18.04.2013 Views

Leia o 1º Capítulo - Revista UFO

Leia o 1º Capítulo - Revista UFO

Leia o 1º Capítulo - Revista UFO

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Introdução<br />

25<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

Um fenômeno fascinante<br />

Após quase 30 anos de pesquisas, com envolvimento nas mais diversas<br />

áreas de interesse dos estudos ufológicos, à outra conclusão não se<br />

chega senão a de que ainda estamos iniciando pelas primeiras pistas<br />

deixadas por um fenômeno que, sem a mínima dúvida, vem se manifestando<br />

há milênios. A Ufologia, mormente no Brasil, fervilha com acontecimentos<br />

dos mais diversos dados em todas as regiões do país, através de registros<br />

com características bem interessantes, envolvendo todos os tipos de<br />

encontros próximos, conhecidos como contatos imediatos.<br />

Tais registros são freqüentemente apresentados por todos os pesquisadores<br />

mais ativos, em revistas especializadas, jornais e eventos sociais, na sua maioria.<br />

Temos sido um destes caçadores de fenômenos ufológicos e fazemos parte de<br />

toda uma comunidade que vem buscando soluções, correndo contra o tempo,<br />

para entendimento das manifestações dos discos voadores. Estas acontecem<br />

de maneiras mais diversificadas possíveis. Neste livro, compilamos alguns<br />

trabalhos que tiveram boa aceitação para contribuir com aqueles que, por<br />

qualquer motivo, não puderam ter acesso a eles. Pela primeira vez temos a<br />

oportunidade de publicar na íntegra e com maiores detalhes dois incidentes<br />

que já se tornaram clássicos da Ufologia Brasileira – o Caso Baependi e o<br />

possível seqüestro ou abdução de Geraldo Simão Bichara, ocorrido dentro<br />

das instalações de uma unidade do Exército Brasileiro.<br />

Os demais temas contidos neste livro procuram abranger alguns<br />

dos aspectos que vêm tornando a Ufologia Científica uma área cada<br />

vez mais interessante para aqueles que desejam se inteirar dos estudos<br />

que envolvem o fenômeno mais fascinante com que a Humanidade<br />

já se deparou – o disco voador.


Biblioteca <strong>UFO</strong><br />

26


<strong>Capítulo</strong> 1<br />

27<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

<strong>UFO</strong>s em vôo programado<br />

Énatural que todos os assuntos envolvidos numa temática<br />

paralela, ainda não inclusa nos ditames acadêmicos da chamada<br />

Ciência Oficial, sofram um período de desprezo e depois de descrença,<br />

até que passem para o rol das pesquisas sérias e frutíferas. O<br />

caso da Ufologia não é exceção. Em outras épocas seria absurdo dedicar<br />

verba e atenção a uma fantasia como o disco voador, que só pertencia<br />

ao mundo dos filmes de guerra interplanetária.<br />

Quando o mito das naves supostamente extraterrestres ofereceu<br />

maiores surpresas, passando para o juramento de pessoas que diziam tê-lo<br />

visto, não se podia mais desprezar, no máximo descrer. No entanto, o verdadeiro<br />

pensamento científico imperou, para se determinar: descrer, sim,<br />

desprezar, não. Surgiram os primeiros estudos ufológicos, hoje firmados<br />

sobre sólidas bases, com o seguinte resultado: discos voadores existem<br />

comprovadamente. Outras questões, como origem e intenções, são<br />

assuntos para constatação futura.<br />

Dentre os maiores subsídios obtidos pela Ufologia em todos os<br />

tempos, podemos citar as Ortotenias, de Aimé Michel, de nacionalidade<br />

francesa, considerado uma das maiores expressões na área e que<br />

empreendeu oportunos estudos dos locais de aparições de <strong>UFO</strong>s.<br />

Utilizando-se de técnicas matemáticas e dados geográficos, Michel<br />

constatou que os locais de aparições não eram sobrevoados por acaso<br />

e que as trajetórias de vôo dos objetos obedeciam a uma certa lógica,<br />

baseada em características comuns de terreno. Aprofundando a análise<br />

através de gráficos, provou que a maior parte dos <strong>UFO</strong>s costuma<br />

sobrevoar as periferias de falhas geológicas.


