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estudando o evangelho - a casa do espiritismo

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27<br />

O Cristo Vitorioso<br />

Estava ali um homem, enfermo havia trinta e oito anos.<br />

Havia em Jerusalém o tanque chama<strong>do</strong> Betesda, que, periodicamente,<br />

adquiria propriedades curativas, depois que um Anjo — ou Espírito Superior —<br />

descia e lhe agitava as águas, magnetizan<strong>do</strong>-as.<br />

Quem entrasse primeiro, uma vez agitadas as águas, ficava cura<strong>do</strong> de<br />

qualquer <strong>do</strong>ença.<br />

Era natural, e bem humano, que ali se reunisse uma multidão de enfermOs,<br />

esperan<strong>do</strong> o momento exato em que o Celeste mensageiro deveria agitar o<br />

tanque, em nome das forças <strong>do</strong> bem.<br />

Bem humano, também, era a disputa que se verificava, um procuran<strong>do</strong><br />

antecipar-se ao outro, pois, como era notório, quem primeiro entrasse ficaria<br />

cura<strong>do</strong>.<br />

Entre os <strong>do</strong>entes, naquele dia, encontrava-se um homem acometi<strong>do</strong> de<br />

paralisia havia trinta e oito anos.<br />

Um paralítico no meio de dezenas de paralíticos. Jesus passava na<br />

direção <strong>do</strong> templo, para as festividades israelitas.<br />

Ven<strong>do</strong> aquele homem no auge da ansiedade, perguntou-lhe: “Queres ser<br />

cura<strong>do</strong>”?<br />

E, ante a melancólica explicação <strong>do</strong> paralítico, de que não podia caminhar,<br />

diz-lhe o Mestre: — “Levanta-te, toma o teu leito e anda.”<br />

O episódio sugere inúmeras considerações.<br />

É de Se notar, em princípio, a espontaneidade de Jesus, no interesse por<br />

aquele enfermo, cuja atitude não foi igual à de outras personagens<br />

beneficiadas pelo Senhor.<br />

Bartimeu, por exemplo, o conheci<strong>do</strong> “cego de Jericó”, atraiu a atenção de<br />

Jesus com tremen<strong>do</strong> alari<strong>do</strong>: — “Filho de David, tem misericórdia de mim” —<br />

insistin<strong>do</strong> de tal mo<strong>do</strong> que muitos o repreendiam.<br />

E o Divino Amigo, compadecen<strong>do</strong>-se, restituiu-lhe a visão corporal.<br />

De outra vez, um homem coberto de chagas prostrou-se-lhe aos pés,<br />

suplican<strong>do</strong>: — “Senhor, se quiseres, podes purificar-me!”<br />

A mulher siro-fenícia, cuja filha fora tomada por um Espírito obsessor, pediu<br />

tanto a Jesus que a curasse, que os discípulos, irrita<strong>do</strong>s, rogavam ao Mestre:<br />

— “Despede-a, pois vem choran<strong>do</strong> atrás de nós.”<br />

Mas Jesus, exaltan<strong>do</strong>-lhe a fé, atendeu-a.<br />

* * *<br />

Com o paralítico <strong>do</strong> tanque das ovelhas, tu<strong>do</strong> se passou diferentemente.<br />

Ele não reconhecera a Jesus.<br />

Não lhe pedira que o curasse.<br />

Não sabia que o Mestre por ali andava.<br />

O que desejava — isto sim — era dar o mergulho salva<strong>do</strong>r em primeiro<br />

lugar.<br />

Ignorava que o Cristo podia curá-lo com um simples pensamento, com uma<br />

simples vibração, com um simples impulso de Sua vontade.<br />

Era paralítico e ninguém o conduzia ao tanque —eis a sua resposta, franca<br />

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