estudando o evangelho - a casa do espiritismo
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Pobreza<br />
Sim, ó Pai, porque assim foi <strong>do</strong> teu agra<strong>do</strong>.<br />
Uma das mais sublimes funções <strong>do</strong> Evangelho <strong>do</strong> Senhor — e <strong>do</strong><br />
Espiritismo — é a de preparar o homem para que saiba viver com dignidade<br />
em quaisquer circunstâncias.<br />
Do Evangelho, <strong>do</strong> seu tempo até hoje; e <strong>do</strong> Espiritismo na atualidade, como<br />
restaura<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s postula<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Cristianismo.<br />
Na riqueza, ou na pobreza, encontrará o ser humano, nas lições de Jesus e<br />
nos ensinos da Codificação, que harmoniosamente se identificam e se<br />
completam, os meios de viver, lutar e vencer com ombridade.<br />
Jesus não preconizou a miséria por condição indispensável à vida <strong>do</strong><br />
homem, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> que não indicou a fortuna por meio ideal, exclusivo,<br />
de o homem transitar, com êxito, pelos caminhos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />
A missão <strong>do</strong> Evangelho foi e é a de preparar a Humanidade para que ela<br />
possa viver dignamente, quer na carência, quer na prosperidade.<br />
O que nos tem falta<strong>do</strong>, em nossas consecutivas experiências, é o fator<br />
“preparação”.<br />
Não sabemos comportar-nos, cristãmente, numa ou noutra situação: na<br />
riqueza ou na pobreza.<br />
Quan<strong>do</strong> os ventos conduzem o barco de nossa vida aos portos<br />
engalana<strong>do</strong>s da fortuna, tornamo-nos egoístas e, por vezes, cruelmente<br />
impie<strong>do</strong>sos ante o sofrimento que se des<strong>do</strong>bra, ante nós, como se fora<br />
sugestão divina, suave e <strong>do</strong>ce convite para que ajudemos aos mais necessita<strong>do</strong>s.<br />
Mas a riqueza, quase sempre, oblitera os Sentimentos <strong>do</strong> homem.<br />
Sufoca-lhe os germens da solidariedade.<br />
Insensibiliza-o de tal mo<strong>do</strong> que, enquanto a Bondade vai fugin<strong>do</strong>,<br />
sutilmente, humilhada, por uma das janelas <strong>do</strong> nosso coração, por uma de<br />
suas espaçosas e largas portas vai entran<strong>do</strong> o Egoísmo, via de regra acompanha<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> seu dedica<strong>do</strong> pajem, <strong>do</strong> seu vigilante companheiro: o Orgulho.<br />
E não é só: mais atrás, espreitan<strong>do</strong>, outra comparsa:<br />
a Prepotência.<br />
Quan<strong>do</strong> o frio da adversidade, por sua vez, nos bate à porta, levan<strong>do</strong>-nos<br />
às estações da pobreza, da dificuldade, caímos na paisagem da<br />
inconformação.<br />
Confiamo-nos, de imediato, à rebeldia.<br />
Entregamo-nos, levianamente, à revolta.<br />
Substituímos a prece humilde — de Ontem, pela blasfêmia irreverente,<br />
desrespeitosa.<br />
Recusamos, assim, lamentavelmente, uma experiência que, muita vez,<br />
poderia representar a manifestação da Vontade <strong>do</strong> Senhor, que nos dá<br />
segun<strong>do</strong> o que necessitamos, e não segun<strong>do</strong> o que almeja a nossa<br />
consciência.<br />
* * *<br />
O que nos falta, portanto, é preparação evangélica. É Cristianismo em<br />
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