Biblioteca <strong>UFO</strong><br />

Também no sul de minas<br />

De fato, uma checagem com maior carinho pode mostrar essa realidade<br />

ainda misteriosa. Se tomarmos como base os estudos empreendidos no Sul<br />

de Minas, o postulado Aimé Michel vem logo à tona. As regiões de maior<br />

índice de aparições são as de Boa Esperança, Três Pontas, distrito de Córrego<br />

do Ouro, Carmo da Cachoeira, Baependi e Campanha. Uma análise pelo fotoíndice<br />

(mapeamento geológico ou topográfico feito com base em fotografias<br />

aéreas, montadas para configurar os aspectos da região fotografada) nos<br />

permitiu constatar que quase todas essas regiões estão localizadas à beira<br />

de uma das mais características falhas geológicas do Estado, com quase<br />

200 km de extensão. Boa Esperança e Três Pontas cercam uma área onde<br />

os avistamentos de <strong>UFO</strong>s são periódicos e está ligada por uma rodovia<br />

que guarda em si a lenda do “Carro Fantasma”, dois faróis que, vindo pelo<br />

asfalto, parece que colidirão com os carros, mas alçam vôo no momento<br />

exato e desaparecem pelo espaço.<br />

Carmo da Cachoeira também esteve nos últimos meses de 1.978 agitada<br />

por uma onda de aparições ufológicas nas fazendas da região e algumas<br />

ocorrências na própria cidade. Em intensa pesquisa, registramos dezenas<br />

de avistamentos tidos por testemunhas de diversos níveis sociais e culturais,<br />

condensados em um extenso relatório. Em Baependi, além dos constantes<br />

relatos, deu-se um importante encontro próximo de 5º grau [Contato mantido<br />

pelo abduzido com tripulantes do <strong>UFO</strong>]. Já em Córrego do Ouro, os<br />

avistamentos atualmente se dão em tal número que chegam a ser diários,<br />

tornando-se característica do lugar, aquilo que os rurais chamam de “Fogo<br />

da Aldeia”. Lá estabelecemos um ponto permanente de vigília.<br />

O valor da seriedade<br />

No Brasil o Centro de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais<br />

(CIFAE), de Curitiba (PR), realizou um levantamento em torno do número de<br />

aparições de objetos não identificados para o estabelecimento de Ortotenia.<br />

O computador condensou uma pesquisa realizada por Aimé Michel e<br />

apresentou uma extensão de seu estudo, que resultou em dados chamados<br />

de Tabulação da Linha de Bayonne-Vichy. Trata-se de uma lista precisa de<br />

28


29<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

coordenadas de muitas observações ocorridas no período estudado por<br />

Michel e calculadas pelo pesquisador. Elas traçam um grande círculo em<br />

torno da Terra, que cruzaria a Espanha, Brasil e Argentina, três países<br />

onde aconteceram importantes ondas ufológicas. O CIFAE salienta que<br />

esse grande círculo atravessa o centro das chamadas Ortotenias, ou seja,<br />

a linha do grande círculo cruza, com alto grau de precisão, o centro das<br />

redes de forma estelar. Tais redes resultam em gráficos traçados pelos<br />

locais e rotas de aparições, de que trataremos adiante.<br />

O computador utilizou convenções no cálculo do grande círculo, que<br />

são as seguintes: o nodo é definido como o ponto em que um corpo móvel,<br />

percorrendo esse grande círculo na direção da rotação do eixo terrestre (de<br />

oeste para leste), cruzaria o Equador ao passar do Hemisfério Sul para o<br />

Norte. A longitude desse ponto e a inclinação (ângulo do grande círculo com<br />

o Equador do nodo) são dois valores que definem completamente o trajeto<br />

do grande círculo sobre o planisfério. Todas as coordenadas referem-se ao<br />

Meridiano de Greenwich e são expressas em graus decimais. Tendo, portanto,<br />

como base, dados de latitude e longitude dos locais de aparições, o CIFAE<br />

obteve os grandes círculos resultantes das aparições.<br />

Um campo vasto<br />

Os números e gráficos procedentes das Ortotenias podem permitir<br />

uma imensa gama de bons subsídios, dando base a variadas hipóteses<br />

em torno do Fenômeno <strong>UFO</strong>. Foi F. Lagarde um dos primeiros a obter<br />

