra e o azulão;<br />

lá estavam muitas festeiras, a Maria-branca, a Maria-cavaleira, a Maria-faceira, e<br />

outras.<br />

O dançador ensaiava os passos, papagaios já tinham iniciado a conversa, quando o brigão do<br />

bentevi com ar de espadachim, pediu silêncio; chegava o urubu-rei, majestoso, com a imponência<br />

de um diplomata, em companhia do cardeal.<br />

Nenhuma ave deixou de levar sua contribuição para a festa, todas as frutas das regiões vizinhas,<br />

as mais belas flores da estação saltavam seus perfumes, a festa estava animada com um lindo<br />

programa de canções populares, que agradava a todos menos os filhinhos da senhora beija-flor,<br />

esses pirralhinhos muito gulosos, aproveitaram quando todos estavam distraídos, foram até a mesa<br />

do banquete e comeram toda a sobremesa; mamãe beija-flor foi pé ante pé e pegou seus<br />

filhinhos com a boca na botija.<br />

Dona beija-flor colocou seus filhos de castigo, mandou que eles fossem corrigir o erro<br />

imediatamente, eles saíram como um raio, é por isso que ainda os vemos em busca de néctar,<br />

rápidos e apressados na sua eterna correria.


Lenda da Ema<br />

A ema e o sapo se encontraram, depois dos cumprimentos, a ema perguntou ao sapo se ele já tinha<br />

observado a velocidade de sua corrida.<br />

O sapo muito esperto disse que sim, porém falou que ema não era capaz de vencê-lo na corrida.<br />

- Quem, você ! eu não corro amigo sapo, eu vôo.<br />

- É, não custa nada experimentar, dona ema.<br />

- Mas compadre, você saltando com as suas perninhas e eu correndo com as minhas pernas<br />

grandes e ainda ajudada pelas minhas asas, assim não tem nem combate.<br />

- Não importa eu te ganharei na corrida, insistia o sapo.<br />

- Apostas ?<br />

- É claro que sim todas as minhas jóias dona ema.<br />

- Aceito, mas é um roubo o que eu vou praticar.<br />

Escolheram, então um campo grande, muito próprio para corridas, e uma cumbuca para marcar a<br />

linha de chegada.<br />

O sapo muito esperto, foi avisar os seus amigos da aposta, e reuniu companheiros parecidos com<br />

ele, e os colocou ao longo da pista, ficou escondido dentro da cumbuca na linha de chegada.<br />

A ema parte voando, e por onde passa encontra um sapo saltando ao seu lado. Eram os<br />

companheiros do sapo que estavam espalhados pelo caminho, para tapear a ema durante a corrida.<br />

A ema ao chegar na reta final, já encontra o sapo, que grita de dentro da cumbuca.<br />

- <strong>A<strong>lto</strong></strong> lá dona ema cheguei primeiro.<br />

E assim a ema foi enganada.


CAÇA-PALAVRAS DAS AVES<br />

Procure no diagrama abaixo<br />

o nome de algumas aves da<br />

Amazônia.<br />

Ararajuba, arara, araçari, bentevi, colhereiro, ema, garça, gavião-real,<br />

guará, jacamim, jandaia, mutum, papagaio, pavão-do-pará, tucano, urubu-<br />

rei.<br />

A Y I P R T C O L H E R E I R O T<br />

R O D A G V U R O H C A E U T R O<br />

A A K L A U R A M A R A R A E A T<br />

U Q B O V R G E R R U T O T W O U<br />

G R O L I U A F I U O E U P O D F<br />

F S Ç O A B T A B U J A R A R A B<br />

O A A E O U R G T I A P J U A O E<br />

T R E M R R B O L O I S A D I T N<br />

U A O A E E M U T U M O C O A A T<br />

C P R A A I T U I L A W A I D E E<br />

A O D I L K O R D R E A M P N D V<br />

N D G H A R A Ç A R I E I R A U I<br />

O O U A U J N X M A K A M E J I A<br />

I A O Q U E A O R U V E D O R A<br />

A V N A Y V K P P A O C U I A G U<br />

T A M B O T P A P A G A I O D Ç O<br />

U P R I L A P E Y A L E A Ç R A G<br />

Ç


Alguns animais da Amazônia estão ameaçadas de extinção<br />

devido o desmatamento, caça ilegal e etc...Preencha a<br />

cruzadinha com os nomes de algumas aves que estão em<br />

perigo.<br />

-<br />

A<br />

R<br />

A<br />

R<br />

A<br />

J<br />

U<br />

B<br />

A<br />

-<br />

Ararajuba, arara azul, colhereiro, guará, gavião-real, galo-da-serra, jacu, mutum,<br />

uirapuru.<br />

-<br />

-


Instruções: Recorte as peças e monte o seu jogo da memória das aves da<br />

Amazônia. Para ficar mais resistente cole as cartelas em uma<br />

cartolina ou papelão.


Manifesto pró-Aves<br />

Essas atitudes não podem ocorrer...


Cruzadinhas:<br />

J C<br />

G A L O - D<br />

C L<br />

U<br />

Caça-palavras:<br />

H<br />

E<br />

R<br />

E<br />

I<br />

R<br />

O<br />

Resolução dos passatempos<br />

A<br />

R<br />

A<br />

R<br />

A<br />

J<br />

U<br />

B<br />

A<br />

G<br />

U M<br />

R A R A - A Z U L<br />

R T<br />

- S E R R A U<br />

M<br />

I R A P U R U<br />

G V I A O - R E A L<br />

A Y I P R T C O L H E R E I R O T<br />

R O D A G V U R O H C A E U T R O<br />

A A K L A U R A M A R A R A E A T<br />

U Q B O V R G E R R U T O T W O U<br />

G R O L I U A F I U O E U P O D F<br />

F S Ç O A B T A B U J A R A R A B<br />

O A A E O U R G T I A P J U A O E<br />

T R E M R R B O L O I S A D I T N<br />

U A O A E E M U T U M O C O A A T<br />

C P R A A I T U I L A W A I D E E<br />

A O D I L K O R D R E A M P N D V<br />

N D G H A R A Ç A R I E I R A U I<br />

O O U A U J N X M A K A M E J I A<br />

I A O Q U E A O R U V E D O R A<br />

A V N A Y V K P P A O C U I A G U<br />

T A M B O T P A P A G A I O D Ç O<br />

U P R I L A P E Y A L E A Ç R A G<br />

Para saber mais, consulte as seguintes Bibliografias: Guia zoológico, Álbum para<br />

colorir Aves da Amazônia e Caça e alimentação Kayapó do MPEG, Atlas visuais-<br />

Animais/Dinossauros, Da ema ao beija-flor-Eurico Santos.<br />

Ç


Diretoria Adjunta de Difusão Científica<br />

Departamento de Museologia<br />

Serviço de Educação e Extensão Cultural<br />

Projeto Clube do Pesquisador Mirim<br />

Para maiores informações sobre o Clube do Pesquisador<br />

Mirim procure o Serviço de Educação e Extensão Cultural,<br />

ou ligue para: 249 1233 (ramais 224 ou215) ou 249 0760.<br />

Endereço do Museu Goeldi<br />

Av.Magalhães Barata, 376<br />

CEP: 66.040-170<br />

Belém-Pará-Brasil

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