mapas precisos traçados em locais de aparições, constatando que os<br />

<strong>UFO</strong>s costumam sobrevoar outros acidentes geográficos, que não somente<br />

falhas geológicas. Lagarde descobriu que as direções de rota e os cortes<br />

obtidos por depoimentos são paralelos às falhas. O estudioso constatou,<br />

utilizando-se de mapas minuciosos que acusam falhas geológicas, que,<br />

de 86 observações, 32 situam-se sobre falhas, ou seja, 37%. A partir das<br />

pesquisas de Lagarde, outros cientistas, em diferentes cantos do mundo,<br />

confirmaram estudos ortotênicos perfeitamente coincidentes.<br />

Um dos trabalhos mais interessantes de Ortotenia foi realizado pelo<br />

capitão Bruce Cathie, piloto da Força Aérea da Nova Zelândia. Após ter<br />

avistado um <strong>UFO</strong> em forma de charuto, o capitão selecionou depoimentos


Biblioteca <strong>UFO</strong><br />

de outras pessoas que também observaram o fenômeno e, marcando-os<br />

sobre um mapa, constatou que o objeto talvez fosse o mesmo por ele<br />

avistado, que se deslocara como uma reta. Essas retas se cruzavam e, ao<br />

final, formavam uma grade, entrelaçando-se, por sua vez. A partir disso,<br />

pôde prever outros alinhamentos. O capitão Cathie notou ainda que outros<br />

pontos dos avistamentos acabavam por não coincidir com a grade e dela<br />

escapavam. Então, ligando neles outras linhas, com os mesmos cálculos,<br />

foi que percebeu que a segunda grade cortava a primeira.<br />

Uma conclusão emergiu: os <strong>UFO</strong>s fazem parte de um plano de vôo<br />

que praticamente mapeia a Terra. Nossos aviões, em suas aterrissagens<br />

e decolagens, são controlados instrumentalmente por um sistema de<br />

gráfico idêntico. O levantamento do capitão Cathie chega até a mostrar<br />

que nos pontos de intersecção das grades poderiam colocar balizas<br />

(antigos antecessores dos radiofaróis).<br />

30


<strong>Capítulo</strong> 2<br />

31<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

O mistério das luzes-sondas<br />

Fenômenos celestes sempre se manifestaram durante a história<br />

humana. Constantemente observáveis, receberam diversificadas<br />

interpretações, segundo o grau de cultura e capacidade de entendimento,<br />

mediante os conhecimentos técnicos. Cada uma das fases de<br />

evolução gerou enorme diferença de interpretações, influenciadas pelas<br />

informações científicas que o homem adquiria. Ao final das contas, tal<br />

diversificação dificultava o estabelecimento de um termo comum e de<br />

uma definitiva explicação para os fenômenos que, por assim o serem,<br />

necessitavam de uma compreensão permanente.<br />

Um dos fatores da diversificação é que não somente a Ciência serviu<br />

para explicar ao homem aquilo que ele observava, mas a grande dificuldade<br />

era que tais fenômenos se manifestavam acima do grau de compreensão que o<br />

homem atingia. A sede de conhecimento e a curiosidade humana satisfaziam-se<br />

pela religião, pelas concepções sociológicas, por todas as áreas que poderiam<br />

influenciar com seus dogmas, teorias e estudos em constante andamento.<br />

Assim, os dois pólos utilizados pelo homem para compreender as manifestações<br />

de sua natureza são divididos nos aspectos objetivo e místico.<br />

Em plena era tecnológica, a Ciência objetiva não pode mais desprezar<br />

o lado místico que, apesar de não usar o mesmo sistema de explicações<br />

e estudos, é uma fonte de interessantes informações. É nos fenômenos<br />

celestes que o misticismo sempre se inspirou. Para grande porcentagem<br />

deles a Ciência já encontrou explicações definitivas, que se concretizam<br />

com a obtenção de novas conquistas. Mas em seu meio, outra significativa<br />

porcentagem provoca discussões acaloradas e gera o desenvolvimento<br />

de intensas pesquisas em torno dos fenômenos ufológicos. Os populares


Biblioteca <strong>UFO</strong><br />

discos voadores ocuparam lugar de notoriedade científica mais evidente a<br />

partir da Segunda Guerra Mundial quando uma campanha de divulgação<br />

pela Imprensa, no ano de 1.947, inspirou a aceitação definitiva da Ufologia,<br />

com terminologia iniciada pelos projetos de pesquisa desenvolvidos pela<br />

Força Aérea dos Estados Unidos.<br />

Tal sistema de estudos comprovou fartamente que, ao lado de fenômenos<br />

celestes naturais e artificiais conhecidos, os céus de todos os países são<br />

constantemente cortados por aparelhos de procedência desconhecida,<br />

originados de altíssima tecnologia, situada, possivelmente, há milhares de anos<br />

à frente do grau em que se encontram nossas capacidades científicas.<br />

Atualmente, esta mesma Ufologia está às voltas com uma de suas mais<br />

modernas acepções – as luzes-sondas. Em poucas palavras, as luzes-sondas<br />

seriam pequenas emanações luminosas saídas do interior dos <strong>UFO</strong>s, em vôo,<br />

pousados ou estacionados, que, por suas manobras, modo de manifestação,<br />

comportamento e locais de sobrevôo, demonstram atitudes de aparelhos<br />

de reconhecimento, sondagem e até prospecção – daí a alcunha “sonda”.<br />

Geralmente apresentam-se ao observador próximo ou distante, como<br />

pequenos pontos de luz própria, ativável ou não, ou em formatos definidos<br />

de uma bola, estiletes ou com aspectos quadrangulares.<br />

Casuística e hipóteses<br />

Um dos mais célebres casos no qual foi observada uma sonda<br />

contém o depoimento de dezenas de testemunhas, que puderam registrar<br />

o surgimento de tal fenômeno que, aparentemente, possuía constituição<br />

puramente energética. Durante a Guerra da Coréia, uma fortaleza voadora<br />

norte-americana tipo B-29, com a identificação TU 104, teve sua cabine<br />

de passageiros invadida por uma luz fraca, no corredor de acesso à<br />

cabine dos pilotos. O ponto de luz adquiriu a forma sólida, com 50 cm<br />

de diâmetro e permaneceu imóvel.<br />

O pânico tomou conta dos passageiros, que chegaram a pensar em<br />

início de incêndio, o que levou um dos pilotos a sair da cabine com um<br />

extintor nas mãos. Mas a sonda desapareceu tão misteriosamente quanto<br />

havia surgido. Instantes depois, quando os ânimos aparentemente haviam<br />

se acalmado, eis que a luz ressurgia, passando por sobre a cabeça de cada<br />

32


33<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

um dos passageiros, quase roçando em seus cabelos. O objeto retomou<br />

sua posição perto da cabine e desapareceu definitivamente. Após o pouso da<br />

fortaleza em Moscou, começou uma grande movimentação, tendo-se pedido<br />

a todos o máximo de sigilo sobre o caso.<br />

Porém, entre os passageiros havia um jornalista polonês que<br />

acabou fazendo um relatório completo da ocorrência, tornando público<br />

o incidente, que pode ter envolvido, ao que pensa a Ufologia, a aparição<br />

de um computador ultra-sofisticado, teleguiado a distância por um<br />

objeto ou nave-base. Tais luzes-sondas vêm sendo observadas em vôo<br />

constantemente. Em meio à sua origem ufológica indubitável, há para<br />

esse tipo de fenômeno algumas explicações eminentemente naturais<br />

e não misteriosas. Uma delas é o controvertido raio em forma de bola<br />

ou descarga esférica de raio que pode ser confundido com uma dessas<br />

sondas surgidas do espaço, sobrevoando pastos a baixa altitude.<br />

Não se conhecem precisamente as características de tal fenômeno<br />

raríssimo, mas as condições em que se manifesta são sabidas: o raio em<br />

forma de bola se produz sempre na periferia das tempestades, principalmente<br />

nos meses de julho e agosto. É quase sempre precedido por um raio<br />

comum e chega a durar cinco minutos percorrendo vários quilômetros. O<br />

Projeto Livro Azul [Blue Book], desenvolvido pela Força Aérea dos Estados<br />

Unidos para estudar os <strong>UFO</strong>s, tem em seus anais um relatório da Secretaria<br />

Meteorológica do Departamento de Comércio nos Estados Unidos sobre o<br />

“relâmpago de bola”, tecendo considerações sobre sua origem, aparência,<br />

formas, cor, brilho, movimentos e até manobrabilidade.<br />

Como origem, o relatório expõe as seguintes hipóteses: descarga<br />

esférica [Conhecida como Fogo de Santelmo]; volume de ar incandescente<br />

ionizado durante um curto espaço de tempo; descarga elétrica no ar,<br />

contendo grandes concentrações de pó, ou outros aerosóis, durante<br />

trovoada; salto de intervalos por raios dentro de casa; raio da nuvem ao solo<br />

que produza gradiente de potência horizontal passageira, bastante intensa<br />

para dar descargas elétricas; descarga de raio que atinge e se desloca ao<br />

longo de um condutor, produzindo clarões, etc.<br />

Outras manifestações naturais ou artificiais conhecidas podem parecer<br />

ao leigo o surgimento de uma luz-sonda, que geralmente faz manobras<br />

impossíveis, sai de ou acompanha um <strong>UFO</strong>. Exemplos comuns são aviões


Biblioteca <strong>UFO</strong><br />

acompanhados de seu aparelho de reabastecimento em vôo noturno,<br />

meteoros azuis, holofotes refletidos por inversões de temperatura nas<br />

nuvens, gás de pântano, fogo fátuo, assim por diante.<br />

As luzes-sondas, quando se apresentam como fenômenos ufológicos,<br />

manifestam-se de modo típico. Elas aparentemente são dirigidas a<br />

distância. Pequenas esferas têm sido vistas com freqüência no meio rural.<br />

Por esse fato, um trabalho de prospecção e reconhecimento de terreno vem<br />

sendo feito em regiões visitadas por seres dotados de grande inteligência<br />

e alta tecnologia, cuja origem extraterrestre é muito provável.<br />

Testemunhas nos sertões<br />

O índice de registros no meio rural é tão alto que já se transformou<br />

em mitos reais incorporados aos folclores da roça. Em Minas Gerais,<br />

os depoimentos a cada dia se multiplicam, trazendo para as crônicas a<br />

lenda significativa da “Mãe do Ouro” e do “Carro Fantasma”. A primeira<br />

apresenta-se em forma circular e luminosa, sobrevoando os topos de serras<br />

e, muitas vezes, derrubando solitários cavaleiros de suas montarias.<br />

Num estudo ufológico constatou-se que os terrenos sobrevoados pela<br />

Mãe do Ouro geralmente abrigam jazidas de minérios. Para o Carro Fantasma,<br />

no entanto, muitos deram depoimento dizendo que potentes e pequenos<br />

faróis vinham manobrando pelas estradas e pastos em alta velocidade, tendo<br />

subido vertiginosamente para o espaço afora, quase no momento da colisão<br />

iminente com o veículo da testemunha. Durante longos anos, a lenda assim<br />

tornou temida a estrada que liga Varginha a Três Pontas, em Minas Gerais, no<br />

período noturno. Evidentemente, boa porcentagem dos depoimentos sobre<br />

mitos como esses não registrou fenômenos ligados aos discos voadores, mas<br />

deu margem segura para explicações já conhecidas. Quando não possuem<br />

características suficientemente fortes para determinar a aparição de <strong>UFO</strong>s,<br />

geralmente falam de uma Mãe do Ouro que se desloca pelo espaço, de um<br />

ponto a outro, em certos locais, em períodos não determinados.<br />

As pessoas descrevem essas bolas de luz saindo de um mesmo local (colina<br />

ou morro) e precipitando em outro ponto, também coincidindo com a mesma<br />

localidade. O colega de estudos Eduardo Gianasi, pesquisador de tal mito, formulou<br />

algumas hipóteses. Durante os conhecidos fenômenos das manchas solares, há<br />

34


35<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

em suas regiões a existência de intensíssimos campos magnéticos que provocam,<br />

por aceleração, a precipitação de poderosas torrentes de prótons e elétrons sobre a<br />

Terra, animadas por altas velocidades. Sua energia, durante um período de máxima<br />

atividade, pode ser 10% da energia total da luz solar. Em cada segundo, cerca de<br />

um bilhão de partículas de prótons chegam à Terra, por centímetro quadrado.<br />

Essas partículas, eletricamente carregadas, têm de enfrentar o campo magnético<br />

da Terra, sendo forçadas a descrever uma espiral em torno das linhas de força,<br />

seguindo em direção destas. As mais velozes penetram, em massa, até o limite<br />

inferior da ionosfera e aumentam em proporção à ionização do ar, fazendo com<br />

que o ar dessas regiões se torne muito mais condutor de eletricidade.<br />

Paralelamente, as localizações do magnetismo terrestre variam, sobretudo<br />

nas regiões de minério. Os minerais que possuem ferro bivalente são mais<br />

ou menos magnéticos, dependendo da quantidade e das rochas ricas nestes<br />

minerais, anfibólios, piroxênios, biolita, cromita, glaucomita, que apresentarão<br />

maior poder magnético. Quando tais rochas são atingidas por descargas<br />

elétricas, o seu poder magnético pode tornar-se muitas vezes superior ao<br />

valor normal. Assim, as reações fisio-químicas que ocorrem no Sol provocam<br />

magnetismo intensificado em regiões localizadas nas manchas solares. Essas<br />

forças magnéticas e hidrodinâmicas geram calor, magnetismo e luminosidade<br />

que atingem a Terra. Nas condições especiais do ar, essas energias geram<br />

cortinas coloridas de luz oscilante, em diversos formatos visuais.<br />

A Terra é um enorme magneto natural, possuindo regiões capazes<br />

de produzir magnetismo (ação localizada) e correntes elétricas. As jazidas<br />

de ferro são atingidas por descargas elétricas e, por último, os corpos<br />

mineralizados de sulfuretos metálicos, assim como os diques circulares<br />

de basalto, que são bem freqüentes em muitas regiões. Em virtude disso,<br />

um observador poderia presenciar a passagem de um aglomerado dessas<br />

partículas, de um ponto a outro, considerando-as “Mãe do Ouro”.<br />

Outras civilizações nos observam?<br />

Porém, as luzes-sondas, descartadas das explicações conhecidas,<br />

existem. São avistadas sozinhas, saindo do interior de <strong>UFO</strong>s ou evoluindo<br />

perto deles, principalmente na roça, em locais isolados. Nossas pesquisas<br />

já nos deram bons subsídios. Para a Ufologia, sempre foram observadas


Biblioteca <strong>UFO</strong><br />

a distância, sem pormenores. A testemunha de um caso ocorrido em<br />

Baependi (MG), em 1.979, presenciou três dessas sondas com detalhes, e<br />

pela primeira vez nos anais ufológicos, acreditamos. Todas, com cerca de<br />

um metro de altura, possuíam hélices na parte superior, o que demonstra<br />

serem veículos para vôo dentro da atmosfera, oriundos do interior de um<br />

objeto principal, posteriormente visto pela testemunha. Seus formatos,<br />

assim registrados, eram o de um poste ou cruz, de uma piorra e de<br />

um aparente barril. O objeto principal somente pousou após o possível<br />

reconhecimento empreendido pelas três sondas.<br />

Em 1.978, num caso que investigamos durante uma onda de aparições<br />

em Carmo da Cachoeira (MG), uma das testemunhas foi momentaneamente<br />

paralisada por um <strong>UFO</strong> a baixa altitude, que foi precedido por uma<br />

luzinha vermelha pousada por trás de uns arbustos e que seguiu o <strong>UFO</strong>,<br />

em movimentos erráticos, por sobre o pasto, quando este desapareceu<br />

no espaço. Na cidade de Passa Tempo (MG), registramos dois objetos<br />

luminosos sobre uma serra, a princípio imóveis. Durante o surgimento<br />

do segundo, um pequeno ponto de luz, vindo de sudeste, desenvolvendo<br />

movimento errático, estacou sobre o objeto e nele penetrou.<br />

O número de registros das luzes-sondas nas zonas urbanas também<br />

é numeroso. O exército francês, em cujo país os estudos da Ufologia<br />

foram, em certa época, quase que oficializados e seriamente empreendidos<br />

pelas forças armadas e pela polícia, catalogou o caso de 13 de janeiro de<br />

1.976, quando às 21:10 h, um casal observou quatro grandes luzes no alto<br />

de uma colina, em Grenoble.<br />

Apanhando uma terceira testemunha, voltaram ao local, vendo os<br />

objetos como quatro grandes blocos de um metro de circunferência. Um<br />

só objeto era composto por aqueles pontos e tinha cerca de 25 a 50 m<br />

de comprimento, com altura de dois andares e cores vivas como o Sol.<br />

Antes de desaparecer, o <strong>UFO</strong> foi rodeado por um ponto menor que,<br />

segundo as testemunhas, “...era qualquer coisa bem brilhante, mas menor,<br />

que dava voltas em torno daquele engenho, de cor amarela fogo”.<br />

Da mesma forma, muitos dos satélites que à tarde observamos no<br />

espaço, podem muito bem não o ser. A Ciência está espantada com a<br />

existência, em órbita da Terra, de verdadeiras sondas e satélites que não<br />

foram lançados por nenhum país de tecnologia astronáutica. Tratam-<br />

36


37<br />

Na Pista dos <strong>UFO</strong>s<br />

se de corpos estranhos que descrevem órbitas em torno da Terra, de<br />

pequeno porte, mantendo-se ativos em comportamento semelhante<br />

aos satélites artificiais. Um ano após a subida do Sputnik I, lançado a<br />

4 de outubro de 1.957, um estranho e desconhecido satélite entrou<br />

em órbita da Terra em 26 de novembro de 1.958. Essa sonda misteriosa<br />

emitiu sons em voz humana, em língua não decodificada, captada inúmeras<br />

vezes por estações de escuta na Itália. É conhecida nos meios oficiais e<br />

ufológicos como “O Cavaleiro Negro”.<br />

Em Moscou, setembro de 1.967, acontecia um debate sobre as<br />

telecomunicações, presidido pelo professor L. Leonov. Na conferência,<br />

tornava-se público o fato de que três objetos ou veículos desconhecidos<br />

encontram-se em órbita da Terra, mantendo comportamento inexplicável.<br />

São três cápsulas cilíndricas, sem orifícios, saliências ou aberturas.<br />

Diversos astronautas norte-americanos e russos os observaram, como<br />

Gherman Titov, as tripulações da Voskhod 1 (1.964) e da Voskhod 2<br />

(1.965), Bikovski e James MacDivitt.<br />

L. Kaminski, um importante nome da Astronomia, pensa que se tratam<br />

de sondas enviadas de um outro planeta, segundo informa a revista Clypeus.<br />

É de se concluir, vulgarmente, que a linha de desenvolvimento técnico da<br />

civilização que constrói aquilo que chamamos de luzes-sondas da Ufologia,<br />

talvez tenha seguido os mesmos rumos ora trilhados pela nossa.<br />

As sondas terrestres já vêm desenvolvendo seu papel – os módulos se<br />

deslocaram das cápsulas para descer astronautas na Lua, por sete vezes; as<br />

Vikings pousaram em Marte, fotografando, coletando, analisando e já estão<br />

muito superadas pelas Pathfinder, Mars Surveyor e outras; as sondas Pioneer<br />

se perdem pelos limites do nosso sistema solar; as Voyager, desenvolvendo<br />

velocidade de 91mil km horários, passaram pelos confins do Sistema Solar,<br />

rumo aos rincões desconhecidos da galáxia, levando fotos, sons e escritos<br />

de nossa vida e da vida na Terra.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!